Questões de Vestibular Comentadas por alunos sobre barroco em literatura

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Q1271707 Literatura

TEXTO 5:

“A inconstância dos bens do mundo”, de Gregório de Matos


Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,

Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria.


Porém, se acaba o Sol, por que nascia?

Se formosa a Luz é, por que não dura?

Como a beleza assim se transfigura?

Como o gosto da pena assim se fia?


Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,

Na formosura não se dê constância,

E na alegria sinta-se tristeza.


Começa o mundo enfim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza

A firmeza somente na inconstância.

(MATOS, Gregório de. Poesias selecionadas. São Paulo: FTD, 1998. p. 60.) 

Ainda no poema de Gregório de Matos (Texto 5), a 2ª estrofe expressa, através de perguntas retóricas, o sentimento do eu-lírico. Qual opção expressa melhor este sentimento?
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Q1268557 Literatura
A uma freira que satirizando a delgada fisionomia do poeta lhe chamou "Pica-flor"
Se Pica-flor me chamais, Pica-Flor aceito ser, mas resta agora saber se no nome, que me dais, meteis a flor que guardais no passarinho melhor! Se me dais este favor, sendo só de mim o Pica, e o mais vosso, claro fica que fico então Pica-flor. (MENDES, 1998, p. 185).

Esse poema de Gregório de Matos faz uso da picardia e de temática sexual e obscena para atacar um personagem religioso, disso decorrendo o seu teor lírico e amoroso.
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Q1268551 Literatura
Descreve o que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia

A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar a cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.


Em cada porta um frequentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia. (MENDES, 1998, p. 27).


 A partir do estudo crítico de Cleise Mendes, em Senhora Dona Bahia, pode-se afirmar:
O poema pertence à poesia satírica de Gregório de Matos pelo uso da ironia para expor ao ridículo certos comportamentos da sociedade baiana do século XVII.
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Ano: 2010 Banca: COPEPS Órgão: UEMG Prova: COPEPS - 2010 - UEMG - Vestibular - Prova 01 |
Q1265919 Literatura

OBSERVE a ilustração e LEIA o soneto de Gregório de Matos, a seguir.



SONETO

     Pequei, Senhor, mas não porque hei            

pecado,                                                    

de vossa alta clemência me despido;      

porque quanto mais tenho delinquido,    

vos tenho a perdoar mais empenhado.   


 Se basta a vos irar tanto um pecado,       

a abrandar-vos sobeja um só gemido:    

   que a mesma culpa, que vos há ofendido,

 vos tem para o perdão lisonjeado.          


Se uma ovelha perdida e já cobrada,     

  glória tal e prazer tão repentino vos deu, 

  como afirmais na sacra história,              


eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, 

cobrai-a; e não queirais, pastor divino,

 perder na vossa ovelha a vossa glória.

Gregório de Mattos

Durante o período colonial brasileiro, as principais manifestações artísticas, entre elas o Barroco, foram marcadas pela influência da religiosidade.


Com base na análise da imagem e da leitura do soneto de Gregório de Matos, constata-se que

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Ano: 2017 Banca: IFN-MG Órgão: IFN-MG Prova: IFN-MG - 2017 - IFN-MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q961043 Literatura

Considere o trecho da Obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que se segue:


Virgília? Mas era a mesma senhora, que alguns anos depois...? (...) Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é um romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção – devoção, ou talvez medo; creio que medo. (ASSIS, Machado, 1994, p. 55)


Com base na leitura do trecho, considerando a referida obra e o conhecimento sobre as escolas literárias, podemos afirmar que há uma crítica explícita à seguinte estética:

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Respostas
36: C
37: E
38: C
39: C
40: C