Questões de Vestibular
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Na tarde em que o príncipe dom Pedro e sua guarda de
honra chegaram às margens do Ipiranga naquele célebre dia 7 de
setembro de 1822, o Brasil era majoritariamente negro e africano,
o maior território escravista da América naquele início do século
XIX, cuja rotina era pautada pelo chicote e pela violência contra
os cativos. O novo país independente nascia empanturrado de
escravidão. E assim permaneceria até quase o final do século
XIX. Homens e mulheres escravizados perfaziam mais de um
terço do total da população. Os indígenas, a esta altura já
dizimados por guerras, doenças e invasão de seus territórios,
sequer apareciam nas estatísticas.
Laurentino Gomes. Escravidão (Volume III). Rio de Janeiro:
Globo Livros, 2022 (com adaptações).
Com base na leitura do texto anterior, julgue o item que se segue, concernentes ao período de surgimento do Brasil como Estado-nação.
O texto de Laurentino Gomes sugere que, no Brasil colonial
e no império, as populações originárias foram preservadas,
até como forma de poupar o colonizador e a monarquia de
guerras dispendiosas e de alto risco, portanto, diferentemente
do que ocorreu nas demais colônias americanas, não houve
genocídio indígena no Brasil.
A história está em constante reconstrução. E não é diferente com o processo da Independência do Brasil no contexto de seu bicentenário. O que os holofotes dos historiadores trazem à luz é que, ao contrário do que diziam os antigos livros didáticos, o processo de separação do Brasil de Portugal foi múltiplo, extenso e repleto de violências. “Foi um processo muito mais complexo do que simplesmente D. Pedro I gritar ‘Independência ou Morte’, com muitas camadas e todas as guerras acontecendo naquele momento”, explica a historiadora Lucia Maria Bastos das Neves. Entre 1821 e 1824, foram inúmeros os levantes em lugares como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Cisplatina.
O Estado de S. Paulo, 16/8/2022, p. C6 (com adaptações).
Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item.
Da afirmativa “a história está em constante reconstrução”
entende-se que o conhecimento histórico é suscitado pelo
presente, de modo que cada presente levanta novas e
diferentes indagações que podem propiciar interpretações
distintas sobre os fatos passados.
A história está em constante reconstrução. E não é diferente com o processo da Independência do Brasil no contexto de seu bicentenário. O que os holofotes dos historiadores trazem à luz é que, ao contrário do que diziam os antigos livros didáticos, o processo de separação do Brasil de Portugal foi múltiplo, extenso e repleto de violências. “Foi um processo muito mais complexo do que simplesmente D. Pedro I gritar ‘Independência ou Morte’, com muitas camadas e todas as guerras acontecendo naquele momento”, explica a historiadora Lucia Maria Bastos das Neves. Entre 1821 e 1824, foram inúmeros os levantes em lugares como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Cisplatina.
O Estado de S. Paulo, 16/8/2022, p. C6 (com adaptações).
Considerando os sentidos do texto precedente e sua inserção no contexto da Independência do Brasil, julgue o item subsequente.
Reação de tropas portuguesas à decisão de D. Pedro de
proclamar a Independência do Brasil levou a que, em vários
pontos do território, brasileiros, sobretudo populares,
pegassem em armas para garantir a emancipação do país,
como aconteceu, por exemplo, na batalha do Jenipapo, no
Piauí, e nas lutas ocorridas na Bahia.
Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item.
Os poemas do Romanceiro da Inconfidência contêm
elementos característicos da forma clássica pastoril, à
maneira do Arcadismo, o que fica evidente nas imagens
descritas nesse fragmento.
Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item.
Um dos eventos históricos a que se refere o poema é a
criação do lema da bandeira do movimento de inconfidência:
“LIBERDADE, AINDA QUE TARDE”.