Há pouco mais de um ano, o chefe de polícia do
Estado do Rio de Janeiro, Dr. Alfredo Madureira, em pleno
exercício de suas atribuições, entendeu tomar energéticas
providências contra o curandeiro Breves, e depois de
sucessivas queixas que recebera relativamente às curas
praticadas pelo milagroso esculápio, concluiu as suas
diligências policiais com a prisão de Breves. Essa prisão,
porém, e as medidas tomadas contra a exploração da
boa-fé de muita gente infeliz tiveram de cessar, porque
apareceram os advogados do curandeiro Breves, em nome
da liberdade de profissão, e em nome da arte sobrenatural
de cura com benzeduras e raminhos de alecrim. E assim,
findaram as perseguições ao benemérito esculápio que,
de fronte erguida, continuou a sua carreira de triunfo,
interrompida por um curto espaço de tempo.
Autoridade e curandeirismo. Gazeta de Notícias, 18 out. 1896.
No texto, os dois pontos de vista apresentados pela
polícia e pelos advogados sobre as práticas populares
de cura se distanciam por apresentarem