Questões do ENEM 2011 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL
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Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despilchado sempre, por ser muito de mãos abertas. Se numa mesa de primeira ganhava uma ponchada de balastracas, reunia a gurizada da casa, fazia pi! pi! pi! como pra galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro que a miuçada formava, catando as pratas no terreiro. Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses laçaços de apanhar da palheta à virilha, e puxado a valer, tanto que o bicho que o tomava, de tanto sentir dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco é que gritava, num caim! caim! caim! de desespero.
LOPES NETO, J. S. Contrabandista. In: SALES, H. (org). Antologia de contos brasileiros. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001 (adaptado).
A língua falada no Brasil apresenta vasta diversidade,
que se manifesta de acordo com o lugar, a faixa etária, a
classe social, entre outros elementos. No fragmento do
texto literário, a variação linguística destaca-se
O texto publicitário tem como objetivo principal o
convencimento do seu público-leitor e, para alcançar
esse objetivo, utiliza diferentes tipos de linguagem.
Na peça publicitária, que foi divulgada na ocasião da
aprovação da Lei Seca, os elementos verbais e não
verbais foram usados a fim de levar a população a
TEXTO I
Brasil africano
De várias partes da África, veio a metade dos nossos antepassados no período da escravidão, entre os séculos XVII e XIX. As muitas línguas que falavam mudaram o português existente no Brasil. Da estética à culinária, dos costumes à religião, as influências também foram numerosas e permanecem. Os estudos africanos no país remontam ao começo do século XX, mas há, ainda, muito para ser descoberto e compreendido dessas tantas trocas culturais.
Ao relacionar-se a temática dos Textos I e II, sobre a
influência africana no Brasil, constata-se que
As modernas técnicas de comunicação estão associadas
aos impactos da mensagem. Nesse texto, a intenção é
Diz-se, em termos gerais, que é preciso "falar a mesma língua": o português, por exemplo, que é a língua que utilizamos. Mas trata-se de uma língua portuguesa ou de várias línguas portuguesas? O português da Bahia é o mesmo português do Rio Grande do Sul? Não está cada um deles sujeito a influências diferentes — linguísticas, climáticas, ambientais? O português do médico é igual ao do seu cliente? O ambiente social e o cultural não determinam a língua? Estas questões levam à constatação de que existem níveis de linguagem. O vocabulário, a sintaxe e mesmo a pronúncia variam segundo esses níveis.
VANOYE, F. Usos da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1981 (fragmento).
Na fala e na escrita, são observadas variações de uso,
motivadas pela classe social do indivíduo, por sua
região, por seu grau de escolaridade, pelo gênero, pela
intencionalidade do ato comunicativo, ou seja, pelas
situações linguísticas e sociais em que a linguagem é
empregada. A variedade linguística adequada à situação
específica de uso social está expressa