Questões do ENEM 2012 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL
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Rompendo com as paredes retas e com a geometrização
clássica acadêmica, os arquitetos modernistas
desenvolveram seus projetos graças também a um
momento de industrialização e modernização do Brasil.
Observando a imagem apresentada, analisa-se que
A escolha de uma forma teatral implica a escolha de um tipo de teatralidade, de um estatuto de ficção com relação à realidade. A teatralidade dispõe de meios específicos para transmitir uma cultura-fonte a um público-alvo; é sob esta única condição que temos o direito de falar em interculturalidade teatral.
PAVIS, P. O teatro no cruzam ento de culturas. São Paulo: Perspectiva, 2008.
A partir do texto, o meio especificamente cênico utilizado para transmitir uma cultura estrangeira implica
TEXTO I
Poema de sete faces
Mundo mundo vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001 (fragmento).
TEXTO II
CDA (imitado)
Ó vida, triste vida!
Se eu me chamasse Aparecida
dava na mesma.
FONTELA, O. Poesia reunida. São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.
Orides Fontela intitula seu poema CDA, sigla de Carlos
Drummond de Andrade, e entre parênteses indica
"imitado" porque, como nos versos de Drummond,
A rua
Bem sei que, muitas vezes,
O único remédio
É adiar tudo.
É adiar a sede, a fome, a viagem,
A dívida, o divertimento,
O pedido de emprego, ou a própria alegria.
A esperança é também uma forma
De contínuo adiamento.
Sei que é preciso prestigiar a esperança,
Numa sala de espera.
Mas sei também que espera significa luta e não, apenas,
Esperança sentada.
Não abdicação diante da vida.
A esperança
Nunca é a forma burguesa, sentada e tranquila da espera.
Nunca é figura de mulher
Do quadro antigo. Sentada, dando milho aos pombos.
RICARDO, C. Disponível em: www.revista.agulha.nom.br. Acesso em: 2 jan. 2012.
O poema de Cassiano Ricardo insere-se no Modernismo brasileiro. O autor metaforiza a crença do sujeito lírico numa relação entre o homem e seu tempo marcada por
Todo bom escritor tem o seu instante de graça, possui a sua obra-prima, aquela que congrega numa estrutura perfeita os seus dons mais pessoais. Para Dias Gomes essa hora de inspiração veio-lhe no dia que escreveu O pagador de promessas. Em torno de Zé-do-Burro — herói ideal, por unir o máximo de caráter ao mínimo de inteligência, naquela zona fronteiriça entre o idiota e o santo — o enredo espalha a malícia e a maldade de uma capital como Salvador, mitificada pela música popular e pela literatura, na qual o explorador de mulheres se chama inevitavelmente Bonitão, o poeta popular, Dedé Cospe-Rima, e o mestre de capoeira, Manuelzinho Sua Mãe. O colorido do quadro contrasta fortemente com a simplicidade da ação, que caminha numa linha reta da chegada de Zé-do-Burro à sua entrada trágica e triunfal na igreja — não sob a cruz, conforme prometera, mas sobre ela, carregado pelos capoeiras, “como um crucifixado”.
PRADO, D. A. O teatro brasileiro moderno. Sao Paulo: Perspectiva, 2008 (fragmento).
A avaliação crítica de Décio de Almeida Prado destaca as
qualidades de O pagador de promessas. Com base nas
ideias defendidas por ele, uma boa obra teatral deve