Questões do ENEM 2021 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital - Edital 2020

Foram encontradas 180 questões

Q1677467 Português
O gramático tem uma percepção muito estrita da língua. Ele se vê como alguém que tem de defender a língua da mudança. O problema é que eles, ao se esforçarem para que as pessoas obedeçam às normas da língua, não viram que estavam dando um cala-boca no cidadão brasileiro. Como se dissessem: “Tem de falar e escrever de acordo com as regras. Não fale errado!”. E as pessoas, com medo de não conseguir, falam e escrevem pouco. O dono da língua é o falante, não o gramático. Aprendemos com o falante a língua como ele fala e procuramos saber por que está falando de um jeito ou de outro. Dizer que está falando errado não é uma atitude científica, de descoberta. A linguística substituiu o cala-boca ao prazer da descoberta científica. Foi só com a linguística que se ampliou o olhar e se passou a considerar que qualquer assunto é digno de estudo.
Entrevista de Ataliba de Castilho. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017 (adaptado).
Com base na tese defendida na conclusão do texto, infere-se a intenção do autor de
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Q1677468 Português

Estudo da FGV mostra que robôs infestam debate político no Brasil


Um estudo divulgado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas afirma que perfis automatizados em redes sociais já são usados em larga escala no debate político no Brasil — e não para aprimorá-lo. Segundo a pesquisa, esses robôs “se converteram em uma potencial ferramenta para a manipulação de debates nas redes sociais”.


“Nas discussões políticas, os robôs têm sido usados por todo o espectro partidário não apenas para conquistar seguidores, mas também para conduzir ataques a opositores e forjar discussões artificiais. Eles manipulam debates, criam e disseminam notícias falsas e influenciam a opinião pública, postando e replicando mensagens em larga escala. O estudo demonstra de forma clara o potencial danoso dessa prática para a disputa política e o debate público”, diz o diretor da FGV/DAPP, Marco Aurélio Ruediger.


O estudo conclui que os robôs buscam imitar o comportamento humano e se passar como tal, de maneira a interferir em debates espontâneos e criar discussões forjadas. “Com esse tipo de manipulação, os robôs criam a falsa sensação de amplo apoio político a certa proposta, ideia ou figura pública.”


Para a FGV, a participação ostensiva de robôs no ambiente virtual tornou urgente a necessidade de identificar suas atividades e, consequentemente, diferenciar quais debates são legítimos e quais são forjados


GROSSMANN, L. O. Disponível em: www.convergenciadigital.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017.


O texto descreve características de uma tecnologia de informação e comunicação contemporânea, que têm se mostrado difíceis de identificar por causa da utilização de

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Q1677469 Português

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Disponível em: www.comunicaquemuda.com.br. Acesso em: 9 dez. 2017.


A fim de contribuir para a diminuição do número de acidentes de trânsito, essa campanha

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Q1677470 Português

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DOEDERLEIN, J. O livro dos ressignificados. São Paulo: Parábola, 2017.


Nessa simulação de verbete de dicionário, não há a predominância da função metalinguística da linguagem, como seria de se esperar. Identificam-se elementos que subvertem o gênero por meio da incorporação marcante de características da função

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Q1677471 Português

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Disponível em: www.folhavitoria.com.br. Acesso em: 11 dez. 2017.


O uso inusitado do jogo de caça-palavras nessa publicidade de um mercado hortifrúti leva à

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Q1677472 Português

TEXTO I


A planta de Belo Horizonte


   Foi muito grande o contraste entre a nova capital e as antigas vilas coloniais mineiras, nascidas das necessidades das populações do século XVIII, que se desenvolveram sem nenhum planejamento. A futura capital seria inovadora, moderna e progressista. Assim, o projeto urbanístico que o engenheiro paraense Aarão Reis elaborou para Belo Horizonte causou curiosidade e entusiasmo. 


   É digno de atenção observar os nomes que foram dados às ruas de Belo Horizonte: estados brasileiros, tribos indígenas, rios etc. Mencioná-los era uma verdadeira aula de estudos sociais. Era, inclusive, uma forma de ensinar a população, ainda carente de ensino formal. 


Disponível em: www.descubraminas.com.br. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado). 


TEXTO II


Ruas da cidade


                                            Guaicurus, Caetés, Goitacazes

                                            Tupinambás, Aimorés

                                            Todos no chão


                                            Guajajaras, Tamoios, Tapuias

                                            Todos Timbiras, Tupis

                                            Todos no chão


                                             A parede das ruas não devolveu

                                             Os abismos que se rolou

                                             Horizonte perdido no meio da selva

                                             Cresceu o arraial, arraial


                                             Passa bonde, passa boiada

                                             Passa trator, avião

                                             Ruas e reis


                                             Guajajaras, Tamoios,

                                             Tapuias Tupinambás, Aimorés

                                             Todos no chão


                                              A cidade plantou no coração

                                             Tantos nomes de quem morreu

                                              Horizonte perdido no meio da selva

                                              Cresceu o arraial, arraial


                                               A parede das ruas não devolveu

                                               Os abismos que se rolou

                                               Horizonte perdido no meio da selva


BORGES, L.; BORGES, M. In: NASCIMENTO, M. Clube da esquina 2. Rio de Janeiro: EMI, 1978 (fragmento).


Os textos abordam a preservação da memória e da identidade nacional, presente na nomeação das ruas belorizontinas. Quais versos do Texto II contestam o projeto arquitetônico descrito no Texto I?

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Q1677473 Português

Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato. Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano; um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.


Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade. Mas, à medida que fui gostando mais do meu jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranquila e mais divertida. Sapato e roupa simbolizam bem mais do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura interior.


Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos armários da alma e na bolsa também. Resistir a certas tentações é burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e muito mais alegria.


LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2011.


Nesse texto, há duas ocorrências de dois-pontos. Na primeira, eles anunciam uma enumeração das negociações que podemos fazer conosco. Na segunda, eles introduzem uma

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Q1677474 Português

                                 Leia a posteridade, ó pátrio Rio,

                                 Em meus versos teu nome celebrado,

                                 Por que vejas uma hora despertado

                                 O sono vil do esquecimento frio:


                                 Não vês nas tuas margens o sombrio,

                                 Fresco assento de um álamo copado;

                                 Não vês ninfa cantar, pastar o gado

                                 Na tarde clara do calmoso estio.


                                 Turvo banhando as pálidas areias

                                 Nas porções do riquíssimo tesouro

                                 O vasto campo da ambição recreias.


                                 Que de seus raios o planeta louro

                                 Enriquecendo o influxo em tuas veias,

                                 Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.


COSTA, C. M. Obras poéticas de Glauceste Satúrnio. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 out. 2015.


A concepção árcade de Cláudio Manuel da Costa registra sinais de seu contexto histórico, refletidos no soneto por um eu lírico que

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Q1677475 Português

Ao lado da indústria da moda, a do rock é o melhor exemplo da vendabilidade elástica do passado cultural, com suas reciclagens regulares de sua própria história na forma de retomadas e releituras, retornos e versões cover. Nos últimos anos, o desenvolvimento de novas tecnologias acelerou e, de certa maneira, democratizou esse processo a ponto de permitir que as evidências culturais do rock sejam fisicamente desmanteladas e remontadas como pastiche e colagem, com mais rapidez e falta de controle do que em qualquer época.


CONNOR, S. Cultura pós-moderna: introdução às teorias do contemporâneo. São Paulo: Loyola, 1989.


O rock personifica o paradoxo da cultura de massas (pós-moderna), visto que seu alcance e influência globais, combinados com a sua tolerância, criam uma

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Q1677476 Português

Qual a influência da comunicação nos fluxos migratórios?


Denise Cogo, doutora em comunicação, discute a relação entre as tecnologias digitais e as migrações no mundo.


Para a especialista, grande parte das representações e das experiências que conhecemos dos imigrantes chega pela mídia. “A mídia é mediadora das relações”, explica.


O imigrante não é só um sujeito econômico, mas, explica Cogo, um sujeito sociocultural. Portanto, a comunicação integra a trajetória das migrações dentro de um processo histórico. “Desde o planejamento e o estudo das políticas migratórias para o país de destino até o contato com amigos e familiares, o encontro dos fluxos migratórios com as tecnologias digitais traz novas perspectivas para os sujeitos. Também se abre a possibilidade para que, com um celular na mão, os próprios imigrantes possam narrar suas histórias, construindo novos caminhos”, analisa.


Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).


Ao trazer as novas perspectivas acionadas pelos sujeitos na escrita de suas histórias, o texto apresenta uma visão positiva sobre a presença da(s)

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Q1677477 Português

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GUARNIERI, A. Suplemento Literário de Minas Gerais, n. 1 338, set.-out. 2011.


Ao correlacionar o trabalho humano ao da máquina, o autor vale-se da disposição visual do texto para

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Q1677478 Português

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Disponível em: www.inbatatais.com.br. Acesso em: 8 maio 2012.


No anúncio sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas para menores, a linguagem formal interage com a linguagem informal quando o autor

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Q1677479 Português
O universo infantil encanta por ser rico na diversidade de manifestações corporais. Crianças brincam de pega-pega, esconde-esconde, mãe de rua e experienciam diversas possibilidades de movimento na busca de novas descobertas, que podem ocorrer por meio de elementos gímnicos, como a estrelinha, a cambalhota, a bananeira (nomes populares dados à roda, ao rolamento e à parada de mãos). Imagem associada para resolução da questão

PIZANI, J.; BARBOSA-RINALDI, I. P. Cotidiano escolar: a presença de elementos gímnicos nas brincadeiras infantis. Revista de Educação Física da UEM, n. 1, 2010.
Os fundamentos gímnicos da roda e da parada de mãos requerem, respectivamente, a aplicação dos elementos de
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Q1677480 Português
Nos dias atuais, para as crianças e os adolescentes, a alimentação adequada e balanceada está associada, na maioria das vezes, à busca da forma ideal, segundo padrões ditados pela mídia. Se antes essa preocupação era predominantemente feminina, hoje existem adolescentes tentando emagrecer a qualquer custo: entram e saem de dietas e regimes feitos por conta própria, automedicam-se ou praticam exercícios físicos sem orientação.
MATTOS, L. O. N. Educação física e educação para a saúde. MultiRio, 2016 (adaptado).
Adolescentes associam que a conquista da “forma ideal” do corpo está relacionada à
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Q1677481 Português

A carroça sem cavalo


Conta-se que, em noites frias de inverno, descia um forte nevoeiro trazido pelo mar e, nessa noite, ouviam-se muitos barulhos estranhos. Os moradores da cidade de São Francisco, que é a cidade mais antiga de Santa Catarina, eram acordados de madrugada com um barulho perturbador. Ao abrirem a janela de casa, os moradores assustavam-se com a cena: viam uma carroça andando sem cavalo e sem ninguém puxando... Andava sozinha! Na carroça, havia objetos barulhentos, como panelas, bules, inclusive alguns objetos amarrados do lado de fora da carroça. O medo dominou a pequena cidade. Conta-se ainda que um carroceiro foi morto a coices pelo seu cavalo, por maltratar o animal. Nas noites de manifestação da assombração, a carroça saía de um nevoeiro, assustava a população e, depois de um tempo, voltava a desaparecer no nevoeiro.


Disponível em: www.gazetaonline.com.br. Acesso em: 12 dez. 2017 (adaptado).


Considerando-se que os diversos gêneros que circulam na sociedade cumprem uma função social específica, esse texto tem por função

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Q1677482 Português

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Disponível em: www.hospitalalbertorassi.org.br. Acesso em: 13 dez. 2017 (adaptado).


Considerando-se os elementos constitutivos do texto, esse anúncio visa resolver um problema relacionado ao(à)

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Q1677483 Português

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Disponível em: www.comunicadores.info. Acesso em: 27 ago. 2017.


Essa é uma campanha de conscientização sobre os efeitos do álcool na direção. Pela leitura do texto, depreende-se que

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Q1677484 Português
A Em Forma é uma revista destinada às mulheres, às expectativas de consumo que podem ser produzidas ou que se encontram no horizonte de uma feminilidade urbana contemporânea impelida à disputa no mercado afetivo masculino (as mulheres da Em Forma são jovens e heterossexuais). A Em Forma tem como conteúdo central de suas reportagens dietas e séries de exercícios, fármacos para a pele e o cabelo, com fins de embelezamento do corpo e cuidados com a saúde, e reportagens com temas de autoajuda. Ela organiza-se em seções específicas: 1. Fitness; 2. Beleza; 3. Dieta e nutrição; 4. Bem-estar; e 5. Especial. Além dessas seções, apresenta sempre uma reportagem com a “Garota da capa” e outras minisseções que veiculam conteúdos similares aos das seções fixas.
ALBINO, B. S.; VAZ, A. F. O corpo e as técnicas para o embelezamento feminino. Movimento, n. 1, 2008 (adaptado).
Considerando-se as expectativas sobre as feminilidades produzidas pela mídia, na revista mencionada a prática de exercícios tem corroborado para a construção de uma feminilidade
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Q1677485 Português

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DE MARIA, W. Campo relampejante, 1977.

Disponível em: www.ballardian.com. Acesso em: 12 jun. 2018.


Na obra Campo relampejante (1977), o artista Walter de Maria coloca hastes de ferro em espaços regulares, em um campo de 1600 metros quadrados no Novo México. O trabalho faz parte do movimento artístico Land Art, que trata da

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Q1677486 Português

Como o preconceito contribui para o aumento da epidemia de aids


Apesar dos avanços da medicina, a mentalidade em relação à aids e ao HIV continua na década de 1980.


O último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2016, mostrou que os casos de HIV entre os jovens no Brasil aumentaram consideravelmente. O problema avançou: das 32 321 novas infecções por HIV registradas em 2015, 24,8% aconteceram com pessoas entre 15 e 24 anos.


Muitos apontam como causa o fato de que os adolescentes não conviveram com o auge da epidemia. Mas, para os especialistas, a questão é bem mais complexa. “Continuamos com essa visão hipócrita de que falar sobre sexo incita os mais jovens, e não damos ferramentas para que eles tomem decisões mais seguras em relação à sexualidade”, afirma Georgiana Braga-Orillard, diretora do Unaids, programa conjunto da ONU sobre HIV e aids, que tem como meta acabar com a epidemia até 2030.


A questão do preconceito não pode ser separada de uma síndrome estigmatizante como a aids. Leis como a que garante o tratamento gratuito pelo SUS e a que penaliza atos de discriminação ajudam, mas não são suficientes para mudar a mentalidade da sociedade, que ainda enxerga quem vive com o vírus como um “merecedor”. Além disso, o acesso à saúde e à orientação não é igual para todos.


Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2017 (adaptado).


Essa reportagem discute o preconceito de não se falar abertamente sobre sexo com os mais jovens como um fator responsável pelo avanço do número de casos de aids no Brasil. A estratégia usada pelo repórter para tentar desconstruir esse preconceito é

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Respostas
21: C
22: A
23: D
24: C
25: E
26: B
27: B
28: C
29: B
30: E
31: A
32: B
33: C
34: A
35: D
36: A
37: A
38: B
39: B
40: A