Questões do ENEM 2022 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia - Edital 2022
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Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de segundo. Temos pressa para ouvir “eu te amo”. Não vemos a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio: somos namorados, ficantes, casados, amantes? Urgência emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao AMOR: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: “paciência”. Amor sem paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. É uma refeição que pode durar uma vida.
MEDEIROS, M Disponível em: http://porumavidasimples.blogspot.com.br. Acesso em: 20 Ago. 2017 (Adaptado)
Nesse texto de opinião, as marcas linguísticas revelam uma situação distensa e de pouca formalidade, o que se evidencia pelo(a)
TEXTO II
Nas ruas, na cidade e no parque
Ninguém nunca prendeu o Delegado. O vaivém de rua em rua e sua longa vida são relembrados e recontados. Exemplo de sobrevivência, liderança, inteligência canina, desde pequenininho seu focinho negro e seus olhos delineados desenharam um mapa mental olfativo-visual de Lavras, Corria de quem precisava correr e se aproximava de quem não lhe faria mal, distinguia este daquele. Assim, tornou-se um cão comunitário. Nunca se soube por que escolheu a rua, talvez lhe tenham feito mal dentro de quatro paredes. Idoso, teve câncer e desapareceu. O querido foi procurado pela cidade inteira por duas protetoras, mas nunca encontrado.
COSTA .A .R.N. Viver o amor aos cães: Parque Francisco da Assis Carmo de Cachoeira: Irdin, 2014(adaptado)
Os dois textos abordam a temática de animais de rua, porém, em relação ao Texto I, o Texto Il
Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em 4 dez. 2018 (adaptado)
Ao divulgar a adaptação do jogo para questões relativas a ações e habilidades de mulheres notáveis, o texto busca
Para convencer o público-alvo sobre a necessidade de um trânsito mais seguro, essa peça publicitária apela para o(a)
SILVA JR, M. G. Movidas pela dúvida. Minas faz Ciências, n. 52, dez-fev 2013 (adaptado)
Segundo os autores citados no texto, a expansão de possibilidades no campo das manifestações artísticas promovida pela internet pode pôr em risco o(a)
Fui testemunha dessa mudança ao longo de toda a minha vida. Ao passo que, na realidade, é o contrário que acontece. Cada nova técnica exige uma longa iniciação numa nova linguagem, ainda mais longa na medida em que nosso espirito é formatado pela utilização das linguagens que precederam o nascimento da recém-chegada.
ECO, U.:CARRIÉRE, L.C. Não contem como fim do livro. Rio de Janeiro: Record, 2010 (adaptado),
O texto revela que, quando a sociedade promove o desenvolvimento de uma nova técnica, o que mais impacta seus usuários é a
— Me disseram... — Disseram-me.
— Hein?
— O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”? —O quê? — Digo-te que você
— O "te" e o “você” não combinam. — Lhe digo?
— Também não. O que você ia me dizer?
— Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. [..] — Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu... — O quê?
— O mato.
— Que mato?
— Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo! — Se você prefere falar errado...
— Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
VERISSIMO. L.F. Comédias para se ler na escola Rio de Janeiro: Objetiva. 2001 (adaptado)
Nesse texto, o uso da norma-padrão defendido por um dos personagens toma-se inadequado em razão do(a)
SILVA, F. A. B:ZIVIANE, P;GHEZZI D.R As tecnologias digitais e seus usos.
Brasilia, Rio de Janeiro, Ipea. 2019 (adaptado)
Ao analisarem a correlação entre os hábitos e o perfil socioeconômico dos usuários da intenet no Brasil, os pesquisadores
A língua não é uma nomenclatura, que se apõe a uma realidade pré-categorizada, ela é que classifica a realidade. No léxico, percebe-se, de maneira mais imediata, o fato de que a língua condensa as experiências de um dado povo.
FIORIN,J.Língua, modernidade e tradição. Diversitas, n.2, mar-set.2014.
TEXTO II As expressões coloquiais ainda estão impregnadas de discriminação contra os negros. Basta recordar algumas delas, como passar um "dia negro", ter um "lado negro", ser a "ovelha negra" da família ou praticar "magia negra".
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em:22 maio 2018.
O Texto II exemplifica o que se afirma no Texto I, na medida em que defende a ideia de que as escolhas lexicais são resultantes de um
Considerando-se a função social dos posts, essa imagem evidencia a apropriação de outro gênero com o objetivo de
Elena é um filme sobre a irmã que parte e sobre a irmã que fica. É um filme sobre a busca, a perda, a saudade, mas também sobre o encontro, o legado, a memória. Um filme sobre a Elena de Petra e sobre a Petra de Elena, sobre o que ficou de uma na outra e, essencialmente, um filme sobre a delicadeza.
VANUCHI, C. Época, 19 out. 2012 (adaptado)
O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre a função social de
Falcão, A. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Salamandra, 2013 (Adaptado)
Esso texto, que simula um verbete para a palavra “palavra”, constitui-se como um poema porque
TORRES, F. Fim. São Paulo: Cia das Leras, 2013.
O recurso que caracteriza a organização estrutural desse texto é o(a)
Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada como um(a)
Disponível em: www.esporte.gov.br Acesso em: 9 Ago. 2017 (adaptado)
Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de saúde, para a prática regular de exercícios ter influência significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o desenvolvimento de estratégias que
Projeto Mural Eletrônico desenvolvido no INT, semelhante a um totem, promete tornar o acesso à informação disponível para todos
A inclusão de pessoas com deficiência se constituiu um dos principais desafios e preocupações para a sociedade ao longo das últimas décadas. E o uso da tecnologia tem se revelado um aliado fundamental em muitas iniciativas voltadas para essa área. Exemplo disso é uma das recentes criações do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) — unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ali, com o objetivo de que as diferenças entre pessoas não sejam sinônimo de obstáculos no acesso à informação ou na comunicação, engenheiros e tecnólogos vêm trabalhando no desenvolvimento do projeto Mural Eletrônico.
O Mural Eletrônico nasceu da necessidade de promover a inclusão nas escolas. Com interface multimídia e interativa, todos têm a possibilidade de acessar o Mural Eletrônico. Por meio do equipamento, podem ser disponibilizados vídeos com Libras, leitura sonora de textos, que também estarão acessíveis em uma plataforma de braille dinâmico, ao lado do teclado.
KIEFER, D. Inclusão ampla e irrestrita. Rio Pesquisa, n 36, set. 2016 (adaptado)
TEXTO II
Projeto Surdonews, desenvolvido na UFRJ, garante acesso de surdos à informação e contribui para sua “inclusão cientifica"
Para não permitir que a falta de informação seja um fator para o isolamento e a inacessibilidade da comunidade surda, a jornalista e pesquisadora Roberta Savedra Schiaffino criou o projeto “Surdonews: montando os quebra-cabeças das notícias para o surdo”. Trata-se de uma página no Facebook, com notícias constantemente atualizadas e apresentadas por surdos em Libras, e veiculadas por meio de vídeos. A ideia de criar o projeto surgiu quando Roberta, ela própria surda profunda, ainda cursava o mestrado. Para isso, ela procurou traçar um diagnóstico do conhecimento informal entre as pessoas com surdez. Ela entrevistou cinquenta alunos surdos do ensino fundamental e viu que eles tinham muita dificuldade de ler, além de não captar a notícia falada. “Isso é muito grave, pois 90% do saber de um indivíduo vem do conhecimento informal, adquirido em feiras científicas, conversas, cinema, teatro, incluindo a mídia, por todas as suas possibilidades disseminadoras”, explica a pesquisadora. “Prezamos pelo conteúdo cientifico em nossas pautas. Contudo, independentemente disso, nosso principal trabalho é, além de informar e atualizar, fazer com que os textos não sejam empobrecidos no processo de tradução e, sim, acessíveis”.
KIFFER, D. Comunicação sem barreiras. Rio Pesquisa, n. 37 dez. 2016 (adaptado)
Considerando-se o tema tecnologias e acessibilidade, os textos I e Il aproximam-se porque apresentam projetos que
Ao descrever os olhos de Maria Santa, o narrador estabelece correlações que refletem a
O complexo de falar difícil
O que importa realmente é que o(a) detentor(a) do notável saber jurídico saiba quando e como deve fazer uso desse português versão 2.0, até porque não tem necessidade de alguém entrar numa padaria de manhã com aquela cara de sono falando o seguinte: “Por obséquio, Vossa Senhoria teria a hipotética possibilidade de estabelecer com minha pessoa umarelação de compra e venda, mediante as imposições dos códigos Civil e do Consumidor, para que seja possível a obtenção de 10 pãezinhos em temperatura estável para que a relação pecuniária no valor de RS 5,00 seja plenamente legitima e capaz de saciarminha fome matinal?”.
O problema é que temos uma cultura de valorizar quem demonstra ser inteligente ao invés de valorizar quem é. Pela nossa lógica, todo mundo que fala dificil tende a ser mais inteligente do que quem valoriza o simples, 99,9% das pessoas que estivessem na padaria iriam ficar boquiabertas se alguém fizesse uso das palavras que eu disse acima em plenas 7 da manhã em vez de dizer: “Bom dia! O senhor poderia me vender cinco reais de pão francês?”
ARAÚJO, H. Disponível om: www.diariojurista.com Acesso em 20 nov. 2021 (adaptado)
Nesso artigo de opinião, ao fazer uso de uma fala rebuscada no exemplo da compra do pão, o autor evidencia a importância de(a)
Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 31 out 2021 (adaptado)
O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a relação da conquista da skatista com a
Zanza daqui Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim Vamos embora
Ver o capim Vero baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer Cansado de guerra Morro de bem Com a minha terra: Cana, caqui Inhame, abóbora Onde só vento se semeava outrora Amplidão, nação, sertão sem fim Ó Manuel, Miguilim Vamos embora BUARQUE, C. As cidades. Rio de Janeiro: RCA, 1998 (fragmento).
Nesse texto, predomina a função poética da linguagem. Entretanto, a função emotiva pode ser identificada no ver