Questões Militares
Sobre estratificação e desigualdade social em sociologia
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(“Nova lei inclui combate à violência contra a mulher no currículo escolar”. www12.senado.leg.br, 11.06.2021. Adaptado.)
A aprovação da lei abordada no excerto expressa
Assinale a alternativa que apresenta o movimento que melhor ilustra a relação entre mobilização coletiva e desigualdades de classe, tendo como base o excerto acima.
(Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/19/primeira-vitima-do-rj-eradomestica-e-pegou-coronavirus-da-patroa.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 05/11/2021.)
A notícia do site UOL retrata a primeira morte registrada na pandemia do novo coronavírus no Brasil. Uma senhora de 63 anos contraiu o vírus de sua patroa que voltava da Itália para o Rio de Janeiro. O exemplo dessa fatalidade, com uma mulher negra e empregada doméstica, revela um processo mais amplo, que vai além da pandemia e simboliza um cenário marcado por:
Na sociologia, até os anos 1970, o conceito de “papéis sociais de sexo”, apresentado pela antropóloga cultural estadunidense Margaret Mead (1901-1978), era o termo mais utilizado. É a partir dessa década que as teorias sociais passam a utilizar o conceito de gênero influenciadas pela chamada segunda onda do feminismo [...]. Desse modo, o conceito de gênero passa a enfatizar os processos de construção dos comportamentos em relação ao corpo e aos afetos, justamente para superar o “congelamento” das categorias de homem e mulher que advêm de descrições biológicas. [...] Isso quer dizer, como afirma o sociólogo francês Pierre Bourdieu, que as estruturas e instituições sociais partem de uma construção simbólica em que as características masculinas e femininas são biologizadas, naturalizadas e, portanto, dificilmente podem ser desconstruídas.
(SILVA, Afrânio et. al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016. p. 333.)
Sobre a abordagem sociológica do conceito de gênero, é correto afirmar:
A visão de convívio harmonioso entre as raças foi desconstruída pelos estudos de Florestan Fernandes, que participou com Roger Bastide das pesquisas financiadas pela Unesco, e redundaram no livro A integração do negro na sociedade de classes (1965).
(SILVA, Afrânio et. al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016. p. 121.)
Qual é, dentre as afirmativas a seguir, a que sintetiza a contribuição do sociólogo Florestan Fernandes para os estudos das relações raciais no Brasil?
As manifestações recentes contra o racismo estrutural no Brasil e no mundo reatualizaram os princípios da declaração sobre a raça e os preconceitos raciais proclamada pela Conferência Geral da UNESCO, em 1978.
Leia o trecho da Declaração a seguir.
Artigo 1º §1. Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie e têm a mesma origem. Nascem iguais em dignidade e direitos e todos são parte integrante da humanidade.
§2. Todos os indivíduos e os grupos têm o direito de serem diferentes, de se considerarem diferentes e de serem vistos como tal. Contudo, a diversidade das formas de vida e o direito à diferença não podem, em quaisquer circunstâncias, servir de pretexto para os preconceitos raciais; não podem legitimar, de direito ou de fato, qualquer prática discriminatória, nem servir de fundamento para a política do apartheid, que constitui a mais extrema forma do racismo.
§3. A identidade de origem não afeta de modo algum o fato de
os seres humanos poderem viver de forma diferente, nem
prejudica a existência de diferenças baseadas na diversidade
das culturas, do meio ambiente e da história, nem o direito de
manter a identidade cultural.
Com relação ao texto, é correto afirmar que
Ainda que as transformações demográficas tenham cada vez mais repercutido no aumento da proporção e do número de idosos na sociedade de maneira global, se observa que certos estereótipos com relação à velhice seguem prevalecendo como visões parciais e confusas dessa etapa da vida. Um conjunto de atitudes, em geral negativas e que se expressam de diferentes maneiras, no que diz respeito ao envelhecimento, ainda que nem sempre de modo intencional, caracteriza a gerofobia (do grego gero = velho ou idoso fobos = temor, medo), a qual, atrás do rascismo e sexismo, é a terceira forma mais comum de discriminação. O termo se refere a visões e atitudes depreciativas para com os idosos, a exemplo da discriminação pela idade ou da imposição da perda de protagonismo, que se observa a partir de uma lógica marginalizadora, respaldada socialmente na “ditadura” da idade.
(Neilson Santos Meneses. Gerofobia. Universidade Federal de Sergipe. Disponível em: http://www.ufs.br/conteudo/20100-gerofobia. Adaptado)
Em conformidade com o texto, podemos perceber que diversas formas de preconceito – como gerofobia, racismo e sexismo – contribuem para a desumanização e coisificação do outro. Desse modo, conclui-se que
“As mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham, em média, 76,5% do rendimento dos homens. Essas e outras informações estão no estudo de Estatísticas de Gênero, divulgado pelo IBGE.”
(Mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos do que o homem. Agência IBGE Notícias. Disponível em https://agenciadenoticias.ibge.gov.br. Adaptado)
No Brasil, diferenças sociais entre homens e mulheres prejudicam a democracia porque
“A desagregação do regime escravocrata e senhorial ocorreu, no Brasil, sem que se oferecesse aos antigos agentes do trabalho escravo assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o Estado, a Igreja ou qualquer outra instituição assumissem encargos especiais, que tivessem por objeto prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho.”
(Florestan Fernandes. A integração do negro na sociedade de classes. Volume 1, São Paulo: Editora Globo, 2008, p. 29. Adaptado)
Segundo o texto, o processo de abolição da escravatura no Brasil
Se um comportamento é considerado natural para uma sociedade e não para outra, isso significa que ele não é natural e, sim, cultural.
(Caderno do Professor: sociologia, ensino médio – 1ª . série, vol. 3)
Por essa afirmação, entende-se que
As desigualdades sociais, no mundo ocidental, sempre estiveram presentes em todas as sociedades, desde a antiguidade até a Idade Média. Na modernidade, entretanto, essa questão não apenas se tornou mais evidente, como se tornou central com o advento das classes sociais. Sobre o do tema desigualdade social e as classes sociais - o entendimento de suas condições no século XIX, de acordo com as orientações pedagógicas da Secretaria de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. Um bom começo para o entendimento das origens e da dinâmica do desenvolvimento das classes, principalmente no século XIX, são os ensinamentos de Marx. Para ele, classe, no capitalismo, pode ser definida de forma genérica – já que Marx faz uso do termo de forma variada – em termos da relação de grupamentos sociais com os meios de produção.
II. Embora Marx inicie a sua obra mais famosa, O Capital, falando da mercadoria, ele está mais preocupado, na realidade, com o processo de produção.
III. Na visão dicotômica de Marx, estabelece-se uma reciprocidade de dependência simétrica. Assim, o conflito de classes surge, inevitavelmente, dessa dependência recíproca. Em cima dessas condições objetivas ele trabalha as condições necessárias de consciência e ação.
Estão corretas as afirmativas:
As desigualdades sociais, no mundo ocidental sempre estiveram presentes em todas as sociedades, desde a antiguidade até a Idade Média. Na modernidade, entretanto, essa questão não apenas se tornou mais evidente, como se tornou central com o advento das classes sociais. Sobre o ensino do tópico as grandes mudanças do período moderno e as consequências para a vida social, de acordo com as orientações pedagógicas da Secretaria de Educação de Minas Gerais, analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) O capitalismo não se caracteriza pelo fato de os meios de produção, os produtos e, principalmente, a força de trabalho serem uma mercadoria, vendida e comprada no mercado.
( ) Para Marx, basicamente, existem no capitalismo duas classes: uma, que detém os meios de produção (matérias-primas, maquinário, as fábricas, e o capital que pode comprá-los) e outra que não possui estes meios. Isto é o que ele chama de relação de produção.
( ) A alienação, isto é, o fato de o produto (ou mercadoria) se unir de forma indissociável ao produtor que o produz – aí, incluída a força de trabalho – serve apenas de mote para a descrição do processo de produção capitalista, gerando as condições objetivas da reprodução e das relações de classe.
( ) A burguesia e o proletariado passam a ser classe em si quando elas têm consciência de sua própria existência, ou, quando têm consciência de classe.
( ) Ao proletariado, que vende sua força de trabalho, cabe apenas uma parcela da riqueza produzida, que vai corresponder apenas àquilo de que precisa para se reproduzir, ou seja, o seu salário.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta de cima para baixo.
Canções conhecidas da Música Popular Brasileira ajudam a desmascarar – através da ironia – atitudes que desumanizam e coisificam o outro, o diferente. Mas, a leveza musical pode criar a ilusão de que é fácil lutar contra esse câncer social – o preconceito, base de estigmas, estereótipos, discriminação, segregação e genocídio. A respeito dessa luta, é possível afirmar que

A desigualdade de gênero relaciona-se com a estratificação social
Falar da contribuição das raças humanas para a civilização mundial poderia assumir um aspecto surpreendente numa coleção de brochuras destinadas a lutar contra o preconceito racista. Resultaria num esforço vão ter consagrado tanto talento e tantos esforços para demonstrar que nada, no estado atual da ciência, permite afirmar a superioridade ou a inferioridade intelectual de uma raça em relação a outra […].
(Claude Lévi-Strauss. Raça e História. 3a Edição. Lisboa, Editorial Presença,1980. Adaptado)
O que determina a diferença cultural entre os povos?