Questões Militares de Sociologia - Estratificação e desigualdade social
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Analise a imagem e leia o texto a seguir.
“Seu Cristo é judeu. Seu carro é japonês. Sua pizza é italiana. Sua democracia, grega. Seu café, brasileiro. Seu feriado, turco. Seus algarismos, arábicos. Suas letras, latinas. Só o seu vizinho é estrangeiro.”
Cartaz nas ruas de Berlim. Extraído de Identidade, de Z. Bauman. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
Com base na imagem e no texto, analise as afirmativas sobre a percepção do estrangeiro na sociedade contemporânea.
I. A economia globalizada incrementa intercâmbios de mercadorias e bens que são bem recebidos e até mesmo estimulados, ao passo que a circulação de pessoas de um país para o outro é vista de maneira ameaçadora.
II. A presença de agrupamentos humanos com diferenças linguísticas e culturais pode alimentar sentimentos identitários e até xenófobos, expondo um dos paradoxos da atualidade: ser singular em um mundo plural.
III. As imagens da mídia sobre os desafios provocados pelos fluxos migratórios de refugiados na atualidade estimulam visões estereotipadas do estrangeiro, como “ameaça” e “perigo” ou como “vítima” que precisa de ajuda.
Está correto o que se afirma em
As manifestações recentes contra o racismo estrutural no Brasil e no mundo reatualizaram os princípios da declaração sobre a raça e os preconceitos raciais proclamada pela Conferência Geral da UNESCO, em 1978.
Leia o trecho da Declaração a seguir.
Artigo 1º §1. Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie e têm a mesma origem. Nascem iguais em dignidade e direitos e todos são parte integrante da humanidade.
§2. Todos os indivíduos e os grupos têm o direito de serem diferentes, de se considerarem diferentes e de serem vistos como tal. Contudo, a diversidade das formas de vida e o direito à diferença não podem, em quaisquer circunstâncias, servir de pretexto para os preconceitos raciais; não podem legitimar, de direito ou de fato, qualquer prática discriminatória, nem servir de fundamento para a política do apartheid, que constitui a mais extrema forma do racismo.
§3. A identidade de origem não afeta de modo algum o fato de
os seres humanos poderem viver de forma diferente, nem
prejudica a existência de diferenças baseadas na diversidade
das culturas, do meio ambiente e da história, nem o direito de
manter a identidade cultural.
Com relação ao texto, é correto afirmar que
Ainda que as transformações demográficas tenham cada vez mais repercutido no aumento da proporção e do número de idosos na sociedade de maneira global, se observa que certos estereótipos com relação à velhice seguem prevalecendo como visões parciais e confusas dessa etapa da vida. Um conjunto de atitudes, em geral negativas e que se expressam de diferentes maneiras, no que diz respeito ao envelhecimento, ainda que nem sempre de modo intencional, caracteriza a gerofobia (do grego gero = velho ou idoso fobos = temor, medo), a qual, atrás do rascismo e sexismo, é a terceira forma mais comum de discriminação. O termo se refere a visões e atitudes depreciativas para com os idosos, a exemplo da discriminação pela idade ou da imposição da perda de protagonismo, que se observa a partir de uma lógica marginalizadora, respaldada socialmente na “ditadura” da idade.
(Neilson Santos Meneses. Gerofobia. Universidade Federal de Sergipe. Disponível em: http://www.ufs.br/conteudo/20100-gerofobia. Adaptado)
Em conformidade com o texto, podemos perceber que diversas formas de preconceito – como gerofobia, racismo e sexismo – contribuem para a desumanização e coisificação do outro. Desse modo, conclui-se que
“As mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham, em média, 76,5% do rendimento dos homens. Essas e outras informações estão no estudo de Estatísticas de Gênero, divulgado pelo IBGE.”
(Mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos do que o homem. Agência IBGE Notícias. Disponível em https://agenciadenoticias.ibge.gov.br. Adaptado)
No Brasil, diferenças sociais entre homens e mulheres prejudicam a democracia porque