“Entre o final de 2015 e o início de 2016, centenas de
escolas públicas foram ocupadas no estado de São
Paulo, pelos próprios estudantes, primeiramente
contra a decisão do governo estadual de realocar
alunos e fechar escolas e, em seguida, em torno da
merenda escolar. Junto com outros movimentos
maciços de ocupação de escolas em ao menos oito
outros estados, esse ciclo de ocupações ficou
conhecido como “primavera secundarista”. Os
protestos dos estudantes estavam muito longe de
tematizar, diretamente, questões jurídicas de posse
e propriedade. Antes disso, era uma política
educacional específica que estava em jogo nas
mobilizações e discursos dos secundaristas. O
mote “a escola é nossa” expressava mais uma
apropriação social e coletiva de um bem, entendido
como comum, do que a relação de proprietário
individual que pode usar e dispor do que é seu”.
Bianca Tavolari et al. As ocupações de escolas públicas
em São Paulo (2015–2016)
Sobre a “Primavera Secundarista” e os movimentos
sociais na educação, assinale a alternativa incorreta.