Questões Militares de História
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O “New Deal”, de 1933, foi um plano posto em prática pelo Presidente dos Estados Unidos da América – Franklin Delano Roosevelt –, que articulava as ações do governo com os da iniciativa privada. Para tanto, foram adotadas as seguintes medidas:
I – Supervalorização do dólar para tornar as importações mais competitivas.
II – Empréstimo do governo aos bancos para evitar mais falências.
III – Implantação de um sistema de seguridade social, com a criação do seguro-desemprego.
IV – Não intervenção na economia, pois o próprio mercado resolveria a crise.
V – Criação de um vasto programa de obras públicas, com o intuito de gerar novos empregos.
Assinale a alternativa que apresenta todas as medidas corretas, dentre as listadas acima.
No Brasil do final do século XVIII, houve a decadência da mineração e a reanimação da produção agrícola. Para isso, contribuíram:
I – O aumento da população europeia, com a ampliação dos mercados consumidores de gêneros tropicais.
II – A extinção dos Estados do Brasil, do Grão-Pará e Rio Negro e do Maranhão e Piauí.
III – A Revolução Industrial.
IV – A abertura dos portos às nações amigas.
V – Fundação do Banco do Brasil.
Assinale a alternativa que apresenta todas as contribuições corretas, dentre as listadas acima
No período do Renascimento, durante os séculos XV e XVI, ocorreram mudanças na qualidade e na quantidade da produção cultural. Dentre os fatores que influenciaram essas mudanças, destacam-se o/a:
I – Absolutismo monárquico.
II – Desenvolvimento da imprensa.
III – Advento do “Século das Luzes”.
IV – Ação dos Mecenas.
V – Empirismo e liberalismo político de John Locke.
Assinale a alternativa que apresenta todos os fatores corretos, dentre os listados acima.
[...] as reuniões de Trotsky no Circo Moderno representam apenas uma das múltiplas faces da massa. Há uma foto perturbadora do 1º de Maio em Moscou, na futura Praça Vermelha, em frente ao Kremlin. Numa espécie de cruzamento cronológico, a multidão revolucionária – uma mistura de tropas, soldados a cavalo, passeatas operárias – adquire um perfil familiar, o da coreografia tradicional do socialismo real. Somente a ausência de tanques, de uma tribuna de apparatchiks [o alto escalão do PC] e de grandes retratos de Lenin e Stalin pendurados nas fachadas dos edifícios nos lembra que tudo isso ainda está por vir. O czarismo celebrou sua glória nesse mesmo lugar. A revolução apropria-se dele, muda seu significado, mas a geometria das passeatas que o permeiam revela de súbito a imagem do futuro e, ao mesmo tempo, a força de um atavismo histórico que inegavelmente insere o ano de 1917, contra a sua vontade, num longo período [...].
(LÖWY, Michel. Revoluções. São Paulo: Boitempo, 2009, p. 158.)
Com relação à Revolução Russa de 1917 e seus desdobramentos políticos na construção da URSS e em outras nações, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) A recepção do acontecimento da Revolução Russa no Brasil foi amplamente favorável. Vários periódicos brasileiros de grande circulação lançaram notas em apoio à Revolução Bolchevique, criando assim uma prolífica imprensa engajada.
( ) O ano de 1917 dá início a um processo que transformou o mundo, sendo chamado por um importante analista de “utopia concreta”. Entretanto, os períodos que se seguem na construção do socialismo histórico apresentaram um universo militarizado e autoritário, que, por fim, revelou uma longa e trágica história de abusos e violências.
( ) Embora o fim da URSS tenha ocorrido após os eventos que vão de 1989, com a queda do muro de Berlim, até dezembro de 1991, com o golpe de estado que derrubou Gorbatchev, a URSS teve outro momento de grande abalo por volta de 1956, quando vieram a público os crimes de estado do período de Stalin.
( ) O período em que Stalin esteve no controle da URSS foi de abertura política, graças à intercessão de Trotsky, que estabeleceu uma rede de contatos em todo o mundo, incluindo figuras como o muralista Diego Rivera e a pintora Frida Kahlo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Foi a República Romana que primeiro uniu a grande propriedade agrícola com a escravidão em grupos no interior em maior escala. O advento da escravidão como um modo de produção organizado inaugurou – como na Grécia – a fase clássica que distinguia a civilização romana, o apogeu de seu poder e de sua cultura. Mas enquanto na Grécia isso havia coincidido com a estabilização da pequena agricultura e de um compacto corpo de cidadãos, em Roma foi sistematizado por uma aristocracia urbana a qual já gozava de um domínio social e econômico sobre a cidade. O resultado foi a nova instituição rural do latifundium escravo extensivo. A mão de obra para as enormes explorações que emergiam do século III a.C. em diante era abastecida pela espetacular série de campanhas que deu a Roma o poder sobre o mundo mediterrâneo.
(ANDERSON, Perry. Passagens da antiguidade ao feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 58.)
Tendo como alvo a República Romana, assinale a alternativa correta.
“As possíveis verdades de várias hipóteses nesses campos pareciam ser na época menos importante que seu uso para os horríveis propósitos políticos do regime de Adolf Hitler. Ainda hoje existem muitos que se recusam a aceitar pesquisas sobre possíveis diferenças raciais no gênero humano ou que rejeitam qualquer descoberta que tende a demonstrar, sobre bases análogas, desigualdades entre vários grupos humanos.”
(Eric Hobsbawm. Sobre História)
O texto faz menção
“Mas, para os membros do mundo burguês instruído e próspero que viveram nessa era de catástrofe e convulsão social, não parece se tratar, em primeira instância, de um cataclismo fortuito, algo como um furacão generalizado que devastasse tudo à sua paisagem.”
(Eric Hobsbawm. A Era dos Impérios. 1875-1914)
Sobre o fragmento e a obra, é correto afirmar que é exemplo de catástrofe e convulsão social, desdobradas em conflitos:
“Na verdade veio, como tinha de vir, do topo. Ainda não está claro de que maneira, exatamente, um reformista comunista obviamente apaixonado e sincero veio a ser sucessor de Stálin à frente do PC soviético em 15 de março de 1985, e continuará pouco claro até que a história soviética das últimas décadas se torne tema mais da história do que de acusação e auto-exculpação.”
(Eric Hobsbawm. Era dos extremos: O breve século XX. 1914-1991)
A partir do fragmento de texto, é correto afirmar que
“As duas potências fascistas fizeram, num alinhamento formal, o Eixo Berlim-Roma, enquanto Alemanha e Japão faziam um pacto “Anti-Comintern”. Em 1937, sem surpreender ninguém, o Japão invadiu a China. (...) Em 1938, a Alemanha também achou que chegara a hora da conquista. A Áustria foi invadida e anexada em março (...) o acordo de Munique despedaçou a Tchecoslováquia e transferiu grandes partes dela para Hitler, mais uma vez pacificamente. O resto foi ocupado em março de 1939, encorajando a Itália (...) a ocupar a Albânia. Quase imediatamente, uma crise polonesa mais uma vez resultante de novas exigências territoriais alemãs paralisou a Europa. Disso veio a guerra europeia de 1939-1941, que se tornou a Segunda Guerra Mundial.”
(Eric Hobsbawm. Era dos Extremos: o breve século XX. 1914-1991)
A chamada II Guerra Mundial teve seu início em setembro de 1939, primeiramente na Europa. Um dos motivos para sua deflagração foi
“(...) à medida que os países industrializados vão reorientando sua produção, abre-se a possibilidade de expandir uma indústria nacional que se dedique à fabricação de artigos cujo valor fosse pequeno e, portanto, de pouco interesse para o produtor estrangeiro. Foi o caso da fabricação de tecidos de algodão, da sacaria para embalagens de café (...) o país vai, pouco a pouco, dispondo de matérias-primas abundantes. E de capitais oriundos da produção agrícola que precisavam ser reinvestidos.”
(Maria Yedda Linhares. História Geral do Brasil)
Conforme se lê no excerto, a industrialização no Brasil, durante a chamada República Velha, correspondeu
“Até a proclamação da Independência (...) o antagonismo entre José Bonifácio e os setores liberais permaneceu no segundo plano. Estavam todos associados numa obra comum: defender, das investidas das Cortes portuguesas, a autonomia conquistada em 1808.”
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos)
A participação de José Bonifácio no processo de independência do Brasil, em 1822, é bem descrita pela historiografia. Apesar das polêmicas que cercam toda narrativa sobre um personagem histórico, ficou entre as marcas inconfundíveis de sua política:
“Por volta da década de 1880, era óbvio que a abolição estava iminente. O Parlamento, reagindo ao abolicionismo de dentro e de fora do país, vinha aprovando uma legislação gradualista. As crianças nascidas de mães escravas foram declaradas livres em 1871, e em 1885 a liberdade foi garantida para os escravos com idade superior a 65 anos. O movimento abolicionista tornou-se irresistível nas áreas cafeeiras, onde quase dois terços da população escrava estava concentrada. Com uma nova consciência de si mesmos e encontrando apoio em segmentos da população que simpatizavam com a causa abolicionista, grandes números de escravos fugiram das fazendas. A escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada. Quase ninguém opunha-se à idéia de abolição, embora alguns reivindicassem que os fazendeiros deviam ser indenizados pela perda de seus escravos.”
(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos)
Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
“A catástrofe na qual mergulhou a gente comum da antiga URSS ao final do antigo sistema ainda não acabou. Penso que o salto súbito, revolucionário, do antigo sistema para o capitalismo que lhes foi imposto talvez tenha perturbado mais a economia que a Segunda Guerra Mundial e mais que a Revolução de Outubro, e a economia da região já levou mais tempo para se recuperar que nos anos 20 e 40. Nossa avaliação de todo o fenômeno soviético continua provisória.”
(Eric Hobsbawm. Sobre História)
A Revolução Russa foi, independentemente das visões díspares sobre seus resultados, um dos mais importantes eventos ocorridos no século XX. A afirmação refere-se