Questões Militares de Literatura - Escolas Literárias

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Q682110 Literatura
Leia o texto a seguir: Cárcere das almas Cruz e Souza
Ah! toda a alma num cárcere anda presa, Soluçando nas trevas, entre as grades Do calabouço olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual nobreza Olhando a alma entre grilhões as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etéreo o Espaço funéreo!
Ó almas presas, mudas e fechadas Nas prisões colossais e abandonadas, Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves, que chaveiro do Céu possui as chaves para abrir-vos as portas do Mistério?!
No soneto “Cárcere das Almas” percebemos com nitidez a dicotomia existencial do poeta angustiado, ser humano conflitado entre:
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Q682109 Literatura
O diálogo entre duas ou mais obras de arte chamamos de intertextualidade. Ela pode ser observada em qualquer manifestação cultural, inclusive na literatura. Muitos poetas “reinventaram” a “Canção do exílio”, partindo desse poema de Gonçalves Dias criaram intertextos do poema.  
Canção do exílio Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá; As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. (...)
Canção do exílio Murilo Mendes
Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, (...) Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil rés a dúzia Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! 
Outra Canção do exílio Eduardo Alves da Costa
Minha terra tem Palmeiras                              Corinthians e outros times                              De copas exuberantes Que ocultam muitos crimes.                           As aves que aqui revoam                               São corvos do nunca mais,                             A povoar nossa noite com duros olhos de açoite 
que os anos esquecem jamais.
Em cismar sozinho, ao relento,  sob o céu poluído, sem estrelas, Nenhum prazer tenho eu cá...  .....................................                                    
Murilo Mendes e Eduardo Alves da Costa estabelecem intertextualidade em relação a Gonçalves Dias por:  
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Q677567 Literatura

                                                    TEXTO 4

                                       PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

                                                                                                        Augusto dos Anjos

                                     Eu, filho do carbono e do amoníaco,

                                       Monstro de escuridão e rutilância,

                                    Sofro, desde a epigênese da infância,

                                    A influência má dos signos do zodíaco.


                                       Profundissimamente hipocondríaco,

                                   Este ambiente me causa repugnância...

                               Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia

                                  Que se escapa da boca de um cardíaco.


                                 Já o verme — este operário das ruínas —

                                     Que o sangue podre das carnificinas

                                   Come, e à vida em geral declara guerra,


                                  Anda a espreitar meus olhos para roê-los,

                                     E há de deixar-me apenas os cabelos,

                                        Na frialdade inorgânica da terra!

ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. 

Quanto ao poema de Augusto dos Anjos (texto 4), é coerente afirmar que
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Ano: 2009 Banca: ITA Órgão: ITA Prova: ITA - 2009 - ITA - Aluno - Português e Inglês |
Q677450 Literatura

Na obra Quaderna (1960), João Cabral de Melo Neto incluiu um conjunto de textos, intitulado “Poemas da cabra”, cujo tema é o papel desse animal no universo social e cultural nordestino. Um desses poemas é reproduzido ao lado: 


Um núcleo de cabra é visível

por debaixo de muitas coisas.

Com a natureza da cabra

Outras aprendem sua crosta.


Um núcleo de cabra é visível

em certos atributos roucos

que têm as coisas obrigadas

a fazer de seu corpo couro.


A fazer de seu couro sola.

a armar-se em couraças, escamas:

como se dá com certas coisas

e muitas condições humanas.


Os jumentos são animais

que muito aprenderam da cabra.

O nordestino, convivendo-a,

fez-se de sua mesma casta

                                     

Acerca desse poema, NÃO se pode afirmar que: 

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Q676321 Literatura

“A feição deles é serem pardos maneiras d’avermelhados de bons rostros e bons narizes bem feitos. Andam nus sem nenhuma cobertura nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas e estão acerca disso com tanta inocência como têm de mostra rosto.”

In BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1977. p.17. 

O fragmento acima pertence à literatura
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Respostas
136: D
137: D
138: D
139: B
140: D