Questões Militares
Sobre gênero épico ou narrativo em literatura
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II. A tomada de consciência em relação ao racismo é um processo que acontece de maneira semelhante para Henrique e Martha, às vezes com culpa, às vezes com júbilo.
III. Martha, apesar de sofrer as consequências do racismo e do machismo, não se sente uma vítima e, por isso, não assume uma postura combativa contra isso.
IV. No romance, um processo que afeta todas as personagens, mas de maneiras diferentes e nem sempre no mesmo grau, é a conscientização sobre o racismo.
2. “Então, no início da rua, você viu uma viatura com sirenes tocando, e àquela altura da sua vida, aos catorze anos, você já havia aprendido que aquela visão era um problema, não que você tivesse consciência de que a polícia te abordava porque você era negro, mas sua experiência já te dizia para se manter longe das viaturas.” (O avesso da pele, Jeferson Tenório).
I. Em Moçambique ou no Brasil, no passado ou no presente, a população negra, jovem ou idosa, deve se portar de determinada maneira a fim de “minimizar” os efeitos do racismo e da dominação.
II. Em Moçambique ou no Brasil, no passado ou no presente, o racismo e a submissão social acontecem a despeito do comportamento da população negra.
III. Mulheres negras que se submetem às violentas imposições dos dominadores racistas são poupadas e acabam por ter alguns privilégios.
“Não, eu não contaria. Não fora para isso que viera para casa. Além disso, não seria eu a destruir neles fosse o que fosse. A seu tempo alguém se encarregaria de os pôr na raiva. Não, eu não contaria.”
... As vezes mudam algumas famílias para a favela, com crianças. No inicio são iducadas, amaveis. Dias depois usam o calão, são soezes e repugnantes. São diamantes que transformam em chumbo. Transformam-se em objetos que estavam na sala de visita e foram para o quarto de despejo.
(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014. p. 38.)
A respeito de Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, considere as seguintes afirmativas:
1. Carolina acredita que a vida na favela é perniciosa para a formação das crianças, porém, como ali não chegam informações relevantes sobre a vida pública, ela é incapaz de emitir opiniões políticas ou de se revoltar.
2. João, José Carlos e Vera tendem a se “transformar em chumbo” porque, ao priorizar a escrita e divulgação de seu diário, Carolina muitas vezes descuida das atividades domésticas e da atenção aos próprios filhos.
3. A metáfora “quarto de despejo” é repetida em várias passagens do diário para significar a exclusão, o não pertencimento a espaços em que a dignidade da vida humana estivesse garantida.
4. Palavras escritas sem obediência à norma padrão aparecem com frequência, porém os raciocínios que a autora elabora são complexos e o cotidiano é muitas vezes descrito com lirismo.
Assinale a alternativa correta.