Questões Militares de Literatura - Modernismo
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A carta
Ali andavam entre eles três ou quatro moças, muito novas e muito gentis, com
cabelos mui pretos e compridos pelas espáduas, e suas vergonhas, tão altas e tão
cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as muito bem olharmos, não
tínhamos nenhuma vergonha.
(CAMINHA, Pero Vaz de, In: CASTRO, Sílvio. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L & PM, 1996).
Texto V
As meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinha
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
(ANDRADE, Oswald de.In: MORICONI, Italo. Os cem melhores poemas do século).
I. Oswald de Andrade, através da paródia, critica a retórica da negatividade utilizada por Caminha para descrever os índios.
II. Oswald de Andrade, dialoga com Pero Vaz de Caminha, ao citar a Carta e evocar a descoberta do Brasil como mito da cordialidade.
III. Oswald de Andrade, opera no diapasão modernista, ao desconstruir o discurso etnocêntrico dos colonizadores.
IV. Oswald de Andrade, transforma as indias em meninas da gare, reescrevendo o trecho mais erótico da Carta.
( ) A ausência de caráter apresenta uma crítica pessimista da alma brasileira.
( ) A caracterização do protagonista como anti-herói, marca uma mentalidade cultural com potencial revolucionário.
( ) Constitui um contradiscurso em relação à consistência hegemônica que se firmou ao longo da história nacional.
( ) Integra o espaço, e o referencial mítico maravilhoso e americano.
( ) Pela inversão parodística, o herói civilizado destrona o anti-herói.