Questões Militares de Literatura - Modernismo
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Com relação à obra Sagarana, de Guimarães Rosa, leia as afirmações e assinale a alternativa correta.
I. A tendência regionalista assume caráter de experiência estética universal, fundindo o real e o mítico.
II. A invenção linguística é parte de estudos e levantamento minucioso da língua portuguesa.
III. O sertão é redimensionado para além da geografia, ainda que dele se extraia a matéria-prima.
IV. O pitoresco e o realismo exótico ganham força pela revisão da tradição ficcional inaugurada pela obra.
Leia o poema de Manoel de Barros extraído do Livro das Ignorãças (1993):
“Ocupo muito de mim com o meu desconhecer./ Sou um sujeito letrado em dicionários./ Não tenho mais que 100 palavras./ Pelo menos uma vez por dia me vou no Morais ou no Viterbo. -/ A fim de consertar minha ignorãça,/ mas só acrescenta./ Despesas para minha erudição tiro nos almanaques:/ – Ser ou não ser, eis a questão./ Ou na porta dos cemitérios:/ – Lembra que és pó e que ao pó tu voltarás./ Ou no verso das folhinhas:/ –Conhece-te a ti mesmo./ Ou na boca do povinho:/ – Coisa que não acaba no mundo é gente besta / e pau seco./ Etc / Etc / Etc / Maior que o infinito é a encomenda.”
Assinale a alternativa correta.
I- Preferiu não participar da Semana de Arte Moderna, mas enviou seu famoso poema “Os Sapos”, que, lido por Ronald de Carvalho, tumultuou o Teatro Municipal.
II – Sua fase “gauche” caracterizou-se pelo pessimismo, pelo individualismo, pelo isolamento e pela reflexão existencial. A obra mais importante foi o “Poema de Sete Faces”.
III- Na fase social, o eu lírico manifesta interesse pelo seu tempo e pelos problemas cotidianos, buscando a solidariedade diante das frustrações e das esperanças humanas.
IV- A última fase foi marcada pela poesia intimista, de orientação simbolista, prezando o espiritualismo e orientalismo e a musicalidade, traços que podem ser notados no poema “O motivo da Rosa”.
Estão corretas as afirmações:
Atente para estes dois textos, que constam das páginas iniciais de dois grandes romances brasileiros:
I. Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão de trabalho. Dirigi-me a alguns amigos e quase todos consentiram em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. (...)
Abandonei a empresa e iniciei a composição de repente, valendo-me de meus próprios recursos e sem indagar se isto me traz qualquer vantagem, direta ou indireta.
(Graciliano Ramos. S. Bernardo. S. Paulo: Martins, 1970, 12. ed.)
II. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? (...) A história – determino com falso livre arbítrio – vai ter uns sete personagens e eu sou um dos mais importantes deles, é claro. Eu, Rodrigo S. M. Relato antigo, este, pois não quero ser modernoso e inventar modismos à guisa de originalidade.
(Clarice Lispector. A hora da estrela. Rio de Janeiro: José Olympio, 4. ed., 1978)