Questões Militares de Português - Adjetivos

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Q654661 Português

Leia:

De noite

Vai ter cantoria

Está chegando o povo do samba

É a Vila

Chão da poesia

Celeiro de bambas

Assinale a alternativa em que, no texto acima, todas as expressões são locuções adjetivas.

Alternativas
Q652027 Português
Em qual alternativa a forma plural dos adjetivos compostos está incorreta?
Alternativas
Q646778 Português

                                         Eles blogam. E você?

     Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.

      Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.

      Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: os weblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana.

      O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.

       Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts.

      Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto escrito surja como algo natural?

      Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos provocadores.

      Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão na base da construção de conhecimento.

      Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?

                              Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)

Assinale a opção em que ocorre alteração de sentido com a troca de lugar entre adjetivo e substantivo.
Alternativas
Q646267 Português

Considere o fragmento abaixo.

“Agradeço ao mestre que me despertou a dúvida, mostrou-me o caminho e chorou quando errei. Pode até ser que, hoje, esteja lendo seus livros, esquecido do mundo, sem mais lecionar. Mas ele sabe, orgulhoso, que um dia já teve o sorriso sincero do aluno que aprendeu a lição. E eu gostaria de, como criança levada que recebeu um presente, dizer:

– Muito obrigado, meu professor.”

Analise as afirmativas a seguir.

I) A situação proposta ocorre no presente e retrocede ao passado quando se refere à figura do mestre: “...me despertou...”, “...mostrou-me...”.

II) Em “Muito obrigado”, o adjetivo concorda com o gênero do locutor.

III) No trecho que vai de “Mas ele sabe, ...dizer:” prevalece a intransitividade verbal.

IV) Infere-se que o mestre é atuante, ele educa e ensina verdadeiramente.

V) As palavras “despertou”, “caminho” e “errei” referem-se à decisão de seguir a carreira militar.

Estão corretas apenas

Alternativas
Q645376 Português

                                  O Médico e o monstro

                                                                                     Paulo  Mendes Campos

      Avental branco, pincenê vermelho, bigodes azuis, ei-lo, grave, aplicando sobre o peito descoberto duma criancinha um estetoscópio, e depois a injeção que a enfermeira lhe passa.

      O avental na verdade é uma camisa de homem adulto a bater-lhe pelos joelhos; os bigodes foram pintados por sua irmã, a enfermeira; a criancinha é uma boneca de olhos cerúleos, mas já meio careca, que atende pelo nome de Rosinha; os instrumentos para exame e cirurgia saem duma caixinha de brinquedos.

      Ela, seis anos e meio; o doutor tem cinco. Enquanto trabalham, a enfermeira presta informações:

      - Esta menina é boba mesmo, não gosta de injeção, nem de vitamina, mas a irmãzinha dela adora.

      O médico segura o microscópio, focaliza-o dentro da boca de Rosinha, pede uma colher, manda a paciente dizer aaá. Rosinha diz aaá pelos lábios da enfermeira. O médico apanha o pincenê, que escorreu de seu nariz, rabisca uma receita, enquanto a enfermeira continua:

      - O senhor pode dar injeção que eu faço ela tomar de qualquer jeito, porque é claro que se ela não quiser, NE, vai ficar muito magrinha que até o vento carrega.

      O médico, no entanto, prefere enrolar uma gaze em torno do pescoço da boneca, diagnosticando:

      - Mordida de leão.

      - Mordida de leão, pergunta, desapontada, a enfermeira, para logo aceitar este faz de conta dentro do outro faz de conta; eu já disse tanto, meu Deus, para essa garota não ir na floresta brincar com Chapeuzinho Vermelho...

      Novos clientes desfilam pela clínica: uma baiana de acarajé, um urso muito resfriado, porque só gostava de neve, um cachorro atropelado por lotação, outras bonecas de vários tamanhos, um papai Noel, uma bola de borracha e até mesmo o pai e a mãe do médico e da enfermeira.

      De repente, o médico diz que está com sede e corre para a cozinha, apertando o pincenê contra o rosto. A mãe se aproveita disso para dar um beijo violento no seu amor de filho e também para preparar-lhe um copázio de vitaminas: tomate, cenoura, maçã, banana, limão, laranja e aveia. O famoso pediatra, com um esgar colérico, recusa a formidável droga.

      - Tem de tomar, senão quem acaba no médico é você mesmo, doutor.

      Ele implora em vão por uma bebida mais inócua. O copo é levado com energia aos seus lábios, a beberagem é provada com uma careta. Em seguida, propõe um trato:

      - Só se você depois me der um sorvete.

      A terrível mistura é sorvida com dificuldade e repugnância, seus olhos se alteram nas órbitas, um engasgo devolve o restinho. A operação durou um quarto de hora. A mãe recolhe o copo vazio com a alegria da vitória e aplica no menino uma palmadinha carinhosa, revidada com a ameaça dum chute. Já estamos a essa altura, como não podia deixar de ser, presenciado a metamorfose do médico em monstro.

      Ao passar zunindo pela sala, o pincenê e o avental são atirados sobre o tapete com um gesto desabrido. Do antigo médico resta um lindo bigode azul. De máscara preta e espada, Mr. Hyde penetra no quarto, onde a doce enfermeira continua a brincar, e desfaz com uma espadeirada todo o consultório: microscópio, estetoscópio, remédios, seringa, termômetro, tesoura, gaze, esparadrapo, bonecas, tudo se derrama pelo chão. A enfermeira dá um grito de horror e começa a chorar nervosamente. O monstro, exultante, espeta-lhe a espada na barriga e brada:

      - Eu sou o Demônio do Deserto!

      Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal, desatento a qualquer autoridade materna ou paterna, com o diabo no corpo, o monstro vai espalhando o terror a seu redor: é a televisão ligada ao máximo, é o divã massacrado sob os seus pés, é um cometa indo tinir no ouvido da cozinheira, um vaso quebrado, uma cortina que se despenca, um grito, um uivo, um rugido animal, é o doce derramado, a torneira inundando o banheiro, a revista nova dilacerada, é, enfim, o flagelo à solta no sexto andar dum apartamento carioca.

      Subitamente, o monstro se acalma. Suado e ofegante, senta-se sobre os joelhos do pai, pedindo com doçura que conte uma história ou lhe compre um carneirinho de verdade.

      E a paz e a ternura de novo abrem suas asas num lar ameaçado pelas forças do mal.

OBS.: O texto foi adaptado às regras no Novo Acordo Ortográfico. 

O elemento mórfico da palavra sublinhada NÃO tem valor diminutivo na opção:
Alternativas
Respostas
176: D
177: B
178: B
179: B
180: C