Questões Militares de Português - Coesão e coerência

Foram encontradas 689 questões

Q2350461 Português
Texto 1A1-I


          Atitudes de confiança em relação a situações, pessoas ou sistemas específicos, e também num nível mais geral, estão diretamente ligadas à segurança psicológica dos indivíduos e dos grupos. Confiança e segurança, risco e perigo, existem em conjunções historicamente únicas nas condições da modernidade. Os mecanismos de desencaixe, por exemplo, garantem amplas arenas de segurança relativa na atividade social diária. Pessoas que vivem em países industrializados, e em certa medida em qualquer lugar hoje, estão geralmente protegidas contra alguns dos perigos enfrentados rotineiramente em tempos pré-modernos — como as forças da natureza. Por outro lado, novos riscos e perigos, tanto locais quanto globais, são criados pelos próprios mecanismos de desencaixe. Comidas com ingredientes artificiais podem ter características tóxicas ausentes das comidas mais tradicionais; perigos ambientais podem ameaçar os ecossistemas da Terra como um todo.


Anthony Giddens. Modernidade e identidade. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002, p. 25 (com adaptações).
A respeito dos aspectos linguísticos do texto 1A1-I, assinale a opção correta. 
Alternativas
Q2260603 Português
Imagem associada para resolução da questão

É correto afirmar que a materialidade linguística da charge responde pelo efeito de sentido de humor com base em
Alternativas
Q2260378 Português
ChatGPT ajuda a criar roteiro criativo de viagem


       Planejar uma viagem pode ser uma tarefa desafiadora. Os guias, por sua natureza, mandam todos os leitores para os mesmos destinos. E as pesquisas na web podem ter como resultado dados confusos e inúteis. Mas, alguns viajantes que são fãs de tecnologia estão tendo sucesso recorrendo aos chatbots de inteligência artificial, como o ChatGPT e o Bard, para se inspirar e planejar as férias, tratando esses serviços como agentes de viagens gratuitos e sob demanda.
      Alpa Patel, uma viajante ávida que vive na cidade de Nova Iorque, gostou da ideia de usar o ChatGPT porque ele oferece uma lista muito clara às pessoas.
      Ela está planejando uma viagem com a família para Edimburgo, na Escócia, no verão. Depois de ficar frustrada com a mesmice de sempre dos sites de viagens que aparecem no Google, Alpa teve uma ideia: que tal pedir alguns conselhos ao ChatGPT? Ela perguntou de forma bem específica pelos passeios de um dia, adequados quando se tem um filho que enjoa ao andar de carro. Portanto, ela achava que não seria viável passar horas dentro de um carro para chegar a seu destino. Em resposta, o ChatGPT sugeriu a ela algumas opções nas quais ela poderia deslocar-se de trem.

(Disponível em: estadão.com.br. Acesso em: 26.06.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa que reescreve trecho do texto, com coerência e com emprego dos sinais de pontuação de acordo com a norma-padrão, em sequência ao enunciado – Ana Patel afirmou:
Alternativas
Q2259527 Português
A alegria da música

     Eu gosto muito de música clássica. Comecei a ouvir música clássica antes de nascer, quando ainda estava na barriga da minha mãe. Ela era pianista e tocava... Sem nada ouvir, eu ouvia. E assim a música clássica se misturou com minha carne e meu sangue. Agora, quando ouço as músicas que minha mãe tocava, eu retorno ao mundo inefável que existe antes das palavras, onde moram a perfeição e a beleza.
     Em outros tempos, falava-se muito mal da alienação. A palavra “alienado” era usada como xingamento. Alienação era uma doença pessoal e política a ser denunciada e combatida. A palavra alienação vem do latim alienum, que quer dizer “que pertence a um outro”. Daí a expressão alienar um imóvel. Pois a música produz alienação: ela me faz sair do meu mundo medíocre e entrar num outro, de beleza e formas perfeitas. Nesse outro mundo eu me liberto da pequenez e das picuinhas do meu cotidiano e experimento, ainda que momentaneamente, uma felicidade divina. A música me faz retornar à harmonia do ventre materno. Esse ventre é, por vezes, do tamanho de um ovo, como na Rêverie, de Schumann; por vezes é maior que o universo, como no Concerto nº 3 de Rachmaninoff. Porque a música é parte de mim, para me conhecer e me amar é preciso conhecer e amar as músicas que amo.
      Agora mesmo estou a ouvir uma fita cassete que me deu Ademar Ferreira dos Santos, um amigo português. Viajávamos de carro a caminho de Coimbra. O Ademar pôs música a tocar. Ele sempre faz isso. Fauré, numa transcrição para piano. A beleza pôs fim à nossa conversa. Nada do que disséssemos era melhor do que a música. A música produz silêncio. Toda palavra é profanação. Faz-se silêncio porque a beleza é uma epifania do divino, ouvir música é oração. Assim, eu e o Ademar adoramos juntos no altar da beleza. Terminada a viagem, o Ademar retirou a fita e m’a deu. “É sua”, ele disse de forma definitiva. Protestei. Senti-me mal, como se fosse um ladrão. Mas não adiantou. Existem gestos de amizade que não podem ser rejeitados. Assim, trouxe comigo um pedaço do Ademar que é também um pedaço de mim.

(Rubem Alves, Na morada das palavras. Adaptado)

A alternativa que reescreve passagem do texto empregando elementos de coesão por retomada de acordo com a norma-padrão é:
Alternativas
Q2259117 Português
A alegria da música

     Eu gosto muito de música clássica. Comecei a ouvir música clássica antes de nascer, quando ainda estava na barriga da minha mãe. Ela era pianista e tocava... Sem nada ouvir, eu ouvia. E assim a música clássica se misturou com minha carne e meu sangue. Agora, quando ouço as músicas que minha mãe tocava, eu retorno ao mundo inefável que existe antes das palavras, onde moram a perfeição e a beleza.
     Em outros tempos, falava-se muito mal da alienação. A palavra “alienado” era usada como xingamento. Alienação era uma doença pessoal e política a ser denunciada e combatida. A palavra alienação vem do latim alienum, que quer dizer “que pertence a um outro”. Daí a expressão alienar um imóvel. Pois a música produz alienação: ela me faz sair do meu mundo medíocre e entrar num outro, de beleza e formas perfeitas. Nesse outro mundo eu me liberto da pequenez e das picuinhas do meu cotidiano e experimento, ainda que momentaneamente, uma felicidade divina. A música me faz retornar à harmonia do ventre materno. Esse ventre é, por vezes, do tamanho de um ovo, como na Rêverie, de Schumann; por vezes é maior que o universo, como no Concerto nº 3 de Rachmaninoff. Porque a música é parte de mim, para me conhecer e me amar é preciso conhecer e amar as músicas que amo.
      Agora mesmo estou a ouvir uma fita cassete que me deu Ademar Ferreira dos Santos, um amigo português. Viajávamos de carro a caminho de Coimbra. O Ademar pôs música a tocar. Ele sempre faz isso. Fauré, numa transcrição para piano. A beleza pôs fim à nossa conversa. Nada do que disséssemos era melhor do que a música. A música produz silêncio. Toda palavra é profanação. Faz-se silêncio porque a beleza é uma epifania do divino, ouvir música é oração. Assim, eu e o Ademar adoramos juntos no altar da beleza. Terminada a viagem, o Ademar retirou a fita e m’a deu. “É sua”, ele disse de forma definitiva. Protestei. Senti-me mal, como se fosse um ladrão. Mas não adiantou. Existem gestos de amizade que não podem ser rejeitados. Assim, trouxe comigo um pedaço do Ademar que é também um pedaço de mim.

(Rubem Alves, Na morada das palavras. Adaptado)
A alternativa que reescreve passagem do texto empregando elementos de coesão por retomada de acordo com a norma-padrão é:
Alternativas
Respostas
6: C
7: A
8: A
9: E
10: A