Questões Militares de Português - Concordância verbal, Concordância nominal

Foram encontradas 241 questões

Q2261939 Português
Assinale a alternativa que apresenta o enunciado redigido segundo a ortografia oficial e com a concordância de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q2260609 Português
If

     Houve um autor chamado Rudyard Kipling. Menos conhecido hoje, foi muito aclamado no seu tempo. Nascido na Índia dominada pelos ingleses, foi uma espécie de “profeta do imperialismo”. Seu poema O Fardo do Homem Branco é sempre citado como exemplo de racismo e de culturalismo colonial. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura – o primeiro dado a um escritor de língua inglesa.
     Meu contato inicial com Kipling foi o poema If (Se). O poema estabelece uma ideia recorrente condicional: “Se consegues manter a calma, se consegues esperar sem desesperar, se és capaz de sonhar sem fazer do sonho seu mestre, se consegues continuar mesmo quando todos estiverem exaustos, etc., etc... tu herdarás toda a Terra e serás um homem de verdade”.
     Como quase tudo de Kipling, traduz certa noção do estoicismo desejado pela elite britânica. O súdito fleumático era um modelo. Alguns poetas o amaram (como Guilherme de Almeida). Houve detratores, como Pablo Neruda, que destacou a sabedoria pedestre e a moral hipócrita de Kipling.       Estoico, sem dúvida, especialmente pela ideia de serenidade interior indiferente ao mundo. Poderia também ser uma maneira inglesa de traduzir o Bhagavad Gita, que trata sobre a aceitação de uma missão pessoal. Kipling fez um curto manual vitoriano de sabedoria de bolso.
      Ter lido Kipling parece ser um sinal de idade. Os versos finais ecoam na minha memória: “Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes / E, entre reis, não perder a naturalidade / E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes / Se a todos podes ser de alguma utilidade / E se és capaz de dar, segundo por segundo / Ao minuto fatal todo o valor e brilho / Tua é a terra com tudo o que existe no mundo / E o que mais – tu serás um homem, ó meu filho!” Pergunta esperançosa: alguém aqui ainda lê Kipling?

(Leandro Karnal. Disponível em:<estadão.com.br>.
Acesso em: 02.07.2023. Adaptado)

Assinale a alternativa redigida de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
Alternativas
Q2259125 Português
A alegria da música

     Eu gosto muito de música clássica. Comecei a ouvir música clássica antes de nascer, quando ainda estava na barriga da minha mãe. Ela era pianista e tocava... Sem nada ouvir, eu ouvia. E assim a música clássica se misturou com minha carne e meu sangue. Agora, quando ouço as músicas que minha mãe tocava, eu retorno ao mundo inefável que existe antes das palavras, onde moram a perfeição e a beleza.
     Em outros tempos, falava-se muito mal da alienação. A palavra “alienado” era usada como xingamento. Alienação era uma doença pessoal e política a ser denunciada e combatida. A palavra alienação vem do latim alienum, que quer dizer “que pertence a um outro”. Daí a expressão alienar um imóvel. Pois a música produz alienação: ela me faz sair do meu mundo medíocre e entrar num outro, de beleza e formas perfeitas. Nesse outro mundo eu me liberto da pequenez e das picuinhas do meu cotidiano e experimento, ainda que momentaneamente, uma felicidade divina. A música me faz retornar à harmonia do ventre materno. Esse ventre é, por vezes, do tamanho de um ovo, como na Rêverie, de Schumann; por vezes é maior que o universo, como no Concerto nº 3 de Rachmaninoff. Porque a música é parte de mim, para me conhecer e me amar é preciso conhecer e amar as músicas que amo.
      Agora mesmo estou a ouvir uma fita cassete que me deu Ademar Ferreira dos Santos, um amigo português. Viajávamos de carro a caminho de Coimbra. O Ademar pôs música a tocar. Ele sempre faz isso. Fauré, numa transcrição para piano. A beleza pôs fim à nossa conversa. Nada do que disséssemos era melhor do que a música. A música produz silêncio. Toda palavra é profanação. Faz-se silêncio porque a beleza é uma epifania do divino, ouvir música é oração. Assim, eu e o Ademar adoramos juntos no altar da beleza. Terminada a viagem, o Ademar retirou a fita e m’a deu. “É sua”, ele disse de forma definitiva. Protestei. Senti-me mal, como se fosse um ladrão. Mas não adiantou. Existem gestos de amizade que não podem ser rejeitados. Assim, trouxe comigo um pedaço do Ademar que é também um pedaço de mim.

(Rubem Alves, Na morada das palavras. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase - Existem gestos de amizade que não podem ser rejeitados. – está reescrita de acordo com a norma-padrão de concordância e de correlação de tempos e modos verbais.
Alternativas
Q2213698 Português
A tirinha evidencia a discussão sobre qual conteúdo gramatical?
Alternativas
Q2213690 Português
TEXTO I

CONSUMO EXCESSIVO DE SAL PODE
AUMENTAR ESTRESSE

Leo Caparroz – 27 dez. 2022

As consequências fisiológicas do alto consumo de sódio já são bem conhecidas. O sal eleva a pressão arterial que, por sua vez, pode aumentar o risco de problemas cardíacos. Agora, cientistas começaram a explorar, também, um tópico não usual dessa influência: o efeito do sal no nosso comportamento, particularmente nos níveis de estresse.
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, realizaram um experimento com ratos para investigar a relação entre a ingestão de sódio e o estresse. Os cientistas alimentaram ratos machos com dietas ricas em sal, em uma proporção semelhante à tipicamente ingerida por seres humanos. Além de um grupo controle, que recebia refeições com baixo nível de sal, os roedores foram divididos em dois grupos: alguns comeram os pratos salgados por duas semanas, e outros por oito.
Analisando as amostras de sangue dos ratos, eles descobriram que os níveis de cortisol – hormônio relacionado ao estresse – eram sempre mais altos nos ratos da dieta rica em sal. Para induzir o estresse, os ratos eram tirados do repouso e colocados em pequenos tubos de vidro.
O sal não desencadeou o estresse nos ratos, mas o amplificou. Segundo os cientistas, as cobaias teriam essa resposta de qualquer jeito. Mas a ingestão excessiva de sal piorou a situação.
Segundo os pesquisadores, os roedores são similares aos seres humanos em termos de anatomia, fisiologia e genética. Além disso, nas duas espécies a dieta é um dos fatores que pode controlar a resposta ao estresse. Os ratos também não costumam ingerir muito sal, o que facilita o teste de seu impacto.
Apesar disso, ainda existem diferenças na maneira como os humanos e os animais absorvem, usam e metabolizam o sal. Sendo assim, os resultados não devem ser traduzidos linha por linha. “As comparações entre roedores e seres humanos devem ser interpretadas com cautela”, afirmou Giuseppe Faraco, professor-assistente de neurociência na Weill Cornell Medicine, que estuda a ligação entre o sal e o comprometimento cognitivo, mas que não participou deste estudo, à Wired

Adaptado de: https://super.abril.com.br/saude/consumo-excessivode-sal-pode-aumentar-estresse/. Acesso em: 23 fev. 2023.
Assinale a alternativa em que a reescrita do excerto selecionado está de acordo com as regras de concordância da norma padrão. 
Alternativas
Q2201202 Português
Considerando as regras de concordância verbal, marque a alternativa cujo verbo em destaque pode ir para o plural.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: NUCEPE Órgão: CBM-PI Prova: NUCEPE - 2023 - CBM-PI - Soldado |
Q2182050 Português
“A solidariedade entre o verbo e o sujeito, que ele faz viver no tempo, exterioriza-se na concordância, isto é, na variabilidade do verbo para conformar-se ao número e à pessoa do sujeito da gramática.”
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do Português contemporâneo. 7. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2017. Disponível em: https://ia800706.us.archive.org/12/items/NovaGramticaDoPortugusContemporneo/Nova%20gram%C3%A1tica%20do%20portugu%C3%AAs %20contempor%C3%A2neo%20.pdf. (adaptado)
A concordância verbal, de acordo com Celso Cunha e Lindley Cintra, é observada na relação indissociável entre o verbo e o seu complemento. Nas frases abaixo, qual apresenta a concordância verbal de acordo com a gramática normativa?
Alternativas
Q2181379 Português
A importância da música para a família Ramirez
(Este texto foi desenvolvido especialmente para esse concurso)

    Rafael Ramirez não sonhava em ser médico, engenheiro ou astronauta. Diferente das demais crianças, Rafael tinha adoração por música, sentia que seu caminho era o de ser musicista.
    A dedicação de seus pais era intensa e imensa. Tornou-se maestro aos 30 anos e esse triunfo ______ (01 - obtido – obitido) também teve como alicerce a esposa, Bia, e os dois filhos, Yasmin e Petrônio.
    Há uns meses, eles se mudaram de São Paulo para Natal, dentre os embrulhos e arrumação de caixas, Rafael encontrou uma coleção antiga de discos (LPs). Decidiu voltar a estudar, agora em um nível superior, o de doutorado. Então, o que era uma curiosidade que marcava uma época de músicas antigas, passou a ser uma base de pesquisa.
    Durante a primeira semana na capital potiguar, logo se inscreveu no programa de pós-graduação e, para sua completa alegria, percebeu que seus filhos também queriam aprender música, a menina para compreender a vida pelas cordas de um violino, para ela esse instrumento ______ (02 - conecta – conécta) pessoas do mundo todo com um som que alcança e acalma a alma. Já o rapazote pensou na música para cantar e encantar a ______ (03 - plateia – platéia) de sua banda de rock.
    A esposa, Bia, era mais prática, via que a música unia as expressões e queria saber se comunicar mais e melhor, uniu o som da percussão com as danças árabes, que resgatavam sua cultura ancestral.
    Com esses exemplos, evidencia-se que, desde sempre, a música é vista como um diferencial por causa das motivações de quem a conhece e hoje ela se tornou uma forma de expressão que se justifica por abarcar diversas áreas da sociedade, variadas idades e famílias inteiras. 
A pedido de Petrônio, Rafael instalou um aplicativo de rotas em seu celular, entretanto, a voz escolhida por seu filho, muitas vezes, não faz uso correto da concordância. Assinale a alternativa em que a concordância na língua portuguesa oficial do Brasil está correta.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: PM-MG - 2023 - PM-MG - Soldado |
Q2156487 Português

Leia atentamente o texto abaixo e responda a questão proposta.


MEU MELHOR CONTO

 

 

                                                                                                                                       Moacyr Scliar

Você me pergunta qual foi o melhor conto que escrevi. Indagação típica de jovens jornalistas; vocês vêm aqui, com esses pequenos gravadores, que sempre dão problema, e uma lista de perguntas - e aí querem saber qual foi o melhor ponto que a gente fez, qual provocou maior controvérsia, essas coisas. Mas tudo bem: não vou me furtar a responder essa questão. Dá mais trabalho explicar por que a gente não responde do que simplesmente responder.

               

    Meu melhor conto... Não está em nenhum dos meus livros, em nenhuma antologia, em nenhuma publicação. Ele está aqui, na minha memória; posso acessá-lo a qualquer momento. Posso inclusive lembrar as circunstâncias em que o escrevi. Não esqueci, não. Não esqueci nada. Mesmo que quisesse esquecer, não o conseguiria.   

    Eu era então um jovem escritor - faz muito tempo, portanto, que isso aconteceu. Estava concluindo o curso de Letras e acabara de publicar meu primeiro livro, recebido com muito entusiasmo pelos críticos. É uma revelação, diziam todos, e eu, que à época nada tinha de modesto, concordava inteiramente: considerava-me um gênio. Um génio contestador. Minhas histórias estavam impregnadas de indignação; eram verdadeiros panfletos de protesto contra a injustiça social. O que me salvava do lugar-comum era a imaginação - a imaginação sem limites que é a marca registrada da juventude literária e que, como os cabelos, desaparecem com os anos.

         Mas eu não era só escritor. Era militante político. Fazia parte de um minúsculo, obscuro, mas extremado grupo de universitários. Veio o golpe de 1964, participei em manifestações de protesto, cheguei a pensar em juntar-me à guerrilha - o que certamente seria um-desastre, porque eu era um garoto de classe média, mimado pelos pais, acostumado ao conforto, enfim, uma antípoda do guerrilheiro. De qualquer modo, fui preso.

       Uma tragédia. Meus pais quase enlouqueceram. Fizeram o possível para me soltar, falaram com Deus e todo mundo, com políticos, jornalistas e até generais. Inútil. O momento era de linha dura, linha duríssima, e eu estava em mais de uma lista de suspeitos. Não me soltariam de jeito nenhum.

    Fui levado para um lugar conhecido como Usina Pequena. Havia duas razões para essa denominação. Primeiro, o centro de detenção ficava, de fato, perto de uma termelétrica. Em segundo lugar, o método preferido para a tortura era, ali, o choque elétrico.

      O chefe da Usina Pequena era o Tenente Jaguar. Esse não era o seu verdadeiro nome, mas o apelido era mais que o apropriado: ele tinha mesmo cara de felino, e de felino muito feroz. Ao sorrir, mostrava os caninos enormes - e isso era suficiente para dar calafrios nos prisioneiros.

    Fiquei pouco tempo na Usina Pequena, quinze dias. Mas foi o suficiente. Da cela que eu ocupava, um cubículo escuro, úmido, fétido, eu ouvia os gritos dos prisioneiros sendo torturados e entrava em pânico, perguntando-me quando chegaria a minha vez. E aí uma manhã eles vieram me buscar e levaram-me para a chamada Sala do Gerador, o lugar das torturas, e ali estava o Tenente Jaguar, à minha espera, fumando uma cigarrilha e exibindo aquele sorriso sinistro. Leu meu prontuário e começou o interrogatório. Queria saber o paradeiro de um dos meus professores, suspeito de ser um líder importante na guerrilha.

      Tão apavorado eu estava que teria falado - se soubesse, mesmo, onde estava o homem. Mas eu não sabia e foi o que respondi, numa voz trémula, que não sabia. Ele me olhou e estava claramente decidindo se eu falava a verdade ou se era bom ator. Mas ali a regra era: na dúvida, a tortura. E eu fui torturado. Choques nos genitais, o método clássico. No quarto choque, desmaiei, e me levaram de volta para a cela.

     Durante dois dias ali fiquei, deitado no chão, encolhido, apavorado. No terceiro dia o carcereiro entrou na sala: o Tenente queria me ver. Implorei para que não me levasse: eu não aguento isso, vou morrer, e vocês vão se meter em confusão. Ignorando minhas súplicas, arrastou-me pelo corredor, mas não me levou para o lugar das torturas, e sim para a sala do Tenente. O que foi uma surpresa. Uma surpresa que aumentou quando o homem me recebeu gentilmente, pediu que sentasse, ofereceu-me um chá. Perguntou se eu tinha me recuperado dos choques; e aí - eu cada vez mais atônito - pediu desculpas: eu tinha de compreender que torturar era a função dele, e que precisava cumprir ordens.

    Ficou um instante olhando pela janela - era uma bela manhã de primavera - e depois voltou-se para mim, anunciando que tinha um pedido a me fazer.

   Àquela altura eu não entendia mais nada. Ele tinha um pedido a me fazer? O todo-poderoso chefe daquele lugar? O cara que podia me liquidar sem qualquer explicação tinha um pedido? Estou às suas ordens, eu disse, numa voz sumida, e ele foi adiante. Eu sei que você é escritor, e um escritor muito elogiado.

        Está na sua ficha - acrescentou, sorridente. - Nós aqui temos todas as informações sobre sua vida.

        Olhou-me de novo e acrescentou:

        - Tem uma coisa que eu queria lhe mostrar.

      Abriu uma gaveta e tirou de lá um recorte de jornal. Era uma notícia sobre um concurso de contos. Cada vez mais surpreso, li aquilo e mirei-o sem entender. Ele explicou.

       Eu escrevo. Contos, como você. Mas tenho de admitir: não tenho um décimo do seu talento. Nova pausa, e continuou:

       Quero ganhar esse concurso literário. Melhor, preciso ganhar esse concurso literário. Não me pergunte a razão, mas é muito importante para mim. E você vai me ajudar. Vai escrever um conto para mim. Posso contar com você, não é?

      E então aconteceu a coisa mais surpreendente. Eu disse que não, que não escreveria merda nenhuma para ele.

      Tão logo falei, dei-me conta do que tinha feito - e fiquei a um tempo aterrorizado e orgulhoso. Sim, eu tinha ousado resistir. Sim, eu tinha mostrado a minha fibra de revolucionário. Mas, e agora? E os choques?

     Para meu espanto, o homem começou a chorar. Chorava desabaladamente, como uma criança. E então me explicou: quem tinha mandado aquele recorte fora o seu filho, um rapaz de catorze anos que adorava o pai, e adorava as histórias que o pai escrevia

      - Ele quer que eu ganhe o concurso, o meu filho o Tenente, soluçando. E eu quero ganhar o concurso. Para ele. É um rapaz muito doente, talvez não viva muito. Eu preciso lhe dar essa alegria. E só você pode me ajudar.

        Olhava-me, as lágrimas escorrendo pela face.

      O que podia eu dizer? Pedi que me arranjasse uma máquina de escrever e umas folhas de papel.

      Naquela tarde mesmo escrevi o conto. Nem precisei pensar muito; simplesmente sentei e fui escrevendo. A história brotava de dentro de mim, fluía fácil. E era um belo conto, diferente de tudo o que eu tinha escrito até então. Não falava em revolta, não satirizava opressores. Contava a história de um pai e de seu filho moribundo.

       Entreguei o conto ao Tenente, que o recebeu sem dizer palavra, sem sequer me olhar. E no dia seguinte fui solto.

     Nunca fiquei sabendo o que aconteceu depois, o resultado do concurso, nada disso. Não estava interessado; ao contrário, queria esquecer a história toda, e inclusive o conto que eu tinha escrito. O que foi inútil. A narrativa continuava dentro de mim, como continua até hoje. Se eu quisesse, poderia escrevê-la de uma sentada.

       Mas não o farei. Esse conto não me pertence. É, acho, a melhor coisa que escrevi, mas não me pertence. Pertence ao Tenente, que esses dias, aliás, vi na rua: um ancião alquebrado, que anda apoiado numa bengala.

     Ele me olhou e sorriu. Talvez tivesse, com gratidão, lembrado aquele episódio. Ou talvez estivesse debochando de mim. Com esses velhos torturadores, a gente nunca sabe.

 

                                                                                                                           (Porto Alegre, 2003.)

 

                                                        Conto de Moacyr Scliar publicado no livro "Do conto à crônica".

 

Analise a concordância verbal das assertivas abaixo e responda o que se pede:

I. Raros são os dias em que não acontecem fatos desagradáveis, II. Sobra-lhe motivos para considerar-se uma pessoa capaz de vencer esse desafio.  Il. Um bloco de foliões animava o centro da cidade.  IV. A maioria dos trabalhadores recebeu a notícia com grande tristeza. V. Não haviam vizinhos ali que concordassem com a obra. 
Estão CORRETAS as assertivas:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: PM-MG - 2023 - PM-MG - Soldado |
Q2156486 Português

Leia atentamente o texto abaixo e responda a questão proposta.


MEU MELHOR CONTO

 

 

                                                                                                                                       Moacyr Scliar

Você me pergunta qual foi o melhor conto que escrevi. Indagação típica de jovens jornalistas; vocês vêm aqui, com esses pequenos gravadores, que sempre dão problema, e uma lista de perguntas - e aí querem saber qual foi o melhor ponto que a gente fez, qual provocou maior controvérsia, essas coisas. Mas tudo bem: não vou me furtar a responder essa questão. Dá mais trabalho explicar por que a gente não responde do que simplesmente responder.

               

    Meu melhor conto... Não está em nenhum dos meus livros, em nenhuma antologia, em nenhuma publicação. Ele está aqui, na minha memória; posso acessá-lo a qualquer momento. Posso inclusive lembrar as circunstâncias em que o escrevi. Não esqueci, não. Não esqueci nada. Mesmo que quisesse esquecer, não o conseguiria.   

    Eu era então um jovem escritor - faz muito tempo, portanto, que isso aconteceu. Estava concluindo o curso de Letras e acabara de publicar meu primeiro livro, recebido com muito entusiasmo pelos críticos. É uma revelação, diziam todos, e eu, que à época nada tinha de modesto, concordava inteiramente: considerava-me um gênio. Um génio contestador. Minhas histórias estavam impregnadas de indignação; eram verdadeiros panfletos de protesto contra a injustiça social. O que me salvava do lugar-comum era a imaginação - a imaginação sem limites que é a marca registrada da juventude literária e que, como os cabelos, desaparecem com os anos.

         Mas eu não era só escritor. Era militante político. Fazia parte de um minúsculo, obscuro, mas extremado grupo de universitários. Veio o golpe de 1964, participei em manifestações de protesto, cheguei a pensar em juntar-me à guerrilha - o que certamente seria um-desastre, porque eu era um garoto de classe média, mimado pelos pais, acostumado ao conforto, enfim, uma antípoda do guerrilheiro. De qualquer modo, fui preso.

       Uma tragédia. Meus pais quase enlouqueceram. Fizeram o possível para me soltar, falaram com Deus e todo mundo, com políticos, jornalistas e até generais. Inútil. O momento era de linha dura, linha duríssima, e eu estava em mais de uma lista de suspeitos. Não me soltariam de jeito nenhum.

    Fui levado para um lugar conhecido como Usina Pequena. Havia duas razões para essa denominação. Primeiro, o centro de detenção ficava, de fato, perto de uma termelétrica. Em segundo lugar, o método preferido para a tortura era, ali, o choque elétrico.

      O chefe da Usina Pequena era o Tenente Jaguar. Esse não era o seu verdadeiro nome, mas o apelido era mais que o apropriado: ele tinha mesmo cara de felino, e de felino muito feroz. Ao sorrir, mostrava os caninos enormes - e isso era suficiente para dar calafrios nos prisioneiros.

    Fiquei pouco tempo na Usina Pequena, quinze dias. Mas foi o suficiente. Da cela que eu ocupava, um cubículo escuro, úmido, fétido, eu ouvia os gritos dos prisioneiros sendo torturados e entrava em pânico, perguntando-me quando chegaria a minha vez. E aí uma manhã eles vieram me buscar e levaram-me para a chamada Sala do Gerador, o lugar das torturas, e ali estava o Tenente Jaguar, à minha espera, fumando uma cigarrilha e exibindo aquele sorriso sinistro. Leu meu prontuário e começou o interrogatório. Queria saber o paradeiro de um dos meus professores, suspeito de ser um líder importante na guerrilha.

      Tão apavorado eu estava que teria falado - se soubesse, mesmo, onde estava o homem. Mas eu não sabia e foi o que respondi, numa voz trémula, que não sabia. Ele me olhou e estava claramente decidindo se eu falava a verdade ou se era bom ator. Mas ali a regra era: na dúvida, a tortura. E eu fui torturado. Choques nos genitais, o método clássico. No quarto choque, desmaiei, e me levaram de volta para a cela.

     Durante dois dias ali fiquei, deitado no chão, encolhido, apavorado. No terceiro dia o carcereiro entrou na sala: o Tenente queria me ver. Implorei para que não me levasse: eu não aguento isso, vou morrer, e vocês vão se meter em confusão. Ignorando minhas súplicas, arrastou-me pelo corredor, mas não me levou para o lugar das torturas, e sim para a sala do Tenente. O que foi uma surpresa. Uma surpresa que aumentou quando o homem me recebeu gentilmente, pediu que sentasse, ofereceu-me um chá. Perguntou se eu tinha me recuperado dos choques; e aí - eu cada vez mais atônito - pediu desculpas: eu tinha de compreender que torturar era a função dele, e que precisava cumprir ordens.

    Ficou um instante olhando pela janela - era uma bela manhã de primavera - e depois voltou-se para mim, anunciando que tinha um pedido a me fazer.

   Àquela altura eu não entendia mais nada. Ele tinha um pedido a me fazer? O todo-poderoso chefe daquele lugar? O cara que podia me liquidar sem qualquer explicação tinha um pedido? Estou às suas ordens, eu disse, numa voz sumida, e ele foi adiante. Eu sei que você é escritor, e um escritor muito elogiado.

        Está na sua ficha - acrescentou, sorridente. - Nós aqui temos todas as informações sobre sua vida.

        Olhou-me de novo e acrescentou:

        - Tem uma coisa que eu queria lhe mostrar.

      Abriu uma gaveta e tirou de lá um recorte de jornal. Era uma notícia sobre um concurso de contos. Cada vez mais surpreso, li aquilo e mirei-o sem entender. Ele explicou.

       Eu escrevo. Contos, como você. Mas tenho de admitir: não tenho um décimo do seu talento. Nova pausa, e continuou:

       Quero ganhar esse concurso literário. Melhor, preciso ganhar esse concurso literário. Não me pergunte a razão, mas é muito importante para mim. E você vai me ajudar. Vai escrever um conto para mim. Posso contar com você, não é?

      E então aconteceu a coisa mais surpreendente. Eu disse que não, que não escreveria merda nenhuma para ele.

      Tão logo falei, dei-me conta do que tinha feito - e fiquei a um tempo aterrorizado e orgulhoso. Sim, eu tinha ousado resistir. Sim, eu tinha mostrado a minha fibra de revolucionário. Mas, e agora? E os choques?

     Para meu espanto, o homem começou a chorar. Chorava desabaladamente, como uma criança. E então me explicou: quem tinha mandado aquele recorte fora o seu filho, um rapaz de catorze anos que adorava o pai, e adorava as histórias que o pai escrevia

      - Ele quer que eu ganhe o concurso, o meu filho o Tenente, soluçando. E eu quero ganhar o concurso. Para ele. É um rapaz muito doente, talvez não viva muito. Eu preciso lhe dar essa alegria. E só você pode me ajudar.

        Olhava-me, as lágrimas escorrendo pela face.

      O que podia eu dizer? Pedi que me arranjasse uma máquina de escrever e umas folhas de papel.

      Naquela tarde mesmo escrevi o conto. Nem precisei pensar muito; simplesmente sentei e fui escrevendo. A história brotava de dentro de mim, fluía fácil. E era um belo conto, diferente de tudo o que eu tinha escrito até então. Não falava em revolta, não satirizava opressores. Contava a história de um pai e de seu filho moribundo.

       Entreguei o conto ao Tenente, que o recebeu sem dizer palavra, sem sequer me olhar. E no dia seguinte fui solto.

     Nunca fiquei sabendo o que aconteceu depois, o resultado do concurso, nada disso. Não estava interessado; ao contrário, queria esquecer a história toda, e inclusive o conto que eu tinha escrito. O que foi inútil. A narrativa continuava dentro de mim, como continua até hoje. Se eu quisesse, poderia escrevê-la de uma sentada.

       Mas não o farei. Esse conto não me pertence. É, acho, a melhor coisa que escrevi, mas não me pertence. Pertence ao Tenente, que esses dias, aliás, vi na rua: um ancião alquebrado, que anda apoiado numa bengala.

     Ele me olhou e sorriu. Talvez tivesse, com gratidão, lembrado aquele episódio. Ou talvez estivesse debochando de mim. Com esses velhos torturadores, a gente nunca sabe.

 

                                                                                                                           (Porto Alegre, 2003.)

 

                                                        Conto de Moacyr Scliar publicado no livro "Do conto à crônica".

 

Observe a concordância dos particípios abaixo e marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: CBM-BA Prova: FCC - 2023 - CBM-BA - Soldado |
Q2155280 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Medo da eternidade


(LISPECTOR, Clarice. Jornal do Brasil, 06 de jun. de 1970)

Está gramaticalmente correta a redação da seguinte frase:
Alternativas
Q2132051 Português
Texto 01 

Bibliotecas

Márcio Tavares D'Amaral

        A biblioteca de Alexandria foi a maior da Antiguidade. Fundada no século IlI a.C., teve a missão de engaiolar ao menos um exemplar de todos os livros escritos no mundo. Setecentos mil rolos e papiros foram protegidos pelas suas paredes! Estava aberta a todas as áreas da poderosa inquietação que nos move a ser e saber mais do que temos sabido e sido. Uma fonte, uma torrente, uma gula de inundar desertos. A biblioteca de Alexandria existiu de verdade. E, tendo sido destruída, é também, até hoje, para quem gosta de livros, um mito. A mãe das bibliotecas. A casa dos sábios.

        Alguns dos nossos fundadores trabalharam nela e inventaram uma parte da nossa cultura, a que, dizem hoje alguns, perdeu sua força e vai para as gôndolas de perfumaria no megamercado do mundo. Custa crer. Se ela não tivesse sido incendiada, bastaria ir lá, intoxicar-se com o ar de séculos de poeira acumulada, respirar a História e desmentir essa profecia. Mas ela de fato foi incendiada. Setecentos mil livros! Se parássemos um pouco nossas correrias, poderíamos olhar com veneração para essa fogueira. Nela ardem também outras bibliotecas, aposentam-se da vida outros livros. É triste. E tem um sabor de símbolo nessa época voraz de informação. A época do Kindle, biblioteca portátil.

        Pensem que Ptolomeu, o grande astrônomo que defendeu a ideia de que a Terra era o centro do universo, trabalhou lá. Como, antes dele, Aristarco de Sarnas, que, ao contrário, postulava o sol como centro, e a Terra como humilde circuladora em torno da sua estrela. Não lhe deram ouvidos. Mas seu livro ficou lá, mudamente dando testemunho da verdade. Foi copiado. Escapou assim do incêndio. E cimentou parte do mundo que é o nosso. E Arquimedes? Também ele trabalhou ali. Pode ter encontrado entre suas prateleiras e armários a ideia extraordinária de com uma alavanca e um apoio mover o mundo. A biblioteca de Alexandria era uma alavanca. E um apoio. Moveu o mundo antigo, pai e mãe do nosso. E Euclides, cujo nome por vinte e três séculos, até o nosso XIX, foi sinônimo de matemática. Euclides também. Como Galena, que frequentou aquelas salas e foi longamente o mestre da medicina. A mim encanta Hipatia. Foi diretora da Biblioteca, astrônoma e matemática. Mas, sobretudo, até o século XX, a única filósofa registrada na nossa corporação. A única mulher filósofa. É incrível. A filosofia é mulher. A solitária Hipatia aponta um dedo acusador para a nossa cultura de machos. Era pagã. Foi morta por cristãos durante uma sublevação. Também isso fala mal de nós. Devíamos pensar um pouco nessas coisas no tempo em que as bibliotecas, dizem, vão em breve se tornar obsoletas. Cabem num Kindle.

        O incêndio da biblioteca de Alexandria é de autoria incerta. Já foi atribuído a Júlio César, e estaria envolvido na história de amor do cônsul romano com a rainha Cleópatra do Egito. Amor e poder, incêndio na certa. A história mais cenográfica é a da queima ordenada pelo governador do Egito logo depois da sua conquista pelo califa Omar. Teria sido em 646. E não um incêndio qualquer: os papiros e pergaminhos teriam sido levados para as caldeiras que esquentavam os banhos públicos e queimados lentamente, esquentando a água, dias a fio. Não tanto o incêndio do prédio: a biblioteca ela mesma, os livros, combustível para a água quente dos alexandrinos. Que imagem! Que sofrimento. Mas o mais provável é que o imperador romano a tenha incendiado de fato 50 anos antes, em 595, como ato de guerra. Guerras, destinos mortais de bibliotecas? Em todo caso, feridas no corpo da nossa história. A Inquisição e o Terceiro Reich também queimaram algumas. A leitura é a nossa arma de combate.

        Bibliotecas não apenas guardam. Também geram. Quando, no século IX, Carlos Magno quis restaurar o Império do Ocidente destruído pelos germânicos, precisou de livros. A Europa conservara sua memória nas grandes bibliotecas dos mosteiros da Irlanda. Vieram, os monges e os livros. E a Europa começou de novo. E as universidades foram criadas - em torno de bibliotecas. A Universidade de Paris depois se chamou Sorbonne porque o colégio criado por Robert de Sorbon para moradia e lugar de trabalho para estudantes pobres tinha muitos livros. Os livros criaram a Sorbonne. Era assim, então.

        Hoje bibliotecas não merecem mais a admiração quase religiosa dos tempos passados. A nossa cultura transforma-se rapidamente numa experiência de estocagem e uso de informação. Arquivamento e consumo. Temos o Kindle. O Kindle é, que não haja a menor dúvida, uma das maravilhas da nossa civilização tecnológica. Cabem nele a biblioteca de Alexandria e as dos mosteiros irlandeses, talvez. É verdade. Mas não tem maciez. Não cheira. Não se desfaz, como os livros velhos. Não vive.

        Quem tiver uns livros em casa, guarde-os. Se você ainda ama os livros, de fato, conserve-se. São pedaços de História. Podem desaparecer. Podem também salvar.

(Jornal O Globo, Sábado 5.9.2015. Texto adaptado) 
Assinale a opção em que a concordância verbal está de acordo com a norma-padrão. 
Alternativas
Q2121252 Português
Texto 02

O mundo está em constante evolução. Coisas que antes eram impossíveis aos nossos olhos, hoje são consideradas comuns no nosso cotidiano e até mesmo indispensáveis. Anos atrás era inacreditável imaginar que com um pequeno aparelho em mãos conseguiríamos acessar praticamente qualquer conteúdo que quiséssemos de qualquer lugar do mundo, não é verdade? Essa e outras mudanças foram possíveis graças à tecnologia e à forma como ela avança cada vez mais.

Impactos gerados pela tecnologia

Essas mudanças impactam também o comportamento do ser humano, que tem que aprender a acompanhar essa evolução e conviver com novas tecnologias. Essa adaptação traz consigo uma série de benefícios, como melhora na qualidade de vida, acesso rápido e fácil ao conhecimento, simplificação da troca de informações e a quebra de várias barreiras da comunicação. Outro fator de destaque é a inclusão social. Constantemente surgem novas tecnologias que auxiliam na rotina de pessoas com deficiências físicas e cognitivas, ajudando que essas pessoas tenham mais facilidade para se inserir na sociedade e tenham um padrão de vida melhor.

A tecnologia durante a pandemia do Covid-19

É importante também ressaltar que durante a pandemia do Covid-19 foi notório que a tecnologia desempenhou um papel fundamental, não somente para indivíduos mas também para organizações. Ela possibilitou que relações fossem mantidas mesmo que à distância; contribuiu para o fácil acesso e a divulgação de informações importantes, ajudou para que negócios sobrevivessem e outros até mesmo crescessem ainda mais, como foi o caso do e-commerce.

https://www.infornet.com.br/blog/a-importancia-da-tecnologia-no-nosso-cotidiano/ Acesso em 04/02/2023. 
Observe o fragmento de texto abaixo, atentando para os termos destacados em maiúscula:
“Essa e outras mudanças foram possíveis GRAÇAS À TECNOLOGIA E À FORMA como ela avança cada vez mais.”
Sobre esses termos destacados, eles são exemplo de
Alternativas
Q2121251 Português
Texto 02

O mundo está em constante evolução. Coisas que antes eram impossíveis aos nossos olhos, hoje são consideradas comuns no nosso cotidiano e até mesmo indispensáveis. Anos atrás era inacreditável imaginar que com um pequeno aparelho em mãos conseguiríamos acessar praticamente qualquer conteúdo que quiséssemos de qualquer lugar do mundo, não é verdade? Essa e outras mudanças foram possíveis graças à tecnologia e à forma como ela avança cada vez mais.

Impactos gerados pela tecnologia

Essas mudanças impactam também o comportamento do ser humano, que tem que aprender a acompanhar essa evolução e conviver com novas tecnologias. Essa adaptação traz consigo uma série de benefícios, como melhora na qualidade de vida, acesso rápido e fácil ao conhecimento, simplificação da troca de informações e a quebra de várias barreiras da comunicação. Outro fator de destaque é a inclusão social. Constantemente surgem novas tecnologias que auxiliam na rotina de pessoas com deficiências físicas e cognitivas, ajudando que essas pessoas tenham mais facilidade para se inserir na sociedade e tenham um padrão de vida melhor.

A tecnologia durante a pandemia do Covid-19

É importante também ressaltar que durante a pandemia do Covid-19 foi notório que a tecnologia desempenhou um papel fundamental, não somente para indivíduos mas também para organizações. Ela possibilitou que relações fossem mantidas mesmo que à distância; contribuiu para o fácil acesso e a divulgação de informações importantes, ajudou para que negócios sobrevivessem e outros até mesmo crescessem ainda mais, como foi o caso do e-commerce.

https://www.infornet.com.br/blog/a-importancia-da-tecnologia-no-nosso-cotidiano/ Acesso em 04/02/2023. 
Observe o fragmento de texto abaixo:

‘...impactam também o comportamento DO SER HUMANO, que tem que aprender a acompanhar essa evolução...”
Se os termos acima destacados em maiúscula fossem substituídos por “DOS HOMENS”, estaria CORRETO o que se indica na alternativa 
Alternativas
Q2121250 Português
Texto 02

O mundo está em constante evolução. Coisas que antes eram impossíveis aos nossos olhos, hoje são consideradas comuns no nosso cotidiano e até mesmo indispensáveis. Anos atrás era inacreditável imaginar que com um pequeno aparelho em mãos conseguiríamos acessar praticamente qualquer conteúdo que quiséssemos de qualquer lugar do mundo, não é verdade? Essa e outras mudanças foram possíveis graças à tecnologia e à forma como ela avança cada vez mais.

Impactos gerados pela tecnologia

Essas mudanças impactam também o comportamento do ser humano, que tem que aprender a acompanhar essa evolução e conviver com novas tecnologias. Essa adaptação traz consigo uma série de benefícios, como melhora na qualidade de vida, acesso rápido e fácil ao conhecimento, simplificação da troca de informações e a quebra de várias barreiras da comunicação. Outro fator de destaque é a inclusão social. Constantemente surgem novas tecnologias que auxiliam na rotina de pessoas com deficiências físicas e cognitivas, ajudando que essas pessoas tenham mais facilidade para se inserir na sociedade e tenham um padrão de vida melhor.

A tecnologia durante a pandemia do Covid-19

É importante também ressaltar que durante a pandemia do Covid-19 foi notório que a tecnologia desempenhou um papel fundamental, não somente para indivíduos mas também para organizações. Ela possibilitou que relações fossem mantidas mesmo que à distância; contribuiu para o fácil acesso e a divulgação de informações importantes, ajudou para que negócios sobrevivessem e outros até mesmo crescessem ainda mais, como foi o caso do e-commerce.

https://www.infornet.com.br/blog/a-importancia-da-tecnologia-no-nosso-cotidiano/ Acesso em 04/02/2023. 
Observe o fragmento de texto abaixo:
Essa e outras mudanças foram possíveis graças à tecnologia e à forma como ela avança cada vez mais.
Se o termo “graças” fosse substituído por “devido” e, ainda, se os termos “tecnologia” e “forma” estivessem no plural, estaria CORRETO o que se indica na alternativa 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Soldado |
Q2101597 Português
Leia o texto a seguir:
Fora de si
Eu fico louco Eu fico fora de si Eu fica assim Eu fica fora de mim
Eu fico um pouco Depois eu saio daqui Eu vai embora Eu fico fora de si
Eu fico oco Eu fica bem assim Eu fico sem ninguém em mim
Fonte: ANTUNES, Arnaldo. Fora de Si. Disponível em: . Acesso em: 22 de outubro de 2022.

Nessa canção, é CORRETO afirmar que Arnaldo Antunes: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101178 Português
Considerando a norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa CORRETA em relação ao emprego de concordância e/ou de regência: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Soldado PM de 2a Classe |
Q2100301 Português
Assinale a alternativa que preenche, respectivamente e de acordo com a norma-padrão de concordância nominal, as lacunas do texto a seguir:
Foi________ rapidamente uma verificação das ocorrências envolvendo menores, para que fosse________  providência imediata, antes do meio-dia e______ . As conclusões da averiguação seguem ______ao relatório final do setor.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Soldado PM de 2a Classe |
Q2100291 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Exercícios

     Há senhores, graves senhores, que leem graves estudos de filosofia ou coisas afins, ou procuram sozinhos filosofar, considerando as suas ideias que eles julgam próprias. Isto em geral os leva à redescoberta da pólvora. Mas não há de ser nada... Porque estou me lembrando agora é dos tempos em que havia cadeiras na calçada e muitas estrelas lá em cima, e a preocupação dos pequenos, alheios à conversa da gente grande, era observar a forma das nuvens, que se punham a figurar dragões ou bichos mais complicados, ou fragatas que terminavam naufragando, ou mais prosaicamente uma vasta galinha que acabava pondo um ovo luminoso: a lua.
     E esses exercícios eram muito mais divertidos, meus graves senhores, que os de vossas ideias, isto é, os de vossas nuvens interiores.

(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)
Assinale a alternativa que reescreve a passagem do texto de acordo com a norma-padrão de colocação pronominal e de concordância verbal.
Alternativas
Q2098782 Português

Texto 1A1-I 


    A aparência científica de um sistema de crença não necessariamente o torna científico. Os defensores da astrologia utilizam uma coleção de argumentos comuns para defender o status científico da disciplina, como o fato de ela estudar o movimento dos planetas, basear-se em cálculos matemáticos para a compreensão do movimento dos astros, possuir softwares específicos para a constituição das predições, além de ter um conjunto rebuscado de pressupostos e relações complexas entre eventos, apresentados de forma racionalmente articulada. Além disso, também é comum em muitas pseudociências os seus defensores desqualificarem os críticos, argumentando que eles desconhecem a matéria e não estão aptos a criticá-la. Saber reconhecer os parâmetros que caracterizam o conhecimento científico é suficiente, na maioria dos casos, para identificar a qualidade da produção das evidências por meio da aplicação do método, para compreender a qualidade do que produzem a astrologia e outras pseudociências. É claro que somada a isso está a robusta falta de evidências para sustentar que as predições astrológicas sejam de alguma valia para explicar a realidade. 


    Por motivos como esse, julgo fundamental que os cientistas devam sempre se esforçar para divulgar as características de como a ciência funciona. Estou seguro de que, se tais princípios pudessem ser amplamente compreendidos pela população geral, mesmo aquela que não tem oportunidade de passar por uma formação científica, diversas crenças em sistemas pseudocientíficos seriam tratadas com maior ceticismo. As pessoas poderiam ser capazes de julgar com maior relatividade as próprias crenças, o que é um dos motivos mais relevantes de por que a ciência é um empreendimento tão eficiente em melhorar nossa condição de vida e nos dar ferramentas úteis para responder as questões que fazemos sobre o universo. Associo-me a Sagan quando ele argumenta, em O mundo assombrado pelos demônios, que faltam, nas escolas de nossas crianças e de nossos adolescentes, estratégias que permitam admirar a ciência, mais do que simplesmente decorar o conhecimento científico. É fundamental ensinar desde cedo a identificar as características essenciais de falseabilidade e a buscar evidências que validem nossas crenças.


Ronaldo Pilati. Ciência e pseudociência: por que acreditamos apenas naquilo em que queremos acreditar. São Paulo: Contexto, 2018, p. 110 (com adaptações)

Assinale a opção correta acerca das relações de concordância no texto 1A1-I.
Alternativas
Respostas
1: E
2: C
3: E
4: B
5: A
6: C
7: D
8: E
9: B
10: D
11: D
12: A
13: C
14: A
15: D
16: D
17: A
18: D
19: C
20: D