Questões Militares Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

Foram encontradas 290 questões

Q978241 Português
A conjunção “mas” que se repete nas estrofes do texto 2 nos versos 41, 58, 59, 77 e 83
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: CFN Prova: Marinha - 2018 - CFN - Soldado |
Q968109 Português
Na oração: “Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão.”-linhas 33 a 35- as palavras destacadas são classificadas quanto a sua classe , respectivamente, como: 
Alternativas
Q962713 Português

TEXTO:


“Nesta vida, temos três professores importantes: o 'Momento Feliz’, o 'Momento Triste' e o 'Momento Difícil'. O 'Momento Feliz' mostra o que não precisamos mudar. O ‘Momento Triste’ mostra o que precisamos mudar. O Momento Difícil mostra o que somos capazes de superar.'

                                                                            Mário Quintana (1906-1994).

QUINTANA, Mário Mensagem. Disponível em:<http://certform66. blogspot. com.br/2015/12/intimidades-reflexivas-512.html>. Acesso em: 27jul.2017.

Nos três últimos períodos que compõem o enunciado linguístico em análise, aparece a forma verbal “mostra" seguida de “o que’, ou seja, de
Alternativas
Q937045 Português

                                      Do Diário do Imperador


      Acabo de ler o Diário do Imperador D. Pedro II, escrito exatamente há um sécuio. Por essas pequenas anotações, pode-se acompanhar um ano da sua vida, amostra suficiente das dificuldades com que o Brasil tem lutado sempre para entrar no bom caminho, para melancolia e desânimo de seus mais devotados servidores.

      Assim mesmo se exprimiu o Imperador: "Muitas coisas me desgostam; mas não posso logo remediá-las e isso me aflige profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas pra quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"

      A respeito de certo boato que se espalhara, comenta, com desgosto: "Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"

      (A palavra ZELO ocorre numerosas vezes neste diário: é essa "dedicação ardente", essa "diligência", que o Imperador não encontra na maior parte dos que, no entanto, por função, estão encarregados dos problemas nacionais. E isso lhe causa sofrimento.)

      Os moços de hoje deviam ler estas palavras, e entendê-las: "Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maior parte?"

      Os homens públicos também deveríam meditar sobre esta passagem: "...Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais."

      Há neste pequeno diário, de um ano e cinco dias, variadas observações sobre agricultura, teatro, ciência, educação; impressões de visitas a diferentes estabelecimentos educacionais e industriais; breves apontamentos sobre ministros e personalidades do tempo. Terminada a leitura, parece-nos que estamos na mesma, que o século não passou; apenas as pessoas mudaram de nome. E o Imperador, há cem anos, escrevendo: "A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Força é contudo aceitar suas consequências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos.”

      D. Pedro II deixou fama de sabedoria, e comparandose as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista.

      Mas convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiría a de presidente da República ou ministro à de Imperador".

      Sejamos, pois, republicanos, democratas, estudiosos, honestos, justiceiros, e cultivemos o ZELO de bem servir à pátria, aos homens, às instituições. Neste particular, estamos com um século de atraso.

MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. São Paulo: Global, 2016 (Texto adaptado)

Para pessoas de opinião

Você me dirá que uma das coisas que mais preza é
sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É
uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para
“ter opinião". Não é fácil.
Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para
defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante
que há até um direito dos mais sagrados, o direito à
opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos
tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em
vez de ser considerado um estágio preliminar da
convicção, passa a ser ameaçador.
Mas sem contrariar a força com que você defende as
próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu
inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre
se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é,
tão-somente, uma das primeiras reações que se tem
diante dos acontecimentos.
Será a opinião uma reação profunda ou superficial?
Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.
Opinião é reação, e expressa um sentimento ou
julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do
que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela
qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do
sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as
pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa
inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um
repositório de primeiras impressões!
Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões
são fruto de meditação? Ou de conhecimento
sedimentado? Positivamente, não. Quem responder
sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do
que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento
profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à
dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro
instâncias tem a ver com a opinião.
Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é
levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos
variados temas. Somos um aluvião de opiniões.
Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos
do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo
uma opinião.
É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz
adeptos e dividendos pessoais de prestígio,
respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.
As opiniões são uma espécie de fabricação em série
de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual
vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo
um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é
o reflexo das variadas componentes do real. É eco a
repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A
opinião nos defende da complexidade do real, logo, é
maneira de impedir a criatividade do homem.
Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É
muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a
ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do
termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que
hoje se ihe dá.
Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar
significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma
impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças
permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar,
ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e,
assim, melhor conhecê-la.
No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa
opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião".
E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da
opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião
de alguém é o resultado das manifestações (reações)
mais superficiais e fáceis do seu espírito.
A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e
de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação,
uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão
de um sentimento do que a conciliação deste com o
conhecimento e a verdade. A partir do momento em que
sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar
de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É
preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do
tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da
experimentação em situações diferentes, em estados de
espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa,
válida, profunda.
Qual de nós está disposto a aceitar que a própria
opinião, embora válida e respeitável, é uma forma
superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar
ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função,
que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a
Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência
- os quatro elementos que compõem a verdade?
Esta é a minha opinião...
TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.

Leia o fragmento a seguir.


“A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser [...]." (5°§)


No trecho sublinhado, ocorre uma omissão de que tipo de palavra?

Alternativas
Q912116 Português
A conjunção ou liga duas palavras ou orações estabelecendo diferentes relações semânticas, como exclusão, alternância ou, até mesmo, inclusão. Assinale a alternativa em que a relação de sentido estabelecida é DIFERENTE das demais.  
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Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: PM-SE Prova: IBFC - 2018 - PM-SE - Soldado da Polícia Militar |
Q910074 Português
Texto I

A Rua
(Fragmento)

    EU AMO A RUA. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres[...], mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua.
    (...) a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! (...) a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua (...).
    A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. (...) A rua é a eterna imagem da ingenuidade. Comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios, para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, e quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é (...) tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...
    A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça, tipo diabólico que tem, dos gnomos e dos silfos das florestas, tipo proteiforme, feito de risos e de lágrimas, de patifarias e de crimes irresponsáveis, de abandono e de inédita filosofia, tipo esquisito e ambíguo com saltos de felino e risos de navalha, o prodígio de uma criança mais sabida e cética que os velhos de setenta invernos, mas cuja ingenuidade é perpétua, voz que dá o apelido fatal aos potentados e nunca teve preocupações, criatura que pede como se fosse natural pedir, aclama sem interesse, e pode rir, francamente, depois de ter conhecido todos os males da cidade, poeira d’oiro que se faz lama e torna a ser poeira – a rua criou o garoto!

RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp. 28–31.

Vocabulário
Agremia: do verbo agremiar; juntar num mesmo grupo.
Canteiros: pedreiros responsáveis pelas construções com pedra.
Frontarias: fachada principal; frente.
Melopeia: melodia; canção melodiosa.
Silfos: seres mágicos do ar presente em mitologias europeias.
Proteiforme: que muda de forma frequentemente.
Potentados: majestades; maiorais; pessoas de grande poder.

Considere o trecho abaixo para responder a questão:


“tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos...” (3º§)


A conjunção destacada na passagem relaciona ideias e possui valor semântico de:

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Q896406 Português

Texto 2


              

A respeito da estrutura de períodos do texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: Marinha Órgão: CFN Prova: Marinha - 2017 - CFN - Soldado Fuzileiro Naval |
Q868957 Português
No período “Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão: (...)” - linhas 24 e 25 – a vírgula presente nessa frase poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido do texto, pela seguinte conjunção:
Alternativas
Q867818 Português

Leia a tira para responder à questão.


            

O vocábulo ou, no contexto do primeiro ao quarto quadrinho, estabelece entre os termos sentido de exclusão, assim como se observa na frase:
Alternativas
Q848674 Português

Considere os três períodos abaixo:


I. O estado de saúde do menino piorou.

II. A família levou-o para atendimento médico.

III. O hospital estava lotado e não havia vaga para internação do enfermo.


Formando um só período com as orações expressas nas sentenças, assinale a alternativa que traz a correta sequência das conjunções coordenativas que explicitam corretamente a relação de sentido entre elas.

Alternativas
Q848671 Português

Leia:


Imagem associada para resolução da questão


Assinale a alternativa referente ao verso em que a conjunção e estabelece relação de sentido diferente das demais.

Alternativas
Q842750 Português

                                           Encontros e desencontros


      Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me tinham descrito. Um casal de meia idade se senta à mesa vizinha da minha. Feitos os pedidos ao garçom, o homem, bem depressinha, tira o celular do bolso, e não mais o deixa, a merecer sua atenção exclusiva. A mulher, certamente de saber feito, não se faz de rogada e apanha um livro que trazia junto à bolsa. Começa a lê-lo a partir da página assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoço inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros.

      Desse modo, os dois iam usufruindo suas gulodices, sem comentários, com algumas reações dele, rindo com ele mesmo com postagens que certamente ocorriam em seu celular. Até dois estranhos, postos nessa situação, talvez acabassem por falar alguma coisa. Pensei: devem estar juntos há algum tempo, sem ter mais o que conversar. Cada um sabia tudo do outro, nada a acrescentar, nada de novo ou surpreendente. E assim caminhava, decerto, a vida daquele casal.

      O que me choca, mesmo observando esta situação, como outras que o dia a dia me oferece, é a ausência de conversa. Sem conversa eu não vivo, sem sua força agregadora para trocar idéias, para convencer ou ser convencido pelo outro, para manifestar humor, para desabafar sobre o que angustia a alma, em suma, para falar e para ouvir. A conversa não é a base da terapia? Sei não, mas, atualmente, contar com um amigo para jogar conversa fora ou para confessar aquele temor que lhe está roubando o sossego talvez não seja fácil. O tempo também, nesta vida corre-corre, tem lá outras prioridades. Mia Couto é contundente: “Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa solidão. " Até se fala muito, mas ouvir o outro? Falo de conversas entre pessoas no mundo real. Vive-se hoje, parece, mais no mundo digital. Nele, até que se conversa muito; porém, é tão diferente, mesmo quando um está vendo o outro. O compartilhamento do mesmo espaço, diria, é que nos proporciona a abrangência do outro, a captação do seu respirar, as batidas de seu coração, o seu cheiro, o seu humor...

      Desse diálogo é que tanta gente está sentindo falta. Até por telefone as pessoas conversam, atualmente, bem menos. Pelo whatsApp fica mais fácil, alega-se. Rapidinho, rapidinho. Mas e a conversa? Conversa-se, sim, replicam. Será? Ou se trocam algumas palavras? Quando falo em conversa, refiro-me àquelas que se esticam, sem tempo marcado, sem caminho reto, a pularem de assunto em assunto. O whatsApp é de graça, proclamam. Talvez um argumento que pode ser robusto, como se diz hoje, a favor da utilização desse instrumento moderno.

      Mas será apenas por isso? Um amigo me lembra: nos whatsApps se trocam mensagens por escrito. Eu sei. Entretanto, língua escrita é outra modalidade, outro modo de ativar a linguagem, a começar pela não copresença física dos interlocutores. No telefone, não há essa copresença física, mas esse meio de comunicação não é impeditivo de falante e ouvinte, a cada passo, trocarem de papéis e até mesmo de falarem ao mesmo tempo, configurando, pois, características próprias da modalidade oral. Contudo, não se respira o mesmo ar, ainda que já se possa ver o outro. As pessoas passaram a valer-se menos do telefone, e as conversas também vão, por isso, tornado-se menos frequentes.

      Gosto, mesmo, é de conversas, de preferência com poucos companheiros, sem pauta, sem temas censurados, sem se ter de esmerar na linguagem. Conversa sem compromisso, a não ser o de evitar a chatice. Com suas contundências, conflitos de opiniões e momentos de solidariedade. Conversa que é vida, que retrata a vida no seu dia a dia. No grupo maior, há de tudo: o louco, o filósofo, o depressivo, o conquistador de garganta, o saudosista ...Nem sempre, é verdade, estou motivado para participar desses grupos. Porém, passado um tempo, a saudade me bate.

      Aqueles bate-papos intimistas com um amigo de tantas afinidades, merecedores que nos tornamos da confiança um do outro, esses não têm nada igual. A apreensão abrangente do amigo, de seu psiquismo, dos seus sentimentos, das dificuldades mais íntimas por que passa, faz-nos sentir, fortemente, a nossa natureza humana, a maior valia da vida.

      Esses momentos vão se tornando, assim me parece, uma cena menos habitual nestes tempos digitais. A pressa, os problemas a se multiplicarem, as tarefas a se diversificarem, como encontrar uma brecha para aquela conversa, que é entrega, confiança, despojamento? Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, vozes esganiçadas, garçons serenos. Sim, umas tulipas estourando de geladas e uns tira-gostos de nosso paladar a exigirem nova pedida. Não queria perder esses encontros. Afinal, a vida está passando tão depressa...

Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponível em: http://carloseduardouchoa.com.br/blog/

Em que opção o valor semântico da conjunção em destaque se manteve o mesmo que no período:" Contudo, não se respira o mesmo ar, ainda que já se possa ver o outro."(5°§)?
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Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: PM-AP Prova: FCC - 2017 - PM-AP - Soldado |
Q837690 Português

                Super wi-fi: como as frequências não usadas de TV podem levar

                                                a internet a lugares remotos


      Mais da metade da população mundial não tem acesso à internet. E, por mais surpreendente que possa parecer, a solução pode estar em uma tecnologia que chegou muito antes da revolução digital: a televisão analógica. A ideia é usar os chamados “espaços em branco” dos canais de televisão para levar a rede aos 57% do globo que não têm internet (mais de 4 bilhões de pessoas).

    A tecnologia, informalmente conhecida como “super wi-fi”, prevê ocupar as redes de televisão não utilizadas com um tipo de conexão wi-fi que conseguiria alcançar distâncias muito grandes.

      Essa não é a única iniciativa em curso para tentar mudar a situação de quem vive nas zonas mais rurais: o Google  faz isso com o Projeto Loon, que coloca nos céus uma rede de balões, e o Facebook usa drones. Mas agora a Microsoft quer tomar a dianteira com o super wi-fi. A empresa é uma das primeiras a implementar essa tecnologia. Por enquanto, ela quer testá-la em solo americano e, caso se mostre eficaz, exportá-la para outros lugares do mundo.

      Mas o que a Microsoft e outras empresas que têm investido nessa causa ganham ao promover esse tipo de ação? Em primeiro lugar, milhões de “clientes em potencial” que poderão usar, uma vez conectados, seus serviços de nuvem, aplicativos e outras ferramentas digitais. E, além disso, elas podem ganhar prestígio de marca e popularidade.

     Para apoiar seu plano, a Microsoft começou negociações com reguladoras estatais para que elas possam garantir o uso dos canais de televisão para este fim e para que invistam na extensão da tecnologia em áreas rurais.

     Mas há ainda alguns obstáculos pelo caminho. Poucos fabricantes estão criando dispositivos compatíveis com essa tecnologia e alguns dos que podem ser usados custam pelo menos US$ 1 mil por unidade. Outro desafio é a batalha interminável com emissoras de televisão, que garantem que o super wi-fi poderia prejudicar o funcionamento dos outros canais.

(Adaptado de: Super wi-fi: como as frequências não usadas de TV podem levar a internet a lugares remotos. Disponível em: www.bbc.com. Publicado em: 19.07.2017)

Uma oração que expressa sentido de condição/hipótese está em destaque na seguinte passagem do texto:
Alternativas
Q836407 Português

Observe o termo em destaque da frase e indique a classe de palavra à qual pertence:

“As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte”.

Alternativas
Q836402 Português

"Parceria da comunidade com a Polícia Militar. Esse é o foco do Programa Rede de Vizinhos, implantado pela PMSC para resgatar a autoestima e a sensação de segurança dos moradores. O ponto forte é a prevenção. Havendo qualquer anormalidade na rua, o alerta é levado à PM pelo whatsapp. Ah! Como o foco é impedir os delitos e não a emergência, os policiais militares passam dicas de segurança: iluminação, ruas pavimentadas, galhos de árvores podadas em quintais para deixar a casa bem vista e outros cuidados”.

                                             Colombo de Souza – Florianópolis - 12/12/2016.


As palavras: “sensação”, “Ah!”, “e” e “militares” são, respectivamente:

Alternativas
Q819613 Português

Leia o texto de Ferreira Gullar, poeta maranhense fundador do neoconcretismo.

Traduzir-se

Uma parte de mim

é todo mundo:

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.

Uma parte de mim

é multidão:

outra parte estranheza

e solidão.

[...]

(Disponível em: <http://escolaeducacao.com.br/melhores-poemas-de-ferreira-gullar/>. Acesso em: 20 mar. 2017)


Observe abaixo as palavras grifadas no seu contexto. Em qual alternativa a classificação morfológica está corretamente indicada no colchete?
Alternativas
Q819520 Português

Impotência

Foi na última chuvarada do ano, e a noite era preta. O homem só estava em casa; chegara tarde, exausto e molhado, depois de uma viagem de ônibus mortificante, e comera, sem prazer, uma comida fria. Vestiu o pijama e ligou o rádio, mas o rádio estava ruim, roncando e estalando. “Há dois meses estou querendo mandar consertar esse rádio”, pensou com tédio. E pensou ainda que há muitos meses, há muitos anos, estava com muita coisa para consertar desde os dentes até a torneira da cozinha, desde seu horário no serviço até aquele caso sentimental em Botafogo. E quando começou a dormir e ouviu que batiam na porta, acordou assustado, achando que era o dentista, o homem do rádio, o caixa da firma, o irmão de Honorina ou um vago fiscal geral dos problemas da vida que lhe vinha tomar contas.

A princípio não reconheceu a negra velha Joaquina Maria, miúda, molhada, os braços magros luzindo, a cara aflita. Ela dizia coisas que ele não entendia; mandou que entrasse. Há dois meses a velha lavava sua roupa, e tudo o que sabia a seu respeito é que morava em algum barraco, em um morro perto da Lagoa, e era doente. Sua história foi saindo aos poucos. O temporal derrubara o barraco, e seu netinho, de oito anos, estava sob os escombros. Precisava de ajuda imediata, se lembrara dele.

– O menino está... morto?

Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. [...]

(Rubem Braga – 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011. Fragmento.)


Para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “mas” em “Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara.” (4º§) pode ser substituída por

Alternativas
Q806692 Português
A opção que pode substituir a conjunção destacada em: “Pego, ENTRETANTO, o meu celular: tiro uma foto de mim mesmo na torre Eiffel.”, sem alteração de sentido, é:
Alternativas
Q798819 Português

Leia a frase abaixo.

Carlos é trabalhador, ao passo que seus irmãos não gostam de trabalhar.

Assinale a opção em que o significado da locução destacada está indicado corretamente.

Alternativas
Q798769 Português

Leia a frase abaixo.

Carlos é trabalhador, ao passo que seus irmãos não gostam de trabalhar.

Assinale a opção em que o significado da locução destacada está indicado corretamente.

Alternativas
Respostas
121: D
122: E
123: A
124: B
125: C
126: B
127: A
128: E
129: C
130: D
131: C
132: A
133: B
134: B
135: C
136: D
137: A
138: B
139: E
140: E