Questões Militares de Português - Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

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Q916060 Português

                       Mudanças, Empregabilidade e Felicidade


      Ao longo destes últimos anos, vários conceitos bombardearam o cenário da área do trabalho. Tecnologias milagrosas de gestão, teorias acadêmicas de última geração, “perfumarias” de toda a espécie transitaram livremente pelas livrarias nos convidando a uma leitura, no mínimo, obrigatória. Porém, um dos postulados, que durante anos foi a tônica de muitas posições gerenciais “bem-sucedidas”, dizia que “time que está ganhando não se mexe”.

      A administração moderna questiona essa afirmação, em que pese o fato de que vivemos em um mundo de mudanças constantes e inovações cada vez mais aceleradas. Dessa forma, um dos principais desafios do verdadeiro profissional será, justamente, gerenciar as variáveis decorrentes desses novos cenários.

      As transformações estão ocorrendo em várias frentes. Alterações significativas são vistas, por exemplo, nos meios social, educacional, político, econômico, empresarial, pessoal etc. Portanto, quando falamos em mudanças, devemos compreender que elas estão acontecendo em vários segmentos, em diversos pontos e de diferentes formas, mas a uma velocidade cada vez mais rápida.

      Essas mudanças possuem caracteres e resultados irreversíveis. Procedimentos e posturas que deram certo no passado não garantem sucesso no presente, pois o contexto hoje é outro e bem diferente.

      Os vários sistemas administrativos já foram muito explorados sob a ótica da eficiência. Embora importante, a eficiência por si só é um conceito pequeno e limitado para os dias atuais. O que encerra essa ideia é um posicionamento muito voltado para a correta alocação de recursos, porém focado para dentro da empresa, da divisão, do departamento, do setor etc...mas não necessariamente sob a ótica do mercado.

      Agora, as ações devem ser desenvolvidas em sentido contrário, ou seja, para o “cliente”. E nesse novo paradigma só se estabelece quem tem competência. Se um negócio vem dando sinais claros de crescimento e sucesso, é necessário avaliar por quanto tempo ainda essa euforia se fará presente.

      (....)

      A nossa relação profissional também vem passando por uma transição. É cada vez mais importante cuidar de nossa carreira com atenção, planejamento e carinho, como se fosse um “negócio” próprio, ou seja, temos de aprender que o mundo atual nos convida para que sejamos empregáveis, e ser empregável nada mais é do que reunir permanentemente as competências necessárias para atender às contínuas exigências do mercado de trabalho.

      Hoje, é posição, praticamente, comum afirmar que o verdadeiro diferencial está apoiado nas competências e no contínuo desenvolvimento das pessoas. Esta é a nova regra do jogo. Segundo estudos já realizados, na virada do século, não existirão mais as relações formais de trabalho como hoje ainda praticamos e conhecemos. A maioria de nós será prestadores de serviços. A própria Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) tende a desaparecer.

      Se estas previsões são oriundas de profetas de plantão ou de consultores revolucionários, somente o tempo irá confirmar. O certo, entretanto, é que o telefone celular já foi um sonho, a Internet era algo pouco admissível anos atrás e o próprio cinema foi visto com desconfiança por alguns.

      Mudanças ainda maiores estão por acontecer. Acreditar nessa realidade e ter predisposição para aceitá-la, sem dúvida, já é um começo. Sem dúvida já é uma mudança.

      Mexa-se! Aprenda a conviver com estes novos tempos; acredite; lute e, acima de tudo, seja feliz.

Roberto de Oliveira Loureiro, http ://www.guiarh.com.br/v57.htm (Com recortes e adaptações)

Sobre os verbos destacados no trecho: “Mexa-se... Aprenda a conviver com estes novos tempos; acredite. lute e, acima de tudo, seja feliz” é CORRETO dizer que expressam
Alternativas
Q910162 Português

Corríamos atrás uns dos outros na nossa infância. Corremos, hoje, atrás da felicidade de outrora.


Nas frases acima, os verbos destacados encontram-se, respectivamente, no:

Alternativas
Q905545 Português

Feminicídio


(Vladimir Safatle)


    Neste final de semana, esta Folha publicou editorial criticando a proposta de ampliar a pena daqueles que assassinam mulheres por “razões de gênero”. O texto alega que tal “populismo” jurídico seria extravagância, já que todas as circunstâncias agravantes que poderiam particularizar o homicídio contra mulheres (motivo fútil, crueldade, dificuldade de defesa) estariam contempladas pela legislação vigente. Neste sentido, criar a categoria jurídica “razões de gênero” de nada serviria, a não ser quebrar o quadro universalista que deveria ser o fundamento da lei.

    No entanto, é difícil concordar com o argumento geral. Primeiro porque não é correta a ideia de que dispositivos jurídicos que particularizam a violência de grupos historicamente vulneráveis sejam eficazes. A Lei Maria da Penha, só para ficar em um exemplo, mostra o contrário. Pois, ao particularizar, o direito dá visibilidade a algo que a sociedade teima em não reconhecer. Ele indica a especificidade para um tipo de violência que só pode ser combatido quando nomeado. Neste contexto, apagar o nome é uma forma brutal de perpetuação da violência.

    Estudo do Ipea1 estima anualmente, no Brasil, algo em torno de 527 mil tentativas e casos de estupros, sendo que 88,5% das vítimas são mulheres e mais da metade tem menos de 13 anos. Só em 2011, foram notificados no Sinan2 33 casos de estupro por dia, ou seja, esse foi o número de vítimas que procuraram o serviço médico. Diante de números aterradores, é difícil não reconhecer que existe uma violência específica contra as mulheres, assim como há específicas contra homossexuais, travestis entre outros. Que o direito sirva-se de sua capacidade de particularizar sofrimentos para lutar contra tais especificidades, eis uma de suas funções mais decisivas em sociedades em luta para criar um conceito substantivo de democracia.

    Nesse sentido, há de se lembrar que não se justifica usar o argumento da necessidade de respeitar a natureza universalista da lei em situações sociais nas quais tal universalidade mascara desigualdades reais. O direito deve usar, de forma estratégica e provisória, a particularização a fim de evidenciar o vínculo entre violência e certas formas de identidade, impulsionando com isto a criação de um universalismo real.

    Se a sociedade brasileira chegou a este estágio de violência contra a mulher é porque há coisas que ela nunca quis ver e continuará não vendo enquanto o direito não nomeá-las. Quando tal violência passar, podemos voltar ao quadro legal generalista. Desta forma, ao menos desta vez, o governo agiu de maneira correta.


(SAFATLE, Vladimir. Feminicídio. Folha de S. Paulo. São Paulo, 10 mar. 2015. P A2)


1Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

2Sistema de Informações de Agravos de Notificação

No primeiro parágrafo, o emprego de verbos flexionados no futuro do pretérito do modo Indicativo confere-lhes um sentido de:
Alternativas
Q896406 Português

Texto 2


              

A respeito da estrutura de períodos do texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2018 - EAM - Marinheiro |
Q892541 Português

Texto para responder a questão.


      Pelo mar fomos descobertos e a partir do mar e dos rios consolidamos nossa independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e a oeste; o que garantiu a integridade do nosso território, com dimensões continentais. Também pelo mar e rios, ao longo de nossa história, nos defendemos das mais graves agressões à soberania nacional.

      Assim, entender a importância dos mares e rios exige a absorção de conhecimentos e percepções que, normalmente, deixam de estar à disposição de significativa parte do Povo Brasileiro; porém, cada vez mais, constatamos que é pela via marítima e hidrovias que trafegamos os produtos e serviços essenciais à pátria.

      O nosso Brasil, continental, guarda relação inseparável com os espaços oceânicos e ribeirinhos, tanto devido à sua origem como por dispor de imensas riquezas que, seguramente, serão cada vez mais importantes para o desenvolvimento de nosso País.

      Em datas importantes, como o Dia Nacional da Amazônia Azul, sempre devemos atentar para os conselhos de Rui Barbosa: “...mas não basta admirar: é preciso aprender e prosperar. O mar é o grande avisador. Pô-lo Deus a bramir junto ao nosso sono, para nos pregar que não durmamos. Por ora a sua proteção nos sorri, antes de se trocar em severidade...”

      Em decorrência da relevância dos fatos históricos que nos associam ao mar e aos rios e da magnitude das riquezas da Amazônia Azul, o Congresso Nacional, por meio da Lei n°13.187, de 2015, instituiu o dia 16 de novembro como “O Dia Nacional da Amazônia Azul”.

      [...]

      Tendo em vista as diretrizes da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e os estudos geopolíticos voltados para os oceanos, a “Oceanopolítica”, a Marinha do Brasil vem consolidando o conceito político-estratégico “Amazônia Azul”, que insere em posição decisiva os espaços oceânicos e ribeirinhos, sobre os destinos do Povo Brasileiro e na dinâmica das Relações Internacionais.[...]

      O nosso território no mar é crucial na regulação do clima, absorvendo e paulatinamente liberando imensas quantidades de calor e processamento de nutrientes, por meio de ciclos naturais, e contempla ampla gama de serviços, reservas minerais e alimentos que beneficiam grande parcela da nossa população.

      Cabe ressaltar as vulnerabilidades estratégicas, como as plataformas de exploração de petróleo e gás, usinas de energia e a localização, próximas à costa, de instalações sensíveis e de significativos centros populacionais e industriais do Brasil. Destacam-se, entre muitos, o complexo nuclear de Angra dos Reis e as mais importantes cidades e as maiores empresas de nosso País. Nos portos e terminais portuários circulam parcela preponderante das riquezas nacionais, tais como granéis sólidos e líquidos, contêineres e commodities de toda ordem, como aquelas oriundas do agronegócio.

      A relevância em proteger esse legado tem direcionado a Marinha do Brasil na consecução dos seus programas estratégicos, entre outros: Programa Nuclear da Marinha, Programa de Desenvolvimento de Submarinos, Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré e Obtenção da Capacidade Operacional Plena. Na atualidade, quando os desafios alcançam crescente dinâmica e as ameaças ocorrem a partir de cenários sempre complexos e multifacetados, estarmos preparados para defender a Amazônia Azul caracteriza condição imprescindível para que o País preserve e amplie a sua prosperidade e exerça a sua soberania, quando for necessário. Vale destacar que os programas estratégicos da Marinha do Brasil possuem forte sinergia com os setores acadêmicos, industriais e empresariais.

      [...]

      Na ocasião em que comemoramos esta importante data, plena de envolvimentos com o nosso passado e basilar para um presente e futuro, devemos exaltar tão valioso patrimônio; entretanto, cônscios das dimensões que envolvem a Amazônia Azul: soberania nacional, diplomática, econômica, ambiental, científica, tecnológica e de inovação, relembramos, mais uma vez, as palavras de Rui Barbosa: “...O mar é um curso de força e uma escola de previdência. Todos os seus espetáculos são lições: não os contemplemos frivolamente...”

      “...Esquadras não se improvisam...” 

BARBOSA JUNIOR, llques. ALTE ESQ. Dia Nacional da Amazônia Azul. Disponível em: <https://www.marinha.mil.br/content/dia-nacional-da-amazonia-azul> - Acesso em 20 nov. 2017 - Com adaptações.

Em que opção a forma verbal destacada expressa ideia hipotética?
Alternativas
Respostas
111: E
112: B
113: C
114: A
115: B