Questões Militares de Português - Interpretação de Textos
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- Em uma coletânea intitulada Os cem menores contos brasileiros do século, Cíntia Moscovich, ao ser convidada para produzir um conto com até cinquenta palavras, escreveu:
“Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.”
Considerando os textos I, II e III apresentados nesta prova e o microconto acima, assinale a alternativa que apresenta um comentário correto acerca deles.
I. No primeiro quadrinho, em “Não tolero gente intolerante!”, o verbo tem o sentido de apreciar, gostar de. Em “intolerante”, o “in” é um prefixo de negação. I. Cada personagem, no fim das contas, se revela intolerante, de algum modo. A tirinha poderia ser resumida com a seguinte expressão: “Atire a primeira pedra quem não tem pecado.” III. No quadrinho três, o sentido do verbo “tolerar” é suportar, aguentar; o tom da discussão é elevado, conforme podemos ver nas exclamações da tirinha. IV. “Putz”, “cara” e “tá” revelam o coloquialismo da discussão. O emprego da conjunção adversativa “mas” deixa evidente a oposição de argumentos da tirinha. Estão corretas
( ) A excessiva repetição da palavra “tolerar” e seus cognatos tem como efeito de sentido realçar o sentimento provocado por essas mesmas palavras. ( ) A intolerância é um comportamento comum, aceitável e praticado, em todas as esferas da sociedade, por todos os cidadãos, tendo sua origem nas redes sociais. ( ) As três personagens são intolerantes, entretanto a segunda personagem que está embaixo da janela é a mais intolerante delas. ( ) A fala e as atitudes das três personagens são incoerentes, pois, ao mesmo tempo em que criticam a intolerância entre as pessoas, elas a praticam no seu cotidiano. ( ) Muitos comportamentos sociais são assimilados em função das circunstâncias, haja vista a segunda e a última fala da segunda personagem que está embaixo da janela. ( ) A primeira e a última falas da primeira personagem que está embaixo da janela demonstram conformidade entre seu pensamento e sua atitude.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
I. A janela do primeiro quadrinho e a do segundo podem ser eliminadas, porque não têm um sentido no conjunto da tirinha. II. As expressões fisionômicas dos personagens, no terceiro quadrinho, da esquerda para a direita, revelam o inesperado da cena, que terá desfecho no quarto quadrinho. III. Pela fala do personagem da janela, subentende-se que a discussão estava se estendendo cada vez mais e incomodando. IV. Os advérbios, o tom imperativo de algumas frases, as exclamações, tudo denuncia o clima de intolerância que atravessa o texto. Estão corretas
“Será que um dia essa gente vai entender que o antônimo de agressividade não é passividade?” (l. 52 - 54)
Dentre os termos a seguir, assinale o único que, de acordo com o sentido do texto I, NÃO poderia funcionar como antônimo de “passividade”.
Pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez. Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, os habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Falta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa. Esse é o enredo do filme Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça, que estreou em 2019 e obteve grande sucesso de bilheteria.
Adaptado de adorocinema.com.
A violência que o filme vinga, passada, presente e futura, é aquela que existe nas fronteiras do capitalismo e do Estado. É a violência a que estão expostos aqueles que, sem nunca serem incluídos por completo nem nos serviços públicos nem no mercado, podem a qualquer momento se tornar objetos do poder político ou do interesse econômico. É a violência que ronda os “involuntários da pátria”, na expressão certeira de Eduardo Viveiros de Castro: indígenas acossados pela fronteira extrativa, camponeses cercados por posseiros e jagunços, favelados ameaçados pela especulação imobiliária, pela polícia, pela milícia.
RODRIGO NUNES Adaptado de brasil.elpais.com, 05/10/2019.
A partir da análise de Rodrigo Nunes, a condição cartográfica do povoado fictício indica, como metáfora, o seguinte aspecto:
No texto, essa pergunta serve de justificativa para a afirmação que a antecede.
De acordo com essa justificativa, a pessoa mal-educada é ignorante porque:
Esse posicionamento pode ser descrito como:
Esse fenômeno é designado no texto como:
A expressão que melhor contempla a ideia central do texto, servindo de título, é:
Em construções conjecturais da precária relação entre o mundo e a linguagem, o autor destaca que a linguagem oferece uma representação do chamado mundo real, mas não se confunde com ele.
Um trecho do texto que exemplifica essa perspectiva é:
Considerando a articulação das ideias no trecho, o uso da estrutura “não ... mas sim” evidencia, por parte do autor, a adoção de um procedimento de: