Questões Militares Sobre mas-mais em português

Foram encontradas 10 questões

Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: CBM-RJ Prova: FGV - 2024 - CBM-RJ - Cadete do Corpo de Bombeiro |
Q2463466 Português
Assinale a frase em que houve troca indevida entre “mas” e “mais”.
Alternativas
Q2354385 Português

Texto 1A1


        Nos anos 70, quando eu estudava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), um dos poemas mais lidos e comentados por estudantes e professores era Fábula de um arquiteto, de João Cabral de Melo Neto: “O arquiteto: o que abre para o homem / (tudo se sanearia desde casas abertas) / portas por-onde, jamais portas-contra; / por onde, livres: ar luz razão certa.”.

        Esses versos pareciam nortear a concepção e a organização do espaço, trabalho do arquiteto. A utopia possível de vários estudantes era transformar habitações precárias (eufemismo para favelas) em moradias dignas. O exemplo mais famoso naquele tempo era o Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado (Parque Cecap) em Guarulhos. Esse projeto de Vilanova Artigas era um dos poucos exemplos de habitação social decente, mas seus moradores não eram ex-favelados.

        Em geral, a política de habitação popular no Brasil consiste em construir pequenos e opressivos apartamentos ou casas de baixo padrão tecnológico, sem senso estético, sem relação orgânica com a cidade, às vezes sem infraestrutura e longe de áreas comerciais e serviços públicos. Vários desses conjuntos são construídos em áreas ermas, cuja paisagem desoladora lembra antes uma colônia penal. 

        Mas há mudanças e avanços significativos na concepção de projetos de habitação social, infraestrutura, lazer e paisagismo, projetos que, afinal, dizem respeito à democracia e ao fim da exclusão social. Um desses avanços é o trabalho da Usina. Fundada em 1990 por profissionais paulistas, a Usina tem feito projetos de arquitetura e planos urbanísticos criteriosos e notáveis. Trata-se de uma experiência de autogestão na construção, cujos projetos, soluções técnicas e o próprio processo construtivo são discutidos coletivamente, envolvendo os futuros moradores e uma equipe de arquitetos, engenheiros e outros profissionais.

        Acompanhei jornalistas do Estadão em visitas a conjuntos habitacionais em Heliópolis e na Billings, onde está sendo implantado o Programa Mananciais. Em Heliópolis, Ruy Ohtake projetou edifícios em forma cilíndrica, daí o apelido de redondinhos. A planta dos apartamentos de 50 m² é bem resolvida, os materiais de construção e o acabamento são apropriados, todos os ambientes recebem luz natural. Esse projeto de Ohtake e o de Hector Vigliecca (ainda em construção) revelam avanço notável na concepção da moradia para camadas populares.

        Um dos projetos do Programa Mananciais é uma ousada e bem-sucedida intervenção urbana numa das áreas mais pobres e também mais belas da metrópole. Situado às margens da Represa Billings, o Parque Linear é, em última instância, um projeto de cidadania que contempla milhares de famílias. Não por acaso esse projeto da equipe do arquiteto Marcos Boldarini recebeu prêmios no Brasil e no exterior. 

        Além do enorme alcance social, o projeto foi pensado para preservar a Billings e suas espécies nativas. Sem ser monumental, o Parque Linear é uma obra grandiosa e extremamente necessária, concebida com sensibilidade estética e funcional que dá dignidade a brasileiros que sempre foram desprezados pelo poder público. É também um exemplo de como os governos federal, estadual e municipal podem atuar em conjunto, deixando de lado as disputas e mesquinharias político-partidárias. 

        Além de arquitetos e engenheiros competentes, o Brasil possui recursos para financiar projetos de habitação popular em larga escala. Mas é preciso aliar vontade política a uma concepção de moradia que privilegie a vida dos moradores e sua relação com o ambiente e o espaço urbano. Porque morar é muito mais que sobreviver em estado precário e provisório.

Milton Hatoum. Moradia e (in)dignidade.

In: O Estado de S. Paulo, 28/8/2011, p. C8 (com adaptações).

No texto 1A1, o vocábulo “Mas” estabelece entre o quarto parágrafo e o parágrafo anterior uma relação de 
Alternativas
Q1879008 Português
Nunca imaginei um dia

    Até alguns anos atrás, eu costumava dizer frases como "eu jamais vou fazer isso" ou "nem morta eu faço aquilo", limitando minhas possibilidades de descoberta e emoção. Não é fácil libertar-se do manual de instruções que nos autoimpomos. As vezes, leva-se uma vida inteira, e nem assim conseguimos viabilizar esse projeto. Por sorte, minha ficha caiu há tempo.
    Começou quando iniciei um relacionamento com alguém completamente diferente de mim, diferente a um ponto radical mesmo: ele, por si só, foi meu primeiro "nunca imaginei um dia". Feitos para ficarem a dois planetas de distância um do outro. Mas o amor não respeita a lógica, e eu, que sempre me senti tão ?onfo~~vel num_ mundo planejado, inaugurei a instab1hdade emocional na minha vida. Prendi a respiração e dei um belo mergulho.
    A partir dai, comecei a fazer coisas que nunca havia feito. Mergulhar, aliás, foi uma delas. Sempre respeitosa com o mar e chata para molhar os cabelos afundei em busca de tartarugas gigantes e peixe~ coloridos no mar de Fernando de Noronha. Traumatizada com cavalos (por causa de um equino que quase me levou ao ch_ão quando eu tinha oito anos), participei da minha primeira cavalgada depois dos 40, em São Francisco de Paula: Roqueira convicta e avessa a pagode, assisti a um show: do Zeca Pagodinho na Lapa. Para ver o Ronaldo Fenô'11eno jogar ao vivo, me infiltrei na torcida do Olímpico num ,Jogo entre Grêmio e Corinthians, mesmo sendo colorada.
    Meu paladar deixou de ser monótono: comecei a provar alimentos que nunca havia provado antes. E muitas outras coisas vetadas por causa do "medo do ridículo" receberam alvará de soltura. O ridículo deixou de existir na minha vida.
    Não deixei de ser eu. Apenas abri o leque me permitindo ser um "eu" mais amplo. E sinto que é um caminho sem volta.
    Um mês atrás participei de outro capítulo da série "Nunca im_aginei um dia". Viajei numa excursão, eu que sempre reieIteI essa modalidade turística. Sigo preferindo viajar a dois ou sozinha, mas foi uma experiência fascinante, ainda mais que a viagem não tinha como destino um pais do circuito Elizabeth Arden (ParisLondr:s-Nova York), mas um pais africano, muçulmano e desértico. Ahás, o deserto de Atacama, no Chile, será meu provável "nunca imaginei um dia" do próximo ano.
     E agora cometi a loucura jamais pensada, a insanidade que nunca me permiti, o ato que me faria merecer uma camisa-de-força: eu, que nunca me comovi com bichos de estimação, adotei um gato de rua.
    Pode colocar a culpa no esplrito natalino: trouxe um bichano de três meses pra casa, surpreendendo minhas filhas, que já haviam se acostumado com a ideia de ter uma mãe sem coração. E o que mais me estarrece: estou apaixonada por ele.
    Ainda há muitas experiências a conferir: fazer compras pela internet, andar num balão cozinhar dignamente, me tatuar, ler livros pelo kindle', viajar de navio e mais umas 400 coisas que nunca imaginei fazer um dia, mas que já não duvido. Pois tem essa também: deixei de ser tão cética.
    Já que é improvável que o próximo ano seja diferente de qualquer outro, que a novidade sejamos nós.


Medeiros, Martha. Nunca imaginei um dia. 2009. Disponível em: http://alagoinhaipaumirim.blogspot.com/2009/12/nuncaimaginei-um-dia-martha-medeiros.html. Acesso em: 10 fev. 2021.
Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas do período abaixo.

" __ alguns anos, __ ampliar suas descobertas e suas emoções, a autora passou a vivenciar __ inovações, __ foi a adoção de um gato de rua a____comovente."
Alternativas
Ano: 2020 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2020 - EAM - Marinheiro |
Q1696191 Português
Falta amor no mundo, mas também falta interpretação de texto*

    Que me perdoem os analistas de funções, tabelas, números complexos e logaritmos, mas desenvolvi uma teoria baseada em nada além do que meus próprios olhos e ouvidos vêm testemunhando há tempos: considerável parte do desamor que paira hoje no mundo se deve à incapacidade de interpretação de texto. Simi senhores. A incompreensão da Língua tem deixado as línguas (e os dedos frenéticos que navegam pelos teclados) mais intolerantes, emburrecidos e inacreditavelmente loucos.
    Talvez esse bizarro fenômeno se deva à carência de ideologias e certezas, que fizeram Bauman (o sociólogo da moda, salve, salve!) enxergar a "liquidez" da modernidade e a fragilidade de referências. Talvez seja apenas falta do que fazer e uma intensa carência de reconhecimento nas mídias sociais. Ou quem sabe Umberto Eco estivesse certo ao afirmar que as redes sociais deram voz aos imbecis. "Normalmente, eles (os imbecis) eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel." Viva a democracia virtual!
    Fato é que a imbecilidade se tem traduzido em palavras vindas de mentes que não sabem compreender... palavras! Eros versus Pasquale, Afrodite versus Bilac e a falta de amor no mundo se reduziu a uma simples. questão de semântica. Qualquer manifestação minimamente opinativa e já tiram - sabe-se lá de que cartola mágica uma interpretação maliciosa, completamente descontextualizada e muitas vezes motivada pela leitura de mero título ou pela escolha de imagem ilustrativa.
     Só que a falta de compreensão se estende para além das redes virtuais. Basta que haja qualquer debate numa mesa de bar e "Calma lá1 meu chapa, não foi isso que eu disse...". "Você entendeu errado...", "Não foi isso que eu quis dizer..." E, de repente, não se diferencia mais quem não sabe falar de quem não sabe entender. O quadro se torna insustentável quando se adicionam como ingredientes hipérbole, metáfora e principalmente ironia fina. Fina mesmo é a distância entre o soco e o infeliz nariz daquele que não se faz compreender.
    É claro que o praticante da incompreensão textual jamais se entenderá como parte da percentagem de analfabetos funcionais. Se as pesquisas apontam que apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são capazes de se expressar e de compreender plenamente, ele estará no meio. Se fossem 2°Ai, ele estaria no meio. Se apenas um único brasileiro fosse capaz de interpretar texto, certamente seria ele. O drama da incompreensão é que ela distorce a análise de si. Somos textos ambulantes, afinal.
    "Estou farto de todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo." disse Manuel Bandeira, sem saber quel tanto tempo depois, estaria nadando de braçada na (in)compreensão baseada em conteúdo distorcido ou jamais dito por aquele que sofre as consequências. Nunca se capitularam tantas frases fora de seu contexto, Manuel.
    Está faltando amor no mundo, mas disso pelo menos todo mundo sabe. O que falta entender é que falta, Prova: Amarela Português, Inglês, Matemática e Ciências prínclpalmente, interpretação de texto. E quem sabe o mundo possa se amar mais quando todos realmente falarem a mesma língua.

*Título tomado de empréstimo de Leonardo Sakamoto.

Lara Brenner. https://www.revistabula.com/6691-faltaamor-no-mundo-mas-tambem-falta-interpretacao-de-texto/ (acesso em 21 de outubro de 2019 - adaptado)
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença a seguir.
Segundo a autora, _______ vários ingredientes que tornaram o quadro insustentável, _______ essa situação se resolveria se_______ fortes estudos e _________  interpretação de texto. 
Alternativas
Q1334281 Português
Ana Maria Machado utiliza a construção “Masmais” (l. 51-52) para concluir sua lista de “boas razões para a gente chegar perto dos clássicos”. Os termos destacados têm semelhança sonora e diferença de sentido, e correspondem, respectivamente, a
Alternativas
Q927316 Português
De acordo com os critérios da seleção vocabular e emprego das variedades de língua padrão e não padrão, leia as orações a seguir e marque a alternativa CORRETA, de acordo com a norma culta.
Alternativas
Q681939 Português

Assinale a alternativa que completa corretamente as frases abaixo:

I - Ele foi quem 1 ____ tentou, ainda assim, não conseguiu.

II - Trata-se de um 2 ____ administrador.

III - O caminhão foi 3 ____ muro.

IV - Haverá uma palestra 4 ____ das conseqüências das queimadas sobre a temperatura ambiental.

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2012 - PM-SP - Soldado Voluntário |
Q658917 Português
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, os espaços da frase dada.
Sandra estava _______________ irritada, , _____________, mesmo assim, foi conversar com os policiais.
Alternativas
Q579300 Português

Aumenta o número de adultos que não consegue focar sua atenção em uma única coisa por muito tempo. São tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo. Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, pessoas multitarefa, não é verdade?

Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente, à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de programas que sinalizam o trânsito em tempo real, às informações de alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e refeito várias vezes do trajeto que deve fazer para chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc.

Quando me vejo em tal situação, eu me lembro que dirigir, após um dia de intenso trabalho no retorno para casa, já foi uma atividade prazerosa e desestressante.

O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de olhar para o mundo. Não mais observamos os detalhes, por causa de nossa ganância em relação a novas e diferentes informações. Quantas vezes sentei em frente ao computador para buscar textos sobre um tema e, de repente, me dei conta de que estava em temas que em nada se relacionavam com meu tema primeiro.

Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. Sofremos de uma tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema é que alguns textos exigem a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase, para que faça sentido. Aliás, não é a combinação e a sucessão das palavras que dá sentido e beleza a um texto? 

Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias coisas ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes objetos, sons, imagens etc.

Aí, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais, a partir de então, querem que as crianças prestem atenção em uma única coisa por muito tempo. E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem tratamento etc.

A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em seus aparelhos eletrônicos, brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes e, se deixarmos, passam horas em uma única atividade de que gostam.

Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é preciso, e não no que gostam. E isso, caro leitor, exige a árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom lembrar.

As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso. Aliás, boa parte desse trabalho é nosso, e não delas.

Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda. O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto em que estão quando precisam focar a atenção e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas por muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.

                     SAYÃO, Rosely. Profusão de estímulos. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 - adaptado. 

Assinale a opção em que o termo destacado está grafado corretamente, de acordo com o contexto em que foi utilizado.
Alternativas
Q384958 Português
Assinale a opção em que a palavra destacada foi corretamente empregada.
Alternativas
Respostas
1: C
2: B
3: A
4: A
5: A
6: B
7: A
8: E
9: B
10: A