Questões Militares de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Sargento |
Q2567488 Português
Quando estava entrando na adolescência, no início dos anos 90, era um hábito passar vários finais de semana na casa do meu avô, uma pessoa extremamente sistemática.

     Tinha dias que eu ficava com ele enquanto ele “catava milho”, como minha avó chamava seu hábito de ficar datilografando. Eu gostava muito de fazer companhia para ele. Lembro-me, como se fosse hoje, das histórias que me contava. Eram histórias verídicas, fatos que ele havia vivido e que ele me contava e recontava diversas vezes, como se fossem inéditas a cada vez. E eu sempre as ouvia com muita atenção e admiração, afinal, ele foi meu único referencial de pai.

      Foi o meu avô quem me ensinou a ser íntegro, respeitar os mais velhos e batalhar para ser alguém na vida. Ele sempre usava como exemplo de fracasso pessoas muito próximas, geralmente membros da nossa família, que ele tentou aconselhar, ajudar e dar um direcionamento, mas que foram teimosos e estavam colhendo os frutos ruins de sua teimosia, de não o terem ouvido.

      Agora adulto, vejo que muitas coisas no meu caráter herdei dele: sou sistemático, gosto de estudar, ler e escrever. E algo de que sempre gostei e aprendi, nas tardes e noites ao lado dele, foi a conversar com os mais velhos e a saber ouvi-los.


      Os mais velhos têm muito a contribuir com nossas vidas, independentemente da classe social e origem. Deles podemos extrair momentos preciosos de sabedoria e vivência, porém, para isso, é importante tentar compreendê-los e imaginar como as coisas seriam na época deles, ou na perspectiva deles.

 
      Eu trabalho há quase 10 anos na Previdência Social. Lá atendo, predominantemente, idosos. Pessoas que, na maioria das vezes, além de serem atendidas, querem ser ouvidas. O tempo que passei com o meu avô me auxilia no meu trabalho hoje.

 
     Atendi um senhor de cerca de 70 anos que me inspirou a escrever este texto. Tive necessidade de escrever isso porque, por incrível e estranho que pareça, senti nele o cheiro do meu avô.



(Ruy Carneiro Giraldes Neto. O cheiro do meu avô.
www.folhadelondrina.com.br, 04.03.2014. Adaptado)

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que seu autor nele revela
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Sargento |
Q2567485 Português
Assinale a alternativa em que a expressão é corretamente substituída pelo termo entre parênteses.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Sargento |
Q2567481 Português
       Em 2020, o historiador e professor Mário Sérgio de Moraes teve que interromper uma ação que já tinha virado rotina na casa onde vive com a esposa. Sempre que recebia o neto Mateus, o casal fazia, logo após o almoço, uma sessão colaborativa de contação de histórias. “Inventamos a historinha de três. Eu começava, ele continuava e depois minha mulher”, relembra Moraes.

        A pandemia, contudo, acabou cortando o hábito pela raiz. Em isolamento, a única forma que o casal tinha para conversar com o neto era através das telas do computador e celular. Porém, em pouco tempo, o avô encontrou uma forma de prosseguir o contato com Mateus por meio de histórias. “Para não perder essa relação, eu começava a história no computador, mandava para ele pelo pai e, com aquela letrinha de quarta série, o Mateus continuava e a enviava de volta para mim”, conta o avô. O projeto acabou crescendo tanto que o avô decidiu oferecê-lo a uma editora. Pouco depois saiu o volume “Tudo acaba em 10”, que, segundo o avô, vende bem melhor que seus próprios livros acadêmicos.

      A história de Moraes e Mateus está longe de ser um exemplo único de como avôs e netos vêm se relacionando no mundo contemporâneo. Em vez disso, ela ajuda a escancarar a multiplicidade de experiências e possibilidades familiares. Muitos idosos estão buscando coisas novas e sobretudo entender seu lugar no mundo.


    Hoje, há aproximadamente 1,5 bilhão de avós no mundo, segundo pesquisa da revista The Economist. Com o aumento da expectativa de vida mundial e o envelhecimento da população, dá para arriscar dizer que a importância deles será enorme ao longo do século 21. E isso considerando que seu grande impacto já vem sendo tema de estudos, que apontam que a relação avós/netos foi essencial para a evolução humana ao longo dos séculos.


(Leonardo Neiva. A relação de avós e netos hoje.
https://gamarevista.uol.com.br, 23.07.2023. Adaptado)
O aumento do tempo médio de vida da população e o seu consequente envelhecimento são elementos que levam o autor do texto a concluir que
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Sargento |
Q2567480 Português
       Em 2020, o historiador e professor Mário Sérgio de Moraes teve que interromper uma ação que já tinha virado rotina na casa onde vive com a esposa. Sempre que recebia o neto Mateus, o casal fazia, logo após o almoço, uma sessão colaborativa de contação de histórias. “Inventamos a historinha de três. Eu começava, ele continuava e depois minha mulher”, relembra Moraes.

        A pandemia, contudo, acabou cortando o hábito pela raiz. Em isolamento, a única forma que o casal tinha para conversar com o neto era através das telas do computador e celular. Porém, em pouco tempo, o avô encontrou uma forma de prosseguir o contato com Mateus por meio de histórias. “Para não perder essa relação, eu começava a história no computador, mandava para ele pelo pai e, com aquela letrinha de quarta série, o Mateus continuava e a enviava de volta para mim”, conta o avô. O projeto acabou crescendo tanto que o avô decidiu oferecê-lo a uma editora. Pouco depois saiu o volume “Tudo acaba em 10”, que, segundo o avô, vende bem melhor que seus próprios livros acadêmicos.

      A história de Moraes e Mateus está longe de ser um exemplo único de como avôs e netos vêm se relacionando no mundo contemporâneo. Em vez disso, ela ajuda a escancarar a multiplicidade de experiências e possibilidades familiares. Muitos idosos estão buscando coisas novas e sobretudo entender seu lugar no mundo.


    Hoje, há aproximadamente 1,5 bilhão de avós no mundo, segundo pesquisa da revista The Economist. Com o aumento da expectativa de vida mundial e o envelhecimento da população, dá para arriscar dizer que a importância deles será enorme ao longo do século 21. E isso considerando que seu grande impacto já vem sendo tema de estudos, que apontam que a relação avós/netos foi essencial para a evolução humana ao longo dos séculos.


(Leonardo Neiva. A relação de avós e netos hoje.
https://gamarevista.uol.com.br, 23.07.2023. Adaptado)
É correto afirmar, a partir da leitura do texto, que a dinâmica de contar histórias entre Mateus e seu avô
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Sargento |
Q2567479 Português
O hábito de certas pessoas que se põem ________ reclamar de tudo pode trazer consequências prejudiciais ________ que são assim, já que isso pode não agradar ________ quem está por perto delas e gerar uma reação similar __________ do que se lamenta sempre.

As lacunas do texto são, correta e respectivamente, completadas por:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Sargento |
Q2567478 Português




(Bill Waterson. O melhor de Calvin. www.estadao.com.br, 16.07.2023. Adaptado)


A expressão destacada confere ao trecho em que foi empregada ideia de dúvida em:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Sargento |
Q2567476 Português




(Bill Waterson. O melhor de Calvin. www.estadao.com.br, 16.07.2023. Adaptado)


É correto afirmar que o efeito de humor da tira decorre do fato de que
Alternativas
Q2567238 Português
Sobre o texto IV, é correto afirmar que: 
Alternativas
Q2567233 Português
TEXTO III


O cuitelinho*








*cuitelinho - Regionalismo para beija-flor (cuitelo) beija-flor pequeno.


(VANZOLINI, Paulo; XANDÓ, Antônio. Folclore recolhido. In:
 BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna.
 São Paulo: Parábola, 2004. p. 59). 
A canção “O cuitelinho” mostra como a jornada emocional do eu-lírico se relaciona com a busca da identidade cultural. Nesse sentido, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2567231 Português
Fragmento I


Identidade Nacional e Memória Coletiva: aproximações
possíveis




Caroline Gonzaga
Douglas Gasparin Arruda






(GONZAGA, Caroline; ARRUDA, Douglas Gasparin. Identidade Nacional e Memória Coletiva: aproximações possíveis. Revista Vernáculo, n° 50 – segundo semestre/2022. p. 9-33.).







Fragmento II


Autoestima, autoimagem e constituição da identidade:
um estudo com graduandos de psicologia



Helena Serafim Vasconcelos










(VASCONCELOS, Helena Serafim. Autoestima, autoimagem e constituição da identidade: um estudo com graduandos de psicologia. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde. 2017. Agosto; 6(3):195-206). Adaptado.
Imagem associada para resolução da questão



Associando o fragmento I do texto I ao último quadrinho do texto II, assinale a alternativa correta.  
Alternativas
Q2567229 Português
Fragmento I


Identidade Nacional e Memória Coletiva: aproximações
possíveis




Caroline Gonzaga
Douglas Gasparin Arruda






(GONZAGA, Caroline; ARRUDA, Douglas Gasparin. Identidade Nacional e Memória Coletiva: aproximações possíveis. Revista Vernáculo, n° 50 – segundo semestre/2022. p. 9-33.).







Fragmento II


Autoestima, autoimagem e constituição da identidade:
um estudo com graduandos de psicologia



Helena Serafim Vasconcelos










(VASCONCELOS, Helena Serafim. Autoestima, autoimagem e constituição da identidade: um estudo com graduandos de psicologia. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde. 2017. Agosto; 6(3):195-206). Adaptado.
Leia o trecho a seguir:

“As concepções aqui apresentadas sobre a autoimagem, também se organizam a partir dessa perspectiva dinâmica, de múltiplas identidades” (fragmento II, texto I - l. 25 a 27).

Assinale a alternativa que explica corretamente o trecho acima.
Alternativas
Q2567226 Português
Fragmento I


Identidade Nacional e Memória Coletiva: aproximações
possíveis




Caroline Gonzaga
Douglas Gasparin Arruda






(GONZAGA, Caroline; ARRUDA, Douglas Gasparin. Identidade Nacional e Memória Coletiva: aproximações possíveis. Revista Vernáculo, n° 50 – segundo semestre/2022. p. 9-33.).







Fragmento II


Autoestima, autoimagem e constituição da identidade:
um estudo com graduandos de psicologia



Helena Serafim Vasconcelos










(VASCONCELOS, Helena Serafim. Autoestima, autoimagem e constituição da identidade: um estudo com graduandos de psicologia. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde. 2017. Agosto; 6(3):195-206). Adaptado.
Sobre o primeiro fragmento do texto I, é correto dizer que  
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento |
Q2567151 Português
       Firmo andava pelos oitenta anos, mas quem o visse a cavalo, no campo, não lhe daria tanta idade.

       Era um caboclo atirado, musculoso e rijo; grandes olhos negros brilhavam-lhe no rosto queimado pelos verões e os cachos do seu cabelo rolavam-lhe pelos ombros largos.

     Velho, embora “ninguém lhe chegava ao pé sem muito jeito”, como ele próprio dizia sorrindo com os seus dentes limados, agudos como pontas de frechas. Apesar de alquebrado e enfermo, andava com arrogância e notava-se-lhe na voz, áspera e forte, o hábito de comando.

      Em tempos de festa, quando vinham para a mesma eira moças do lugar e de longe, Firmo saltava na roda, sapateando, rasgando na viola a tirana dos campeiros, e quem ousava pegar no verso do caboclo?! As tabaroas morenas sorriam com os olhos fascinados e unidas desfaziam-se das flores para que o cantador as fosse pisando no sapateado. Por isso Firmo andava sempre de ponta com os companheiros e, mais de uma vez, o descante acabou varrido à faca; mas quem ficasse do lado do caboclo podia estar descansado – nunca fugiu de arrelia, fosse com um, fosse com dez ou mais.


 (Coelho Neto, Sertão. Adaptado)



Vocabulário:
tirana: canção
tabaroa: pessoa que vive no interior, na roça
descante: canto
arrelia: confusão, desavença
Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido figurado.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento |
Q2567150 Português
       Firmo andava pelos oitenta anos, mas quem o visse a cavalo, no campo, não lhe daria tanta idade.

       Era um caboclo atirado, musculoso e rijo; grandes olhos negros brilhavam-lhe no rosto queimado pelos verões e os cachos do seu cabelo rolavam-lhe pelos ombros largos.

     Velho, embora “ninguém lhe chegava ao pé sem muito jeito”, como ele próprio dizia sorrindo com os seus dentes limados, agudos como pontas de frechas. Apesar de alquebrado e enfermo, andava com arrogância e notava-se-lhe na voz, áspera e forte, o hábito de comando.

      Em tempos de festa, quando vinham para a mesma eira moças do lugar e de longe, Firmo saltava na roda, sapateando, rasgando na viola a tirana dos campeiros, e quem ousava pegar no verso do caboclo?! As tabaroas morenas sorriam com os olhos fascinados e unidas desfaziam-se das flores para que o cantador as fosse pisando no sapateado. Por isso Firmo andava sempre de ponta com os companheiros e, mais de uma vez, o descante acabou varrido à faca; mas quem ficasse do lado do caboclo podia estar descansado – nunca fugiu de arrelia, fosse com um, fosse com dez ou mais.


 (Coelho Neto, Sertão. Adaptado)



Vocabulário:
tirana: canção
tabaroa: pessoa que vive no interior, na roça
descante: canto
arrelia: confusão, desavença
O objetivo do texto é
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento |
Q2567147 Português
      Embora mais industrializado que os demais latino-americanos, o Brasil tem exibido resultados econômicos inferiores aos de vários países da região. A América Latina deve fechar este ano com crescimento econômico de 2,7%, segundo estimativa divulgada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Em 2023, no entanto, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) regional deverá ficar em 1,4%. A taxa calculada para 2022 é parecida com a esperada para o Brasil. No próximo ano, porém, a expansão brasileira dificilmente atingirá 1%, de acordo com a maior parte das projeções do mercado e de instituições multilaterais.



(https://opiniao.estadao.com.br, 29.10.2022)
O texto mostra que
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento |
Q2567146 Português

Leia a charge.



Imagem associada para resolução da questão




(Chargista Duke. https://www.otempo.com.br)





A leitura da charge permite concluir corretamente que o personagem

Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento |
Q2567142 Português
Não sei, Marília, que tenho,
depois que vi o teu rosto,
pois quanto não é Marília
já não posso ver com gosto.
Noutra idade me alegrava,
até quando conversava
com o mais rude vaqueiro:
hoje, ó bela, me aborrece
inda o trato lisonjeiro
do mais discreto pastor.
Que efeitos são os que sinto?
Serão efeitos de amor?


(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Nos versos, o eu lírico reconhece uma transformação em sua vida, cuja possível causa é
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento |
Q2567137 Português
Pesquisa Fapesp: Como você enxerga as relações
atuais entre indígenas e brancos no Brasil?


Marta: O país tem um racismo enorme contra não brancos, incluindo negros e indígenas. O racismo contra os índios se traduz de duas maneiras. Uma delas deriva dos tempos do colonialismo e os vê como iguais à natureza: são ingênuos, não precisam entrar em universidades e, se usarem celular, deixarão de ser índios. Por muito tempo, no Brasil, se considerou que os indígenas não tinham capacidade de raciocinar, viviam em sociedades simples e se equiparavam a crianças. Por isso, precisavam ser tutelados pelo Estado. O outro tipo de preconceito é o oposto: o índio é selvagem, equiparado a um animal. Isso tudo tem raiz na ignorância da população. O artigo 26-A da Lei Federal nº 9.394, de 1996, torna obrigatório o estudo das histórias e culturas afro-brasileira e indígena. Porém essa prática não está disseminada. Temos mais livros didáticos sobre afro-brasileiros do que sobre indígenas.



(Trecho de entrevista da demógrafa e antropóloga Marta Maria
do Amaral Azevedo da Unicamp à revista Pesquisa Fapesp.
Em: https://revistapesquisa.fapesp.br. Adaptado)
De acordo com a pesquisadora, os indígenas no Brasil
Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Sargento |
Q2567134 Português



(Mort Walker, Recruta Zero. https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos, 27.10.2022)


No contexto da história apresentada na tira, a fala da mãe deve ser entendida como uma
Alternativas
Ano: 2021 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2021 - PM-SP - Cabo PM |
Q2566931 Português
Beijos, nunca mais



1     Ouço dizer que, por causa da Covid, os beijos foram banidos do cinema. Por mais longa a quarentena antes das filmagens, não se pode arriscar a saúde dos atores – a não ser que eles se beijem de máscara. Mas talvez nem tudo esteja perdido. Muitos filmes do passado souberam transmitir intenso romantismo ou sensualidade sem recorrer ao beijo. Duvida? Eis alguns.


2    Em “A Estranha Passageira”, de Irving Rapper, Bette Davis pede um cigarro a Paul Henreid. Ele tira dois cigarros, coloca-os na boca, acende ambos e passa um deles a Bette. Um beijo seria mais explícito? Em “Férias de Amor”, de Joshua Logan, William Holden e Kim Novak fazem uma das maiores danças da história sem se tocarem. Poucas vezes o cinema foi tão romântico – a coreografia dizia tudo.


3     Em “A Dama e o Vagabundo”, desenho de Walt Disney, os dois cães comem no mesmo prato na cantina italiana e, sem querer, seus focinhos se unem por um fio de macarrão.


4     E eu poderia citar três das histórias mais românticas de todos os tempos, em que o herói não chega nem perto de beijar a heroína. “O Corcunda de Notre Dame”, filmado em 1923, em 1939, e em 1956, em todos havia atores famosos no papel do Corcunda apaixonado por Esmeralda – sem beijo. “O Fantasma da Ópera” em que, com ou sem máscara, aquele monstro sem nariz era imbeijável.


5     E, claro, King Kong, em que, em suas inúmeras versões, o galã tragicamente apaixonado nunca pôde sequer aproximar seus grandes lábios dos lábios da mocinha.



(https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2020/09/
beijos-nunca-mais.shtml Adaptado)
Para o autor do texto, cenas cinematográficas sensuais e românticas
Alternativas
Respostas
21: D
22: C
23: A
24: D
25: B
26: D
27: B
28: B
29: A
30: C
31: D
32: C
33: B
34: A
35: D
36: B
37: A
38: A
39: D
40: C