Questões Militares de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Ano: 2021 Banca: UERJ Órgão: CBM-RJ Prova: UERJ - 2021 - CBM-RJ - Aspirante |
Q1679535 Português
Resultado do combate: o ganda foi aclamado vencedor. E de Lisboa se irradiou a narrativa que converteu o rinoceronte em patrono da boa blindagem e da bravura dos militares. (l. 6-8)

A frase sublinhada estabelece com a anterior uma relação de:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: UERJ Órgão: CBM-RJ Prova: UERJ - 2021 - CBM-RJ - Aspirante |
Q1679534 Português
De acordo com o texto, o ineditismo estético é seguido de uma tentativa de nomeação. Nesse contexto, a nomeação tem a função de:
Alternativas
Q1676816 Português
TEXTO I

Por que a diversão é tão útil para a humanidade


Por Pâmela Carbonari

    Quem ama o tédio, divertido lhe parece. Apesar da diversão ser um conceito tão relativo quanto a beleza, a paródia do ditado é tão verdadeira quanto a de que a necessidade é a mãe da invenção.
    […]
    O escritor de ciência americano Steven Johnson acredita que o prazer é o motor da inovação. Em seu décimo livro, O poder inovador da diversão: como o prazer e o entretenimento mudaram o mundo, lançado no Brasil pela editora Zahar, ele mostra a importância da música, dos jogos, da mágica, da comida e de outras formas de diversão para chegarmos onde estamos e para que tipo de futuro esses passatempos nos levarão.
    […]
    Do jogo de dardos veio a estatística. A flauta de osso pode ser a ancestral do computador que você lê este artigo. As caixas de música serviram de inspiração para os teares. Com uma prosa leve e bemhumorada (à prova de hipocrisias), Johnson explica como tecnologias fundamentais para o nosso tempo nasceram e evoluíram de objetos e engrenagens que não tinham outro objetivo senão entreter. [...]

    Somos naturalmente hedonistas. E, como você diz, a diversão ajudou a moldar a humanidade. Você acha que o prazer é a chave para a inteligência?

    Eu não diria que o prazer é “a” chave para a inteligência, mas sim que é um elemento subestimado de inteligência. Em outras palavras, tendemos a supor que pessoas inteligentes usam suas habilidades mentais em busca de problemas sérios que tenham clara utilidade ou recompensa econômica por trás deles. Mas o pensamento inteligente é muitas vezes desencadeado por experiências mais lúdicas, como os nossos ancestrais do Paleolítico que, esculpindo as primeiras flautas de ossos de animais, descobriram como posicionar os buracos para produzir os sons mais interessantes. Essas inovações exigiram uma grande dose de inteligência – dado o estado do conhecimento humano sobre a música e o design de instrumentos há 50 mil anos – mas esse tipo de coisa não era “útil” em nenhum sentido tradicional.

    A história da diversão sempre esteve à margem dos registros históricos mais sérios e práticos, como guerras, poder e igualdade, por exemplo. Você acha que a diversão estava implícita nesses eventos ou foi ignorada pelos historiadores?

    Acho que tem sido amplamente ignorada pelos historiadores. E quando foi observada e narrada, os relatos históricos foram muito limitados: há histórias sobre moda, jogos ou temperos, mas como narrativas separadas. Olhamos para a longa história da civilização de maneira diferente se contarmos a história do comportamento “lúdico” como uma categoria mais abrangente – esse era meu objetivo ao escrever O poder inovador da diversão. Essa história é muito mais importante que a maioria das pessoas imagina.

    Nesse seu último livro, você diz que os prazeres inúteis da vida geralmente nos dão uma pista sobre futuras mudanças na sociedade. O que podemos prever para o futuro a partir dos nossos prazeres mais comuns agora?

    Provavelmente o melhor exemplo recente foi a mania de Pokémon Go. Eu posso imaginar-nos olhando para trás em 2025, quando muitos de nós estarão usando regularmente dispositivos de realidade aumentada para resolver “problemas sérios” no trabalho, e vamos perceber que a primeira adoção dominante dessa tecnologia veio de pessoas correndo pelas cidades capturando monstros japoneses imaginários em seus telefones.

    Por que a humanidade precisa se divertir?

    Esta é uma questão verdadeiramente profunda. Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo) têm claras explicações evolutivas sobre por que nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em O Poder Inovador da Diversão – o prazer de ver uma boneca robô imitar um humano, ou a diversão de jogar um jogo de tabuleiro – é mais difícil de explicar. Eu acho que tem a ver com a experiência de novidade e surpresa; uma parte significativa de nossa inteligência vem do nosso interesse em coisas que nos surpreendem desafiando nossas expectativas. Quando experimentamos essas coisas, temos um pequeno estímulo que diz: “Preste atenção nisso, isso é novo”. E assim, ao longo do tempo, os sistemas culturais se desenvolveram para criar experiências cada vez mais elaboradas para surpreender outros seres humanos: desde as primeiras flautas de osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita, todas as formas de Pokémon Go. É uma história antiga; temos muito mais oportunidades e tecnologias para nos surpreender do que nossos ancestrais. 

Adaptado de: <https://super.abril.com.br/blog/literal/por-que-a-diversao-e-tao-util-para-a-humanidade/>. Acesso em: 22 jun. 2018.

Considere as seguintes análises sobre a classificação e a função que os verbos em destaque assumem no contexto e assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1676803 Português
TEXTO I

Por que a diversão é tão útil para a humanidade


Por Pâmela Carbonari

    Quem ama o tédio, divertido lhe parece. Apesar da diversão ser um conceito tão relativo quanto a beleza, a paródia do ditado é tão verdadeira quanto a de que a necessidade é a mãe da invenção.
    […]
    O escritor de ciência americano Steven Johnson acredita que o prazer é o motor da inovação. Em seu décimo livro, O poder inovador da diversão: como o prazer e o entretenimento mudaram o mundo, lançado no Brasil pela editora Zahar, ele mostra a importância da música, dos jogos, da mágica, da comida e de outras formas de diversão para chegarmos onde estamos e para que tipo de futuro esses passatempos nos levarão.
    […]
    Do jogo de dardos veio a estatística. A flauta de osso pode ser a ancestral do computador que você lê este artigo. As caixas de música serviram de inspiração para os teares. Com uma prosa leve e bemhumorada (à prova de hipocrisias), Johnson explica como tecnologias fundamentais para o nosso tempo nasceram e evoluíram de objetos e engrenagens que não tinham outro objetivo senão entreter. [...]

    Somos naturalmente hedonistas. E, como você diz, a diversão ajudou a moldar a humanidade. Você acha que o prazer é a chave para a inteligência?

    Eu não diria que o prazer é “a” chave para a inteligência, mas sim que é um elemento subestimado de inteligência. Em outras palavras, tendemos a supor que pessoas inteligentes usam suas habilidades mentais em busca de problemas sérios que tenham clara utilidade ou recompensa econômica por trás deles. Mas o pensamento inteligente é muitas vezes desencadeado por experiências mais lúdicas, como os nossos ancestrais do Paleolítico que, esculpindo as primeiras flautas de ossos de animais, descobriram como posicionar os buracos para produzir os sons mais interessantes. Essas inovações exigiram uma grande dose de inteligência – dado o estado do conhecimento humano sobre a música e o design de instrumentos há 50 mil anos – mas esse tipo de coisa não era “útil” em nenhum sentido tradicional.

    A história da diversão sempre esteve à margem dos registros históricos mais sérios e práticos, como guerras, poder e igualdade, por exemplo. Você acha que a diversão estava implícita nesses eventos ou foi ignorada pelos historiadores?

    Acho que tem sido amplamente ignorada pelos historiadores. E quando foi observada e narrada, os relatos históricos foram muito limitados: há histórias sobre moda, jogos ou temperos, mas como narrativas separadas. Olhamos para a longa história da civilização de maneira diferente se contarmos a história do comportamento “lúdico” como uma categoria mais abrangente – esse era meu objetivo ao escrever O poder inovador da diversão. Essa história é muito mais importante que a maioria das pessoas imagina.

    Nesse seu último livro, você diz que os prazeres inúteis da vida geralmente nos dão uma pista sobre futuras mudanças na sociedade. O que podemos prever para o futuro a partir dos nossos prazeres mais comuns agora?

    Provavelmente o melhor exemplo recente foi a mania de Pokémon Go. Eu posso imaginar-nos olhando para trás em 2025, quando muitos de nós estarão usando regularmente dispositivos de realidade aumentada para resolver “problemas sérios” no trabalho, e vamos perceber que a primeira adoção dominante dessa tecnologia veio de pessoas correndo pelas cidades capturando monstros japoneses imaginários em seus telefones.

    Por que a humanidade precisa se divertir?

    Esta é uma questão verdadeiramente profunda. Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por exemplo) têm claras explicações evolutivas sobre por que nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo de diversão que descrevo em O Poder Inovador da Diversão – o prazer de ver uma boneca robô imitar um humano, ou a diversão de jogar um jogo de tabuleiro – é mais difícil de explicar. Eu acho que tem a ver com a experiência de novidade e surpresa; uma parte significativa de nossa inteligência vem do nosso interesse em coisas que nos surpreendem desafiando nossas expectativas. Quando experimentamos essas coisas, temos um pequeno estímulo que diz: “Preste atenção nisso, isso é novo”. E assim, ao longo do tempo, os sistemas culturais se desenvolveram para criar experiências cada vez mais elaboradas para surpreender outros seres humanos: desde as primeiras flautas de osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita, todas as formas de Pokémon Go. É uma história antiga; temos muito mais oportunidades e tecnologias para nos surpreender do que nossos ancestrais. 

Adaptado de: <https://super.abril.com.br/blog/literal/por-que-a-diversao-e-tao-util-para-a-humanidade/>. Acesso em: 22 jun. 2018.

De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1675666 Português

O Bem e o Mal


Eu guardo em mim

dois corações

um que é do mar

um das paixões

um canto doce

um cheiro de temporal

eu guardo em mim

um deus, um louco, um santo

um bem e um mal

eu guardo em mim

tantas canções

de tanto mar

tantas manhãs

encanto doce

o cheiro de um vendaval

guardo em mim

o deus, o louco, o santo

o bem, o mal.


FALCÃO, Dudu; CAYMMI, Danilo. O bem e o mal. In: DANILO

CAYMMI. Danilo Caymmi. São Paulo: RGE, 1992. LP.

Lado A, faixa 1.

Ao analisar os elementos literários na composição dessa canção, verifica-se que o eu lírico:
Alternativas
Q1675664 Português

Leia este texto.


A mim pouco importava. Tendo descoberto o mundo da palavra escrita, eu estava feliz, muito feliz. [...] Bastava-me o ato de escrever. Colocar no pergaminho letra após letra, palavra após palavra, era algo que me deliciava. Não era só um texto que eu estava produzindo; era beleza, a beleza que resulta da ordem, da harmonia. Eu descobria que uma letra atrai outra, que uma palavra atrai outra, essa afinidade organizando não apenas o texto, como a vida, o universo. O que eu via, no pergaminho, quando terminava o trabalho, era um mapa, como os mapas celestes que indicavam a posição das estrelas e planetas, posição essa que não resulta do acaso, mas da composição de misteriosas forças, as mesmas que, em escala menor, guiavam minha mão quando ela deixava seus sinais sobre o pergaminho. [...] A única pessoa a quem eu tinha vontade de contar o que acontecia era o pastorzinho. Diria a ele que minha vida tinha agora um sentido, um significado: feia, eu era, contudo, capaz de criar beleza. Não a falsa beleza que os espelhos enganosamente refletem, mas a verdadeira e duradoura beleza dos textos que eu escrevia, dia após dia, semana após semana – como se estivesse num estado de permanente e deliciosa embriaguez.


SCLIAR, Moacyr. In: PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. Obra

Aberta. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento,

Ano 5. n.66, abr.2011, p.34-35. Disponível em: <https://poetriz.

wordpress.com/2011/04/16/bastava-escrever/>.

A partir da leitura desse texto, verifica-se que o escritor Moacyr Scliar
Alternativas
Q1675662 Português

Leia este texto.


Volte para o seu lar


[...]

Aqui nessa tribo

Ninguém quer a sua catequização

Falamos a sua língua,

Mas não entendemos o seu sermão

[...]

Mas não sorrimos à toa

Não sorrimos à toa

Aqui nesse barco

Ninguém quer a sua orientação

Não temos perspectivas

Mas o vento nos dá a direção

A vida que vai à deriva

É a nossa condução

Mas não seguimos à toa

Não seguimos à toa

Volte para o seu lar

Volte para lá

Volte para o seu lar


ANTUNES, Arnaldo. Volte para o seu lar. In: MONTE, Marisa.

Mais. Rio de Janeiro: CD Records/EMI, 1991. CD.

Faixa n. 2. [Fragmento]


Em relação a essa canção, considere as afirmativas a seguir.


I. O ponto de vista evidenciado pela canção é o do nativo, do colonizado, o que pode ser comprovado pelo emprego do advérbio “aqui” que situa de onde fala esse interlocutor e pelo uso da primeira pessoa do plural, evidenciando que ele fala em nome de vários.

II. As palavras que, no texto da canção, remetem ao ambiente da colonização são: tribo, catequização, sermão, barco e, não se percebe a voz do colonizador cujo silêncio é evidenciado nessa expressão artística, de forma ficcional, pelo colonizado.

III. A voz que se expressa na canção demonstra certa revolta, um inconformismo com a situação de influência externa, apregoando o desejo de ter expressão própria e o desejo que os estrangeiros deixem os nativos viverem suas vidas, por meio de seus próprios valores.

IV. O título do texto, que se repete como refrão da canção, deflagra uma relação antagônica entre as partes que se enunciam, revelando o desejo do eu lírico, que vê, no retorno do outro, a possibilidade de ele e os seus viverem a vida como acham que devem viver.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q1675661 Português

No início da crise do coronavírus no Brasil, em março de 2020, alguns dos principais jornais do país publicaram a mesma capa, com a mensagem “Juntos vamos derrotar o vírus. Unidos pela informação e pela responsabilidade”. 


Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: <https://portaldacomunicacao.com.

br/2020/05/7-capas-que-registraram-pandemia-no-mundo/>.

Acesso em: 2 jul. 2020.


Com base no texto das capas, analise as afirmativas a seguir. 


I. A imprensa decidiu veicular a mesma mensagem na capa dos jornais por não haver outro assunto à época.

II. A imprensa destacou a importância da informação e, na capa dos jornais, assumiu a responsabilidade de combater as notícias falsas sobre a Covid-19.

III. A imprensa conclamou a união de esforços dos meios de comunicação pela valorização da informação jornalística contra o coronavírus.

IV. A imprensa reconheceu a situação dramática da pandemia e criou um meio de assumir a divulgação de informação responsável sobre a Covid-19.

V. A imprensa demonstrou que os jornais brasileiros estavam reunidos em torno de uma mesma causa comum: servir a população com jornalismo de qualidade para, com a responsabilidade que o momento exigia, enfrentar e vencer a pandemia. 


Apresentam atitudes evidenciadas pela imprensa nacional, por meio dessa iniciativa, os itens 

Alternativas
Q1675660 Português

Leia esta tirinha.

Imagem associada para resolução da questão

ITURRUSGARAI, Adão. La vie em rose. Folha de S. Paulo, São Paulo, 6 jan. 2004. E5. Disponível em:

<https://acervo.folha.com.br/leitor.do?numero=15947 &keyword=ROSE%2CVIE&anchor=5263039&origem=

busca&originURL=&pd=f38de803d02c522f613f53b70c6b17ab>.


Na construção dessa tirinha, há ambiguidade que gera humor. São elementos que participam da composição do sentido desse texto, exceto:

Alternativas
Q1667874 Português
Na Língua Portuguesa, há determinadas palavras que podem apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com seu contexto de uso.
A partir desse conceito, leia o texto a seguir.
Imagem associada para resolução da questão
Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/340232946846670464/?lp=true>. Acesso em: 10 fev. 2020.
A esse respeito, é correto afirmar que o conceito apresentado se aplica à palavra “sonho”, não só por apresentar sentido ambíguo perceptível no texto da propaganda, como também porque no seu emprego identifica-se um fato linguístico denominado
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Q1667870 Português
Com ‘Parasita’, Hollywood reconhece que inovação no cinema vem do Oriente

Inácio Araújo*

1. “Parasita” conseguiu, para resumir, o que nem Itália nem Japão, em seus melhores dias, conseguiram: ser o centro de uma cerimônia destinada, até aqui, a celebrar Hollywood, seu estilo de filmes, sua força mercadológica. Caso os apreciadores de bons filmes concordassem e, se a crítica ratificasse, com “Parasita” o Oscar 2020 reconheceria que o eixo principal da inovação cinematográfica vem, e há décadas, da Ásia.
2. Ao tratar de conflitos do desenvolvimento atrasado e veloz da Coreia do Sul, Bong Joon-ho, o diretor, acertou na mosca: falou ao mundo inteiro dos desequilíbrios demenciais do capitalismo contemporâneo. 3. Mas convém não esquecer, sobretudo, a grande enchente que assola Seul e alaga a casa da família pobre: é também dos desequilíbrios climáticos brutais contemporâneos que “Parasita” trata.
4. Toda essa novidade veio num ano em que os indicados estiveram muito acima da média habitual. Pelo menos “O Irlandês”, “Coringa”, “História de um Casamento” e “Era Uma Vez em... Hollywood” destacaram-se recentemente, para não falar da proeza, mais técnica do que outra coisa, de “1917”.
5. Seja como for, era tido como favorito por muitos desde que levou, também surpreendentemente, o Globo de Ouro.

* Articulista da Folha.
Folha de São Paulo. Ilustrada, 11 fev. 2020, p. C1. Adaptado
Tendo como base a significação contextual de palavras e expressões, preencha corretamente as lacunas do texto a seguir.
Na língua portuguesa há porções de frases cujo significado ultrapassa o sentido _______________ das suas partes. Significam mais do que a interpretação das palavras que as compõem, implicando uma leitura contextual. São comumente utilizadas na linguagem _______________ e algumas estão muito enraizadas na cultura linguística dos falantes. Um exemplo desse tipo de expressão presente no texto Com ‘Parasita’, Hollywood reconhece que inovação no cinema vem do Oriente é “_______________”.
A sequência que preenche corretamente as lacunas é
Alternativas
Q1667869 Português
Com ‘Parasita’, Hollywood reconhece que inovação no cinema vem do Oriente

Inácio Araújo*

1. “Parasita” conseguiu, para resumir, o que nem Itália nem Japão, em seus melhores dias, conseguiram: ser o centro de uma cerimônia destinada, até aqui, a celebrar Hollywood, seu estilo de filmes, sua força mercadológica. Caso os apreciadores de bons filmes concordassem e, se a crítica ratificasse, com “Parasita” o Oscar 2020 reconheceria que o eixo principal da inovação cinematográfica vem, e há décadas, da Ásia.
2. Ao tratar de conflitos do desenvolvimento atrasado e veloz da Coreia do Sul, Bong Joon-ho, o diretor, acertou na mosca: falou ao mundo inteiro dos desequilíbrios demenciais do capitalismo contemporâneo. 3. Mas convém não esquecer, sobretudo, a grande enchente que assola Seul e alaga a casa da família pobre: é também dos desequilíbrios climáticos brutais contemporâneos que “Parasita” trata.
4. Toda essa novidade veio num ano em que os indicados estiveram muito acima da média habitual. Pelo menos “O Irlandês”, “Coringa”, “História de um Casamento” e “Era Uma Vez em... Hollywood” destacaram-se recentemente, para não falar da proeza, mais técnica do que outra coisa, de “1917”.
5. Seja como for, era tido como favorito por muitos desde que levou, também surpreendentemente, o Globo de Ouro.

* Articulista da Folha.
Folha de São Paulo. Ilustrada, 11 fev. 2020, p. C1. Adaptado
No texto, o analista Inácio Araújo faz menção a certas abordagens veiculadas no filme que merecem ser divulgadas. A esse respeito, é correto afirmar que algumas delas, presentes no segundo e terceiro parágrafos, envolvem, fundamentalmente, uma situação de momento evidenciada por meio de
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Q1667853 Português
Como premiar a moderação na rede?

Ronaldo Lemos*

1. Quer ter uma experiência completamente diferente da internet? Basta instalar no seu navegador o plug-in chamado Demetricator. Ele oculta totalmente os likes, coraçõezinhos, joinhas, retuítes, compartilhamentos mas também outras métricas que são usadas para indicar quantas pessoas se “engajaram” com uma publicação.
2. A experiência é atordoante. Vivenciei-a. Estamos tão acostumados a enxergar os números das reações que vêm com cada publicação. Após enxergar um post sem esses números, somos obrigados a ver o conteúdo por si só, nu e cru, sem adornos, e a pensar qual o valor que aquilo tem por si.
3. Esse experimento com o Demetricator pode ajudar a melhorar o sistema e o acesso à internet. O estado geral da rede hoje é de inflamação generalizada. Por causa desses números (likes, compartilhamentos, retuítes), as redes sociais se tornaram um concurso de histeria. Ganha quem é mais histriônico, chocante ou apelativo.
4. Um caminho é repensar a arquitetura das redes sociais. É preciso criar mecanismos mais sofisticados de indexar a importância do que é publicado por meio delas. Hoje, o mecanismo é simples: quanto mais radical um post, mais engajamento ele gera, o que, por sua vez, leva a mais distribuição e ainda mais engajamento. Essa dinâmica não precisa ser assim. Esse desenho premia o extremismo. É possível sim um desenho que premie racionalidade e moderação.
5. Criar uma métrica assim permitiria que os usuários organizassem sua experiência na rede. Quem quisesse ver histeria ficaria livre para isso. Mas quem estivesse cansado e quisesse moderação, em vez de radicalização inflamatória, selecionaria essa outra opção, que hoje não existe.
6. Em outras palavras, criar outros critérios de organização da informação e deixar que os usuários decidam como querem ver suas timelines é um caminho promissor: traz mais racionalidade à internet.

* Advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.
Folha de S. Paulo. Mercado, p. A 20, 8 abr. 2019. Adaptado.
Para produzir o texto Como premiar a moderação na rede? o autor utiliza elementos coesivos que promovem a sua manutenção temática.
A partir dessa perspectiva, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma sobre os elementos coesivos.
( ) No fragmento “... somos obrigados a ver o conteúdo por si só, nu e cru, sem adornos...”, identifica-se a presença da coesão por elipse do sujeito. ( ) Na passagem “Após enxergar um post sem esses números...”, o conector destacado, considerando-se sua semântica corretamente analisada, exprime uma noção de tempo. ( ) Na frase “... quanto mais radical um post, mais engajamento ele gera...”, a palavra em destaque reforça a ideia de congruência e de moderação que perpassa as postagens. ( ) Em “Ele oculta totalmente os likes, coraçõezinhos, joinhas, retuítes, compartilhamentos mas também outras métricas...”, o conector sublinhado inicia uma oração que exprime ideia de contraste.
A sequência correta é 
Alternativas
Q1667850 Português
Como premiar a moderação na rede?

Ronaldo Lemos*

1. Quer ter uma experiência completamente diferente da internet? Basta instalar no seu navegador o plug-in chamado Demetricator. Ele oculta totalmente os likes, coraçõezinhos, joinhas, retuítes, compartilhamentos mas também outras métricas que são usadas para indicar quantas pessoas se “engajaram” com uma publicação.
2. A experiência é atordoante. Vivenciei-a. Estamos tão acostumados a enxergar os números das reações que vêm com cada publicação. Após enxergar um post sem esses números, somos obrigados a ver o conteúdo por si só, nu e cru, sem adornos, e a pensar qual o valor que aquilo tem por si.
3. Esse experimento com o Demetricator pode ajudar a melhorar o sistema e o acesso à internet. O estado geral da rede hoje é de inflamação generalizada. Por causa desses números (likes, compartilhamentos, retuítes), as redes sociais se tornaram um concurso de histeria. Ganha quem é mais histriônico, chocante ou apelativo.
4. Um caminho é repensar a arquitetura das redes sociais. É preciso criar mecanismos mais sofisticados de indexar a importância do que é publicado por meio delas. Hoje, o mecanismo é simples: quanto mais radical um post, mais engajamento ele gera, o que, por sua vez, leva a mais distribuição e ainda mais engajamento. Essa dinâmica não precisa ser assim. Esse desenho premia o extremismo. É possível sim um desenho que premie racionalidade e moderação.
5. Criar uma métrica assim permitiria que os usuários organizassem sua experiência na rede. Quem quisesse ver histeria ficaria livre para isso. Mas quem estivesse cansado e quisesse moderação, em vez de radicalização inflamatória, selecionaria essa outra opção, que hoje não existe.
6. Em outras palavras, criar outros critérios de organização da informação e deixar que os usuários decidam como querem ver suas timelines é um caminho promissor: traz mais racionalidade à internet.

* Advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.
Folha de S. Paulo. Mercado, p. A 20, 8 abr. 2019. Adaptado.

Observe a figura a seguir.

Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: <https://www.temapesquisa.com/single-post/2016/08/03/Brasil-cultiva-discurso-de-%C3%B3dio-nas-redessociais-mostra-pesquisa>. Acesso em: 08 fev. 2020. Adaptado.


Em Como premiar a moderação na rede?, o autor aborda a necessidade de se “repensar a arquitetura das redes sociais” quanto às postagens e aponta alguns aspectos negativos que as envolvem.

As palavras transcritas do texto que referendam a ausência de moderação na rede e, de certo modo, dialogam com a imagem apresentada são, exceto

Alternativas
Q1667847 Português
Como premiar a moderação na rede?

Ronaldo Lemos*

1. Quer ter uma experiência completamente diferente da internet? Basta instalar no seu navegador o plug-in chamado Demetricator. Ele oculta totalmente os likes, coraçõezinhos, joinhas, retuítes, compartilhamentos mas também outras métricas que são usadas para indicar quantas pessoas se “engajaram” com uma publicação.
2. A experiência é atordoante. Vivenciei-a. Estamos tão acostumados a enxergar os números das reações que vêm com cada publicação. Após enxergar um post sem esses números, somos obrigados a ver o conteúdo por si só, nu e cru, sem adornos, e a pensar qual o valor que aquilo tem por si.
3. Esse experimento com o Demetricator pode ajudar a melhorar o sistema e o acesso à internet. O estado geral da rede hoje é de inflamação generalizada. Por causa desses números (likes, compartilhamentos, retuítes), as redes sociais se tornaram um concurso de histeria. Ganha quem é mais histriônico, chocante ou apelativo.
4. Um caminho é repensar a arquitetura das redes sociais. É preciso criar mecanismos mais sofisticados de indexar a importância do que é publicado por meio delas. Hoje, o mecanismo é simples: quanto mais radical um post, mais engajamento ele gera, o que, por sua vez, leva a mais distribuição e ainda mais engajamento. Essa dinâmica não precisa ser assim. Esse desenho premia o extremismo. É possível sim um desenho que premie racionalidade e moderação.
5. Criar uma métrica assim permitiria que os usuários organizassem sua experiência na rede. Quem quisesse ver histeria ficaria livre para isso. Mas quem estivesse cansado e quisesse moderação, em vez de radicalização inflamatória, selecionaria essa outra opção, que hoje não existe.
6. Em outras palavras, criar outros critérios de organização da informação e deixar que os usuários decidam como querem ver suas timelines é um caminho promissor: traz mais racionalidade à internet.

* Advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.
Folha de S. Paulo. Mercado, p. A 20, 8 abr. 2019. Adaptado.
É correto afirmar que, considerando-se especificamente o comportamento do frequentador das redes sociais, a atitude que melhor responde à indagação proposta no título do texto remete à ideia de que este usuário deve, fundamentalmente,
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Q1667468 Português

O pai do herói autista


    1. O canadense David Shore é o criador da série The Good Doctor, cujo personagem é Shaun Murphy, um médico dividido entre seus tormentos pessoais e a capacidade extraordinária de salvar vidas. Com o excelente Freddie Highmore na pele de um jovem cirurgião autista, a série, constituída de vários episódios, caiu nas graças dos brasileiros. Em parte da entrevista transcrita a seguir, Shore fala sobre os desafios para fazer de um autista um personagem tão pop.

    2. Um diferencial de The Good Doctor é dar ao espectador a sensação de ver o mundo como um autista. Por que essa preocupação com as filigranas sensoriais? Não queria que as pessoas simplesmente vissem um autista na tela, mas que pudessem se identificar com ele e se colocassem no lugar de Shaun para poderem entendê-lo e amá-lo. Shaun não é perfeito, mas é o nosso herói, e ele tenta superar seus desafios com destemor. Queria que o público embarcasse nessa jornada de superação.

    3. Como as pessoas com autismo e seus familiares têm reagido à série? Criaram-se expectativas. Foi muito gratificante. Havia nervosismos por parte da comunidade autista antes de a série ir ao ar, mas as respostas foram emocionantes e acolhedoras. Infelizmente existe muita conversa sobre diversidade na televisão, mas a realidade dos autistas nunca tinha sido abordada o suficiente. Eu sabia do risco de não agradar a todos, mas me sinto bem por ter feito um personagem como Shaun. Tenho orgulho dele.

    4. Shaun enfrenta percalços como a falta de confiança dos pacientes e o desprezo dos colegas de profissão. Autistas que tentam trabalhar de forma regular vivem problemas semelhantes? Sim. Alimentei-me de muitas leituras e informações sobre isso. Os autistas enfrentam preconceitos, suposições, julgamentos injustos e prematuros. Todos nós, em alguma medida, encaramos desafios e somos julgados o tempo todo. Mas é um processo mais extremo para Shaun, sem dúvida. E o fato de ele não ficar para baixo nunca é uma das coisas mais inspiradoras para mim. Ele exibe uma atitude tão saudável que nos ensina a viver bem a vida.

Veja. 18 set. 2019, edição nº 2652, p. 110-101. Adaptado.

A frase que não apresenta uma opinião de David Shore sobre a série The Good Doctor e seu personagem principal, no contexto em que aparece, é
Alternativas
Q1667467 Português

O pai do herói autista


    1. O canadense David Shore é o criador da série The Good Doctor, cujo personagem é Shaun Murphy, um médico dividido entre seus tormentos pessoais e a capacidade extraordinária de salvar vidas. Com o excelente Freddie Highmore na pele de um jovem cirurgião autista, a série, constituída de vários episódios, caiu nas graças dos brasileiros. Em parte da entrevista transcrita a seguir, Shore fala sobre os desafios para fazer de um autista um personagem tão pop.

    2. Um diferencial de The Good Doctor é dar ao espectador a sensação de ver o mundo como um autista. Por que essa preocupação com as filigranas sensoriais? Não queria que as pessoas simplesmente vissem um autista na tela, mas que pudessem se identificar com ele e se colocassem no lugar de Shaun para poderem entendê-lo e amá-lo. Shaun não é perfeito, mas é o nosso herói, e ele tenta superar seus desafios com destemor. Queria que o público embarcasse nessa jornada de superação.

    3. Como as pessoas com autismo e seus familiares têm reagido à série? Criaram-se expectativas. Foi muito gratificante. Havia nervosismos por parte da comunidade autista antes de a série ir ao ar, mas as respostas foram emocionantes e acolhedoras. Infelizmente existe muita conversa sobre diversidade na televisão, mas a realidade dos autistas nunca tinha sido abordada o suficiente. Eu sabia do risco de não agradar a todos, mas me sinto bem por ter feito um personagem como Shaun. Tenho orgulho dele.

    4. Shaun enfrenta percalços como a falta de confiança dos pacientes e o desprezo dos colegas de profissão. Autistas que tentam trabalhar de forma regular vivem problemas semelhantes? Sim. Alimentei-me de muitas leituras e informações sobre isso. Os autistas enfrentam preconceitos, suposições, julgamentos injustos e prematuros. Todos nós, em alguma medida, encaramos desafios e somos julgados o tempo todo. Mas é um processo mais extremo para Shaun, sem dúvida. E o fato de ele não ficar para baixo nunca é uma das coisas mais inspiradoras para mim. Ele exibe uma atitude tão saudável que nos ensina a viver bem a vida.

Veja. 18 set. 2019, edição nº 2652, p. 110-101. Adaptado.

Na entrevista, David Shore esclarece que, embora tenha abordado um assunto polêmico e pouco explorado na TV, ao escolher discutir o tema, uma de suas intenções era a de que o espectador observasse o personagem central sob outra perspectiva.

Nesse sentido, é correto afirmar que, na concepção do cineasta, o autista deverá ser visto na série, fundamentalmente, como um

Alternativas
Q1667458 Português

Como premiar a moderação na rede?

Ronaldo Lemos*


1. Quer ter uma experiência completamente diferente da internet? Basta instalar no seu navegador o plug-in chamado Demetricator. Ele oculta totalmente os likes, coraçõezinhos, joinhas, retuítes, compartilhamentos mas também outras métricas que são usadas para indicar quantas pessoas se “engajaram” com uma publicação.

2. A experiência é atordoante. Vivenciei-a. Estamos tão acostumados a enxergar os números das reações que vêm com cada publicação. Após enxergar um post sem esses números, somos obrigados a ver o conteúdo por si só, nu e cru, sem adornos, e a pensar qual o valor que aquilo tem por si.

3. Esse experimento com o Demetricator pode ajudar a melhorar o sistema e o acesso à internet. O estado geral da rede hoje é de inflamação generalizada. Por causa desses números (likes, compartilhamentos, retuítes), as redes sociais se tornaram um concurso de histeria. Ganha quem é mais histriônico, chocante ou apelativo.

4. Um caminho é repensar a arquitetura das redes sociais. É preciso criar mecanismos mais sofisticados de indexar a importância do que é publicado por meio delas. Hoje, o mecanismo é simples: quanto mais radical um post, mais engajamento ele gera, o que, por sua vez, leva a mais distribuição e ainda mais engajamento. Essa dinâmica não precisa ser assim. Esse desenho premia o extremismo. É possível sim um desenho que premie racionalidade e moderação.

5. Criar uma métrica assim permitiria que os usuários organizassem sua experiência na rede. Quem quisesse ver histeria ficaria livre para isso. Mas quem estivesse cansado e quisesse moderação, em vez de radicalização inflamatória, selecionaria essa outra opção, que hoje não existe.

6. Em outras palavras, criar outros critérios de organização da informação e deixar que os usuários decidam como querem ver suas timelines é um caminho promissor: traz mais racionalidade à internet.

* Advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.

Folha de S. Paulo. Mercado, p. A 20, 8 abr. 2019. Adaptado.

É correto afirmar que uma estratégia argumentativa utilizada pelo autor é
Alternativas
Q1667071 Português

TEXTO II

Por que essa pressa?

Walcyr Carrasco


    Ando surpreso. De uns tempos para cá, as pessoas parecem estar perdendo a noção de fila. Para embarcar no aeroporto, nem se diga! Assim que o voo é chamado, sempre há um grupo de passageiros que se amontoa em frente à entrada. Crianças, idosos e deficientes têm preferência no embarque, mas poucos conseguem chegar na frente. Detalhe: os lugares são marcados previamente. Por que a pressa?

    Imagino como sofre o caixa de um bar, tendo de atender várias pessoas que gritam ao mesmo tempo. Em metrô, é um sufoco. O correto seria esperar que saia quem vai desembarcar. Tentei fazer isso no horário de pico. Fui empurrado, levei uma cotovelada na orelha e ainda me xingaram! Uma loucura! Quem quer sair empurra, quem quer entrar empurra mais!

    Até entre os elegantes, reina a confusão! Fui a uma festa. Serviram o jantar em um bufê, com comida farta, de dar água na boca. Os mais educadinhos foram se servindo em fila. Dali a pouco entrou uma perua no meio, estendendo as unhas pintadas:

    – Deixa eu pegar só uma saladinha!

    Pronto! Outro voou para o prato quente, furando todo mundo. A fila parou. Dois ou três aproveitaram a deixa para se servir, espetando quem estava na frente com os garfos. […] Quando chego a um restaurante e avisam que tem espera, vou embora. Ninguém respeita ordem de chegada. A começar dos maîtres, que dão preferência a clientes fiéis, conhecidos... seja lá quem for. É justo que um cliente tenha suas vantagens. Mas, então, por que não reservar a mesa com antecedência? […]

    Elevador, então, nem se fala. Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório. Não é inferno porque um dia a gente sai. Os espaçosos espremem os mais corteses. Nunca falta quem use um perfume fortíssimo, desses de deixar a cabeça tonta. Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador cheio sem passar por cenas de pugilato. Mesmo porque, como nos metrôs, quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcar!

    É impossível que todo mundo tenha sempre tanta pressa. Minha impressão é que, com o stress da vida moderna, as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do bem viver.

Adaptado de:<http://www.itatiaia.com.br/blog/jose-lino-souza-barros/por-que-essa-pressa-texto-de-walcyr-carrasco> . Acesso em: 24 fev. 2018.

Assinale a alternativa que classifica corretamente os verbos em destaque e analisa adequadamente sua função nos contextos dados.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PM-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - PM-ES - Soldado |
Q1667069 Português

TEXTO II

Por que essa pressa?

Walcyr Carrasco


    Ando surpreso. De uns tempos para cá, as pessoas parecem estar perdendo a noção de fila. Para embarcar no aeroporto, nem se diga! Assim que o voo é chamado, sempre há um grupo de passageiros que se amontoa em frente à entrada. Crianças, idosos e deficientes têm preferência no embarque, mas poucos conseguem chegar na frente. Detalhe: os lugares são marcados previamente. Por que a pressa?

    Imagino como sofre o caixa de um bar, tendo de atender várias pessoas que gritam ao mesmo tempo. Em metrô, é um sufoco. O correto seria esperar que saia quem vai desembarcar. Tentei fazer isso no horário de pico. Fui empurrado, levei uma cotovelada na orelha e ainda me xingaram! Uma loucura! Quem quer sair empurra, quem quer entrar empurra mais!

    Até entre os elegantes, reina a confusão! Fui a uma festa. Serviram o jantar em um bufê, com comida farta, de dar água na boca. Os mais educadinhos foram se servindo em fila. Dali a pouco entrou uma perua no meio, estendendo as unhas pintadas:

    – Deixa eu pegar só uma saladinha!

    Pronto! Outro voou para o prato quente, furando todo mundo. A fila parou. Dois ou três aproveitaram a deixa para se servir, espetando quem estava na frente com os garfos. […] Quando chego a um restaurante e avisam que tem espera, vou embora. Ninguém respeita ordem de chegada. A começar dos maîtres, que dão preferência a clientes fiéis, conhecidos... seja lá quem for. É justo que um cliente tenha suas vantagens. Mas, então, por que não reservar a mesa com antecedência? […]

    Elevador, então, nem se fala. Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório. Não é inferno porque um dia a gente sai. Os espaçosos espremem os mais corteses. Nunca falta quem use um perfume fortíssimo, desses de deixar a cabeça tonta. Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador cheio sem passar por cenas de pugilato. Mesmo porque, como nos metrôs, quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcar!

    É impossível que todo mundo tenha sempre tanta pressa. Minha impressão é que, com o stress da vida moderna, as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do bem viver.

Adaptado de:<http://www.itatiaia.com.br/blog/jose-lino-souza-barros/por-que-essa-pressa-texto-de-walcyr-carrasco> . Acesso em: 24 fev. 2018.

De acordo com o texto, é correto afirmar que
Alternativas
Respostas
841: D
842: C
843: B
844: B
845: C
846: C
847: D
848: D
849: B
850: D
851: A
852: D
853: A
854: D
855: C
856: A
857: C
858: D
859: C
860: B