Questões Militares de Português - Pontuação
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Por que apenas metade da população brasileira é leitora? Por que o percentual de leitores vai “despencando” a partir dos 11 anos de idade? De acordo com a 5ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), Itaú Cultural e Ibope Inteligência, houve uma queda de 4,6 milhões de leitores no Brasil no período de 2015 a 2019. Será mesmo que as redes sociais, a falta de tempo e o não gostar são fatores principais para essa triste verdade?
Acredito que o ensino da leitura, embora muito falado e muito estudado, não tem efetivamente avançado. A participação social efetiva das pessoas pressupõe o domínio e a compreensão da linguagem escrita. Sendo assim, se a escola é o espaço do educar, é de sua responsabilidade não apenas ensinar a ler, como mais precisamente, formar cidadãos leitores.
Para ensinar a ler não basta ensinar a decodificar, é preciso ensinar a dialogar entre textos, contextos e autores. Não basta também, apenas a escolha dos bons textos literários, é preciso muito mais do que isso. De acordo com a pesquisa já citada, a grande problemática para o declínio leitor está na mediação da leitura.
É preciso entender que o ato da leitura é espaço dialógico entre o mediador, o texto e o aluno, e é no momento da leitura que os encontros e os desencontros das posições frente ao lido acontecem. Porém, para que os encontros e desencontros aconteçam torna-se necessário um planejamento da mediação. Tornam-se necessárias horas de estudo do que será levado para a turma, do encantamento do mediador com o texto, da antecipação das possíveis dificuldades, do planejamento das “pontes” que serão construídas. Enfim, exige um trabalho árduo e contínuo. Exige um sujeito leitor.
Não se faz mediação de leitura ou não se forma cidadãos leitores com pessoas não leitoras. Aquele que faz mediação, aquele que forma leitores antes de tudo deve ser um sujeito leitor. Dificilmente alguém se torna um leitor de profundidade se não houver uma boa referência.
Para aqueles que escolheram a formação de cidadãos (professores, no caso) é preciso abastecer-se. Precisamos ler, se não somos, necessitamos nos formar leitores. Aqueles que não escolheram o caminho da docência, experimentariam a leveza e o prazer que a leitura proporciona.
Assisti, dias atrás, a um programa para professores, nele o escritor Rafael Gallo dava uma dica para aqueles que ainda não eram leitores. Disse ele que era preciso ler muito, ler mais, ler de tudo; e se, ainda assim, não gostasse, continuasse à procura. Porque buscar é imperativo.
(Vanessa Marques de Almeida Passarim. Formação de leitores.
Diário da Região, 06.06.2021. Adaptado)
Observe o emprego das vírgulas nas seguintes passagens:
I. ... é de sua responsabilidade não apenas ensinar a ler, como mais precisamente, formar cidadãos leitores.
II. Não basta também, apenas a escolha dos bons textos literários...
III. Aqueles que não escolheram o caminho da docência, experimentariam a leveza e o prazer que a leitura proporciona.
Essas passagens expõem aspectos de pontuação que
o professor pode discutir com os alunos, apontando o
padrão normativo. Assim, será adequado afirmar que,
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item seguinte.
O emprego das vírgulas logo depois dos trechos “Por volta
dos vinte anos” (início do quinto parágrafo) e “Até que um
dia” (início do sexto parágrafo) justifica-se com base na
mesma regra de pontuação.
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.
A retirada das vírgulas que isolam o trecho “para se ter
segurança pública” (último parágrafo) prejudicaria a
correção gramatical do texto.
“...o ‘homem cordial’ é avesso ao esforço metódico e à concentração; prefere o circunstancial, a moda do momento e o jeito mais rápido de conquistar aquilo que deseja.” (l. 12 a 15)
I. A reescrita “... o ‘homem cordial’ prefere o circunstancial, a moda do momento e o jeito mais rápido de conquistar aquilo que deseja ao esforço metódico e à concentração...” preserva o sentido original e atende à norma padrão da língua. II. As aspas foram utilizadas nesse excerto, assim como nas linhas 1, 3 e 5 do texto, para ressaltar o valor pejorativo da expressão e indicar a ironia de Marco A. Rossi, autor do texto. III. Os termos “ao esforço metódico” e “à concentração” complementam o sentido do adjetivo que exerce função sintática de predicativo do sujeito; já os termos “o circunstancial”, “a moda do momento” e “o jeito mais rápido...” complementam o sentido de um verbo transitivo direto.
Está correto o que se afirma apenas em