Questões Militares de Português - Regência

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Q649738 Português

      O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

      Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância, nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são potentes ou impotentes. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente, alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma por estagnação, A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.

      [ ... ]

      Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar, ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos. 

      Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto simples e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos afastam-se dele. Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem tenha descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente. 

(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em http://revistacult.uol.com.br - 31 de jan. 2016 - com adaptações) 

Em qual opção a regência do termo em destaque apresenta um desvio da modalidade padrão da língua?
Alternativas
Q620708 Português
Marque a alternativa correta quanto às regras de regência verbal do verbo “bater”.
Alternativas
Q615059 Português
TEXTO I

Felicidade suprema 
    Ás vezes vale a pena pensar sobre a vida. Não sobre o que temos ou não consumido, tampouco a respeito do que fizemos ou deixamos de fazer. São aspectos factuais que, mais do que ajudar em uma reflexão mais profunda, tornam-se barreiras ao pensamento abstrato, aquele em que vamos encontrar as verdadeiras significações. Chegamos quase à ideia de Platão, mas aí já o terreno é extremamente perigoso e podemos nos enredar .
    Tentar entender o que é a felicidade talvez seja um dos caminhos para se chegar ao sentido da vida. É um assunto para o qual não há dona de álbum de pensamentos que não tenha uma resposta pronta: a felicidade não existe. Existem momentos felizes. Essa é uma verdade chocantemente inofensiva, pois não chega a pensar o que seja a felicidade como também não esclarece o que são tais momentos felizes. 
      Pois bem, o assunto me ocorre ao me lembrar de que vivemos em uma sociedade excessivamente consumista, sociedade em que a maioria considera-se feliz se pode comprar. Assim é o .capitalismo: entranha-se em nossa consciência essa aparência de verdade fazendo parecer que os interesses de alguns sejam verdades inquestionáveis. O que é bom para mim tem de ser bom para todos. Isso tem o nome de ideologia, palavra tão surrada quão pouco entendida. E haja propaganda para que a máquina continue girando. Não sou contra o consumo, declaro desde já, mas contra o consumismo. Elevar o consumo de bens materiais (principalmente) como o bem supremo de um ser humano é tirar-lhe toda a humanidade. 
[. . .]
     Schopenhauer, filósofo do século XIX, já vislumbrava nossa época, a sociedade do consumismo desenfreado. Ele afirmava que o desejo é a regência do mundo. E que desejamos o que não temos. Portanto, somos infelizes. E se o desejo ê satisfeito com a obtenção de seu objeto, novos objetos surgem em seu caminho. Esta insaciabilidade do ser humano é que o vai manter preso à infelicidade. 
     Bem, e a que chegamos? Enquanto alguém que circule melhor do que eu pela filosofia, que mal tangendo como curioso, vou continuar pensando que a vida não tem sentido, apenas existência. E isso, um pouco à maneira do Alberto Caeiro, para quem pensar é estar doente.
Menalton Braff, em www.cartacapital.com.br - acesso em 22 fev. 2012. (adaptado) 


Assinale a opção na qual o vocábulo destacado pode ser substituído pelo que está entre parênteses, sem prejuízo semântico.
Alternativas
Q614964 Português
Campeonato do desperdício
     No campeonato do desperdício, somos campeões em várias modalidades. Algumas de que nos orgulhamos e outras de que nem tanto. Meu amigo Adamastor, antropólogo das horas vagas, não me deu as causas primeiras de nossa primazia, mas forneceu-me uma lista em que somos imbatíveis. Claro, das modalidades que "nem tanto".
     Vocês já ouviram falar em lixo rico? Somos os campeões. Nosso lixo faria a fartura de um Haiti. Com o que jogamos fora e que poderia ser aproveitado, poder-se-ia alimentar muito mais do que a população do Haiti. Há pesquisas do assunto e cálculos exatos que "nem tanto". Somos um país pobre com mania de rico. E nosso lixo é mais rico do que o lixo dos países ricos. Meu falecido pai costumava dizer: rico raspa o queijo com as costas da faca; remediado corta uma casca bem fininha; pobre, contudo, arranca uma lasca imensa do queijo. Meu pai dizia, e tenho a impressão que meu pai era um homem preconceituoso, mas em termos de manuseio dos alimentos nacionais, arrancamos uma lasca imensa do queijo, ah, sim, arrancamos.
     Outra modalidade em que somos campeões absolutos, o desperdício do transporte. Ninguém no mundo consegue, tanto quanto nós, jogar grãos nas estradas. Não viajo pouco e me considero testemunha ocular. A Anhanguera, por exemplo, tem verdadeiras plantações de soja em suas margens. Quando pego uma traseira de caminhão e aquela chuva de grãos me assusta, penso rápido e fico calmo: faz parte da competição e temos de ser campeões.
    Na construção civil o desperdício chega a ser escandaloso. Um dia o Adamastor, antropólogo das horas vagas, me veio com uma folha de jornal onde se liam estatísticas indecentes. Com o que se joga fora de material (do mais bruto ao mais sofisticado) , o Brasil poderia construir todos os estádios que a FIFA exige e ainda poderia exportar cidades para o mundo.
     Antigamente, este que vos atormenta, levava um litro lavado para trocar por outro cheio de leite. Você, caro leitor, talvez nem tenha notícia disso. Mas era assim. Agora, compra-se o leite e sua embalagem internamente aluminizada para jogá-la no lixo. Quanto de nosso petróleo vai para o lixo em forma de sacos plásticos? Vocês já ouviram falar que o petróleo é um recurso inesgotável? Claro que não! Mas sente algum remorso ao jogar os sacos trazidos do supermercado no lixo? Claro que não. Nossa cultura de mosaico nos tirou a capacidade de ligar os fenômenos entre si.
    E o que desperdiçamos de talentos, de esforço educacional? São advogados atendendo em balcão de banco, engenheiros vendendo cachorro-quente nas avenidas de São Paulo, são gênios que se desperdiçam diariamente como se fossem recursos, eles também, inesgotáveis. No dia em que a gente precisar, vai lá e pega. No dia em que a gente precisar, pode não existir mais. Não importa, vivemos no melhor dos mundos, segundo a opinião do Adamastor, o gigante, plagiando um tal de Dr. Pangloss, que ironizava um tal de Leibniz.BRAFF, Menalton.

Em www.cartacapital.com.br - Acesso em 14 jan., 2013 - adaptado.

Dr.Pangloss - personagem de Cândido, de Voltaire. Caracteriza-se pelo extremo otimismo.
Leibniz - Autor da teoria de que nada acontece ao acaso. Estamos no melhor dos mundos possíveis, o ser só é, só existe, porque é o melhor possível. Adamastor, o- gigante - personificação do Cabo das Tormentas, em Os Lusíadas, do escritor português Luiz Vaz de Camões,
Em que opção a regência do termo destacado apresenta um desvio da norma padrão?
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Q613556 Português

Analise as afirmativas abaixo.

Imagem associada para resolução da questão

I) A vírgula utilizada depois da palavra “contente” separa um vocativo, enquanto os dois pontos empregados depois de “doente” introduzem apostos.

II) Na frase “Eu estaria sendo hipócrita”, há dois verbos e duas orações.

III) O vocábulo “” marca a coloquialidade do diálogo e poderia ser substituído, em um registro mais formal, pela expressão “desse modo”, sem modificação do sentido.

IV) Em “analisar o que me deixa”, o pronome “que”, sintaticamente, exerce a função de objeto direto.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Q613550 Português
Assinale a alternativa que NÃO apresenta infrações no que diz respeito à regência e à concordância.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: CFN Prova: Marinha - 2015 - CFN - Soldado Fuzileiro Naval |
Q606104 Português

              

Assinale a opção cujo termo apresentado rege a mesma preposição que a destacada em “depende da hora que você toma.”
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Q602135 Português
                                 Vontade de punir

      Deu no Datafolha que 87% dos brasileiros querem baixar a maioridade penal. Maiorias assim robustas, que já são raras em questões sociais, ficam ainda mais intrigantes quando se considera que, entre especialistas, o assunto é controverso. Como explicar o fenômeno?

      Estamos aqui diante de um dos mais fascinantes aspectos da natureza. Se você pretende produzir seres sociais, precisa encontrar um modo de fazer com que eles colaborem uns com os outros e, ao mesmo tempo, se protejam dos indivíduos dispostos a explorá-los. A fórmula que a evolução encontrou para equacionar esse e outros dilemas foi embalar regras de conduta em instintos, emoções e sentimentos que provocam ações que funcionam em mais instâncias do que não funcionam.

      Assim, para evitar a superexploração pelos semelhantes, desenvolvemos verdadeiro horror àquilo que percebemos como injustiças. Na prática, isso se traduz no impulso que temos de punir quem tenta levar vantagem indevida. Quando não podemos castigá-los diretamente, torcemos para que levem a pior, o que, além de garantir o sucesso de filmes de Hollywood, torna a justiça retributiva algo popular em nossa espécie.

      Isso, porém, é só parte do problema. Uma sociedade pautada apenas pelo ideal de justiça soçobraria. Se cada mínima ofensa exigisse imediata reparação e todos tivessem de ser tratados de forma rigorosamente idêntica, a vida comunitária seria impossível. A natureza resolve isso com sentimentos como amor e favoritismo, que permitem, entre outras coisas, que mães prefiram seus próprios filhos aos de desconhecidos.

      Nas sociedades primitivas, bandos de 200 pessoas onde todos tinham algum grau de parentesco, o sistema funcionava razoavelmente bem. Os ímpetos da justiça retributiva eram modulados pela empatia familiar. Agora que vivemos em grupos de milhões sem vínculos pessoais, a vontade de punir impera inconteste.

                                               SCHWARTSMAN, Hélio. Folhaonline, em 24 jun. 2015.
Considere o verbo grifado na seguinte frase extraída do texto: “Uma sociedade pautada apenas pelo ideal de justiça soçobraria".

Um dos objetivos de um dicionário é esclarecer o significado das palavras, apresentando as acepções de um vocábulo indo do literal para o metafórico. No caso dos verbos, há também informações sobre a regência.

Entre as acepções para o verbo grifado acima, adaptadas do Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa (Rio de Janeiro: ed. Objetiva, 2001), assinale a que corresponde ao uso no texto. 
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Q579288 Português

Aumenta o número de adultos que não consegue focar sua atenção em uma única coisa por muito tempo. São tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo. Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, pessoas multitarefa, não é verdade?

Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente, à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de programas que sinalizam o trânsito em tempo real, às informações de alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e refeito várias vezes do trajeto que deve fazer para chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc.

Quando me vejo em tal situação, eu me lembro que dirigir, após um dia de intenso trabalho no retorno para casa, já foi uma atividade prazerosa e desestressante.

O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de olhar para o mundo. Não mais observamos os detalhes, por causa de nossa ganância em relação a novas e diferentes informações. Quantas vezes sentei em frente ao computador para buscar textos sobre um tema e, de repente, me dei conta de que estava em temas que em nada se relacionavam com meu tema primeiro.

Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. Sofremos de uma tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema é que alguns textos exigem a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase, para que faça sentido. Aliás, não é a combinação e a sucessão das palavras que dá sentido e beleza a um texto? 

Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias coisas ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes objetos, sons, imagens etc.

Aí, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais, a partir de então, querem que as crianças prestem atenção em uma única coisa por muito tempo. E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao médico, arriscamos hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem tratamento etc.

A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em seus aparelhos eletrônicos, brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes e, se deixarmos, passam horas em uma única atividade de que gostam.

Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é preciso, e não no que gostam. E isso, caro leitor, exige a árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom lembrar.

As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso. Aliás, boa parte desse trabalho é nosso, e não delas.

Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda. O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto em que estão quando precisam focar a atenção e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas por muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.

                     SAYÃO, Rosely. Profusão de estímulos. Folha de São Paulo, 11 fev. 2014 - adaptado. 

Em qual opção a regência do termo em destaque apresenta um desvio da modalidade padrão da língua?
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Q572896 Português
TEXTO II
O reinado do celular

De alto a baixo da pirâmide social, quase todas as pessoas que eu conheço possuem celular. É realmente um grande quebra-galho. Quando estamos na rua e precisamos dar um recado, é só sacar o aparelhinho da bolsa e resolver a questão, caso não dê pra esperar chegar em casa. Pra isso — e só pra isso — serve o telefone móvel, na minha inocente opinião.
Ao contrário da maioria das mulheres, nunca fui fanática por telefone, incluindo o fixo. Uso com muito comedimento para resolver assuntos de trabalho, combinar encontros, cumprimentar alguém, essas coisas relativamente rápidas. Fazer visita por telefone é algo para o qual não tenho a menor paciência. Por celular, muito menos. Considero-o um excelente resolvedor de pendências e nada mais .
Logo, você pode imaginar meu espanto ao constatar como essa engenhoca se transformou no símbolo da neurose urbana. Outro dia fui assistir a um show. Minutos antes de começar, o lobby do teatro estava repleto de pessoas falando ao celular. "Vou ter que desligar, o espetáculo vai começar agora". Era como se todos estivessem se despedindo antes de embarcar para a lua. Ao término do show, as luzes do teatro mal tinham acendido quando todos voltaram a ligar seus celulares e instantaneamente se puseram a discar Para quem? Para quê? Para contar sobre o show para os amigos, parasaber o saldo no banco, para o tele-horóscopo?? Nunca vi tamanha urgência em se comunicar à distância. Conversar entre si, com o sujeito ao lado, quase ninguém conversava,
O celular deixou de ser uma necessidade para virar uma ansiedade. E toda ânsia nos mantém reféns, Quando vejo alguém checando suas mensagens a todo minuto e fazendo ligações triviais em público, não imagino estar diante de uma pessoa ocupada e poderosa, e sim de uma pessoa rendida: alguém que não possui mais controle sobre seu tempo, alguém que não consegue mais ficar em silêncio e em privacidade. E deixar celular em cima de mesa de restaurante, só perdoo se o cara estiver com a mãe no leito de morte e for ligeiramente surdo.
Isso tudo me ocorreu enquanto lia o livro infantil menino que queria ser celular, de Marcelo Pires, com ilustrações de Roberto Lautert, Conta a história de um garotinho que não suporta mais a falta de comunicação com o pai e a mãe, já que ambos não conseguem desligar o celular nem por um instante, nem no fim de semana - levam o celular até para o banheiro. O menino não tem vez. Aí a ideia: se ele fosse um celular, receberia muito mais atenção.
Não é história da carochinha, isso rola pra valer. Adultos e adolescentes estão virando dependentes de um aparelho telefônico e desenvolvendo uma nova fobia: medo de ser esquecido. E dá-lhe falar a toda hora, por qualquer motivo, numa esquizofrenia considerada, ora, ora, moderna.
Os celulares estão cada dia menores e mais fininhos. Mas são eles que estão botando muita gente na palma da mão.

(MEDEIROS, Martha. O reinado do celular. In:____ . Montanha Russa; Coisas da vida; Feliz por nada. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013. p. 369-370.).
Em que opção a reescritura do texto está INCORRETA, de acordo com a norma padrão?
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Q571084 Português
                 
A análise dos elementos linguísticos presentes na tessitura do texto permite afirmar que é verdadeiro o que está expresso em
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Q543155 Português
Assinale a passagem em que a autora, apesar do uso expressivo do termo, comete, de acordo com a norma culta, um DESVIO de regência.
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Q537448 Português
Na frase "Prefiro o doce a salgado, da mesma forma que prefiro mais o amanhecer ao entardecer”, é CORRETO dizer, quanto à regência verbal, que o verbo PREFERIR é:
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Q533898 Português
Imagem associada para resolução da questão
                                       (André Dahmer. www.folha.uol.com.br, 14.05.2015. Adaptado)


Uma frase condizente com a fala da personagem, e correta quanto à regência verbal padrão, está em:
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Q533895 Português
Um tiro no escuro

      – Quem atirou em quem? – provoco minha mãe.
      – Uai, foi você que atirou no seu irmão. – ela responde, convicta.
      Isso aconteceu nos anos de 1980, bem no começo. Naquela época era tudo meio inconsequente. Meu pai havia nos presenteado com uma espingarda de pressão. Com que cargas d'água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança e felizes como nunca. Tínhamos a impressão de que tudo era meio permitido, mas, lógico, dentro de parâmetros que levavam em conta o respeito ao próximo e o amor incondicional à família.
      Brincávamos na rua e ela era tão perigosa quanto é hoje. Havia os carros descontrolados, os motoristas bêbados, as motos a todo vapor, os paralelepípedos soltos como armadilhas propositais. Tudo era afiado ou pontiagudo, menos a dedicação de dona Izolina. Perto da janta ela nos gritava e, chateados, nos recolhíamos para a sala. Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos, para celebrar mais um dia em que nada nos faltara.
       Hoje, os brinquedos de criança parecem mais arredondados, não há armas em casa, mas os perigos são os mesmos: um arranhão em minha filha, Helena, dói tanto quanto um hematoma sofrido em nossa infância.
       Ah, mãe, fui eu que atirei em meu irmão e, logo após o grito estridente dele, saí gritando igualmente pela casa, desolado e pesaroso, porque havia assassinado um parente tão próximo. Mas nada acontecera, nem uma esfoladela. Ele usava uma bermuda jeans e eu, com minha pontaria genial, havia acertado a nádega direita, de modo que o pequeno projétil se intimidara diante da força do tecido. Foi assim, mãe. Agora a senhora já pode contar para todos a história correta.

(Whisner Fraga. www.cronicadodia.com.br, 10.05.2015. Adaptado)

Considerando a regência do termo impacto, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase seguinte, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, e mantendo a correspondência da frase com o texto.

O impacto_______ bala______ bermuda jeans foi insuficiente para machucar o garoto.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2015 - EAM - Marinheiro |
Q506227 Português
Em qual opção o verbo sublinhado possui a mesma regência que em: "A operação visou ao aprimoramento da fiscalização"?
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IOBV Órgão: PM-SC Prova: IOBV - 2015 - PM-SC - Soldado da Polícia Militar |
Q500073 Português
Observe atentamente a regência estabelecida e marque a alínea correspondente:

I. Nós assistimos na região do Alto Vale do Itajaí.
II. Assistiram o jogo e foram embora.
III. O soldado assistiu o garoto na hora em que recebeu o tiro.
IV. Este é um direito que assiste ao consumidor.
Alternativas
Q494078 Português
Assinale a alternativa cuja frase obedece à norma culta quanto à regência dos verbos em destaque.
Alternativas
Q493996 Português
Marque a alternativa correta quanto à regência nominal em destaque.
Alternativas
Q478588 Português
                  imagem-002.jpg

Considerando o contexto em que o verbo “assistir” foi empregado, percebe-se que, considerando a Norma Padrão, seu uso evidencia um desvio de:
Alternativas
Respostas
121: D
122: B
123: B
124: D
125: C
126: D
127: E
128: C
129: A
130: D
131: E
132: A
133: B
134: A
135: B
136: C
137: D
138: B
139: D
140: B