Questões Militares
Comentadas sobre uso da vírgula em português
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Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido do texto caso os parênteses empregados nas linhas 27 e 28 fossem substituídos por vírgulas
I - Vou solicitar ajuda ao meu colega para levar as caixas. Caso a locução verbal destacada seja substituída pela forma verbal simples (solicitarei), haverá mudança no sentido da frase. II - Senhor José, traga, por gentileza, o memorando. A primeira vírgula está empregada indevidamente, pois separa o sujeito do verbo e prejudica a coerência frasal. III - Prefiro contos à Machado de Assis. Diante de palavras masculinas não ocorre crase, porém se as expressões à maneira de ou à moda de estiverem subentendidas, o uso da crase será facultativo. IV - Faz dois anos que ele pediu transferência. Quando o verbo fazer refere-se a tempo decorrido deve ser usado no singular. V - A tenente deu uma entrevista onde afirmou que a Operação Carnaval estava definida. O uso do pronome relativo onde está incorreto.
I - Usa-se a vírgula para marcar a supressão do verbo. II - Usa-se a vírgula para separar o aposto explicativo. III - Separa-se por vírgula o objeto pleonástico. IV - Usa-se a vírgula para separar as datas das localidades.
( ) Campo Grande, 13 de setembro de 2013. ( ) Machado de Assis, autor de Dom Casmurro, foi um ótimo escritor. ( ) No mar, os peixes. ( ) O caderno, guarda-o na pasta da escola.
A sequência correta é:
Analise o trecho abaixo e, em seguida, indique quantas vírgulas são necessárias para que a pontuação do trecho fique adequada aos padrões normativos.
Aos 12 anos Maria de Jesus deixou os oito irmãos na casinha apertada em Paripe na periferia de Salvador para ser entregue pela mãe a uma família com a promessa de ser tratada como filha e ir à escola pela primeira vez. Em troca faria o trabalho doméstico. A realidade era outra. Sem remuneração ela teve de servir aos patrões 24 por dia durante sete anos.
Há hoje no Brasil, um consenso quanto à necessidade de se promover mudanças substantivas no nosso atual sistema de segurança pública. Os políticos, independente de suas orientações político-partidárias, assim como os segmentos civis organizados, os formadores de opinião, os cidadãos comuns e os próprios profssionais de polícia, são unânimes em reconhecer a imperiosa necessidade de se buscar adequar o sistema policial brasileiro às exigências do estado democrático de direito. Afnal, o divórcio estabelecido entre a consolidação da nossa jovem democracia e os assuntos relativos à segurança pública tem custado muito caro a todos nós. O histórico desinteresse, intencional ou não, da classe política e das nossas elites quanto à importância estratégica das organizações policiais na sustentação das garantias individuais e coletivas, há muito já não tem sido uma postura defensável na arena pública. Ele sucumbiu forçosamente às pressões da sociedade brasileira por uma prestação de serviços de segurança pública capaz de acompanhar os imperativos de uma cidadania estendida a todos os brasileiros. Contudo, esse desinteresse não deixou de contribuir para a cristalização de uma crise institucional sem precedentes. E isto, de tal maneira, que pode-se afrmar, sem correr o risco das falsas generalizações, que atualmente temos tudo por fazer neste campo.
XAVIER, Antonio Roberto. Polícias militares e segurança pública. Disponível em http://artigos.netsaber.com.br/resumo_ artigo_17358/artigo_sobre_pol%C3%8Dcias_militares_e_ seguran%C3%87a_p%C3%9Ablica. Acesso 28 jan 2013.
1.§ O movimento de urbanização do Brasil no século XX marcou o crescimento das cidades, tanto em número quanto em área e população. Com a expansão do capitalismo a cidade assumiu uma importância muito grande. A cidade tornou-se o centro das decisões políticas e econômicas, exercendo a função de centro polarizador das atividades socioeconômicas espaciais. Por outro lado, ela passou a ser a expressão visível das contradições sociais. Como produto das relações humanas, a cidade mostra as marcas das diferenças de classes sociais, da segregação do espaço urbano, da exclusão social, da especulação imobiliária, da deteriorização ambiental e da violência.
2.§ Atualmente, as cidades têm assumido um papel fundamental no campo de intervenção social das políticas públicas. Pois, a partir da Constituição de 1988 temos um processo de descentralização bastante avançado nos casos das políticas de saúde e educação, e mais recentemente, para as políticas de habitação, saneamento e transferência de renda.
3.§ O fenômeno da urbanização provocou o agravamento do histórico quadro de exclusão social no Brasil, tornando mais evidente a marginalização e a violência urbana que atualmente tem provocado afições nos moradores e governos das cidades. Quando temos o aumento da violência somado ao empobrecimento da população, a vida nas cidades se torna problemática. Na medida em que o medo e a insegurança adentram o cotidiano das pessoas a qualidade de vida declina. O quadro agrava-se ainda, principalmente com a aparição de novas formas de pobreza.
4.§ A estruturação da “nova pobreza” ocorre no contexto de hipermobilidade do capital, de heterogeneidade e instabilidade do trabalho assalariado, e de polarização social. Tendo como característica fundamental o desenvolvimento de uma marginalidade avançada, os novos pobres não poderão ser absorvidos progressivamente pela expansão do livre mercado, uma vez que o Estado neoliberal não garante mais a proteção infalível contra a ameaça da pobreza, baseada na relação trabalho-salário. No Brasil, apesar de ainda não termos resolvidos os problemas sociais mais básicos, é muito marcante o dilema da manutenção de um grande contingente de desempregados de longa duração que vão sendo expulsos do mercado produtivo, juntamente a milhares de jovens que não conseguem ter acesso ao “primeiro emprego”.
5.§ Aliado a esse processo de exclusão do mercado de trabalho, a favela se torna um espaço de materialização da exclusão social, um instrumento para o aprisionamento dos pobres, um local temido. Uma vez que o fenômeno das favelas aponta para a estigmatização dos territórios de concentração da pobreza, sobretudo em razão da difusão da “cultura do medo”. A consolidação de espaços de segregação, em virtude do processo de fragmentação das cidades vão constituir a formação dos enclaves fortifcados.
6.§ Nesse sentido, não é tão-somente uma separação espacial entre áreas pobres e ricas mas, principalmente, uma separação social que adentra o espaço público das ruas, donde fca difícil manter os princípios básicos de livre circulação e abertura dos espaços públicos que serviam de fundamento para a estruturação das cidades modernas. Os enclaves privados e fortifcados, como os shopping centers e os condomínios fechados desenvolvem uma relação de negação e ruptura com o resto da cidade, aspecto que intensifca ainda mais a qualifcar as interações públicas por meio de índices como suspeição, perigo e restrição. Ao estabelecerem uma simbologia de status, os enclaves criam meios para a afrmação de todos os tipos de barreiras físicas e artifícios de distanciamento, sendo portanto, uma explícita afrmação da diferenciação social. A consolidação dos enclaves demonstra, na contemporaneidade, a necessidade crescente de cercar, murar, fechar e garantir por uma segurança sofsticada e estruturada a vida privada. Utilizando-se de uma justifcativa que contempla o medo do crime e da violência, as pessoas transformam sua maneira de viver bem como a dinâmica pública das cidades.
Anna Veronica Mautner
Depois da adolescência, as mudanças continuam, mas com dramaticidade menor.
Tão marcante em transformações quanto a infância é o envelhecimento. Nessa fase da vida, temos consciência de tudo o que ocorre: perdas físicas e mentais.
Comecemos falando da reação aos imprevistos. Por que velho tropeça e cai tanto? Porque a reação ao susto e o reflexo para evitar o perigo são mais lentos.
Falemos agora da memória, essa capacidade madrasta cuja falta castiga o idoso. Demoramos para lembrar seja lá o que for e a conversa fica entrecortada de silêncios, quase soluços.
O conteúdo que, em primeiro lugar, mergulha nas sombras do esquecimento são os nomes próprios; mais uns anos e substantivos comuns também se embaralham.
O curioso é que os adjetivos não somem. Aparecendo o nome, sua qualidade ou quantidade vem junto, dos fundos da memória. O nome está em algum lugar, em algum tempo, de algum jeito. Se o substantivo emerge, traz consigo as associações.
Os verbos não somem, mas as ações deixam de ser desempenhadas. Se o verbo desaparecer, a incomunicabilidade irá se instaurar.
Envelhecer é perder: seja clareza, seja acuidade auditiva ou visual, velocidade de resposta física ou de linguagem, memória.
Aí vem aquela história: velho esquece o agora e lembra o mais antigo. Não há nenhum mistério nisso. É que o antigo já se transformou em imagem e a imagem reaviva as sensações. Quase nada é inconsciente, pois envelhecer é viver as mudanças diárias.
Sentimos a presença das mudanças. Se causam amargura, é pela não aceitação. E, se não aceitarmos que já não somos o que éramos, o nosso contato com o mundo aqui e agora fica prejudicado.
Assim como é natural o ser humano se transformar ininterruptamente, em boa velocidade, do nascimento à puberdade, é natural envelhecer, com lentas perdas no início e mais rápidas depois.
Aceitando que viver é assim, permanente transformação, podemos sorrir diante de perdas e transmitir (até com humor) a quem nos rodeia que estamos presentes, acompanhando o processo.
Nada de dizer que a terceira idade é maravilhosa. Nada disso. Perder não é bom. Mas alguns conseguem ir perdendo sem muita amargura, porque acompanham as transformações dos que ainda estão ganhando.
É a alegria do avô diante do neto. Há na atitude de acompanhar o que já tivemos no passado doses de aceitação e generosidade. Podemos ajudar. Nossa sabedoria funciona como conforto para quem está só começando.
O olhar bondoso do idoso diante do tatibitate do nenê é sabedoria. O velho vislumbra o caminho que o bebê irá seguir. Não é um reviver nem um renascer: é uma memória.
Folha de São Paulo, 05 mar. 2013.
Começa processo para tombar Pedra Pintada
Conforme o procurador da República Fernando Machiavelli Pacheco é necessário iniciar o processo de tombamento para proteger o sítio arqueológico. “Depois de concluir o processo, a comunidade poderá, inclusive, desenvolver o turismo de forma sustentável no local”, disse. O procurador da República Fernando Machiavelli Pacheco conversou com a comunidade, ouviu algumas reivindicações e falou da preocupação das instituições na defesa do patrimônio histórico e defesa dos direitos indígenas, além de outros temas relativos à manutenção da posse da Terra Indígena, do fornecimento de energia elétrica - ainda inexistente-, do acesso à saúde e à educação. SÍTIO - A Pedra Pintada fica no interior da Terra Indígena São Marcos e a visitação ao sítio, só é permitida atualmente, pela Fundação Nacional do Índio. A Pedra tem mais de 35 metros de altura, com altitude de 83 metros em relação ao nível do mar. Dentro da pedra é possível encontrar uma caverna, além de pinturas rupestres, pedaços de cerâmicas, machadinhas, entre outros artefatos. Por fora da rocha, há pinturas em cor branca rosada.
Disponível em http://folhabv.com.br/Noticia_Impressa.php?id=142770, acesso em 22/12/12.
O que é uma espécie?
Se você visitar o Parque Provincial de Algonquin, em Ontário, Canadá, poderá ouvir os uivos solitários dos lobos e, com um pouco de sorte, observará ao menos de relance uma alcateia correndo, ao longe, através da floresta. Mas quando chegar em casa todo contente por ter avistado aqueles animais, qual a espécie de lobo você dirá ter encontrado? Se for tirar a dúvida com dois ou três cientistas, talvez ouça diferentes respostas. Pode até acontecer de um deles ficar em dúvida e lhe dizer que se trata dessa ou daquela espécie.
É surpreendente ver o quanto os cientistas vêm debatendo para chegar a um consenso sobre algo tão simples e decidir se esse ou aquele grupo de organismos constitui ou não uma espécie. Talvez isso se deva ao latim, que deu nomes às espécies, carregados de uma certeza absoluta, levando o público a pensar que as regras são muito simples.
Charles Darwin se divertia com essa questão. "É engraçado ver como diferentes ideias se manifestam nas diferentes mentes dos naturalistas, quando eles falam em 'espécies'”, escreveu em 1856. "Tudo isso resulta da tentativa de definir o indefinível." As espécies, de acordo com Darwin, nunca foram entidades fixas que surgiram quando da criação. Elas evoluíram. Cada grupo de organismos que chamamos de espécie surgiu como uma variedade a partir de espécies mais antigas. Com o passar do tempo, a seleção natural os transformou, enquanto se adaptavam ao ambiente. Entretanto outras variedades se tornaram extintas. Uma variedade antiga, no final, torna-se completamente diferente de todos os outros organismos − e isso é o que entendemos como uma espécie em si. "Eu vejo o termo 'espécie' como um conceito arbitrário, cunhado apenas por mera conveniência, para designar um grupo de indivíduos muito semelhantes entre si", disse Darwin.
(Fragmento adaptado de Carl Zimmer, Scientific American Brasil, edição 111, agosto de 2011, http://www2.uol.com.br/sciam/aula_aberta/o_ que_e_uma_especie_html)
Leia:
I. Ligou o rádio, acendeu um cigarro, perdeu-se em suas lembranças. (as vírgulas separam orações coordenadas assindéticas)
II. Em cima do móvel, uma fotografia revelava a bela história de amor. (a vírgula isola o adjunto adverbial antecipado)
III. Ana, a moça de olhar expressivo, parecia feliz. (as vírgulas isolam o vocativo)
A justificativa, que aparece entre parênteses, para o uso da(s) vírgula(s) está correta em