Questões Militares de Veterinária - Clínica Médica Veterinária - Página 4

Q2090831

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090831 Veterinária

O período pós-parto é considerado o período crítico para o desencadeamento das doenças metabólicas, visto que nesta fase a vaca leiteira passa por um balanço energético negativo ocasionado pelo parto e pelo início da lactação. O deslocamento de abomaso ocorre em 5% das vacas após a parição, podendo acarretar queda da produção de leite e doenças metabólicas secundárias. Dentre os fatores predisponentes para esta patologia, assinale a afirmativa correta.

A

Animais menores tendem a desenvolver deslocamento de abomaso com mais facilidade.

B

A hipercalcemia pode predispor à estase gastrointestinal, reduzindo a motilidade do abomaso e força de contração muscular.

C

O deslocamento de abomaso para a direita é a condição mais comum, quando ele se preenche de gás e líquido em grande quantidade.

D

O alto consumo de alimentos no período do pré-parto, aumentando o conteúdo ruminal e empurrando o abomaso que se desloca para a esquerda.

E

A parição gemelar e a retenção de placenta, que modificam a sintopia do útero com os demais órgãos abdominais e predispõem à rotação do abomaso.

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Q2090830

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090830 Veterinária

O tratamento da intoxicação por ureia em ruminantes baseia-se em dois princípios: diminuir a taxa de hidrólise da ureia no rúmen e reduzir a absorção de amônia (NH₃) pela mucosa ruminal. Os seguintes protocolos podem agir em benefício destes princípios de tratamento, EXCETO:

A

A substituição do líquido ruminal (pós-esvaziamento ruminal) por líquido de animais sadios impede a absorção de amônia pelo rúmen.

B

A furosemida é um diurético utilizado com sucesso em casos de intoxicação por ureia, juntamente com solução fisiológica por via intravenosa.

C

O ácido acético é capaz de acidificar o ambiente ruminal, transformando NH₃ em NH₄. Assim, menor quantidade de amônia é absorvida pelo rúmen.

D

O fornecimento de 20 a 40 litros de água gelada por via oral (através de sondas) é capaz de reduzir a atividade da urease, reduzindo, assim, a produção de amônia.

E

A redução do volume urinário é interessante para reduzir a eliminação de líquidos, mantendo, assim, o líquido ruminal em maior quantidade para diluição dos altos níveis de amônia no rúmen.

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Q2090829

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090829 Veterinária

A ureia é uma boa fonte de Nitrogênio Não Proteico (NNP), componente importante da dieta de ruminantes para o crescimento, a reprodução e a produção de leite e carne. Contudo, quantidades excessivas de ureia na dieta podem levar a intoxicações graves. Do ponto de vista bioquímico, sobre a utilização da ureia pelos ruminantes, assinale a afirmativa correta.

A

A hidrólise da ureia é realizada pelas células do trato gastrointestinal, gerando água e CO₂.

B

A ureia em excesso age diretamente sobre as terminações nervosas levando a espasmos musculares e convulsões.

C

A amônia gerada a partir da quebra da ureia ativa o ciclo de Krebs, gerando mais ATP e trazendo alterações neurológicas nos animais.

D

O meteorismo e a atonia ruminal são complicações da hiperamonemia, que ocorre pela hidrólise do excesso de ureia por micro-organismos.

E

A alcalose metabólica e a hipercalemia são observadas nos animais que ingerem excesso de ureia, uma vez que o ciclo de Krebs é bloqueado.

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Q2090828

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090828 Veterinária

O timpanismo é definido como o acúmulo de gases, levando à distensão ruminal que pode culminar até mesmo no óbito do animal. A asfixia e a morte do animal, geralmente ocorrem por alterações respiratórias e circulatórias que são comuns neste quadro. O manejo alimentar é a principal forma de prevenção do timpanismo. São considerados fatores colaboradores para tal patologia, EXCETO:

A

O timpanismo ruminal pode ser causado pela ingestão de plantas tóxicas como a Pteridium aquilinum.

B

Quanto maior a quantidade de saliva produzida, mais espuma é formada e dificulta a eliminação dos gases por eructação.

C

O timpanismo espumoso geralmente é causado pela ingestão excessiva de grãos ou leguminosas frescas de alta digestibilidade sem adaptação prévia na dieta.

D

O timpanismo gasoso tem origem muito similar à acidose ruminal, mas a intervenção com trocater e a cirurgia costumam ser os métodos mais indicados neste tipo de timpanismo.

E

O excesso de concentrado permite que bactérias ácido-tolerantes, como o Streptococcus bovis, se proliferem e produzam quantidades excessivas de mucopolissacarídeos, aumentando a viscosidade do fluido ruminal e estabilizando, assim, a espuma presente no timpanismo espumoso.

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Q2090827

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090827 Veterinária

A nutrição de ruminantes, em sua maioria, está baseada em pastagens tropicais. No entanto, considerando a sua sazonalidade nos períodos de seca, bem como o manejo inadequado e a falta de planejamento, faz-se necessário buscar alternativas para suprir as exigências nutricionais. A utilização de concentrados é uma opção para atender tal exigência; contudo, o uso exagerado desses alimentos pode acarretar em alterações nos animais. Uma das alterações de maior ocorrência relacionada ao excesso de concentrados é a acidose ruminal, que tem como características:

A

Rápida oxidação dos carboidratos no rúmen que leva à produção de água e CO₂, ocasionando acidose metabólica.

B

Rápida oxidação dos carboidratos que leva à quebra de vitaminas, liberando ácido lático e provocando acidose ruminal.

C

Rápida hidrólise dos carboidratos no rúmen que leva à produção de bactérias fermentadoras, causando infecção ruminal.

D

Rápida fermentação dos carboidratos no rúmen que leva à produção de glicose e ATP, ocasionando a excitação do animal.

E

Rápida fermentação dos carboidratos no rúmen que leva à produção de ácidos graxos voláteis e ácido lático, provocando a acidose ruminal.

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Q2090825

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090825 Veterinária

Sobre a acidose ruminal, inúmeros fatores contribuem para o desenvolvimento e, principalmente, para o agravo deste distúrbio. Dentre eles, analise as afirmativas a seguir.
I. A secreção salivar é aumentada com dietas que possuem maior proporção de concentrados, sendo importante para fazer tamponamento ácido e impedir o agravamento da acidose.
II. A desidratação é um quadro comum em animais com acidose ruminal, principalmente pelo grande aporte de água em direção ao rúmen.
III. O fornecimento de fibras na dieta pode corrigir rapidamente a acidose ruminal quando no estado subagudo.
IV. A antibioticoterapia preventiva pode melhorar a eficiência alimentar, sendo feita por via intramuscular a cada quinze dias.
V. A adição de bicarbonato de sódio na matéria seca alimentar pode evitar acidificação ruminal, tanto pelo seu efeito tamponante quanto pelo aumento nas concentrações de sódio no líquido ruminal.
Está correto o que se afirma apenas em

A

e II.

B

III e IV.

C

I, II e IV.

D

II, III e V.

E

I, II, III e V.

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Q2090822

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090822 Veterinária

A encefalite causada por herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5) desenvolve-se, principalmente, no Sistema Nervoso Central (SNC), em especial no córtex cerebral, onde se instala o quadro de meningoencefalite e até necrose cortical. Uma das características dos herpes-vírus é a latência nos tecidos que têm tropismo. Isto sugere um quadro silencioso após a infecção aguda, que se instala em, aproximadamente, onze dias. São características relacionadas a tal enfermidade, EXCETO:

A

A infecção através da mucosa nasal é considerada a rota natural da infecção.

B

A liberação do vírus ocorre somente depois do aparecimento das lesões no sistema nervoso central.

C

As reações sorológicas cruzadas com o BHV-1 dificultam o estabelecimento da prevalência do BHV-5 no Brasil.

D

A reativação do vírus pode resultar no estabelecimento de infecção em locais adicionais do cérebro, o que colabora para a alta letalidade da doença.

E

Os sinais clínicos da encefalite causada por BHV-5 incluem inicialmente depressão profunda; discreta a moderada descarga nasal ou ocular; e, incapacidade na apreensão de alimentos ou ingestão de água.

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Q2090821

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090821 Veterinária

“Enfermidade que cursa com alterações neurológicas. O agente causal se desenvolve em ambientes de anaerobiose como carcaças em decomposição, matéria vegetal em putrefação ou lodo e águas paradas. As toxinas são as responsáveis pelos sinais e sintomas da doença, podendo matar um bovino com apenas um grama de matéria contaminada. O mecanismo de ação ocorre pelo bloqueio da liberação de acetilcolina com o impedimento da passagem dos impulsos do nervo para o músculo, resultando em paralisia flácida.” A enfermidade descrita trata-se de:

A

Botulismo.

B

Timpanismo.

C

Tuberculose.

D

Diarreia viral bovina.

E

Intoxicação por algaroba.

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Q2090820

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090820 Veterinária

A raiva é uma doença viral de altíssima letalidade e representa perdas de milhões de dólares anualmente em todo o mundo. Na América do Sul, é geralmente transmitida por morcegos hematófagos, causando surtos cíclicos da doença. Diferente da manifestação clínica em cães e gatos, nos bovinos e equinos, a raiva possui a forma clínica paralítica como predominante nos sintomas. Sobre a disseminação do vírus rábico pelo Sistema Nervoso Central (SNC), assinale a afirmativa INCORRETA.

A

Após a mordida, a replicação viral é alta no músculo e baixa nos gânglios nervosos.

B

A infecção descendente é bem baixa em bovinos, com pouca dispersão do vírus para as glândulas salivares, por exemplo.

C

A forma paralítica da raiva em bovinos torna-os hospedeiros terminais da raiva, não tendo importância na transmissão da enfermidade.

D

O momento da necropsia é extremamente delicado, pois os profissionais envolvidos podem se cortar ou furar com os equipamentos de necropsia, contraindo, assim, o vírus.

E

A maioria dos casos de infecção estão relacionados com mordidas de animais infectados, embora possa ocorrer infecção através de membranas mucosas por meio de aerossóis em ambientes fechados, como cavernas habitadas por morcegos infectados.

Q2090819

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090819 Veterinária

A polioencefalomalácia (PEM) é uma doença específica de ruminantes, que, na década de 1950, foi relacionada à deficiência de tiamina e caracterizada por necrose do córtex telencefálico. A partir da década de 1970, muitas outras causas foram associadas à doença, questionando-se a real importância da tiamina na etiologia da doença, visto que não havia alterações nas concentrações sanguíneas dessa substância. Dentre as possíveis causas de PEM, analise as afirmativas a seguir. I. Intoxicação por enxofre. II. Infecção por herpes-vírus bovino. III. Administração de levamisol. IV. Intoxicação por sal + privação de água. V. Ingestão de cadáveres. VI. Mudança brusca de alimentação. VII.Intoxicação por algumas plantas. Está correto o que se afirma em

A

I, II, III, IV, V, VI e VII.

B

I, III, VI e VI, apenas.

C

I, II, III, IV e VII, apenas.

D

I, II, III, VI e VII, apenas.

E

I, II, III, IV, VI e VII, apenas.

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Q2090818

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090818 Veterinária

A Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) pertence a um grupo complexo de enfermidades denominadas Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (TSEs). A teoria mais aceita sobre o agente causador da BSE é de que ela seja causada por um príon. Considerando tal doença que é conhecida popularmente como “vaca louca”, devido às alterações neurológicas que acometem os animais infectados, assinale a afirmativa INCORRETA.

A

O agente causal é adquirido pelos bovinos através da alimentação com rações de farinha de osso e carne contaminadas com o agente.

B

A descoberta da doença foi associada ao aparecimento de uma nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob em humanos, na Inglaterra.

C

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento implantou um sistema de vigilância epidemiológica para a BSE, incluindo-a no sistema de vigilância da raiva dos herbívoros, através da Portaria nº 516/1997.

D

Há teorias para a patogenia desta enfermidade que afirmam que o Sistema Nervoso Central (SNC) é atingido pelo agente infeccioso através das fibras simpáticas dos nervos esplâncnicos conectados a porção média da medula espinhal torácica.

E

Os sinais clínicos caracterizam-se por distúrbios do comportamento, da sensibilidade e da locomoção. Os distúrbios do comportamento incluem apatia, sonolência, bradipneia e fraqueza muscular; os distúrbios da sensibilidade se manifestam por insensibilidade ao som e à luz; os distúrbios da locomoção se caracterizam, principalmente, por claudicação, mais evidente em pisos duros.

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Q2090817

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090817 Veterinária

“Patologia miodegenerativa hiperaguda/subaguda, causada por uma deficiência de selênio e vitamina E, gerada em animais que se encontram em situações de estresse, frio ou que estão mal-alimentados. É mais comum em bezerros, cordeiros e potros, podendo elevar sua ocorrência após rápido crescimento dos animais, alto grau de ácidos graxos insaturados na dieta e exercícios incomuns em excesso. Os músculos afetados variam com a idade do animal. Nos músculos esqueléticos verifica- -se necrose simétrica. O músculo torna-se seco com edema intramuscular, onde os feixes afetados ficam em uma posição adjacente ao músculo normal. Além disso, pode ocorrer da musculatura se tornar pálida, por reduzir concentrações de mioglobina, e a urina vermelho escuro, devido à mioglobinúria.” As informações se referem a:

A

Botulismo.

B

Rabdomiólise.

C

Doença de segunda-feira.

D

Doença do músculo branco.

E

Distrofia muscular congênita.

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Q2090816

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090816 Veterinária

Estudos cinemáticos com câmaras de alta velocidade confirmaram que, no início da fase de apoio da passada, a porção distal do membro anterior está sujeita a mais estresse devido à carga aplicada quando comparada com o membro posterior. Considera-se que os membros anteriores suportem, aproximadamente, 60 a 65 % do peso corporal total do cavalo, o que justifica a necessidade de uma boa musculatura e conformação. Portanto, defeitos de aprumo nos membros anteriores prejudicam o andamento do animal, sendo, muitas vezes, acompanhado de dor considerável. Durante o trabalho regular podem ser observados defeitos da passada, sobretudo nos membros anteriores. Dentre esses defeitos podemos citar:

A

Ceifar: o membro em suspensão descreve um arco para dentro; mas, normalmente, aterra dentro da trajetória normal.

B

Plaiting: o cavalo coloca o casco diretamente à frente do outro. Há grande risco de tropeços. Este defeito está associado a esquerdos e/ou peito estreito.

C

Winging: o membro em suspensão descreve um arco para fora; mas, normalmente, aterra fora da trajetória normal. Podem ocorrer lesões na coroa e metacarpos.

D

Alcançar: atingir um membro com o membro oposto pode resultar em tropeções e feridas. Geralmente, este defeito está associado a esquerdos e/ou peito estreito.

E

Ceifar: o membro em suspensão descreve um arco para fora e nunca aterra dentro da trajetória normal. Geralmente, este defeito está associado a esquerdos e/ou peito estreito.

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Q2090815

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090815 Veterinária

A claudicação em equinos pode ter diversas causas, sendo considerada como um distúrbio estrutural ou funcional que pode se manifestar com o animal tanto em estação quanto em movimento. Considerando que o diagnóstico de claudicação deve ser criterioso, a fim de listar as possíveis origens da popularmente conhecida “manqueira”. Assinale a afirmativa INCORRETA.

A

As claudicações mecânicas são classificadas como alterações no andar de origem não dolorosa.

B

A claudicação do membro em suspensão ocorre quando há lesões nos ossos e ligamentos colaterais.

C

A claudicação de apoio pode ter como causa uma lesão nos nervos motores e em ligamentos colaterais.

D

A maioria das claudicações são encontradas nos membros anteriores, em especial no carpo e regiões inferiores.

E

A claudicação complementar pode levar a alterações num membro previamente sadio, devido à distribuição irregular do peso.

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Q2090814

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090814 Veterinária

A locomoção do equino envolve movimentos de todo o corpo e de segmentos dos membros em um ritmo e padrões automáticos que definem os vários andamentos. A resistência do aparelho locomotor às lesões depende do equilíbrio e da repartição das forças exercidas sobre os elementos osteoarticulares e músculo-tendinosos; estes estão diretamente correlacionados com orientação e relação dos eixos quando colocados em apoio. Os aprumos definem a orientação ideal dos eixos ósseos, ou seja, a angulação ideal das articulações, resultando em eficácia e a amplitude de movimentos para o animal. Sobre os defeitos de aprumos NÃO é possível afirmar que:

A

Para a avaliação dos aprumos é essencial que o animal seja observado em estação. A superfície de apoio deve ser firme e plana.

B

Alguns defeitos de aprumos somente podem ser avaliados durante o movimento, sendo uma forma dinâmica de se diagnosticar certas anomalias.

C

No exame de face, deve haver alinhamento dos eixos livres numa mesma vertical. No entanto, um ligeiro grau de valgus do carpo e do boleto é fisiológico.

D

No exame de perfil, o eixo da quartela e do casco estão alinhados sobre uma mesma reta oblíqua, formando um ângulo de cerca de 50 a 55° em relação à horizontal (solo), denominada de retidão interfalângica.

E

O casco boto é uma conformação horizontalizada do casco (ângulo entre a pinça-solo > 60°) associado a uma deformidade flexora da Articulação Interfalângica Distal (AIFD). É caracterizado por uma queda cranial do eixo podofalângico.

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Q2090813

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090813 Veterinária

A rabdomiólise, mais conhecida como “doença de segunda-feira”, é uma miopatia que ocorre após esforço físico sem condicionamento anterior. Quando isto é somado a dietas ricas em concentrados, o quadro clínico clássico se instala. Sobre a patogenia e o tratamento da rabdomiólise, assinale a afirmativa correta.

A

O tratamento da miosite pode incluir AINES; corticosteroides; compressas frias no músculo; e, restrição hídrica para evitar engasgos devido à contração muscular intensa.

B

Animais que pratiquem exercícios leves não são pacientes de risco para o desenvolvimento da rabdomiólise. Somente exercícios intensos podem precipitar o início dos sintomas desta doença muscular.

C

O tratamento da miosite baseia-se na hidratação do paciente somente pela via intravenosa, devido à imediata absorção. Diuréticos de alça devem ser utilizados previamente à hidratação, a fim de preservar a função renal.

D

A ingestão excessiva de concentrados eleva as concentrações séricas de glicose, fornecendo energia rápida para a contração muscular. Porém, após esforço excessivo, há um cansaço muscular intenso que caracteriza a doença.

E

A rabdomiólise é também chamada de mioglobinúria paralítica, pois, após exercício intenso, há liberação de mioglobina pelas fibras musculares. A mioglobina acumula-se nos túbulos renais, dando coloração vermelho-acastanhada à urina.

Q2090811

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090811 Veterinária

O sistema mamário de uma vaca é responsável por transformar os nutrientes que ela ingere em leite, armazená-lo no úbere e, posteriormente, ser drenado através da ordenha ou com a mamada do bezerro. Para que a glândula saia do estado não secretor para secretor, diversas mudanças são necessárias tanto do ponto de vista fisiológico quanto histológico e bioquímico. São considerados fatores que interferem na produção leiteira, EXCETO:

A

A insulina possui receptores no tecido mamário, onde parece influenciar a mitose e o melhor uso da glicose pelo tecido.

B

O hormônio do crescimento (GH) e a prolactina (PRL) atuam no tecido mamário sob ação dos esteroides ovarianos. A PRL atua melhor no desenvolvimento lóbulo alveolar e o GH age sobre o sistema canalicular.

C

O cortisol no final da gestação sofre um grande aumento, onde influenciará o crescimento da glândula mamária. Por este motivo, o cortisol liberado durante o estresse contribui para maior descida do leite durante a ordenha.

D

Como as células epiteliais são responsáveis pela produção dos principais constituintes do leite (como gordura, proteína e lactose), em 95% dos casos de mastite a infecção bacteriana está relacionada com a invasão e destruição destas células.

E

Um dia antes do parto, a PGF2α aumenta sua concentração sérica, proporcionando a lise do corpo lúteo. Em consequência, ocorre uma queda na liberação de progesterona. Esse processo desencadeia uma produção exacerbada de estradiol, prolactina e somatotrofina, o que resulta em um melhor direcionamento dos nutrientes para a glândula mamária.

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Q2090810

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090810 Veterinária

A “doença do navicular” é uma das principais causas de claudicação intermitente em equinos. Pode ser descrita como uma doença degenerativa crônica e progressiva que afeta o osso navicular e estruturas adjacentes como tendões e bolsa navicular. Considerando algumas características desta doença, é correto afirmar que é também denominada de:

A

“Dor de canela”; exercícios em superfícies muito duras podem predispor o início das lesões.

B

Podotrocleose; exercícios em superfícies demasiadamente macias podem predispor o início das lesões.

C

Podotrocleose; desequilíbrios dos cascos e ferrageamento inadequado estão entre os fatores predisponentes.

D

Sesamoidite; o ferrageamento inadequado é um dos fatores predisponentes, agravando a condição de locomoção do animal.

E

Exostose; o crescimento excessivo dos cascos leva à neoformação óssea, sobrecarregando o osso navicular e iniciando lesões nas estruturas adjacentes.

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Q2090809

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090809 Veterinária

Sobre as formas de apresentação da laminite em equinos, podemos afirmar que a laminite possui:

A

Quatro principais formas de apresentação: subaguda, aguda, refratária e crônica. A laminite refratária e a crônica apresentam bom prognóstico quando se inicia o tratamento em animais jovens.

B

Três principais formas de apresentação: subaguda, aguda e crônica. A laminite aguda é quando a gravidade do quadro clínico se intensifica em relação à subaguda; porém, não há ainda possibilidade de rotação da falange.

C

Três principais formas de apresentação: subaguda, aguda e crônica. A laminite é considerada crônica quando há rotação e/ou afundamento da terceira falange ou, ainda, quando se passam 48 horas de claudicação constante.

D

Três principais formas de apresentação: subaguda, aguda e crônica. Com exceção da crônica as demais costumam responder bem ao tratamento logo nos primeiros dias. Caso não haja resposta ao tratamento, certamente trata-se de outra patologia.

E

Quatro principais formas de apresentação: subaguda, aguda, refratária e crônica. Na laminite subaguda, um dos sinais observados é o andar claudicante em círculos, denotando possível dor nas pinças. Contudo, dificilmente este grau de laminite é diagnosticado, podendo ter resolução antes mesmo do diagnóstico.

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Q2090808

Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PM-RN Prova: Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Medicina Veterinária - Grandes Animais |

Q2090808 Veterinária

Alguns casos de mastites recorrentes possuem resolução somente cirúrgica. O tipo de cirurgia indicado nestes casos é a amputação do teto afetado, dando melhor qualidade de vida ao animal e permitindo que os demais tetos continuem viáveis e sendo ordenhados. Sobre tal indicação cirúrgica, é INCORRETO afirmar que:

A

Lesões no teto longitudinais que se aproximem do esfíncter têm indicação de amputação, assim como lesões crônicas, extensas e necrosantes.

B

Não havendo contaminação do teto a ser amputado, as bordas da ferida devem ser suturadas em três planos: mucosa da cisterna do teto, subcutâneo e pele.

C

O pós-operatório deve ser cauteloso, uma vez que há grandes chances de contaminação do local da ferida cirúrgica. Soluções de iodo, lugol e nitrato de prata são indicadas para boa antissepsia e breve cicatrização.

D

O teto amputado cirurgicamente continua recebendo o leite produzido na cisterna da glândula até o fim da vida útil do animal. Deve ser introduzida uma sonda para drenar este leite diariamente e impedir que ele empedre.

E

Mastites crônicas que levem à necrose do teto possuem indicação de amputação do mesmo, já que o tecido fica inviável de ser reparado. Nestes casos, deve-se manter a ferida aberta para drenagem do material contaminante até completa cicatrização.

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