Questões de Concurso Militar CIAAR 2014 para Primeiro Tenente - Ciências Contábeis

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Q505508 Português
                                                    No aeroporto

     Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

     Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

     Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

     Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

                                                 ( ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em:
                                   Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108
.)


Logo no início do texto, o narrador diz que houve uma espera de três horas em “[...] esperamos três horas o seu quadrimotor."A respeito do termo destacado, analise as afirmativas.

I. Como pronome possessivo, indica ideia de posse.
II. Expressa um vínculo eventual entre o objeto e a pessoa do discurso.
III. Expressa um vínculo constante entre o assunto de que se fala e a pessoa do discurso.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Q505509 Português
                                                    No aeroporto

     Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

     Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

     Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

     Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

                                                 ( ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em:
                                   Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108
.)


Algumas palavras são responsáveis por manter e/ou estabelecer entre as orações de um período certas relações de sentido essenciais para o entendimento do texto. Considerando tal aspecto, a correção semântica é mantida substituindo o termo grifado em “[...] embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual.” por

I. visto que;
II. ainda que;
III. conquanto;
IV. assim como.

Está(ão) correta(s) somente a(s) alternativa(s)
Alternativas
Q505515 Português
                                                    No aeroporto

     Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

     Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

     Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

     Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

                                                 ( ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em:
                                   Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108
.)


Considerando que o texto relata fatos vividos pelo narrador, torna-se frequente o uso do tempo verbal pretérito. Contudo, no trecho “A vista da pessoa humana lhe dá prazer.” (2°§), verifica-se o uso do tempo presente com o propósito de
Alternativas
Q505516 Português
                                                    No aeroporto

     Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

     Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

     Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

     Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

                                                 ( ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em:
                                   Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108
.)


Acerca dos fatores que contribuem para que o texto tenha estreita proximidade com a realidade, analise.

I. Situação final inesperada.

II. Uso frequente da primeira pessoa.

III. Grandiloquência e prolixidade nos fatos narrados.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Q505517 Português
                                                    No aeroporto

     Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.

     Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental, e em particular o nosso trecho de rua. [...]

     Devo dizer que Pedro, como visitante, nos deu trabalho; tinha horários especiais, comidas especiais, roupas especiais, sabonetes especiais, criados especiais. Mas sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. [...]

     Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

                                                 ( ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. Reprod. em:
                                   Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 1107-1108
.)


A unidade e coerência textuais têm características próprias, mas ambas estão estreitamente ligadas para que o texto seja claro e coerente. Acerca da repetição do adjetivo “especiais” , no 3°§, é correto afirmar que
Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: B
4: B
5: B