Questões de Concurso Militar CIAAR 2015 para Primeiro Tenente - Psicologia
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A psicoterapia breve de orientação psicodinâmica pode ser apontada como uma abordagem eficaz do profissional clínico em diferentes contextos de atenção à saúde, isto é, primário, secundário e terciário; público ou privado, seja na modalidade individual ou em grupo. Sobre as técnicas e características dessa abordagem em psicoterapia verifica-se:
I. Profissionais com perfis mais ativos e que propiciam o desenvolvimento da aliança terapêutica com transferência positiva na dimensão do tempo presente.
II. Emprego da estratégia de focalização em conflitos ou tema específicos delineados de forma prévia ao tratamento.
III. O princípio universal da Psicoterapia Breve Psicodinâmica fundamenta-se na triangulação do conflito e da pessoa com vistas a identificar e intervir nas defesas, impulsos e afetos, mediando as relações da pessoa com indivíduos e situações do passado e do presente.
IV. O caráter focal dessa modalidade terapêutica possibilita o uso de questionamentos socráticos e decálogo das distorções emocionais, o que caracteriza a flexibilidade e a busca de satisfação do paciente ao seu contexto por meio de desenvolvimento de estratégias de enfrentamento de eventos estressores.
Após análise das sentenças, estão corretas apenas as afirmativas
As psicoterapias breves, independente da orientação que norteia o uso das técnicas para assistência em saúde, podem e têm sido utilizadas em diferentes segmentos da psicologia hospitalar, tais como os de atenção aos indivíduos com cardiopatias, materno infantil, oncologia, dentre outros. Informe se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) Mediante um paciente adulto submetido a transplante do coração, o psicólogo pode intervir junto à família, visto que há uma tendência à instabilidade motivada pela realocação de papéis, questões financeiras, desgaste de relações, principalmente pelas frequentes e prolongadas hospitalizações.
( ) Tendo sido efetuado o processo de diagnóstico, quaisquer que seja a ação terapêutica no âmbito clínico ou cirúrgico, a mudança nos quadros psicológicos tende a ser concomitante à patologia, com repercussões na evolução da doença, na reabilitação biopsicossocial do paciente, com reflexos nas relações familiares e até no ambiente social.
( ) Para algumas patologias o profissional sempre deve atentar-se para o fato de que é possível afirmar que o aspecto psicológico não é o responsável pela sua etiologia, sendo, entretanto, para outras, o fator de risco para o surgimento de doenças crônicas como as arritmias, coronariopatias e a hipertensão.
( ) Enquanto integrante de equipe multiprofissional, deve evitar o uso de habilidades, competências e os recursos de todos os seus membros no planejamento de atividades, mas ser sistêmico em seu processo de tomada de decisão e de resolução de problemas, bem como empenhar-se para alcançar o sucesso do tratamento.
Leia o fragmento de texto acerca de uma situação em saúde.
“Paciente do sexo feminino, casada, mãe de três filhos, com 60 anos e problemas cardíacos. Possui histórico de infarto recente, com menos de duas semanas. Atualmente encontra-se internada em uma instituição hospitalar que trata de pacientes com doenças cardiovasculares pelo Sistema Único de Saúde (SUS).” Nesse contexto de atuação hospitalar, o psicólogo pode orientar sua prática por meio da abordagem psicanalítica, o que vai exigir um trabalho com uso dos postulados teóricos adaptados a tal contexto. Isso é observado somente em conceitos como o de
Leia as considerações a respeito do Código de Ética Profissional da Psicologia e de uma conduta ética para responder à questão.
O Código de Ética Profissional - CEP do psicólogo pauta-se no “princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo” (p.6). Isso significa dizer que tal código caracteriza-se por fundamentar-se em uma perspectiva deontológica, a qual pauta-se em uma tendência internacional adotada no processo de elaboração de códigos éticos de conduta profissional. Em outros termos, assemelha-se às leis, com uma linguagem caracterizada pela natureza normativa, baseada no postulado de que o mérito da conduta depende de sua coerência com o que é prescrito como correto, ou seja, justo e ético.
Além disso, como afirma Figueiredo (1996, p.41), ao se falar em ética, é preciso ter em mente que “a dimensão
ética engloba todas as considerações acerca das metas da ação humana, não se restringindo, portanto, à consideração
da adequação de meios a fins, diferenciando-se, assim, do âmbito de competência do conhecimento técnico. No
entanto, todas essas determinações ainda não dão conta da dimensão ética. Falta dizer que tanto na escolha e na
avaliação das metas legitimamente desejáveis como na escolha das formas legítimas da ação interativa, estará em
jogo, não apenas ou principalmente, a sobrevivência do agente como a sua imagem e a sua estima diante dos outros e
diante de si mesmo. Efetivamente, há sempre uma reflexividade, uma relação de si para consigo, um autocomprometimento
do sujeito, implicados na conduta ética”.
Leia as considerações a respeito do Código de Ética Profissional da Psicologia e de uma conduta ética para responder à questão.
O Código de Ética Profissional - CEP do psicólogo pauta-se no “princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo” (p.6). Isso significa dizer que tal código caracteriza-se por fundamentar-se em uma perspectiva deontológica, a qual pauta-se em uma tendência internacional adotada no processo de elaboração de códigos éticos de conduta profissional. Em outros termos, assemelha-se às leis, com uma linguagem caracterizada pela natureza normativa, baseada no postulado de que o mérito da conduta depende de sua coerência com o que é prescrito como correto, ou seja, justo e ético.
Além disso, como afirma Figueiredo (1996, p.41), ao se falar em ética, é preciso ter em mente que “a dimensão
ética engloba todas as considerações acerca das metas da ação humana, não se restringindo, portanto, à consideração
da adequação de meios a fins, diferenciando-se, assim, do âmbito de competência do conhecimento técnico. No
entanto, todas essas determinações ainda não dão conta da dimensão ética. Falta dizer que tanto na escolha e na
avaliação das metas legitimamente desejáveis como na escolha das formas legítimas da ação interativa, estará em
jogo, não apenas ou principalmente, a sobrevivência do agente como a sua imagem e a sua estima diante dos outros e
diante de si mesmo. Efetivamente, há sempre uma reflexividade, uma relação de si para consigo, um autocomprometimento
do sujeito, implicados na conduta ética”.
É vedado ao psicólogo:
I. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais.
II. Prolongar, sem necessidade aparente, a prestação de serviços profissionais.
III. Emitir documentos com fundamentação e qualidade técnico-científica.
IV. Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes independente de resultar em prejuízo para os envolvidos.
É correto o que é expresso apenas em
Leia as considerações a respeito do Código de Ética Profissional da Psicologia e de uma conduta ética para responder à questão.
O Código de Ética Profissional - CEP do psicólogo pauta-se no “princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo” (p.6). Isso significa dizer que tal código caracteriza-se por fundamentar-se em uma perspectiva deontológica, a qual pauta-se em uma tendência internacional adotada no processo de elaboração de códigos éticos de conduta profissional. Em outros termos, assemelha-se às leis, com uma linguagem caracterizada pela natureza normativa, baseada no postulado de que o mérito da conduta depende de sua coerência com o que é prescrito como correto, ou seja, justo e ético.
Além disso, como afirma Figueiredo (1996, p.41), ao se falar em ética, é preciso ter em mente que “a dimensão
ética engloba todas as considerações acerca das metas da ação humana, não se restringindo, portanto, à consideração
da adequação de meios a fins, diferenciando-se, assim, do âmbito de competência do conhecimento técnico. No
entanto, todas essas determinações ainda não dão conta da dimensão ética. Falta dizer que tanto na escolha e na
avaliação das metas legitimamente desejáveis como na escolha das formas legítimas da ação interativa, estará em
jogo, não apenas ou principalmente, a sobrevivência do agente como a sua imagem e a sua estima diante dos outros e
diante de si mesmo. Efetivamente, há sempre uma reflexividade, uma relação de si para consigo, um autocomprometimento
do sujeito, implicados na conduta ética”.
O psicodrama proposto por J. L. Moreno parte de uma perspectiva de ser humano pautada nas relações interpessoais e sociais, o que evidencia um homem espontâneo, criativo e sensível, que traz consigo fatores favoráveis a seu desenvolvimento, embora possa vir a ser acompanhado por condições sociais e ambientalmente perturbadoras e constrangedoras, levando ao indivíduo desencontrar-se de si mesmo. O psicodrama visa, portanto, oferecer alternativas às referidas condições e manter a espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade do homem. Leia as sentenças acerca do psicodrama, informe se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) A proposta fundamental do psicodrama é oferecer adequação e ajustamento do homem a si mesmo.
( ) Trata-se de uma psicoterapia cuja proposta é evidenciar a melhor forma de o paciente expressar seus verdadeiros sentimentos e emoções por meio da representação de personagens em uma atmosfera teatral.
( ) A criatividade consiste na capacidade de agir de modo adequado diante de situações novas, criando respostas inéditas, renovadoras ou transformadoras de situações preestabelecidas.
( ) Trata-se de um modelo de psicoterapia, na qual um dos objetivos é descobrir, aprimorar e utilizar os meios que facilitam o predomínio das relações télicas sobre as relações transferenciais.
Leia o fragmento de texto de Freudem “O Ego e o ld”.
‘“Estar ‘consciente’ é, em primeiro lugar, um termo puramente descritivo, que repousa na percepção do caráter mais imediato e certo. A experiência demonstra que um elemento psíquico (uma ideia, por exemplo) não é, via de regra, consciente por um período de tempo prolongado. Pelo contrário, um estado de consciência é, caracteristicamente, muito transitório; uma ideia que é consciente agora não o é mais um momento depois, embora assim possa tornar-se novamente, em certas condições que são facilmente ocasionadas. No intervalo, a ideia foi... Não sabemos o quê. Podemos dizer que esteve latente, e, por isso, queremos dizer que era capaz de tomar-se consciente a qualquer momento. Ora, se dissermos que era inconsciente, estaremos também dando uma descrição correta dela. Aqui Inconsciente’ coincide com ‘latente e capaz de tornar-se consciente’. (...) O estado em que as ideias existiam antes de se tornarem conscientes é chamado por nós de repressão, e asseveramos que a força que instituiu a repressão e a mantém é percebida como resistência durante o trabalho de análise. Obtemos, assim, o nosso conceito de inconsciente a partir da teoria da repressão. O reprimido é, para nós, o protótipo do inconsciente. Percebemos, contudo, que temos dois tipos de inconsciente: um que é latente, mas capaz de tomar-se consciente, e outro que é reprimido e não é, em si próprio e sem mais trabalho, capaz de tornar-se consciente (...). Fazendo uma generalização rápida, poderíamos conjecturar que a essência de uma regressão da libido (da fase genital para a anal-sádica, por exemplo) reside numa desfusão de instintos, tal como, inversamente, o avanço de uma fase anterior para a genital definitiva estaria condicionado a um acréscimo de componentes eróticos. Surge também a questão de saber se a ambivalência comum, que com tanta frequência é inusitadamente forte na disposição constitucional à neurose, não deveria ser encarada como produto de uma desfusão; a ambivalência, contudo, é um fenômeno tão fundamental que ela mais provavelmente representa uma fusão instintual que não se completou. (...) Ora, o caso em que alguém primeiramente ama e depois odeia a mesma pessoa (ou o inverso), porque essa pessoa lhe deu motivo para fazê-lo, obviamente nada tem a ver com o nosso problema. Tampouco o tem o outro caso, em que sentimentos de amor que ainda não se tornaram manifestos, expressam-se, inicialmente, por hostilidade e tendências agressivas; e pode ser que aqui o componente destrutivo da catexia do objeto se tenha apressado em ir à frente e somente mais tarde se lhe juntou o erótico. Mas sabemos de diversos casos na psicologia das neuroses em que é mais plausível supor que uma transformação se efetua. Na paranoia persecutória, o paciente desvia um vínculo homossexual excessivamente forte que o liga a uma pessoa em especial; em resultado, esta pessoa a quem muito amava, se torna um perseguidor, contra quem o paciente dirige uma agressividade frequentemente perigosa. Aqui, temos o direito de interpolar uma fase prévia, que transformou o amor em ódio.”.
Considerando o fragmento do texto, é possível levantar hipóteses acerca da neurose e da psicose para Freud.
Tendo isso em vista, assinale a opção correta.
A terapia cognitiva proposta por Aron Beck na década de 1960 tem como objetivo, “ensinar o paciente a reconhecer as cognições negativas e sua conexão com o afeto e comportamento; examinar as evidencias contra e a favor à tais pensamentos e substituí-los por interpretações mais orientadas para a realidade”. Esse objetivo foi desenvolvido a partir da constatação, em estudos científicos, que a perspectiva negativista de pacientes deprimidos possuía acerca de si mesmos, do mundo e do futuro, portanto distorcida, desencadeava o quadro depressivo em que se encontravam. Posteriormente a esses achados, esse modelo psicoterápico foi estendido a outras modalidades de transtornos psicológicos tais como ansiedade, alimentares, de personalidade, dentre outros. Julgue as sentenças que salientam distorções ou cognições negativas, informe se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) A catastrofização ou adivinhação consiste em predizer o futuro negativamente, sem levar em consideração outros resultados mais prováveis.
( ) O filtro mental ou abstração seletiva consiste em chegar a uma conclusão negativa abrangente que extrapola a situação em questão.
( ) A hipergeneralização ou supergeneralização consiste em prestar atenção num pequeno detalhe, ao invés de ver o quadro por inteiro.
( ) O pensamento polarizado, tudo ou nada, preto e branco ou dicotômico, envolve a percepção de uma situação
de forma dicotômica, em apenas duas categorias, ao invés de um continum.
O psicodiagnóstico pode ser definido como um procedimento científico, limitado no tempo, que lança mão de técnicas e estratégias de avaliação e testagem psicológica, em nível individual ou em grupo. Visa o esclarecimento de problemas por meio de pressupostos teóricos dos construtos aos quais o problema se refira; bem como a identificação e avaliação dos aspectos específicos para a classificação do caso, a previsão do curso possível, a comunicação dos resultados e as proposições de solução caso seja necessário. Além disso, um psicodiagnóstico sustenta-se na necessidade de:
I. Tomar conhecimento acerca do que ocorre e o que motiva tal acontecimento, de maneira a responder à demanda pela qual foi iniciada uma consulta.
II. Evitar o risco significativo em que implica a ausência de um questionamento realizado previamente ao tratamento, tais como a inoperância técnica e terapêutica frente a patologias e situações complicadas e perturbadoras.
III. Proteger o profissional da psicologia que propicia o início de um determinado tratamento necessariamente pautado em dimensões clínica e ética, as quais são idôneas e comprometidas, sobretudo mediante o desconhecido e a falta de clareza do que se apresenta.
IV. Estabelecer diagnóstico e avaliação do tratamento, o que significa correr o risco de uma rotulação do caso e estar sujeito às mudanças repentinas, já que são necessários, respectivamente, retestes e manuseio de instrumentos em diferentes momentos para evitar respostas lacônicas e esporádicas fora das circunstâncias de testes.
Tendo isso em vista, o que torna um psicodiagnóstico preciso, estão corretas apenas as afirmativas
Freud (1970), em seu texto intitulado “Sobre o início do tratamento”, salientou a importância da formação do vínculo ou da aliança terapêutica, a qual envolve um padrão de relacionamento do paciente, propiciado pelo curso de seu desenvolvimento, e que geralmente se repete com o terapeuta e uma relação de transferência. Em outros termos, Freud mencionou que “permanece sendo objetivo ligar o paciente a ele (o tratamento) e à pessoa do médico. Para assegurar isso, nada precisa ser feito, exceto conceder-lhe tempo. Se se demonstra um interesse sério nele, se cuidadosamente se dissipam as resistências que vêm à tona no início e se evitam cometer certos equívocos, o paciente por si só fará essa ligação e o vinculará o médico a uma das imagens das pessoas por quem costumava ser tratado com afeição”. Considerando o fragmento de texto exposto no enunciado, leia as proposições acerca do vínculo terapêutico, informe se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) O tempo disponibilizado para que o paciente relate suas questões o mais livremente possível e em ambiente de privacidade, consiste em uma atitude básica do terapeuta que facilita o estabelecimento de vínculo.
( ) O apoio ao paciente na manutenção de defesas, por vezes úteis, é insuficiente para o estabelecimento de estratégias a serem adotadas para remoção das mesmas, posto que destitui o terapeuta de sua função.
( ) A capacidade de compreensão e entendimento do motivo pelo qual o paciente se mobiliza a buscar tratamento, baseada em empatia, cordialidade e sensibilidade para responder às dúvidas que surgirem.
( ) A atenção parcial ao paciente limitada ao contexto terapêutico, o qual é provido de curiosidade, interesse e
carga emocional; bem como sujeito a julgamentos por implicar uma tarefa conjunta com o paciente.