Questões de Concurso Militar CIAAR 2018 para Primeiro Tenente - Dentística

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Q908508 Português

“Em todo cabeleireiro talvez haja a vocação frustrada de um dentista; conheci mesmo um que deixou a tesoura, em Belo Horizonte, e foi ganhar a vida com um boticão em Montes Claros.

É verdade que no dentista, pelo fato muito explicável de estarmos de boca aberta, não precisamos responder a nenhuma daquelas perguntas que no barbeiro geram sempre a mais cacete das conversas sem futuro. Mas é verdade também que o simples aparato de brocas e ferramentas já nos sugere a humilhação de uma dor transcendente a toda anestesia e nos faz desejar as dentaduras duplas que Carlos Drummond de Andrade cantou.”

(SABINO, Fernando. “Dor de dente”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.39-40)

Houve desvio na separação de sílabas em
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Q908551 Português

Instruções: Para responder à questão, leia um fragmento do romance O passo-bandeira: uma história de aviadores, de Oswaldo França Júnior, que narra a história de um ex-piloto da Aeronáutica.


“E o piloto olhava a cidade, o Rio de Janeiro, por exemplo, e toda a grandiosidade do Rio transformava-se numa pequena miniatura. O azul do mar ia até bem longe confundir-se com o azul mais claro do céu. As serras, os rios, as represas, tudo era visto na dimensão daquela altura. E muitas vezes, disse Paulo César, quando estava com algum problema e lembrava-se dele lá em cima, o problema perdia a grande importância de antes. E era um voo que servia também para isto.


Servia para mostrar a real importância das coisas. E isso sempre os levava a colocar as coisas em suas devidas proporções. E Paulo César falou que regressava desses voos com uma certa humildade. E que havia também uma estranha sensação. Por um motivo que ele não sabia explicar, no silêncio lá de cima a mente da pessoa iniciava um processo de expansão”.

(FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. O passo-bandeira: uma história de aviadores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.40. Adaptado).

A narrativa está na terceira pessoa, contudo é possível perceber que o ponto de vista centra-se no ex-piloto Paulo César que, nessa passagem, busca realçar o/a
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Q908552 Português

Instruções: Para responder à questão, leia um fragmento do romance O passo-bandeira: uma história de aviadores, de Oswaldo França Júnior, que narra a história de um ex-piloto da Aeronáutica.


“E o piloto olhava a cidade, o Rio de Janeiro, por exemplo, e toda a grandiosidade do Rio transformava-se numa pequena miniatura. O azul do mar ia até bem longe confundir-se com o azul mais claro do céu. As serras, os rios, as represas, tudo era visto na dimensão daquela altura. E muitas vezes, disse Paulo César, quando estava com algum problema e lembrava-se dele lá em cima, o problema perdia a grande importância de antes. E era um voo que servia também para isto.


Servia para mostrar a real importância das coisas. E isso sempre os levava a colocar as coisas em suas devidas proporções. E Paulo César falou que regressava desses voos com uma certa humildade. E que havia também uma estranha sensação. Por um motivo que ele não sabia explicar, no silêncio lá de cima a mente da pessoa iniciava um processo de expansão”.

(FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. O passo-bandeira: uma história de aviadores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.40. Adaptado).

A palavra que não possui correspondência com o termo “expansão”, empregado no último parágrafo do texto, é
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Q908553 Português

Carlos Drummond de Andrade, no livro Fala, amendoeira, publicou o texto “Aeroprosa”, crônica em forma de carta às aeromoças. Leia quatro fragmentos desse texto.


I. “Bom dia, aeromoça! Não sei se devia dizer-lhe, antes: Bom céu! O dia é de todos, e desejá-lo bom não passa de cumprimento. Já o céu é de vocês, de seus amigos aeronautas, e dos pássaros, em condomínio.”

II. “Aeromoça na burocracia me dá ideia de um pé de gerânio intimado a viver e florir dentro de um armário fechado; de uma formiga dentro da garrafa.”

III. “Estou escrevendo essas bobagens meio líricas no pressuposto de que vocês, amigas, adoram viajar e detestam isso aqui embaixo. Bem sei, entretanto, que não se libertaram de todo da contingência, e querem amar ao nível da terra, e ter filhos que olhem de baixo para os aviões.”

IV. “Mas, por outro lado, aeromoça, deixe que eu saúde em sua figurinha o mais belo mito moderno, aquele que as empresas de navegação aérea criaram num instante inspirado de poesia comercial, aquele que acompanha os homens em sua paúra e os impede de se rebaixarem à situação de macacos em pânico.”

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973).


A presença do vocativo, termo da oração por meio do qual o emissor interpela seu interlocutor, ocorre apenas em

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Q908554 Português

Leia os excertos abaixo.


Excerto I


“A arte, bem como a literatura, nasce da liberdade de fantasiar e não suporta prisões. Tentar engaiolar o fruto da liberdade é lhe cortar as asas, impedir seus voos, que alcançam maiores distâncias quando impulsionados por muitos sopros”.

(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Contos e poemas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p.69).


Excerto II


“Suzana perguntou se era perigoso realizar voos muito baixos. Ele respondeu que era necessário apenas estar mais atento. Atento aos cabos de alta tensão e aos pássaros.

– Aos urubus, principalmente – ele disse.

Ela estranhou que um pássaro pudesse levar perigo a um avião.

– Bater em qualquer um é sempre perigoso – Paulo César comentou.

O impacto podia causar um estrago muito grande ao avião.

– É quase como uma bala – ele disse”.

(FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. O passo-bandeira: uma história de aviadores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.36).


Levando-se em consideração o sentido do voo, o excerto I difere do excerto II.


PORQUE


O excerto I trata do termo de forma figurada, enquanto, no excerto II, o termo é tratado de forma literal.


Com base nos excertos, é correto afirmar que

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Respostas
1: C
2: A
3: B
4: D
5: A