Instruções: Para responder a questão abaixo, leia um fragmento do romance O passo-bandeira:
uma história de aviadores, de Oswaldo França Júnior, que narra a história de um ex-piloto da Aeronáutica.
“E o piloto olhava a cidade, o Rio de Janeiro, por exemplo, e toda a grandiosidade do Rio transformava-se numa
pequena miniatura. O azul do mar ia até bem longe confundir-se com o azul mais claro do céu. As serras, os rios,
as represas, tudo era visto na dimensão daquela altura. E muitas vezes, disse Paulo César, quando estava com
algum problema e lembrava-se dele lá em cima, o problema perdia a grande importância de antes. E era um voo
que servia também para isto.
Servia para mostrar a real importância das coisas. E isso sempre os levava a colocar as coisas em suas devidas
proporções. E Paulo César falou que regressava desses voos com uma certa humildade. E que havia também
uma estranha sensação. Por um motivo que ele não sabia explicar, no silêncio lá de cima a mente da pessoa
iniciava um processo de expansão”.
(FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. O passo-bandeira: uma história de aviadores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.40. Adaptado).