Questões de Concurso Militar IME 2016 para Aluno - Português e Inglês
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Atente para os seguintes recursos coesivos usados no Texto 1:
QUE (linha 1);
SEUS (linha 4);
SUA (linha 8);
SUA (linha 12);
SUAS (linha 90);
Tais recursos recuperam, respectivamente, as palavras:
Leia atentamente as assertivas seguintes em relação ao último parágrafo do Texto 1 e a 2ª, a 5ª e a 6ª estrofes do Texto 2.
I. O poeta salienta um desejo insaciável do homem em encontrar novos lugares para explorar.
II. O último parágrafo do Texto 1 trata, dentre outras coisas, da frustração vivenciada em função de, um dia, ter havido confiança desmedida na capacidade do homem para gerenciar as questões relacionadas aos recursos do planeta Terra.
III. A “insuspeitada alegria” a que o poeta faz referência remete à “busca de conforto e qualidade de vida” por meio da inteligência e da tecnologia, conforme aos anseios apontados no último parágrafo do Texto 1.
IV. O neologismo “dangerosíssima” aponta para o perigo de se descobrir coisas que podem ser ruins dentro de si mesmo.
São verdadeiras
Observe a pontuação apresentada nos trechos abaixo destacados:
I. (…) os passageiros, utilizando-se da inesgotável energia solar, processam, por meio de sua tecnologia e de seu metabolismo, os recursos naturais finitos, gerando, inexoravelmente, algum tipo de poluição. (linhas 12 a 14 do Texto 1)
II. (…) uma erupção vulcânica, apesar de poder ser considerada uma fonte poluidora, é um fenômeno natural não provocado pelo homem (…). (linhas 71 e 72 do Texto 1)
O uso de vírgulas nos trechos destacadas indicam
A transtextualização ou intertextualidade é um “processo pelo qual o enunciador constrói seu texto (texto meta) mediante a incorporação ou transformação da totalidade ou de parte de outro texto (texto fonte)” (AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa, p. 96).
São vários os tipos de transtextualização elencados na referida obra, dentre eles a incorporação, a citação, a alusão, a reelaboração, a paráfrase, a tradução e a paródia. Especificamente,
a alusão consiste em evocar um texto ou discurso anterior (de outro gênero, de outra época, de outra cultura), para produzir, no presente, um efeito de sentido autorizado ou legitimado pelo texto/discurso evocado. Diferentemente da citação, cuja incorporação o interlocutor identifica graças às marcas, a alusão só é percebida se o texto que ela evoca faz parte da cultura do interlocutor (IBIDEM, p. 98).
Atente para as seguintes assertivas apresentadas na comparação dos textos 2 e 3.
I. Há uma relação explícita entre o primeiro verso do poema de Drummond e o último verso do Canto I de Os Lusíadas, de Camões, apresentados nesta prova.
II. O verso camoniano “Tanta necessidade aborrecida” pode ser visto como um desencadeador da descrição drummondiana do tédio do homem face a suas conquistas que não o levam à resolução de problemas mais imediatos como a fome, a desigualdade e as injustiças, também evocadas por Camões nos versos iniciais da estrofe 106 de Os Lusíadas.
III. O texto brasileiro alude diretamente ao texto português no uso da expressão “engenho e arte”, recorrendo, inclusive, à mesma parceria rítmica (parte/arte).
IV. Enquanto em Camões a humanização reivindicada refere-se a uma europeização do espaço terrestre, no poema de Drummond, diferentemente, a humanização é interplanetária, o que se verifica inclusive pelo uso da maiúscula na palavra Terra no primeiro verso de seu poema.
São marcas de alusão
Leia atentamente as assertivas seguintes a propósito dos Textos 2 e 3:
I. Os versos “Cesse tudo o que a Musa antiga canta,/Que outro valor mais alto se alevanta.” reivindicam, para os portugueses, a glória de haver sobrepujado qualquer outra façanha humana, o que se confirma no próprio poema quando se afirma que mesmo os deuses Netuno e Marte obedeceram a esse povo ilustre.
II. Tanto os versos de Camões quanto os de Carlos Drummond de Andrade recorrem à mudança de tempo verbal, ressaltando a importância dessa escolha para melhor revelar as incertezas que assolam o homem em sua pequenez e insignificância diante dos mistérios de sua existência.
III. Os textos diferem completamente um do outro quanto à escolha do léxico e à sintaxe: enquanto o texto do poeta brasileiro abriga neologismos e gírias em suas construções e faz uso de construções sintáticas diretas e simples, o texto do poeta português apresenta vocabulário erudito e construções sintáticas que invertem a ordem natural da sintaxe portuguesa.
IV. É possível estabelecer uma comparação entre o verso drummondiano “roupa insiderável de viver no Sol” (7ª estrofe do Texto 2) e o verso camoniano “mais do que prometia a força humana” (1ª estrofe do Texto 3): ambos constatam a forte presença dos “engenhos” que a capacidade inventiva do homem consegue elaborar.
São verdadeiras
Acerca do “ponto de vista legal do controle da poluição”, o autor do Texto 1 afirma:
“(...) para fins práticos, em especial do ponto de vista legal de controle da poluição, acrescentamos que o conceito de poluição deve ser associado às alterações indesejáveis provocadas pelas atividades e intervenções humanas no ambiente.”
Considerando o trecho acima e o comportamento do homem ao desbravar novos territórios explorado no poema “O homem: as viagens”, podemos afirmar que
I. o verso “humaniza Marte com engenho e arte” não pode ser lido como uma crítica às alterações do homem em meios ambientais.
II. o verso “outros planetas restam para outras colônias” traz a ideia de comportamento repetitivo adotado pelo homem em suas “colônias”.
III. o “engenho” citado no poema pode ser considerado como a prática das ações poluidoras citadas no conceito de poluição do item 1.3.
Considere a afirmação:
“Isso talvez possa ser explicado pela incerteza que os humanos passaram a experimentar em relação à própria sobrevivência da espécie e pela constatação de sua incapacidade de entender e controlar os processos e as transformações ambientais decorrentes de suas atividades.” (linhas 87 a 90 do Texto 1)
Em sua busca pela sobrevivência da espécie, o homem tem sede de colonizar novos espaços, já que a Terra apresenta condições incertas de sobrevivência devido à poluição, dentre outras coisas. Assinale a alternativa em que o verso do poema de Drummond (Texto 2) traduz esse desejo de explorar novos espaços.