Questões de Concurso Militar CBM-MG 2021 para Oficial Bombeiro Militar
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Na língua portuguesa, o melhor é a gente se
afastar de certos verbos
Em português, o melhor é a gente se afastar de certos verbos. Por exemplo, se uma pessoa nos diz “tu iludiste-me”, em princípio, está zangada. Mas se diz “tu desiludiste-me”, é possível que também não esteja muito contente. Com o verbo iludir, a gente nunca está bem: se faz uma coisa, é mau; se faz o contrário, é pior.
Não é frequente que um ato seja tão abominável como o seu oposto. Por exemplo, respeitar é bom; desrespeitar é mau. Sabemos qual é a ação correta e a incorreta. Com o verbo iludir, não há ação correta.
Luiza Pannunzio PEREIRA, Ricardo Araújo.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardo-araujo-pereira/2020/08/na-lingua-portuguesa-o-melhor-e-a-gente-se-afastar-de-certos-verbos.shtml>.
Acesso em: 25 ago. 2020. [Fragmento]
Leia este texto.
Nem tudo são más notícias, em termos gramaticais. Em português, é muito difícil uma pessoa ir à falência. Justifico esta ideia com a seguinte teoria fascinante: normalmente, considera-se que o verbo falir é defectivo. Significa isso que lhe faltam algumas pessoas, designadamente a primeira, a segunda e a terceira do singular e a terceira do plural do presente do indicativo e todas as do presente do conjuntivo. Não se diz “eu falo”, “tu fales”, nem “ele fale”. Não se diz “eles falem”.
Todos os modos e tempos verbais do verbo falir se admitem, com exceção de quatro pessoas do presente do indicativo e todo o presente do conjuntivo. Em que medida é que isso é bom? [...] Não é possível falir, presentemente, no Brasil.
“Eu falo” é uma declaração ilegítima. Podemos aventar a hipótese de vir a falir, porque “eu falirei” é uma forma aceitável do verbo falir. E quem já tiver falido não tem salvação, porque também é perfeitamente legítimo afirmar: “eu fali”. Mas ninguém pode dizer que, neste momento, fale.
Acaba por ser justo que o verbo falir registre essas falências na conjugação. Justo e útil, sobretudo em tempos de crise. Basta que os brasileiros vivam no presente — que, além do mais, é dos melhores tempos para se viver — para que não falam (outra conjugação impossível).
Não deixa de ser misterioso que a língua portuguesa permita que, no passado, se possa ter falido e até que se possa vir a falir, no futuro, ao mesmo tempo que inviabiliza que se fala, no presente. Se eu nunca falo, como posso ter falido? Se ninguém fale, por que antever que alguém falirá?
PEREIRA, Ricardo Araújo. Disponível em: <https://www1.folha.
uol.com.br/colunas/ricardo-araujo-pereira/2020/08/na-lingua-portuguesa-o-melhor-e-a-gente-se-afastar-de-certos-verbos.
shtml>. Acesso em: 25 ago. 2020. [Fragmento]
Leia este texto.
Disponível em: <http://blogdamimis.com.br/2013/10/24/dicas-para-levar-uma-vida-mais-bacana/>. Acesso em: 20 ago. 2020.
Do ponto de vista de sua tipologia, esse texto é, predominantemente,
Leia esta tirinha.
ITURRUSGARAI, Adão. La vie em rose. Folha de S. Paulo, São Paulo, 6 jan. 2004. E5. Disponível em:
<https://acervo.folha.com.br/leitor.do?numero=15947 &keyword=ROSE%2CVIE&anchor=5263039&origem=
busca&originURL=&pd=f38de803d02c522f613f53b70c6b17ab>.
Na construção dessa tirinha, há ambiguidade que gera humor. São elementos que participam da composição do sentido
desse texto, exceto:
No início da crise do coronavírus no Brasil, em março de 2020, alguns dos principais jornais do país publicaram a mesma capa, com a mensagem “Juntos vamos derrotar o vírus. Unidos pela informação e pela responsabilidade”.
Disponível em: <https://portaldacomunicacao.com.
br/2020/05/7-capas-que-registraram-pandemia-no-mundo/>.
Acesso em: 2 jul. 2020.
Com base no texto das capas, analise as afirmativas a seguir.
I. A imprensa decidiu veicular a mesma mensagem na capa dos jornais por não haver outro assunto à época.
II. A imprensa destacou a importância da informação e, na capa dos jornais, assumiu a responsabilidade de combater as notícias falsas sobre a Covid-19.
III. A imprensa conclamou a união de esforços dos meios de comunicação pela valorização da informação jornalística contra o coronavírus.
IV. A imprensa reconheceu a situação dramática da pandemia e criou um meio de assumir a divulgação de informação responsável sobre a Covid-19.
V. A imprensa demonstrou que os jornais brasileiros estavam reunidos em torno de uma mesma causa comum: servir a população com jornalismo de qualidade para, com a responsabilidade que o momento exigia, enfrentar e vencer a pandemia.
Apresentam atitudes evidenciadas pela imprensa
nacional, por meio dessa iniciativa, os itens