Questões de Concurso Militar CBM-MG 2021 para Oficial Bombeiro Militar

Foram encontradas 9 questões

Q1675657 Português

Leia este texto.


Na língua portuguesa, o melhor é a gente se

afastar de certos verbos


Em português, o melhor é a gente se afastar de certos verbos. Por exemplo, se uma pessoa nos diz “tu iludiste-me”, em princípio, está zangada. Mas se diz “tu desiludiste-me”, é possível que também não esteja muito contente. Com o verbo iludir, a gente nunca está bem: se faz uma coisa, é mau; se faz o contrário, é pior.

Não é frequente que um ato seja tão abominável como o seu oposto. Por exemplo, respeitar é bom; desrespeitar é mau. Sabemos qual é a ação correta e a incorreta. Com o verbo iludir, não há ação correta.



Luiza Pannunzio PEREIRA, Ricardo Araújo.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardo-araujo-pereira/2020/08/na-lingua-portuguesa-o-melhor-e-a-gente-se-afastar-de-certos-verbos.shtml>.

Acesso em: 25 ago. 2020. [Fragmento]



Ao se fazer uma reflexão sobre o uso de determinados verbos, na construção desse texto, é(são)
Alternativas
Q1675658 Português

Leia este texto.


Nem tudo são más notícias, em termos gramaticais. Em português, é muito difícil uma pessoa ir à falência. Justifico esta ideia com a seguinte teoria fascinante: normalmente, considera-se que o verbo falir é defectivo. Significa isso que lhe faltam algumas pessoas, designadamente a primeira, a segunda e a terceira do singular e a terceira do plural do presente do indicativo e todas as do presente do conjuntivo. Não se diz “eu falo”, “tu fales”, nem “ele fale”. Não se diz “eles falem”.

Todos os modos e tempos verbais do verbo falir se admitem, com exceção de quatro pessoas do presente do indicativo e todo o presente do conjuntivo. Em que medida é que isso é bom? [...] Não é possível falir, presentemente, no Brasil.

“Eu falo” é uma declaração ilegítima. Podemos aventar a hipótese de vir a falir, porque “eu falirei” é uma forma aceitável do verbo falir. E quem já tiver falido não tem salvação, porque também é perfeitamente legítimo afirmar: “eu fali”. Mas ninguém pode dizer que, neste momento, fale. 

Acaba por ser justo que o verbo falir registre essas falências na conjugação. Justo e útil, sobretudo em tempos de crise. Basta que os brasileiros vivam no presente — que, além do mais, é dos melhores tempos para se viver — para que não falam (outra conjugação impossível).

Não deixa de ser misterioso que a língua portuguesa permita que, no passado, se possa ter falido e até que se possa vir a falir, no futuro, ao mesmo tempo que inviabiliza que se fala, no presente. Se eu nunca falo, como posso ter falido? Se ninguém fale, por que antever que alguém falirá?


PEREIRA, Ricardo Araújo. Disponível em: <https://www1.folha.

uol.com.br/colunas/ricardo-araujo-pereira/2020/08/na-lingua-portuguesa-o-melhor-e-a-gente-se-afastar-de-certos-verbos.

shtml>. Acesso em: 25 ago. 2020. [Fragmento]

Em tom humorístico, o autor defende, em seu texto, o fato de que, sendo o verbo falir defectivo,
Alternativas
Q1675659 Português

Leia este texto.

Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: <http://blogdamimis.com.br/2013/10/24/dicas-para-levar-uma-vida-mais-bacana/>. Acesso em: 20 ago. 2020.


Do ponto de vista de sua tipologia, esse texto é, predominantemente,

Alternativas
Q1675660 Português

Leia esta tirinha.

Imagem associada para resolução da questão

ITURRUSGARAI, Adão. La vie em rose. Folha de S. Paulo, São Paulo, 6 jan. 2004. E5. Disponível em:

<https://acervo.folha.com.br/leitor.do?numero=15947 &keyword=ROSE%2CVIE&anchor=5263039&origem=

busca&originURL=&pd=f38de803d02c522f613f53b70c6b17ab>.


Na construção dessa tirinha, há ambiguidade que gera humor. São elementos que participam da composição do sentido desse texto, exceto:

Alternativas
Q1675661 Português

No início da crise do coronavírus no Brasil, em março de 2020, alguns dos principais jornais do país publicaram a mesma capa, com a mensagem “Juntos vamos derrotar o vírus. Unidos pela informação e pela responsabilidade”. 


Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: <https://portaldacomunicacao.com.

br/2020/05/7-capas-que-registraram-pandemia-no-mundo/>.

Acesso em: 2 jul. 2020.


Com base no texto das capas, analise as afirmativas a seguir. 


I. A imprensa decidiu veicular a mesma mensagem na capa dos jornais por não haver outro assunto à época.

II. A imprensa destacou a importância da informação e, na capa dos jornais, assumiu a responsabilidade de combater as notícias falsas sobre a Covid-19.

III. A imprensa conclamou a união de esforços dos meios de comunicação pela valorização da informação jornalística contra o coronavírus.

IV. A imprensa reconheceu a situação dramática da pandemia e criou um meio de assumir a divulgação de informação responsável sobre a Covid-19.

V. A imprensa demonstrou que os jornais brasileiros estavam reunidos em torno de uma mesma causa comum: servir a população com jornalismo de qualidade para, com a responsabilidade que o momento exigia, enfrentar e vencer a pandemia. 


Apresentam atitudes evidenciadas pela imprensa nacional, por meio dessa iniciativa, os itens 

Alternativas
Q1675662 Português

Leia este texto.


Volte para o seu lar


[...]

Aqui nessa tribo

Ninguém quer a sua catequização

Falamos a sua língua,

Mas não entendemos o seu sermão

[...]

Mas não sorrimos à toa

Não sorrimos à toa

Aqui nesse barco

Ninguém quer a sua orientação

Não temos perspectivas

Mas o vento nos dá a direção

A vida que vai à deriva

É a nossa condução

Mas não seguimos à toa

Não seguimos à toa

Volte para o seu lar

Volte para lá

Volte para o seu lar


ANTUNES, Arnaldo. Volte para o seu lar. In: MONTE, Marisa.

Mais. Rio de Janeiro: CD Records/EMI, 1991. CD.

Faixa n. 2. [Fragmento]


Em relação a essa canção, considere as afirmativas a seguir.


I. O ponto de vista evidenciado pela canção é o do nativo, do colonizado, o que pode ser comprovado pelo emprego do advérbio “aqui” que situa de onde fala esse interlocutor e pelo uso da primeira pessoa do plural, evidenciando que ele fala em nome de vários.

II. As palavras que, no texto da canção, remetem ao ambiente da colonização são: tribo, catequização, sermão, barco e, não se percebe a voz do colonizador cujo silêncio é evidenciado nessa expressão artística, de forma ficcional, pelo colonizado.

III. A voz que se expressa na canção demonstra certa revolta, um inconformismo com a situação de influência externa, apregoando o desejo de ter expressão própria e o desejo que os estrangeiros deixem os nativos viverem suas vidas, por meio de seus próprios valores.

IV. O título do texto, que se repete como refrão da canção, deflagra uma relação antagônica entre as partes que se enunciam, revelando o desejo do eu lírico, que vê, no retorno do outro, a possibilidade de ele e os seus viverem a vida como acham que devem viver.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Q1675664 Português

Leia este texto.


A mim pouco importava. Tendo descoberto o mundo da palavra escrita, eu estava feliz, muito feliz. [...] Bastava-me o ato de escrever. Colocar no pergaminho letra após letra, palavra após palavra, era algo que me deliciava. Não era só um texto que eu estava produzindo; era beleza, a beleza que resulta da ordem, da harmonia. Eu descobria que uma letra atrai outra, que uma palavra atrai outra, essa afinidade organizando não apenas o texto, como a vida, o universo. O que eu via, no pergaminho, quando terminava o trabalho, era um mapa, como os mapas celestes que indicavam a posição das estrelas e planetas, posição essa que não resulta do acaso, mas da composição de misteriosas forças, as mesmas que, em escala menor, guiavam minha mão quando ela deixava seus sinais sobre o pergaminho. [...] A única pessoa a quem eu tinha vontade de contar o que acontecia era o pastorzinho. Diria a ele que minha vida tinha agora um sentido, um significado: feia, eu era, contudo, capaz de criar beleza. Não a falsa beleza que os espelhos enganosamente refletem, mas a verdadeira e duradoura beleza dos textos que eu escrevia, dia após dia, semana após semana – como se estivesse num estado de permanente e deliciosa embriaguez.


SCLIAR, Moacyr. In: PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. Obra

Aberta. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento,

Ano 5. n.66, abr.2011, p.34-35. Disponível em: <https://poetriz.

wordpress.com/2011/04/16/bastava-escrever/>.

A partir da leitura desse texto, verifica-se que o escritor Moacyr Scliar
Alternativas
Q1675665 Português

Leia este texto.


Três náufragos cegos: Homero, Joyce e Borges, à deriva num mar de palavras. Seu navio bateu numa metáfora – a ponta de um iceberg – e foi ao fundo. Seu bote salva-vidas é levado por uma corrente literária para longe das rotas mais navegadas, eles só serão encontrados se críticos e exegetas da guarda-costeira, que patrulham o mar, os descobrirem na vastidão azul das línguas e os resgatarem de helicóptero. E, mesmo assim, se debaterão contra o salvamento. São cegos difíceis.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. A eterna privação do zagueiro

absoluto – as melhores crônicas de futebol, cinema e literatura.

Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. p. 167.

Considerando os recursos metafóricos que integram o processo de composição desse texto literário, assinale a alternativa em que não há uma metáfora.
Alternativas
Q1675666 Português

O Bem e o Mal


Eu guardo em mim

dois corações

um que é do mar

um das paixões

um canto doce

um cheiro de temporal

eu guardo em mim

um deus, um louco, um santo

um bem e um mal

eu guardo em mim

tantas canções

de tanto mar

tantas manhãs

encanto doce

o cheiro de um vendaval

guardo em mim

o deus, o louco, o santo

o bem, o mal.


FALCÃO, Dudu; CAYMMI, Danilo. O bem e o mal. In: DANILO

CAYMMI. Danilo Caymmi. São Paulo: RGE, 1992. LP.

Lado A, faixa 1.

Ao analisar os elementos literários na composição dessa canção, verifica-se que o eu lírico:
Alternativas
Respostas
1: B
2: C
3: C
4: B
5: D
6: D
7: C
8: A
9: C