Ruanda descobriu um uso humanitário para os
drones
Esses aparelhos são enviados para distribuir
medicamentos em lugares remotos e de difícil
acesso, numa ação que, segundo Luli Radfahrer,
pode salvar muitas vidas
O tema desta coluna são os drones, a respeito dos
quais tendemos a pensar no uso convencional que
deles se faz no Oriente Médio, por exemplo, onde são
empregados como armas de destruição. Da mesma
forma, pode-se pensar neles em termos mais
fantasiosos, fazendo as vezes de prestadores de
serviço ao atuarem como entregadores de
encomendas. A verdade, porém, é que Ruanda, na
África, achou para os drones uma função bem mais
original, que é a de entregar remédios num país em
que existem muitas florestas e montanhas, o que
torna difícil o transporte de certos tipos de materiais –
alguns perecíveis, como são os casos dos
medicamentos – para vilarejos mais distantes. Daí
que se empregou a estratégia de colocar nos drones
pequenos pacotes de remédios para enviá-los para
as regiões mais necessitadas.
Não se trata, evidentemente, de mandar remédios
para o consumidor final, mas enviar de um centro de
distribuição para um posto de saúde ou algo que se
assemelhe a isso, que se responsabiliza pela
distribuição do material, o que permitiria até mesmo o
envio de sangue para transfusão em hospitais e
centros de saúde. “Isso tende a salvar muitas vidas e
a ideia mais bacana é que, além desse transporte
todo, esses aviõezinhos soltam a sua encomenda
num paraquedas.” O colunista encerra sua coluna
vislumbrando a possibilidade desse método ser
utilizado em lugares remotos do Brasil, como na
Amazônia, no sertão do Nordeste ou nas grandes
áreas rurais do País.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer,
vai ao ar toda sexta-feira às 8h30, na Rádio USP
(São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e
também no Youtube, com produção do Jornal da USP
e TV USP.
Adaptado de: https://jornal.usp.br/radio-usp/ruanda-descobriu-umuso-humanitario-para-os-drones/. Acesso em: 10 jul. 2022.