Questões de Concurso Militar PM-RN 2022 para Fisioterapia - Terapia Intensiva
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( ) O uso da PEEP é amplamente discutido como forma de minimizar a lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica (LPIV), bem como para melhorar a troca gasosa. Seu uso pode reduzir o shunt pulmonar e a abertura e o fechamento cíclico alveolar (strain dinâmico), estabilizando os alvéolos abertos, tornando possíveis as estratégias protetoras baseadas no uso de baixo volume corrente.
( ) Um grande desafio no manejo da ventilação mecânica, em pacientes com SDRA, é, justamente, indicar ou não o incremento de PEEP e/ou manobras de recrutamento alveolar (MRAs), por conta da dificuldade de determinar quais pacientes realmente se beneficiam dessa abordagem, sendo mais indicada em pacientes com causas pulmonares.
( ) O grau de hipoxemia está correlacionado com a quantidade de tecido não aerado, com a fração de shunt, bem como a hipertensão pulmonar. A complacência pulmonar traduz o tamanho funcional do pulmão (áreas aeradas). Sendo assim, descobriu-se que os pulmões de pacientes com SDRA não são rígidos, mas, sim, pequenos.
( ) Há evidências consideráveis que salientam que o tipo de lesão pulmonar na SDRA interfere diretamente na resposta à MRA. Nesse contexto, estudos sugerem que as MRAs são menos eficazes em pacientes com SDRA de causa pulmonar (primária), quando comparados àqueles com SDRA de causa extrapulmonar (secundária).
( ) Durante a manobra de recrutamento alveolar há o aumento transitório da pressão transpulmonar e a homogeneização pulmonar, proporcionando elevação da pressão de distensão (driving pressure).
( ) A tomografia computadorizada mudou drasticamente a visão científica da SDRA, mostrando um pulmão heterogêneo, com áreas de maiores densidades nas regiões dependentes. Ao quantificar as áreas normalmente ventiladas, medidas no final da expiração, demonstrou uma quantidade de tecido entre 200 e 500 g em casos de SDRA grave.
A sequência está correta em
I. Ventilação mecânica (VM): uma gama de complicações e efeitos adversos está associada à VM. Complicações especificamente respiratórias podem surgir, tais como pneumotórax, fístula broncopleural, pneumonia nosocomial, empiema, dentre outras, quando não há manejo adequado e criterioso da VM e das vias aéreas.
II. Manobras de desobstrução brônquica (mobilização de secreções): pacientes em pós-operatório de cirurgias torácicas podem apresentar maior possibilidade de retenção de secreções pulmonares, o que pode ser causado pelo efeito da anestesia, tempo de ventilação mecânica, doença de base (DPOC, câncer, bronquiectasias etc.), dor, impossibilidade de promover inspirações profundas e tosse efetiva.
III. Exercícios respiratórios e inspirômetros de incentivo: a utilização de exercícios respiratórios no período pós-operatório de cirurgia torácica é bastante difundida, tendo como objetivo o incremento dos volumes e a capacidade residual funcional e total, como, por exemplo, inspiração máxima sustentada e inspiração em tempos. Os mesmos devem ser associados a manobras de expansão torácica, além de posicionamentos que intensifiquem a ventilação na região a ser expandida.
IV. Mobilização precoce: pacientes desde o pós-operatório imediato ainda na UTI devem ser mobilizados precocemente. Diversos estudos decorrem sobre este tema, sendo descrito que a mobilização precoce poderia aumentar a ventilação, impedir secreções e diminuir o risco de complicações circulatórias como TVP.
Está correto o que se afirma em