“[...] O fascínio que a linguagem sempre exerceu sobre o
homem vem desse poder que permite não só
nomear/criar/transformar o universo real, mas também
possibilita trocar experiências, falar sobre o que existiu,
poderá vir a existir e até mesmo imaginar o que não
precisa nem pode existir. A linguagem verbal é, então, a
matéria do pensamento e o veículo da comunicação
social. Assim como não há sociedade sem linguagem, não
há sociedade sem comunicação. Tudo o que se produz
como linguagem ocorre em sociedade, para ser
comunicado e, como tal, constitui uma realidade material
que se relaciona com o que lhe é exterior, com o que
existe independentemente da linguagem. Como realidade
material - organização de sons, palavras, frases - a linguagem é relativamente autônoma; como expressão de
emoções, idéias, propósitos, no entanto, ela é orientada
pela visão de mundo, pelas injunções da realidade social,
histórica e cultural de seu falante. [...]"
(Margarida Petter)
Fonte: FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística. São
Paulo: Contexto, 2012.