Pintar um rosto como “objeto” não é despojá-lo do que “traz pensado”. “Acho que o pintor o interpreta”, diz Cézanne,
“o pintor não é imbecil”. Mas esta interpretação não deve ser pensada separadamente da visão. “[Ao] pintar todos os
pequenos azuis e todos os pequenos marrons, [ele faz] olhar como ele olha ... Ao diabo se duvidarem como, casando
um verde matizado com um vermelho, entristece-se uma boca ou faz-se sorrir uma face”.
(MERLEAU-PONTY, Maurice. A dúvida de Cézanne. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 118. Coleção Os Pensadores.)
De acordo com essa passagem e com o ensaio de que foi retirada, é correto afirmar que cabe ao pintor: