Questões de Concurso Militar APMBB 2010 para Aspirante da Polícia Militar

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Q529010 Português

      Não é possível idear nada mais puro e harmonioso do que o perfil dessa estátua de moça.

      Era alta e esbelta. Tinha um desses talhes flexíveis e lançados, que são hastes de lírio para o rosto gentil; porém na mesma delicadeza do porte esculpiam-se os contornos mais graciosos com firme nitidez das linhas e uma deliciosa suavidade nos relevos.

      Não era alva, também não era morena. Tinha sua tez a cor das pétalas da magnólia, quando vão desfalecendo ao beijo do sol. Mimosa cor de mulher, se a aveluda a pubescência* juvenil, e a luz coa pelo fino tecido, e um sangue puro a escumilha** de róseo matiz. A dela era assim.

      Uma altivez de rainha cingia-lhe a fronte, como diadema cintilando na cabeça de um anjo. Havia em toda a sua pessoa um quer que fosse de sublime e excelso que a abstraía da terra. Contemplando-a naquele instante de enlevo, dir-se-ia que ela se preparava para sua celeste ascensão.

                                                                                                                        (José de Alencar, Diva.)


* Pubescência: puberdade.

** Escumilha: borda sobre escumilha (tecido).

Sobre o texto, afirma-se que


I. apresenta a mulher, objeto de adoração, idealizada e descrita de forma inacessível, como sugerem os termos: puro, altivez, rainha, anjo, sublime, excelso, ascensão;


II. critica os costumes da sociedade da época, a exemplo da maioria dos romances românticos do século XIX;


III. se vale de uma linguagem simples e popular, o que era comum aos escritores do momento literário a que Alencar pertenceu.


Está correto o contido em

Alternativas
Q529014 Português

Leia os versos de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.


Quando, Lídia, vier o nosso Outono

Com o Inverno que há nele, reservemos

Um pensamento, não para a futura

Primavera, que é de outrem,

Nem para o estio, de quem somos mortos,

Senão para o que fica do que passa –

O amarelo atual que as folhas vivem

E as torna diferentes.


Nesses versos, as estações do ano constituem metáforas pelas quais o eu lírico

Alternativas
Respostas
5: A
6: E