Questões de Concurso Militar APMBB 2010 para Aspirante da Polícia Militar
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Mário de Andrade, testemunha ocular da guerra, retratou nas páginas do Diário Nacional a pouca familiaridade de muitos voluntários com a causa constitucionalista: “Na Rua das Palmeiras,três homens pobremente vestidos seguem num passo decidido.Dois carregam fardas e botinões de soldado. Um deles é rapazainda. De repente, interrompe a parolagem, perguntando: 'Mas oque é, direito, a Constituição?' Se percebe uma certa atrapalhaçãonos outros dois, o passo decidido em que vêm meio que tonteia".
(...)
Na epopeia épica Marco Zero, um dos personagens de Oswald de Andrade exclama reveladoramente: “Adonde é a Casa do Soldado? Eu me alistei por causo da boia". A cultura política do brasileiro médio não era suficientemente desenvolvida a ponto de mobilizar tanta gente em torno da luta pela ordem constitucional.
(CartaCapital, 14.07.2010)
Mário de Andrade, testemunha ocular da guerra, retratou nas páginas do Diário Nacional a pouca familiaridade de muitos voluntários com a causa constitucionalista: “Na Rua das Palmeiras,três homens pobremente vestidos seguem num passo decidido.Dois carregam fardas e botinões de soldado. Um deles é rapazainda. De repente, interrompe a parolagem, perguntando: 'Mas oque é, direito, a Constituição?' Se percebe uma certa atrapalhaçãonos outros dois, o passo decidido em que vêm meio que tonteia".
(...)
Na epopeia épica Marco Zero, um dos personagens de Oswald de Andrade exclama reveladoramente: “Adonde é a Casa do Soldado? Eu me alistei por causo da boia". A cultura política do brasileiro médio não era suficientemente desenvolvida a ponto de mobilizar tanta gente em torno da luta pela ordem constitucional.
(CartaCapital, 14.07.2010)
A Marquesa de Alegros ficara viúva aos quarenta e três anos, e passava a maior parte do ano retirada em sua quinta de Carcavelos. (...) As suas duas filhas, educadas no receio do Céu e nas preocupações da Moda, eram beatas e faziam o chic falando com igual fervor da humildade cristã e do último figurino de Bruxelas. Um jornalista de então dissera delas: – Pensam todos os dias na toilette com que hão de entrar no Paraíso.
(Eça de Queirós. O crime do padre Amaro.)
O comentário do jornalista deve ser entendido por um viés
A questão baseia-se no texto a seguir.
Texto I,de Luís Vaz de Camões
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim,
Anda o mundo concertado.
Texto II, de Leonardo Mota
O mundo está de tal forma
Que ninguém pode entender:
Uns devem, porém não pagam,
Outros pagam sem dever.
A ideia comum aos dois textos é que
A questão baseia-se no texto a seguir.
Texto I,de Luís Vaz de Camões
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim,
Anda o mundo concertado.
Texto II, de Leonardo Mota
O mundo está de tal forma
Que ninguém pode entender:
Uns devem, porém não pagam,
Outros pagam sem dever.
Considerando as relações entre as palavras nas frases, os dois
últimos versos do Texto I, sem prejuízo à correção gramatical
e ao sentido, podem ser reescritos da seguinte forma: