Questões de Concurso Militar PM-SP 2011 para Soldado Voluntário XV
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IstoÉ – Maioria nas instituições de correção como a Febem, os negros ainda são vítimas da discriminação. A lei que criminaliza o racismo não mudou a visão da sociedade sobre o tema?
Hédio Silva Júnior – O debate sobre ações afirmativas tem educado mais do que a criminalização do racismo pela Constituição de 1988. O que mudou é que a sociedade passou a reconhecer o problema. A opinião pública está muito mais treinada para identificar uma discriminação racial e se indignar diante dela. Há 25 anos, havia um consenso de que não havia problema racial no Brasil, e sim social. E hoje se debate se o sistema de cotas é mais apropriado do que a pontuação acrescida ou o investimento no ensino fundamental. O Brasil hoje, enfim, discute o problema racial.
(...)
IstoÉ – E hoje, o Sr. sente menos discriminação?
Hédio Silva Júnior – Quando viajo de avião, geralmente as comissárias de bordo me oferecem o jantar em inglês. Isso acontece em vôos domésticos. Demorei um pouco para entender esse negócio. Mas depois percebi que, no Brasil, um negro viajando de avião não pode ser brasileiro. Eles devem pensar: “Esse negão só pode ser americano” (risos).
(IstoÉ, 28 set. 2005)
Preconceito de cor
Eu assino embaixo doutor por minha rapaziada
Somos criolos do morro mas ninguém roubou nada
Isso é preconceito de cor vou provar ao senhor
Porque é que o doutor não prende aquele careta
Que só faz mutreta e só anda de terno
Porém o seu nome não vai pró caderno
Ele anda na rua de pomba rôlo
A lei só é implacável para nós favelados
E protege o golpista, ele tinha de ser
O primeiro da lista
Se liga nessa doutor ih
É vê se dá um refresco isso não é pretexto
Pra mostrar serviço
Eu assumo o compromisso
Pago até a fiança da rapaziada
Porque que é que ninguém mete o grampo
Num pulso daquele de colarinho branco
Roubou jóia e o ouro da serra pelada
(Bezerra Da Silva)
Preconceito de cor
Eu assino embaixo doutor por minha rapaziada
Somos criolos do morro mas ninguém roubou nada
Isso é preconceito de cor vou provar ao senhor
Porque é que o doutor não prende aquele careta
Que só faz mutreta e só anda de terno
Porém o seu nome não vai pró caderno
Ele anda na rua de pomba rôlo
A lei só é implacável para nós favelados
E protege o golpista, ele tinha de ser
O primeiro da lista
Se liga nessa doutor ih
É vê se dá um refresco isso não é pretexto
Pra mostrar serviço
Eu assumo o compromisso
Pago até a fiança da rapaziada
Porque que é que ninguém mete o grampo
Num pulso daquele de colarinho branco
Roubou jóia e o ouro da serra pelada
(Bezerra Da Silva)
Preconceito de cor
Eu assino embaixo doutor por minha rapaziada
Somos criolos do morro mas ninguém roubou nada
Isso é preconceito de cor vou provar ao senhor
Porque é que o doutor não prende aquele careta
Que só faz mutreta e só anda de terno
Porém o seu nome não vai pró caderno
Ele anda na rua de pomba rôlo
A lei só é implacável para nós favelados
E protege o golpista, ele tinha de ser
O primeiro da lista
Se liga nessa doutor ih
É vê se dá um refresco isso não é pretexto
Pra mostrar serviço
Eu assumo o compromisso
Pago até a fiança da rapaziada
Porque que é que ninguém mete o grampo
Num pulso daquele de colarinho branco
Roubou jóia e o ouro da serra pelada
(Bezerra Da Silva)
A ausência de pontuação em poemas, em letras de música, como nessa de Bezerra Da Silva, é comum.
Assinale a alternativa em que o emprego da pontuação está correto.
Preconceito de cor
Eu assino embaixo doutor por minha rapaziada
Somos criolos do morro mas ninguém roubou nada
Isso é preconceito de cor vou provar ao senhor
Porque é que o doutor não prende aquele careta
Que só faz mutreta e só anda de terno
Porém o seu nome não vai pró caderno
Ele anda na rua de pomba rôlo
A lei só é implacável para nós favelados
E protege o golpista, ele tinha de ser
O primeiro da lista
Se liga nessa doutor ih
É vê se dá um refresco isso não é pretexto
Pra mostrar serviço
Eu assumo o compromisso
Pago até a fiança da rapaziada
Porque que é que ninguém mete o grampo
Num pulso daquele de colarinho branco
Roubou jóia e o ouro da serra pelada
(Bezerra Da Silva)