Questões de Concurso Militar PM-SP 2017 para Aspirante da Polícia Militar

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Q856455 Português

     – Bem dizia eu, que aquela janela…

      – É a janela dos rouxinóis.

      – Que lá estão a cantar.

      – Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

      – A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história aquela janela?

      – É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em duas palavras.

      – Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser interessantíssimo. Vamos à história já.

      – Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

      Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos rouxinóis como ela se contou.

      É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para isto, que em francês que há outro não sei quê…

      Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não presta.

      Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.   

      Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o seguinte.

                                                                                   (Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)

Na passagem lida, o narrador faz referência ao primeiro episódio de sua odisseia, o qual corresponde

Alternativas
Q856456 Português

     – Bem dizia eu, que aquela janela…

      – É a janela dos rouxinóis.

      – Que lá estão a cantar.

      – Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

      – A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história aquela janela?

      – É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em duas palavras.

      – Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser interessantíssimo. Vamos à história já.

      – Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

      Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos rouxinóis como ela se contou.

      É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para isto, que em francês que há outro não sei quê…

      Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não presta.

      Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.   

      Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o seguinte.

                                                                                   (Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)

Com a passagem “Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos…”, o narrador faz
Alternativas
Q856457 Português

     – Bem dizia eu, que aquela janela…

      – É a janela dos rouxinóis.

      – Que lá estão a cantar.

      – Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

      – A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história aquela janela?

      – É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em duas palavras.

      – Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser interessantíssimo. Vamos à história já.

      – Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

      Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos rouxinóis como ela se contou.

      É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para isto, que em francês que há outro não sei quê…

      Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não presta.

      Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.   

      Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o seguinte.

                                                                                   (Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)

Na passagem – … mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou. –, o pronome em destaque está empregado com valor enfático. Assinale a alternativa em que há emprego semelhante.
Alternativas
Q856458 Português

     – Bem dizia eu, que aquela janela…

      – É a janela dos rouxinóis.

      – Que lá estão a cantar.

      – Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

      – A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história aquela janela?

      – É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em duas palavras.

      – Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser interessantíssimo. Vamos à história já.

      – Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

      Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos rouxinóis como ela se contou.

      É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para isto, que em francês que há outro não sei quê…

      Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não presta.

      Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.   

      Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o seguinte.

                                                                                   (Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal.
Alternativas
Q856459 Português

     – Bem dizia eu, que aquela janela…

      – É a janela dos rouxinóis.

      – Que lá estão a cantar.

      – Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

      – A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história aquela janela?

      – É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em duas palavras.

      – Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser interessantíssimo. Vamos à história já.

      – Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

      Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos rouxinóis como ela se contou.

      É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para isto, que em francês que há outro não sei quê…

      Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não presta.

      Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.   

      Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o seguinte.

                                                                                   (Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)

Observe as frases:


• Chegamos ____________fim do capítulo em forma de _______ , com a matéria do meu conto para o seguinte.

• Discordo ________ certas damas e certos tolos, que preferem _________ para se contar uma história.


De acordo com a norma-padrão e os sentidos do texto, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:

Alternativas
Q856460 Português

                                       Duração


                           O tempo era bom? Não era

                           O tempo é, para sempre.

                           A hera da antiga era

                           roreja* incansavelmente.


                           Aconteceu há mil anos?

                           Continua acontecendo.

                           Nos mais desbotados panos

                           estou me lendo e relendo.


                           Tudo morto, na distância

                           que vai de alguém a si mesmo?

                           Vive tudo, mas sem ânsia

                           de estar amando e estar preso.


                           Pois tudo enfim se liberta

                           de ferros forjados no ar.

                           A alma sorri, já bem perto

                           da raiz mesma do ser.

                                                   (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco)

*brota gota a gota: orvalho, suor, lágrima

O poema de Drummond é exemplo de poesia
Alternativas
Q856461 Português

                                       Duração


                           O tempo era bom? Não era

                           O tempo é, para sempre.

                           A hera da antiga era

                           roreja* incansavelmente.


                           Aconteceu há mil anos?

                           Continua acontecendo.

                           Nos mais desbotados panos

                           estou me lendo e relendo.


                           Tudo morto, na distância

                           que vai de alguém a si mesmo?

                           Vive tudo, mas sem ânsia

                           de estar amando e estar preso.


                           Pois tudo enfim se liberta

                           de ferros forjados no ar.

                           A alma sorri, já bem perto

                           da raiz mesma do ser.

                                                   (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco)

*brota gota a gota: orvalho, suor, lágrima

Na passagem “A alma sorri, já bem perto / da raiz mesma do ser.”, entende-se que a expressão em destaque aponta no ser humano
Alternativas
Q856462 Português

                                       Duração


                           O tempo era bom? Não era

                           O tempo é, para sempre.

                           A hera da antiga era

                           roreja* incansavelmente.


                           Aconteceu há mil anos?

                           Continua acontecendo.

                           Nos mais desbotados panos

                           estou me lendo e relendo.


                           Tudo morto, na distância

                           que vai de alguém a si mesmo?

                           Vive tudo, mas sem ânsia

                           de estar amando e estar preso.


                           Pois tudo enfim se liberta

                           de ferros forjados no ar.

                           A alma sorri, já bem perto

                           da raiz mesma do ser.

                                                   (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco)

*brota gota a gota: orvalho, suor, lágrima

Nos versos “A hera da antiga era” e “de ferros forjados no ar”, as figuras de linguagem presentes são, correta e respectivamente,
Alternativas
Respostas
9: E
10: A
11: E
12: B
13: C
14: D
15: A
16: E