Questões de Concurso Militar EsFCEx 2020 para Oficial - Magistério de História
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A escravidão moderna caracterizou-se por trazer à tona uma realidade nova ao já secular comércio de escravos ocorrido no continente africano.
(Lilia Schwarcz e Heloísa Starling. Brasil: uma biografia. 1. ed. São Paulo: Cia das Letras, 2015)
De acordo com as autoras, na obra Brasil: uma biografia,
a referida nova realidade consiste
As ideias separatistas nasciam do profundo desequilíbrio entre o poder político e o poder econômico que se observava nos fins do Império, oriundo do empobrecimento das áreas de onde provinham tradicionalmente os elementos que manipulavam o poder e concomitantemente do desenvolvimento de outras áreas que não possuíam a devida representação no governo.
As transformações econômicas e sociais que se processam durante a segunda metade do século XIX acarretam o aparecimento de uma série de aspirações novas provocando numerosos conflitos. [...]
(Emília Viotti da Costa. Da Monarquia à República: momentos decisivos. Fund. Ed. Unesp, 1999)
Para Emília Viotti da Costa, o tal “desequilíbrio entre o poder político e o poder econômico” refere-se
Já observamos que, de 1929 ao ponto mais baixo da depressão, a renda monetária no Brasil se reduziu entre 25 e 30 por cento. Nesse mesmo período, o índice de preços dos produtos importados subiu 33 por cento. Compreende-se, assim, que a redução no quantum das importações tenha sido superior a 60 por cento.
Depreende-se facilmente a importância crescente que, como elemento dinâmico, irá logrando a procura interna nessa etapa de depressão. Ao manter-se a procura interna com maior firmeza que a externa, o setor que produzia para o mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de inversão que o setor exportador. Cria-se, em consequência, uma situação praticamente nova na economia brasileira.
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. Adaptado)
A “situação praticamente nova na economia brasileira”, segundo Furtado, refere-se
Em 1983, lideranças partidárias demandavam mudança nas regras da sucessão da presidência da República, mediante a aprovação de emenda constitucional.
Só um fato extraordinário poderia romper com as regras que impunham a vitória de um candidato eleito pelo voto indireto para a sucessão presidencial, e as oposições se encarregaram de criá-lo. A campanha com lema “Diretas Já” começou timidamente, em junho de 1983, com um comício em Goiânia, que reuniu 5 mil pessoas e demonstrou a viabilidade de um movimento de massas orientado para exigir do Congresso Nacional a aprovação da Emenda Dante de Oliveira.
A oposição contava com algumas vantagens.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. Adaptado)
Para Lilia Schwarcz e Heloisa Starling, uma dessas vantagens foi
Na América Latina, a dominação econômica, e a pressão política, quando necessária, eram implementadas sem conquista formal. As Américas constituíram, é claro, a única região importante do globo onde não houve rivalidade séria entre as potências. À exceção da Grã-Bretanha, nenhum Estado europeu possuía mais do que restos dispersos dos impérios coloniais (principalmente caribenho) do século XVIII, sem maior significado econômico ou outro. Nem os britânicos nem qualquer das outras nacionalidades viam boa razão para hostilizar os EUA, desafiando a Doutrina Monroe.
(Eric Hobsbawm, A era dos impérios)
A Doutrina Monroe, segundo Hobsbawm,
“Com certeza, em todos os cantos do Brasil colonial, a escravidão tornou-se o marco principal pelo qual se media a sociedade como um todo.”
(John Manuel Monteiro. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo)
Considerando o fragmento e o tema, é possível afirmar que a escravidão
“A preocupação em institucionalizar as relações entre Estado e operariado (...) manifestou-se, no imediato pós-30, com a criação do Ministério do Trabalho (1931) e a promulgação da legislação trabalhista a mais diversa. No entanto, desde 1933 o sindicalismo independente e pluralista (...) sofrerá séria ofensiva estatal.”
(Maria Yedda Linhares (org). História Geral do Brasil)
Do contexto abordado no excerto, resultou
“Entre 1920 e 1940 houve algum declínio no índice de analfabetos no Brasil, mas esse índice continuou a ser muito elevado. Considerando-se a população de quinze anos ou mais, o índice de analfabetos caiu de 69,9% em 1920, para 56,6% em 1940.”
(Boris Fausto. História do Brasil)
Estes números podem ser compreendidos e explicados
“Geralmente as causas das guerras tendem a ser explicadas em termos da ação de “grandes forças”, mas muitas vezes derivam menos de processos macro-históricos que de questões mais imediatas, ligadas às ambições pessoais dos líderes ou a problemas no exercício de sua autoridade, potencialmente prejudicada por contexto de crises. Durante a década de 1860, os paraguaios foram vítimas de ambos: mudanças na estrutura política da região e transformações na formulação da política externa guarani. Essas circunstâncias foram preponderantes para as catastróficas decisões tomadas pelo terceiro ditador da república, Francisco Solano López (1827-1870), levando o Paraguai a uma guerra que não tinha condição de vencer.”
(Vitor Izecksohn. A Guerra do Paraguai, (in) O Brasil Imperial, volume lI: 1831-1870/organização Keila Grinberg e Ricardo Salles)
Sobre o conflito exposto, é correto afirmar que
“A primeira constituição da república se inspirou no modelo norte-americano, consagrando a República Federativa Liberal. A chave da autonomia dos Estados – designação dada às antigas províncias – estava no artigo 65 § 2° da Constituição (de 1891). Aí se dizia caber aos Estados poderes e direitos que não lhes fossem negados por dispositivos do texto constitucional. Desse modo os Estados ficaram implicitamente autorizados a exercer atribuições diversas, como as de contrair empréstimos no exterior e organizar forças militares próprias.”
(Boris Fausto. História do Brasil)
A decorrência mais impactante do artigo da Constituição de 1891, citado no excerto, foi: