Menina, 6 anos de idade, queixa-se de dor abdominal
há 4 meses. Caracteriza com dificuldade, como dor em
cólicas, na região periumbilical ou em todo o abdome.
Ocorre algumas vezes ao se alimentar ou no final da tarde, nessa hora é medicada de acordo com a intensidade, com paracetamol e refere melhora do sintoma. Sua
alimentação é monótona, leite, pão ou bolo pela manhã,
arroz, carne, batata, e eventualmente couve refogada no
almoço e jantar, frutas 3 a 4 vezes por semana, banana
ou uva. Tem bom controle de esfíncteres, evacua 1 vez
ao dia, no início tem fezes em cíbalas, endurecidas, o
restante são fezes formadas, às vezes secas, com a superfície com rachaduras. Urina poucas vezes ao dia, sem
queixas, com aspecto normal e não tem enurese. Ao exame o abdome é flácido, o colo descendente é palpável e
indolor. Não há outras alterações. Foi indicado realizar
o registro dos dias de dor, orientado a não usar paracetamol, a tentar diversificar a alimentação e foi prescrito
polietilenoglicol. No retorno após 1 mês, havia tido 1 episódio de dor. O diagnóstico adequado para o quadro é