Questões Militares
Para exército
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[…] o surgimento dos movimentos operários ou, de maneira mais geral, da política democrática teve uma relação nítida com o surgimento do “novo imperialismo”. A partir do momento em que o grande imperialista Cecil Rhodes observou em 1895 que, para evitar a guerra civil, era preciso se tornar imperialista, a maioria dos observadores se conscientizou do assim chamado “imperialismo social” […]
(Eric J. Hobsbawm, A era dos impérios)
Para Hobsbawm, o “imperialismo social” deve ser entendido como
Houve três ondas revolucionárias principais no mundo ocidental entre 1815 e 1848. (A Ásia e a África permaneciam até então imunes: as primeiras revoluções em grande escala na Ásia [...] só ocorreram na década de 1850). A primeira ocorreu em 1820-24. Na Europa, ela ficou limitada principalmente ao Mediterrâneo, com Espanha e Portugal (1820), Nápoles (1820) e a Grécia (1821) como seus epicentros. Fora a grega, todas essas insurreições foram sufocadas. […]
A segunda onda revolucionária ocorreu em 1829-34 […].
(Eric J. Hobsbawm, A Era das revoluções: Europa 1789-1848)
Segundo Hobsbawm, essa “segunda onda revolucionária”, entre outros eventos,
Quando o terremoto de 1812 sacudiu Caracas e outras cidades da Venezuela, a posição da Igreja foi a de afirmar que este fora um castigo de Deus pela revolta contra o rei e a Igreja.
(Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino, História da América Latina)
Prado e Pellegrino consideram que, durante o processo de independência da América espanhola, a Igreja Católica, enquanto instituição hierarquizada,
Pela Declaração dos Direitos, a igualdade foi estreitamente associada à liberdade: fora avidamente exigida pela burguesia em contraposição à aristocracia, pelos camponeses face aos seus senhores. Tratava-se, porém, da igualdade civil, unicamente.
(Albert Soboul, A Revolução Francesa)
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte, em agosto de 1789, preconizava
“Formação do Brasil no Atlântico Sul: o leitor que bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo que pretendo demonstrar […]
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes:
formação do Brasil no Atlântico Sul)
Para Alencastro, “o Brasil se formou fora do Brasil” porque
Desde o século XVI, após os primeiros tempos da conquista do Peru e de seu impacto destruidor para os habitantes dos antigos territórios incas, a Coroa espanhola esforçou-se para evitar o genocídio dos súditos americanos organizando os sobreviventes em povoados, os chamados pueblos […]
(Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino, História da América Latina)
Segundo a obra citada, os pueblos
O mercantilismo inglês se beneficia da precocidade das instituições políticas e sociais, da qualidade da informação e da reflexão teórica no país, evolui, se adapta, se aperfeiçoa, e ajuda a Inglaterra a assumir, na Europa, uma verdadeira supremacia marítima e comercial e, talvez, já a supremacia industrial.
(Pierre Deyon, O mercantilismo)
Para Pierre Deyon, o mercantilismo adquiriu, na Inglaterra e em outros países europeus, três formas essenciais. Trata-se da
Os humanistas, num gesto ousado, tendiam a considerar como mais perfeita e mais expressiva a cultura que havia surgido e se desenvolvido no seio do paganismo, antes do advento de Cristo. […] Eram todos cristãos e apenas desejavam reinterpretar a mensagem do Evangelho à luz da experiência e dos valores da Antiguidade.
(Nicolau Sevcenko, O renascimento)
Sevcenko afirma que esses “valores da Antiguidade”
[…] o ritmo histórico da Idade Média foi se acelerando, e com ele nossos conhecimentos sobre o período. Sua infância e adolescência cobriram boa parte de sua vida (séculos IV-X), no entanto as fontes que temos sobre elas são comparativamente poucas. Sua maturidade (séculos XI-XIII) e senilidade (século XIV-XVI) deixaram, pelo contrário, uma abundante documentação.
(Hilário Franco Júnior, A Idade Média, nascimento do ocidente)
Segundo Franco Júnior, na Baixa Idade Média (século XIV-meados do século XVI), em relação aos trabalhadores rurais, a crise do século XIV
[…] a ideia de que era possível narrar a História da Grécia por meio de suas cidades principais, Atenas e Esparta, parece também ter perdido sentido. Essas duas cidades eram grandes exceções, não a regra. Nesse campo, vale a pena citar os trabalhos coletivos do Centro para o Estudo da Pólis de Copenhagen, dirigido por Morgens Hansen. Dos inventários produzidos e dos amplos debates publicados destaca-se a imensa variedade das cidades no mundo de fala grega e não grega. A importância da cidade (pólis) para a vida dos gregos é, além disso, colocada em perspectiva. A maioria das cidades tinha dimensões mínimas (centenas de habitantes, às vezes poucos milhares) e não era autônoma. Inúmeras localidades e regiões nunca se organizaram como cidades – ao menos antes do Império Romano.
(Norberto Luiz Guarinello, História Antiga)
Segundo Guarinello, na obra citada, a História de Roma
A história é um discurso mutável e problemático – ostensivamente a respeito de um aspecto do mundo, o passado –, produzido por um grupo de trabalhadores cujas mentes são de nosso tempo (em grande maioria, em nossa cultura, historiadores assalariados) e que fazem seu trabalho em modalidades mutuamente reconhecíveis que são posicionadas epistemológica, ideológica e praticamente; e cujos produtos, uma vez em circulação, estão sujeitos a uma série de usos e abusos logicamente infinitos mas que, na realidade, correspondem a uma variedade de bases de poder existentes em qualquer momento que for considerado, as quais estruturam e distribuem os significados das histórias ao longo de um espectro que vai do dominante ao marginal.
(Keith Jenkins, Re-thinking History. Apud Ciro Flamarion Cardoso, Introdução. Em: Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas (org.), Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia)
No excerto, Keith Jenkins
Escolhi meu tema como um tributo a Isaac Deutscher, cuja obra mais permanente é um clássico na história da Revolução Russa, ou seja, sua biografia de Trotsky. Assim, a resposta imediata a essa pergunta do título [Podemos escrever a história da Revolução Russa?] é, obviamente, sim.
Mas isso deixa em aberto a questão mais ampla: podemos algum dia escrever a história definitiva de alguma coisa – não apenas a história conforme vista hoje, ou em 1945 – inclusive, é claro, da Revolução Russa? Nesse caso, em um sentido óbvio, a resposta é não, a despeito do fato de que há uma realidade histórica objetiva, que os historiadores investigam, para estabelecer, entre outras coisas, a diferença entre fato e ficção. Somos livres para crer que Hitler fugiu dos russos e se refugiou no Paraguai, mas não foi assim.
(Eric Hobsbawm, Sobre história)
Para Eric Hobsbawm, não é possível “escrever a história definitiva de alguma coisa”, porque
A nova história é a história escrita como reação deliberada contra o “paradigma” tradicional, aquele termo útil, embora impreciso […] Será conveniente descrever este paradigma tradicional como “história rankeana”, conforme o grande historiador alemão Leopold von Ranke (1795-1886). Poderíamos também chamar este paradigma de a visão do senso comum da história, não para enaltecê-la, mas para assinalar que ele tem sido com frequência – com muita frequência – considerado a maneira de se fazer história.
(Peter Burke, A escrita da história: novas perspectivas)
Para Peter Burke, a antiga e a nova história se contrastam, entre outros pontos, pois, em termos do paradigma tradicional, a história
Considere o mapa e os textos para responder à questão.
Brasil: domínios morfoclimáticos
I. Este domínio tem mostrado ser o meio físico, ecológico e paisagístico mais complexo e difícil em relação às ações antrópicas. É uma área sujeita aos mais fortes processos de erosão e de movimentos coletivos de solos em todo o território brasileiro. Área de mamelonização extensiva, afetando todos os níveis da topografia (de 10-20 m a 1100-1300 m) de altitude.
II. Este domínio com aproximadamente 400 mil quilômetros quadrados é sujeito a climas subtropicais úmidos de planaltos com invernos relativamente brandos. O domínio comporta as paisagens menos “tropicais” do país. Ainda que a pedração dos solos não tenha sido muito grande na maior parte dos planaltos, é digno de nota que restem apenas 15% a 20% da biomassa original do domínio.
Os textos I e II referem-se, respectivamente, aos domínios indicados no mapa pelos números
Analise a tabela.
(Sérgio Silva, Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil.
Apud José Miguel Arias Neto, Primeira República: economia cafeeira,
urbanização e industrialização. Em: Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida
Neves Delgado (org.). O Brasil Republicano v.1 - O tempo do liberalismo
excludente: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Adaptado)
A partir dos dados, é correto afirmar que
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Mario Quintana. Rua dos Cataventos & outros poemas)
As características climáticas aparecem retratadas no quadro natural pela vegetação xerofítica, pelo escoamento hidrográfico intermitente e pelos solos pedregosos com formas agressivas, como, por exemplo, os campos de inselbergs.
(ROSS, J. L. S. (org). Geografia do Brasil. 6ª ed. São Paulo: EDUSP, 2019. p. 106)
As características apresentadas refere-se ao domínio climático
O componente Geografia da BNCC foi dividido em cinco unidades temáticas comuns ao longo do Ensino Fundamental, em uma progressão das habilidades. Uma das unidades é a “Natureza, ambientes e qualidade de vida”.
(BNCC. Base Nacional Comum Curricular: Geografia (versão final – dezembro de 2017). Disponível em:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ pesquisar?q=Geografia. p. 360)
A alternativa que apresenta duas habilidades relacionadas a essa unidade consta em:
O raciocínio geográfico, uma maneira de exercitar o pensamento espacial, aplica determinados princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade. De acordo com a BNCC (2017), o raciocínio geográfico apresenta sete princípios (Analogia, Conexão, Diferenciação, Distribuição, Extensão, Localização e Ordem).
(BNCC. Base Nacional Comum Curricular: Geografia (versão final – dezembro de 2017). Disponível em:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ pesquisar?q=Geografia. p. 360)
O que define o princípio da Diferenciação está expresso na alternativa: