Questões Militares
Para segurança pública
Foram encontradas 6.706 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
*Sobre as paredes internas que restavam, equilibravam-se pontas de vigamento, revestidas de um bolor claro de cinza, tições enormes, apagados. Na atmosfera luminosa da manhã flutuava o sossego fúnebre que vem no dia seguinte sobre o teatro de um grande desastre.
Informaram-me de coisas extraordinárias. O incêndio fora propositalmente lançado pelo Américo, que para isso rompera o encanamento do gás no saguão das bacias. Desaparecera depois do atentado.
Desaparecera igualmente durante o incêndio a senhora do diretor.
Dirigi-me para o terraço de mármore do outão. Lá estava Aristarco, tresnoitado, o infeliz. No jardim continuava a multidão dos basbaques. Algumas famílias em toilette matinal, passeavam. Em redor do diretor muitos discípulos tinham ficado desde a véspera, inabaláveis e compadecidos. Lá estava, a uma cadeira em que passara a noite, imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente, o pé direito sobre um monte enorme de carvões, o cotovelo espetado na perna, a grande mão felpuda envolvendo o queixo, dedos perdidos no bigode branco, sobrolho carregado.
Falavam do incendiário. Imóvel! Contavam que não se achava a senhora. Imóvel! A própria senhora com quem ele contava para o jardim de crianças! Dor veneranda! Indiferença suprema dos sofrimentos excepcionais! Majestade inerte do cedro fulminado! Ele pertencia ao monopólio da mágoa. O Ateneu devastado! O seu trabalho perdido, a conquista inapreciável dos seus esforços!... Em paz!... Não era um homem aquilo; era um de profundis.
Lá estava: em roda amontoavam-se figuras torradas de geometria, aparelhos de cosmografia partidos. Enormes cartas murais em tiras, queimadas, enxovalhadas, vísceras dispersas das lições de anatomia, gravuras quebradas da história santa em quadros, cronologias da história pátria, ilustrações zoológicas, preceitos morais pelo ladrilho, como ensinamentos perdidos, esferas terrestres contundidas, esferas celestes rachadas; borra, chamusco por cima de tudo: despojos negros da vida, da história, da crença tradicional, da vegetação de outro tempo, lascas de continentes calcinados, planetas exorbitados de uma astronomia morta, sóis de ouro destronados e incinerados...
Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre universal de sua obra.
Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo — o funeral para sempre das horas.
(POMPEIA, Raul. O Ateneu: crônica de saudades. 2. ed. São Paulo: FTD, 1992.)
*O texto em análise trata-se do fragmento final do romance “O Ateneu”, que narra os momentos seguintes ao
incêndio que destruiu a escola e o estado de desolação de Aristarco, diretor do Ateneu, diante de tal fato.
O emprego de recursos próprios da linguagem subjetiva caracteriza o texto literário. Leia os trechos abaixo selecionados:
I. “A própria senhora com quem ele contava para o jardim de crianças!” (5º§)
II. “Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre universal de sua obra.” (7º§)
III. “Em redor do diretor muitos discípulos tinham ficado desde a véspera, inabaláveis e compadecidos.” (4º§)
IV. “Lá estava, a uma cadeira em que passara a noite, imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente, [...]” (4º§)
A ocorrência de aproximação de elementos distintos considerando algumas de suas características pode ser identificada em:
*Sobre as paredes internas que restavam, equilibravam-se pontas de vigamento, revestidas de um bolor claro de cinza, tições enormes, apagados. Na atmosfera luminosa da manhã flutuava o sossego fúnebre que vem no dia seguinte sobre o teatro de um grande desastre.
Informaram-me de coisas extraordinárias. O incêndio fora propositalmente lançado pelo Américo, que para isso rompera o encanamento do gás no saguão das bacias. Desaparecera depois do atentado.
Desaparecera igualmente durante o incêndio a senhora do diretor.
Dirigi-me para o terraço de mármore do outão. Lá estava Aristarco, tresnoitado, o infeliz. No jardim continuava a multidão dos basbaques. Algumas famílias em toilette matinal, passeavam. Em redor do diretor muitos discípulos tinham ficado desde a véspera, inabaláveis e compadecidos. Lá estava, a uma cadeira em que passara a noite, imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente, o pé direito sobre um monte enorme de carvões, o cotovelo espetado na perna, a grande mão felpuda envolvendo o queixo, dedos perdidos no bigode branco, sobrolho carregado.
Falavam do incendiário. Imóvel! Contavam que não se achava a senhora. Imóvel! A própria senhora com quem ele contava para o jardim de crianças! Dor veneranda! Indiferença suprema dos sofrimentos excepcionais! Majestade inerte do cedro fulminado! Ele pertencia ao monopólio da mágoa. O Ateneu devastado! O seu trabalho perdido, a conquista inapreciável dos seus esforços!... Em paz!... Não era um homem aquilo; era um de profundis.
Lá estava: em roda amontoavam-se figuras torradas de geometria, aparelhos de cosmografia partidos. Enormes cartas murais em tiras, queimadas, enxovalhadas, vísceras dispersas das lições de anatomia, gravuras quebradas da história santa em quadros, cronologias da história pátria, ilustrações zoológicas, preceitos morais pelo ladrilho, como ensinamentos perdidos, esferas terrestres contundidas, esferas celestes rachadas; borra, chamusco por cima de tudo: despojos negros da vida, da história, da crença tradicional, da vegetação de outro tempo, lascas de continentes calcinados, planetas exorbitados de uma astronomia morta, sóis de ouro destronados e incinerados...
Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre universal de sua obra.
Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo — o funeral para sempre das horas.
(POMPEIA, Raul. O Ateneu: crônica de saudades. 2. ed. São Paulo: FTD, 1992.)
*O texto em análise trata-se do fragmento final do romance “O Ateneu”, que narra os momentos seguintes ao
incêndio que destruiu a escola e o estado de desolação de Aristarco, diretor do Ateneu, diante de tal fato.
*Sobre as paredes internas que restavam, equilibravam-se pontas de vigamento, revestidas de um bolor claro de cinza, tições enormes, apagados. Na atmosfera luminosa da manhã flutuava o sossego fúnebre que vem no dia seguinte sobre o teatro de um grande desastre.
Informaram-me de coisas extraordinárias. O incêndio fora propositalmente lançado pelo Américo, que para isso rompera o encanamento do gás no saguão das bacias. Desaparecera depois do atentado.
Desaparecera igualmente durante o incêndio a senhora do diretor.
Dirigi-me para o terraço de mármore do outão. Lá estava Aristarco, tresnoitado, o infeliz. No jardim continuava a multidão dos basbaques. Algumas famílias em toilette matinal, passeavam. Em redor do diretor muitos discípulos tinham ficado desde a véspera, inabaláveis e compadecidos. Lá estava, a uma cadeira em que passara a noite, imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente, o pé direito sobre um monte enorme de carvões, o cotovelo espetado na perna, a grande mão felpuda envolvendo o queixo, dedos perdidos no bigode branco, sobrolho carregado.
Falavam do incendiário. Imóvel! Contavam que não se achava a senhora. Imóvel! A própria senhora com quem ele contava para o jardim de crianças! Dor veneranda! Indiferença suprema dos sofrimentos excepcionais! Majestade inerte do cedro fulminado! Ele pertencia ao monopólio da mágoa. O Ateneu devastado! O seu trabalho perdido, a conquista inapreciável dos seus esforços!... Em paz!... Não era um homem aquilo; era um de profundis.
Lá estava: em roda amontoavam-se figuras torradas de geometria, aparelhos de cosmografia partidos. Enormes cartas murais em tiras, queimadas, enxovalhadas, vísceras dispersas das lições de anatomia, gravuras quebradas da história santa em quadros, cronologias da história pátria, ilustrações zoológicas, preceitos morais pelo ladrilho, como ensinamentos perdidos, esferas terrestres contundidas, esferas celestes rachadas; borra, chamusco por cima de tudo: despojos negros da vida, da história, da crença tradicional, da vegetação de outro tempo, lascas de continentes calcinados, planetas exorbitados de uma astronomia morta, sóis de ouro destronados e incinerados...
Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre universal de sua obra.
Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo — o funeral para sempre das horas.
(POMPEIA, Raul. O Ateneu: crônica de saudades. 2. ed. São Paulo: FTD, 1992.)
*O texto em análise trata-se do fragmento final do romance “O Ateneu”, que narra os momentos seguintes ao
incêndio que destruiu a escola e o estado de desolação de Aristarco, diretor do Ateneu, diante de tal fato.
A Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, regulamenta a profissão e estabelece as competências e atribuições privativas do assistente social. Acerca das competências e atribuições privativas do assistente social, analise as afirmativas a seguir.
I. As atribuições são prerrogativas exclusivas ao serem definidas enquanto matéria, área e unidade de serviço social.
II. As competências expressam capacidade para apreciar ou dar resolutividade a determinado assunto, não sendo exclusivas de uma única especialidade profissional.
III. Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria do serviço social é uma competência profissional do assistente social.
IV. Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos é uma atribuição privativa do assistente social.
Estão corretas as afirmativas
Segundo o Código de Ética em vigência, nas relações que estabelecem com os usuários, são deveres do assistente social:
I. Democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional.
II. Exercer a sua autoridade de maneira a limitar o direito do usuário de participar e decidir sobre os seus interesses.
III. Esclarecer aos usuários, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a amplitude de sua atuação e expor os valores socioinstitucionais.
IV. Contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados.
Estão corretas apenas as afirmativas
Segundo a perspectiva histórico-crítica no contexto da hegemonia neoliberal sobre a política de assistência social, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Institui benefícios orientados pela “discriminação positiva”.
( ) Reconfigura-se e ocorre, dentre outros processos, a refilantropização dos serviços sociais.
( ) Conquista avanços significativos no processo de implementação do princípio da universalidade dos direitos sociais.
( ) Supera o clientelismo e as práticas assistencialistas por meio da descentralização de sua gestão e dos serviços prestados.
A sequência está correta em
Conforme Iamamoto (2008), o Projeto Ético-Político Profissional do Serviço Social realiza-se em diferentes dimensões do universo da profissão; analise-as.
I. Em seus instrumentos legais e nas requisições institucionais.
II. Nas expressões e manifestações coletivas da categoria e nos seus instrumentos legais.
III. No trabalho profissional desenvolvido nos diferentes espaços ocupacionais e no ensino universitário.
IV. Nas articulações com outras entidades de Serviço Social e com outras categoriais profissionais e movimentos sociais organizados e no marco legal das políticas sociais.
Estão corretas apenas as afirmativas
A dimensão ética da profissão, em sua origem, reproduz os princípios éticos fundamentados na filosofia tomista, no positivismo e no pensamento conservador. Acerca dos fundamentos da ética profissional fincados neste arranjo, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A natureza humana é considerada a partir de uma ordem universal mutável.
( ) A ação profissional é concebida como uma vocação a ser exercida por indivíduos dotados de um perfil ético-moral dado por qualidades e habilidades adquiridas no processo de formação profissional.
( ) O homem é dotado de livre arbítrio; sendo assim, capaz de liberdade; contudo, existem os vícios que o afasta da perfectibilidade a qual tende a natureza humana.
( ) A autorrealização da pessoa humana supõe a moralidade voltada à objetivação dos valores universais que adquirem sentido absoluto e se dirigem à perfectibilidade humana.
A sequência está correta em
Acerca da questão social, segundo a perspectiva histórico-crítica, analise as afirmativas a seguir.
I. A expressão começa a ser utilizada no século XX para explicar o fenômeno do pauperismo.
II. A intervenção estatal confronta-se com a questão social, fragmentando-a e recortando-a como problemáticas particulares.
III. A partir da concretização de possibilidades econômico-sociais e políticas segregadas na ordem do capital concorrencial, a questão social se põe como algo de “políticas sociais”.
IV. Para os pensadores laicos, as manifestações imediatas da questão social são vistas como o desdobramento da sociedade moderna, de características inelimináveis de toda e qualquer ordem social.
Estão corretas apenas as afirmativas
A realização de estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades é uma competência do assistente social. Sobre o estudo social, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O saber construído pelo assistente social por meio do estudo social revela o conhecimento sobre a totalidade do ser social.
( ) Para elaborar o estudo social, o assistente social realiza observações, entrevistas, pesquisas empíricas, documentais e bibliográficas.
( ) Ao elaborar o estudo social, o assistente social constrói um saber sobre as condições de vida dos usuários das políticas sociais.
( ) O conteúdo dos estudos sociais expresso em relatórios e em laudos sociais atém-se aos problemas pessoais dos sujeitos que buscam acessar as políticas sociais.
A sequência está correta em
Segundo Netto (2001), a profissionalização do serviço social:
I. Vincula-se à dinâmica da ordem monopólica.
II. Vincula-se à continuidade evolutiva de suas protoformas.
III. Concretiza-se com a instauração de um espaço determinado na divisão social do trabalho.
IV. Tem, em sua base, as modalidades por meio das quais as instituições socioassistenciais filantrópicas enfrentam os problemas pessoais dos indivíduos.
Estão corretas apenas as afirmativas
A hegemonia do capital financeiro provoca mudanças significativas na relação entre processo produtivo e trabalho, e legitima o mercado como regulador das relações sociais. Sobre o impacto dessas mudanças no campo das políticas sociais públicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A privatização dos serviços essenciais.
( ) A seletividade e a distributividade na prestação de serviços.
( ) O ajuste fiscal para a ampliação da oferta de políticas e serviços sociais na esfera estatal.
( ) A ampliação dos espaços e estratégias de controle social na perspectiva da democratização das relações sociais.
A sequência está correta em
A reestruturação produtiva provoca transformações no mundo do trabalho. Ao analisar este processo, Antunes (1999) aponta alguns aspectos socioeconômicos; analise-os.
I. A diminuição significativa do trabalho feminino.
II. O incremento dos assalariados médios e de serviços.
III. A precarização e a terceirização dos postos de trabalho.
IV. A inclusão de jovens e pessoas de meia idade no mercado de trabalho.
Estão corretas apenas as alternativas
Em relação ao Projeto Ético-Político Profissional do Serviço Social, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) É historicamente datado, fruto e expressão de um amplo movimento de lutas pela democratização da sociedade e do Estado no país, com forte presença das lutas operárias que impulsionaram a crise da ditadura do grande capital.
( ) É o conjunto de características novas que, no marco das contrições da autocracia burguesa, o serviço social articulou, à base do rearranjo de suas tradições e da assunção do contributo de tendência do pensamento social contemporâneo, procurando investir-se como instituição de natureza profissional dotada de legitimação prática.
( ) Apresenta a autoimagem da sociedade, elege valores que a legitima socialmente, delimita e prioriza seus objetivos e funções, formula requisitos para o seu exercício, prescreve normas para o comportamento dos profissionais e estabelece balizas de sua relação com os usuários dos seus serviços.
( ) Tem uma estrutura dinâmica, que responde tanto às alterações das necessidades sociais decorrentes de transformações históricas, quanto expressa o desenvolvimento teórico e prático da profissão e as transformações operadas no perfil dos seus agentes.
A sequência está correta em