Questões Militares Comentadas por alunos sobre morfologia em português

Foram encontradas 1.358 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q765996 Português

PARA QUE A EXISTÊNCIA VALHA A PENA…

Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade, embora pareça que ainda estamos vivos.

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.

Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.

Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: “Parar pra pensar, nem pensar! ”

O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.

Sem ter programado, a gente para pra pensar.

Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.

Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.

Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.

Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.

Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.

Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

Parece fácil: “escrever a respeito das coisas é fácil”, já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.

Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.

Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas, mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.

E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

LUFT, Lia. Disponível em http://www.viva50.com.br/para-que-a-existencia-valha-a-pena-texto-de-lya-luft/. Acesso em: 18 out. 2016.

Analise o sentido contextual do termo sublinhado em: “Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.”, e marque a alternativa em que se enquadra:
Alternativas
Q765906 Português

Leia a frase abaixo para responder à pergunta:

“Chegando mais perto, raios finíssimos de sol atravessavam a pedra"

A terminação -íssimos, em “finíssimos”, acrescenta à base do adjetivo uma informação com o valor de:

Alternativas
Q765896 Português

Texto I

Microscópio impulsionou descobertas

    Os microscópios ganharam a tecnologia básica de hoje a partir do começo do século 19. Mas, mesmo no século anterior, j á havia microscópios com form as semelhantes. No século 17, descobertas importantes foram feitas com esse tipo de aparelho. “Noventa por cento das descobertas em citologia, o estudo das células, foram feitas com microscópios rudimentares”, diz o biólogo Nelio Bizzo, especialista em ensino de biologia na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo).

    “O microscópio é uma ferramenta indispensável para quem estuda biologia”, afirma Bizzo. “Deveria haver uma lei federal proibindo escolas de comprar computadores se não tiverem um microscópio.” Para o professor da USP, “quem vê uma foto de vírus, de bactérias, e que nunca manipulou um microscópio, não tem condição de entender como a foto foi feita”. O microscópio teve para a biologia o mesmo impacto que seu parente para ver mais longe, o telescópio, teve na astronomia. Graças ao telescópio foi possível enxergar novos planetas e novas luas girando em torno deles, e confirmar a hipótese de que a Terra não era o centro do universo, mas sim apenas mais um corpo celeste que girava em torno do Sol. G raças aos microscópios foi possível descobrir todo um novo mundo desconhecido da ciência: aquele dos seres vivos de dimensões muito pequenas, microscópicas, os chamados micróbios. Um dos mais notáveis pioneiros foi o holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), o primeiro pesquisador a observar micróbios como bactérias e protozoários.

    Ele batizou esses seres de “animálculos”, pequenos animais que pôde observar na água ou no interior do próprio corpo humano. Nem todos podem hoje ser chamados de “animais”, mas com seus esforços Leeuwenhoek abriu toda uma área de pesquisa científica. Leeuwenhoek usava um microscópio de um modelo bem simples, que se constituía basicamente de duas placas de latão entre as quais havia apenas uma lente, com um parafuso ajustável para manter o espécime sendo observado. Apesar da simplicidade do microscópio, ele conseguiu enxergar as bactérias, pela primeira vez em 1676, com um instrumento que tinha uma ampliação de no máximo 280 vezes.

    Tanto telescópios como microscópios surgiram no momento em que se criaram as bases da ciência moderna, a chamada Revolução Científica. Eles foram tanto causa como efeito dessa revolução.

(Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1S119821.htm)

“Para o professor da USP, 'quem vê uma foto de vírus, de bactérias, e que nunca manipulou um microscópio, não tem condição de entender como a foto foi feita”. No trecho, a preposição “para” expressa o seguinte significado:
Alternativas
Q765895 Português

Texto I

Microscópio impulsionou descobertas

    Os microscópios ganharam a tecnologia básica de hoje a partir do começo do século 19. Mas, mesmo no século anterior, j á havia microscópios com form as semelhantes. No século 17, descobertas importantes foram feitas com esse tipo de aparelho. “Noventa por cento das descobertas em citologia, o estudo das células, foram feitas com microscópios rudimentares”, diz o biólogo Nelio Bizzo, especialista em ensino de biologia na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo).

    “O microscópio é uma ferramenta indispensável para quem estuda biologia”, afirma Bizzo. “Deveria haver uma lei federal proibindo escolas de comprar computadores se não tiverem um microscópio.” Para o professor da USP, “quem vê uma foto de vírus, de bactérias, e que nunca manipulou um microscópio, não tem condição de entender como a foto foi feita”. O microscópio teve para a biologia o mesmo impacto que seu parente para ver mais longe, o telescópio, teve na astronomia. Graças ao telescópio foi possível enxergar novos planetas e novas luas girando em torno deles, e confirmar a hipótese de que a Terra não era o centro do universo, mas sim apenas mais um corpo celeste que girava em torno do Sol. G raças aos microscópios foi possível descobrir todo um novo mundo desconhecido da ciência: aquele dos seres vivos de dimensões muito pequenas, microscópicas, os chamados micróbios. Um dos mais notáveis pioneiros foi o holandês Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), o primeiro pesquisador a observar micróbios como bactérias e protozoários.

    Ele batizou esses seres de “animálculos”, pequenos animais que pôde observar na água ou no interior do próprio corpo humano. Nem todos podem hoje ser chamados de “animais”, mas com seus esforços Leeuwenhoek abriu toda uma área de pesquisa científica. Leeuwenhoek usava um microscópio de um modelo bem simples, que se constituía basicamente de duas placas de latão entre as quais havia apenas uma lente, com um parafuso ajustável para manter o espécime sendo observado. Apesar da simplicidade do microscópio, ele conseguiu enxergar as bactérias, pela primeira vez em 1676, com um instrumento que tinha uma ampliação de no máximo 280 vezes.

    Tanto telescópios como microscópios surgiram no momento em que se criaram as bases da ciência moderna, a chamada Revolução Científica. Eles foram tanto causa como efeito dessa revolução.

(Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1S119821.htm)

“Mas, mesmo no século anterior, já havia microscópios com formas semelhantes”. Como no exemplo, a palavra “mesmo” é invariável em:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: Marinha Órgão: CFN Prova: Marinha - 2016 - CFN - Soldado Fuzileiro Naval |
Q765087 Português
O adjetivo “ferocíssimas” - linha 8 – está flexionado, quanto ao grau, na forma
Alternativas
Respostas
671: B
672: D
673: A
674: C
675: B