Questões Militares Comentadas por alunos sobre pontuação em português

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Q1970780 Português

Texto II

TCHAIKOVSKY – VALSA DAS FLORES | DEGAS E AS BAILARINAS


        1º§O Quebra-Nozes é uma das composições mais conhecidas de Pyotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893), tendo algumas de suas mais memoráveis melodias. A Valsa das Flores é uma das peças mais conhecidas desse balé.

        2º§ Nos dois outros balés escritos pelo compositor – O Lago dos Cisnes e A Bela Adormecida –, as valsas têm um papel importante, mas a Valsa das Flores, tão cheia de graça e de elegância, é a sua incursão mais inspirada no gênero.

        3º§ Uma versão da Valsa das Flores para dois pianos, interpretada por Martha Argerich e Nicolas Economou, foi produzida como trilha sonora de um vídeo com uma montagem de imagens de bailarinas pintadas por Edgar Degas (1834-1917).

        4º§ Mais de metade das obras de Degas retratam bailarinas. Eis o que o próprio artista disse sobre o assunto:

        5º§ “Dizem que sou um pintor de bailarinas, mas o que quero é capturar o movimento em si.”

        6º§ A música e a montagem ajudam as imagens de Degas a dançar.

Fonte: SIFFERT, Carlos. TCHAIKOVSKY – VALSA DAS FLORES | DEGAS E AS BAILARINAS. Veiculado por Clássicos dos clássicos. Disponível em: https://classicosdosclassicos.mus.br/obras/tchaikovsky-valsa-das-flores-degas-e-as-bailarinas/

Leia:


Eis o que o próprio artista disse sobre o assunto: (4º§)


Justifica o uso dos dois-pontos no trecho: 

Alternativas
Q1969806 Português
Texto 2A02
 
         Utilizando a identificação de datação de combustíveis fósseis, pesquisadores descobriram os incêndios florestais mais antigos já apontados. Ao analisarem depósitos de carvão de 430 milhões de anos do País de Gales e da Polônia, eles levantaram informações valiosas sobre como era a vida na Terra durante o período Siluriano – cerca de 440 milhões de anos atrás.
           Naquele tempo, as plantas eram extremamente dependentes da água para se reproduzir e provavelmente não chegaram a existir em regiões com secas intensas. Os incêndios florestais discutidos no estudo teriam queimado vegetação rasteira, além de plantas comuns de pequeno porte – da altura do joelho ou da cintura.
           As queimadas precisam de três coisas para existir: combustível (as plantas), uma fonte de ignição (no caso, os raios) e oxigênio suficiente para propagar a chama.
       O fato de esses incêndios terem se espalhado e deixado depósitos de carvão sugere, segundo os pesquisadores, que os níveis de oxigênio atmosférico da Terra eram de pelo menos 16%. Com base na análise das amostras de carvão, eles acreditam que os níveis há 430 milhões de anos podem ter sido similares aos atuais 21% – ou até superiores.
          A pesquisa ajuda a entender um pouco mais sobre o ciclo de oxigênio e a fotossíntese da vida vegetal nesse período. Ao saber os detalhes desse ciclo ao longo do tempo, os cientistas podem ter uma visão melhor de como a vida evoluiu até aqui.
       Os incêndios florestais, assim como agora, teriam contribuído também para os ciclos de carbono e fósforo e para o movimento de sedimentos no solo terrestre. É uma combinação complexa de processos, que exige um trabalho em áreas diversas do conhecimento.
      Esse achado recente com certeza auxilia nesses estudos. Anteriormente, o recorde de incêndio florestal mais antigo registrado era de 10 milhões de anos. A nova data confere uma visão mais profunda do passado – e também destaca a importância que a pesquisa de incêndios florestais tem no mapeamento da história geológica.
        “As queimadas têm sido um componente integral nos processos do sistema terrestre por um longo tempo, mas seu papel nesses processos certamente foi subestimado” conta Ian Glasspool, primeiro autor do estudo.

Leo Caparroz. Revista Superinteressante. 20/6/2022.
Internet: <https://super.abril.com.br/...> (com adaptações). 
No último parágrafo do texto 2A02, as vírgulas foram empregadas, respectivamente, para
Alternativas
Q1963096 Português

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Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Em relação ao excerto “[...] apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia [...]”, assinale a alternativa correta.
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Q1963094 Português

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Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Sobre o excerto “[...] sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor.”, assinale a alternativa correta.
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Q1963091 Português

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Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Sobre a pontuação empregada no texto, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Respostas
71: E
72: D
73: E
74: D
75: E