Questões Militares Comentadas por alunos sobre morfologia - pronomes em português
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Observe os vocábulos destacados em negrito nos versos 39 a 44 do texto 2, transcritos abaixo:
“Vai o meu elefante
pela rua povoada,
mas não o querem ver
nem mesmo para rir
da cauda que ameaça
deixa-lo ir sozinho.”
Sobre esses vocábulos, de acordo com a gramática normativa, considere as seguintes afirmações:
I – o primeiro “o” é um artigo definido e o segundo é uma forma pronominal oblíqua, assim como a forma “lo” em “deixá-lo”.
II – a colocação do segundo “o” junto ao advérbio de negação aproxima-se do registro mais utilizado no português falado no Brasil.
III – “o” e “lo” nos versos “mas não o querem ver” e “deixá-lo ir sozinho” são formas pronominais que garantem a coesão referencial anafórica.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões)
TEXTO:
“Nesta vida, temos três professores importantes: o 'Momento Feliz’, o 'Momento Triste' e o 'Momento Difícil'. O 'Momento Feliz' mostra o que não precisamos mudar. O ‘Momento Triste’ mostra o que precisamos mudar. O Momento Difícil mostra o que somos capazes de superar.'
Mário Quintana (1906-1994).
QUINTANA, Mário Mensagem. Disponível em:<http://certform66. blogspot. com.br/2015/12/intimidades-reflexivas-512.html>
Quanto aos recursos linguísticos presentes na composição dessa mensagem, é correto afirmar que
I. o artigo indefinido “um” generaliza a ideia expressa pelo substantivo que ele modifica.
II. a interrogação no final da primeira frase traduz a incerteza do enunciador quanto à resposta a ser dada.
III. o pronome “Ele” retoma, anaforicamente, o termo "policial" para estabelecer com o interlocutor uma relação dialógica.
IV. a vírgula que isola o nome “cidadão” tem uso obrigatório, segundo a norma-padrão da lingua portuguesa, por destacar um aposto.
V o possessivo “sua" gera uma ambiguidade no discurso, uma vez que o leitor fica sem saber definir qual o referente a que esse signo remete.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
A grama do vizinho
Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.
Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.
(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado. Acessado em 09.08.2018)